ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00601</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Grande reportagem sobre o ensino da música nas escolas de Porto Velho e a aplicabilidade da lei 11.769/2008</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;JAMILE CRISTINA PEREIRA MENEZES (UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA); ANDREIA PINHEIRO GONZALEZ (UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;educação, escola, música, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">P</span>or meio de uma grande reportagem,&nbsp; tema a ser abordado envolverá a&nbsp;música na escola, apresentando como plano de fundo a Lei 11.769, criada em agosto de 2008, que surgiu com a finalidade de obrigar as escolas a ter em sua grade curricular a disciplina de música. Para conhecer o público que participa dessas atividades dentro da escola, fez-se necessário a aplicação de pesquisa quantitativa em três&nbsp;colégios da capital, utilizando um questionário com 18 (dezoito) perguntas apenas para conhecer o perfil do estudante que participa, e se são de fato, alunos.</p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; mso-layout-grid-align: none;"><span style="mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">A proposta da grande reportagem é levar o público a reflexão sobre a valorização de incentivos culturais dentro das escolas. A conversa com professores, pais de alunos e com alguns estudantes, auxiliaram no processo de compreensão da realidade vivenciada junto aqueles que acreditam que essa Lei surgiu para fortalecimento de ações culturais, e que agora propõe a sua inclusão na grade curricular da educação básica no país. Resta a seguinte pergunta: Como os educadores analisam a chegada dessa lei? E os alunos estão satisfeitos? Para que haja um esclarecimento frente a realidade local,&nbsp;houve o&nbsp;acompanhamento de&nbsp;um ensaio junto a uma das bandas que participaram do questionário de pesquisa para que eles contassem um pouco de sua história dentro do grupo, e da dedicação necessária para que pudessem tocar as primeiras notas, mérito daqueles que se esforçam, como é narrado pelos próprios alunos. No âmbito pedagógico, a pianista e também mestre em artes Llitsia Moreno, destaca as dificuldades do ensino da música nas escolas, principalmente pelas más condições dos ambientes, além dos profissionais que ainda&nbsp;não estão aptos a lecionar conforme previsto.</span></p></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><p align="justify">Produzir uma grande reportagem para a TV com o intuito de apresentar a realidade da aplicabilidade dessa Lei dentro de três escolas públicas em Porto Velho, além de colher depoimentos que comprovem mesmo com dificuldades de ser aplicada em nossa cidade, existe educadores que acreditam na ideia e trabalham a fim de defendê-la.<br>Dentro da matéria,&nbsp;foram incluídos dados&nbsp;coletados junto ao IBGE  Índice Brasileiro de Geografia e Estatísticas, apresentando o quantitativo de escolas presentes na capital, tanto municipais, quanto estaduais, além das que estão em distritos. Algumas informações também foram respondidas por meio do questionário com 18 perguntas, pois havia o interesse em conhecer um pouco da realidade individual de cada região, do tipo: será que os alunos de determinado local possuem notas em matérias de exatas melhores do que os alunos da outra parte da cidade? Ou quem sabe os alunos de um local são mais familiarizados com compositores eruditos do que os estudantes da zona central?! São perguntas aparentemente simples, mas geralmente refletem o que é vivido naquele local.<br> </p></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 26.95pt;">Com a Lei 11.769/2008 sancionada pelo governo há quase 10 anos, a falta de informações mais concretas sobre a sua utilização na capital de Rondônia foi motivo de questionamentos: Mas por quê? Seria por falta de cobrança por parte da população, ou até mesmo descaso por parte dos órgãos públicos? Para tentar compreender um pouco todo esse processo, houve um contato inicial com as secretarias de educação do Estado e do Município para confirmar se não tínhamos nada de fato que afirmasse: Tal atividade acontece porque temos a Lei em vigor. A instituição dessa Lei alterou o § 6 do artigo 26 da Lei nº 9.394/1996 que trata da obrigatoriedade do ensino da música na educação básica conforme regido pela LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, também é resultado de inúmeras fases no decorrer dos anos, a exemplo das primeiras criações da LDB, nos anos de 1961, 1971 e 1996. Mas ainda assim, com a consolidação da referida Lei em vigor há quase 10 anos, ainda é possível ver que as escolas só estão de fato preocupadas com os dias cívicos, esquecendo que a música utilizada de maneira correta pode auxiliar em diversas áreas de conhecimento, como em exatas, humanas e sociais, e partindo disso, houve a preocupação em aprender mais sobre o assunto e muito mais do que isso: mostrar sim, que a música não é apenas uma diversão. Como a resposta havia sido clara: Os representantes de educação do Estado não sabiam que uma Lei que defende as aulas de música na educação básica existia. Pois bem, recebendo tal resposta procuramos uma forma de informar o povo a respeito de algo que provavelmente os beneficiariam e que chamasse a atenção dos mesmos, surgindo assim a ideia de fazermos uma grande reportagem para TV e de procurar personagens que fossem peças importantes para a composição do nosso material. Procurou-se fazer a reportagem utilizando uma linguagem mais clara e