ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00071</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO09</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;TEATRO DE RUA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;KARLA ADRIEMELLYN GOMES MENDES (Centro Universitario do Norte); Renata Soares Nascimento (Centro Universitario do Norte); Sofia Lorrane Oliveira de Almeid (Centro Universitario do Norte); Edilene Mafra Mendes de Oliveira (Centro Universitario do Norte)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;teatro de rua, rádio, reportagem, radiojornalismo, multimídia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho apresenta uma reportagem radiofônica baseada na temática cultural, destacando o Teatro de Rua e sua expansão na cidade de Manaus. Essa modalidade desconstrói a forma convencional de teatralizar, provinda da Grécia, fazendo com que a apresentação saia da caixa cênica do palco e se transforme em meio às ruas e praças da cidade. O objetivo foi desenvolver um produto radiofônico com o intuito de compreender as práticas do jornalismo, a realidade do campo e a valorização da cultura. Utilizando as etapas da produção, distribuídas em pauta, captação em campo, roteiro jornalístico, edição e finalização, o trabalho também se expandiu para a web. Teve como resultado, um produto radiofônico multimídia construído através de práticas adquiridas na disciplina de Radiojornalismo II, integrando a avaliação interdisciplinar semestral, no curso de Jornalismo do Centro Universitário do Norte.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A proposta da formulação deste trabalho é a associar a aprendizagem adquirida na disciplina de Radiojornalismo II com a divulgação de uma modalidade teatral pouco visada por atores: o teatro de rua. Através de uma reportagem que explore a linguagem radiofônica, é possível acrescentar elementos que afetam os sentidos e despertam a atenção do ouvinte para determinada informação. O tema  Teatro fora da caixa: A aprendizagem das práticas de rádio engloba tanto a divulgação da arte como também a aplicação das técnicas necessárias para esta divulgação. Desenvolver uma reportagem radiofônica com a intenção de absorver o que foi proposto no decorrer da disciplina com os elementos necessários para disseminação do teatro feito na rua foi o objetivo do trabalho. Um dos maiores desafios foi compreender e aplicar a dinâmica do rádio atual, que se expandiu para a internet e ganhou elementos como o texto e a imagem, com o intuito de agregar valor ao som, tornando-se multimídia. A aplicação dos métodos radiofônicos se faz necessária para a formulação de um produto dentro dos parâmetros estabelecidos por teóricos do radiojornalismo, entre eles: Prado (1989), Ferraretto (2000; 2014), Mcleish (2001), Meditsch (2001) e Prata (2008). As etapas de pré-produção, a produção e a edição foram utilizadas na elaboração deste trabalho. Um dos pontos fundamentais foi o contato direto com essa narrativa proposta pelo teatro de rua e a construção da narrativa jornalística do roteiro. Foi possível detectar que uma reportagem só ganha vida quando traz elementos culturais, humanos e informação, experiência valorosa que só o campo pode trazer ao jornalista. Diante disso, o resultado esperado foi a divulgação da cultura através de uma reportagem radiofônica que explorou a linguagem sensorial sonora, difundindo o conceito do teatro feito nas ruas e comprovando a sua necessidade de propagação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolver um produto radiofônico com o intuito de compreender as práticas, a realidade e valorização da cultura, visando exercitar os aspectos da produção de reportagem radiofônica, distribuída na elaboração da pauta, captação em campo, escritura do roteiro, edição e finalização do material, além de mostrar a cultura do teatro de rua através da difusão de informação radiofônica.  A cultura está em tudo, é de sua essência misturar assuntos e atravessar linguagens.  (PIZA, 2004, P, 07) Entre os objetivos específicos destacam-se: a definição dos elementos a serem utilizados como sustentação teórica, por meio de um estado da arte, pesquisa bibliográfica e pesquisa em campo; Definição de critérios de noticiabilidade aplicadas ao rádio; Desenvolvimento da produção por meio das etapas: pré-produção, produção e pós-produção; Criação de recursos textuais e imagéticos para a construção da radiorreportagem multimídia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O rádio é um meio de extrema importância na Amazônia. Por ser um meio de comunicação de massa, leva vantagem de estar em toda parte e possuir audiência desde o centro da cidade, até as comunidades do interior do estado. No Amazonas, o alcance dos meios de comunicação de massa, devem sempre ter como interesse a difusão de conteúdo para o receptor das comunidades distantes. Por conta da velocidade da disseminação e da simplicidade da linguagem, o rádio estabelece uma espécie de ligação com o ouvinte, cenário em que o radialista possui um contato mais direto com o indivíduo. Mcleish (2001, p 16) afirma que  as paisagens e sons do rádio são criados dentro de nós, podendo ter impacto e envolvimento maiores [..] o rádio é muito mais algo pessoal, que vem direto para o ouvinte . Por isso, viu-se a necessidade de pensar em uma narrativa que associasse informação textual e informação sonora, por meio do uso da linguagem radiofônica. Comparado a televisão, em que existe uma limitação de imagem por conta da tela, o rádio possui imagem do tamanho que cada ouvinte cria, essa facilidade se dá também por conta do rádio ser um meio que faz uso somente do som, o que estimula a imaginação de modo que cada indivíduo tente visualizar aquilo que foi descrito através da linguagem radiofônica. Mesmo com as novas tecnologias o rádio não deixou de ser linguagem, conforme Mcleish (2001) a voz é capaz de transmitir muito mais do que o discurso escrito, é preciso fazer com que a cultura de ouvir rádio não morra, se adapte as novas tecnologias, pois é preciso ter uma linguagem dinâmica, jovem, aquela que faz os seguimentos. Trazer a radiorreportagem sobre cultura do Teatro de Rua para a difusão de informação radiofônica, é uma forma de trazer um tema novo para um meio que se reinventa a cada dia, e que através do som e da linguagem descritiva, traz um assunto que domina as praças e ruas de Manaus. É uma forma de educar e disseminar a cultura de rua. O rádio envolve o ouvinte, fazendo-o participar por meio da criação de um diálogo mental com o emissor. Ao mesmo tempo, desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais, de acordo com as expectativas de cada um. (PRATA, 2008) Essa quebra de paradigmas do teatro, é outro fator a ser ressaltado. A percepção de que a arte do teatro pode ser feita em qualquer lugar, tanto em um teatro convencional, como nas ruas e praças da cidade. O produto trabalha o aprofundamento do tema teatro de rua por meio de uma radiorreportagem, proposta na disciplina de Radiojornalismo II- Práticas Radiofônicas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A aplicação dos métodos começou com a análise de todas as etapas de produção de uma reportagem radiofônica, tanto suas características como também a forma de produzi-la. Segundo Marques de Melo (2003), a reportagem  é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que são percebidas pela instituição jornalística . Foi realizado um estudo teórico sobre o tema teatro fora da caixa e a partir disso, a elaboração da pauta foi efetuada. O estudo de técnicas de elaboração de uma reportagem radiofônica foi a base da execução desta reportagem. Sobre o uso técnico da fabricação de uma reportagem, Cremilda Medina destaca algumas predisposições que um redator de reportagem deve ter: Do relato direto, descritivo, numa estrutura hierárquica quase sempre padrão, por causa da concisão da notícia, a elaboração da reportagem precisa de técnica de narrar. Foge-se aí das fórmulas objetivas para formas subjetivas, particulares e artísticas. O redator não tem à disposição recursos prontos, mas passa a criar. (MEDINA, 1978, p. 134) A coleta de sonoras, off e edições em estúdio foram os métodos utilizados no processo de fabricação da reportagem. Segundo Ferraretto (2000),  a linguagem radiofônica é constituída com recursos de redação e sonoplastia, o que agrega dinamismo de forma a se tornar mais atraente aos ouvintes.  O uso de fontes foi fundamental para a credibilidade da reportagem radiofônica. Barros e Duarte (2007, p.68), dizem que  uma boa pesquisa exige fontes que sejam capazes de ajudar a responder sobre o problema proposto . O desafio era buscar o entendimento do objeto da pauta, pois somente com o alcance de maior conhecimento sobre o tema faria que a reportagem valorizasse a riqueza de conteúdos. A coleta de informações sobre o cotidiano dos produtores de teatro de rua foi essencial para a consolidação do produto. Por isso, o acompanhamento das rotinas dos bastidores em diversos espetáculos foi necessário para a construção de toda a narrativa a ser explorada na construção da reportagem radiojornalística. Mas só é possível mensurar os desafios de transformar uma ideia que já passou do papel para o som em um produto finalizado quem já passou horas em um estúdio, vivendo a experiência de dar voz ao texto, escolher minunciosamente cada elemento sonoro que entrará na narrativa, acompanhar a elaboração detalhada da edição, que costura a narrativa e torna a o produto sonhado em realidade. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O formato do jornalismo informativo, reportagem, é descrito por Nilson Lage (2001, p .51) como uma abordagem de assuntos, não tratando de fatos como na notícia. Sempre trazendo um desdobramento maior de algum tema, o caso do produto desenvolvido, o teatro de rua foi explorado como uma forma de mostrar que existe nas ruas de Manaus e que domina as praças públicas da cidade. A viabilização do trabalho aconteceu em cinco etapas: a pesquisa teórica, a reunião de pauta, divisão de tarefas, apurações e edição. A reportagem radiofônica  Teatro fora da caixa apresenta o ator de forma inusitada, fora do conforto de um palco comum, com luzes, produção e roteiro. O teatro fora da caixa mostra a realidade da arte feita na rua, com atores descontraídos e com uma plateia imprevisível. O grupo deu preferência a entrevista com atores de rua que trabalham na cidade de Manaus e também à opinião de expectadores da apresentação. Foram quatro pessoas entrevistadas: Daniel Ferrat (diretor da companhia de teatro Theo Artes), Ismael Farias (ator), Fernando Lima (roteirista de teatro de rua) e Terezinha Lima (expectadora). Os atores falam de seus desafios no dia a dia de trabalho. Após a coleta de entrevistas, a equipe transcreveu e selecionou os trechos mais importantes para a organização do roteiro. Mais uma reunião foi realizada e a equipe decidiu usar o grito de guerra da companhia de artes no início da reportagem com o objetivo de sensibilizar a reação de quem ouve a reportagem e de certa forma, chamar a atenção. Ao utilizar as trilhas sonoras o grupo levou em conta que tipo de sensação elas causariam no receptor da reportagem. Após a definição da trilha sonora e gravação das locuções, os acadêmicos editaram a reportagem no laboratório de rádio do Centro Universitário do Norte com a colaboração do radialista David Simplício e orientações da professora universitária Edilene Mafra. Aplicando os conhecimentos adquiridos em sala de aula, a reportagem radiofônica obedeceu aos princípios de noticiabilidade propostos no livro  Produção de rádio de Mcleish (2001), trazendo uma questão inusitada e de interesse público. O produto contém duração de quatro minutos e dezesseis segundos e foi produzido no primeiro semestre de 2016. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A reportagem radiofônica  Teatro fora da caixa: Aprendendo práticas de rádio apresenta depoimentos e trilhas sonoras para envolver o ouvinte no teatro de rua, onde os sons externos que envolvem essa realidade, sempre são trazidos para dentro da cena. O intuito dessa produção, vai desde compreender e desenvolver a pauta radiofônica até a edição final, trazendo uma maior intimidade com produções jornalísticas do rádio. Por meio do formato informativo nos quais os assuntos foram tratados de fatos como notícia, este produto traz um desdobramento maior do tema cultural teatro de rua foi explorado como uma forma de mostrar que existe nas ruas de Manaus e que domina as praças públicas da cidade. (LAGE, 2001) Nesse sentido, espera-se que a radioreportagem  Teatro fora da caixa: Aprendendo práticas de rádio cause impacto no público, pelo ponto de vista técnico e de disseminação de conhecimento da temática do teatro. Contribuindo também para a formação acadêmica e humana dos estudantes envolvidos na produção. Cumprindo assim o objetivo inicial de produção da reportagem para rádio e disseminação no intuito de valorizar cada vez mais essa temática, se utilizando da personalidade desse meio que ensina, é veloz, simples e não tem fronteiras, podendo juntar os ouvintes de comunidades rurais do Amazonas, com os indivíduos que ouvem rádio também na capital.  O rádio pode juntar os que se encontram separados pela geografia ou pela nacionalidade [...] possuem uma liberdade independente das linhas de um mapa . (MCLEISH,2001, p 17) Para todos os envolvidos na construção desse produto, fica o conhecimento mais consolidado sobre o rádio e sua linguagem, as lembranças do contato com o campo e com os desafios de captar elementos e transformá-los em uma narrativa apropriada, a experiência laboratorial que consolida uma escolha profissional. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> AVILA, Affonso. O Teatro em Minas Gerais: séculos XVIII e XIX. Ouro Preto: Prefeitura Municipal de Ouro Preto e Museu da Prata, 1978. <br><br>CEBULSKI, Márcia Cristina. O Teatro, como arte na escola: possibilidades educativas da tragédia grega AntÌgone.Curitiba,2007<br><br>FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2000.<br><br>HAUSMAN, Carl; MESSERE, Fritz; O DONNEL, Lewis; BENOIT, Philip. Rádio: produção, programação e performance. São Paulo: Cengage Learning, 2010. <br><br>LAGE, Nilson. Ideologia e técnica da notícia. Florianópolis: Insular, 2011. <br><br>MCLEISH, Robert. Produção de rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001.<br><br>MEDINA, Cremilda. Entrevista, o dialogo possível. São Paulo.ÁTICA,2008.<br><br>MELO, José Marques de. Jornalismo opinativo: gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. Campos do Jordão: Mantiqueira, 2003. <br><br>PARADA, Marcelo. Radio: 24 horas de jornalismo.São Paulo:Editora Panda,2000 <br><br>PRADO, Emílio. Estrutura da informação radiofônica. 2 ed. São Paulo: Summus, 1989<br><br>PRATA, Nair. Webradio: Novos gêneros, novas formas de interação.UFMG.2008. <br><br>PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2004. <br><br>SCHWINGEL, Carla. Mídias digitais: produção de conteúdo para web. 2012. <br><br>Teatro de rua. In: ENCICLOPEDIA.Itau Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.São Paulo.Itaú Cultural,2017. Disponível em:<http:>//www.enciclopédia.itaucultural.org.br/termo882/teatro-de-rua> Acesso em : 14 de março de 2017. <br><br> </td></tr></table></body></html>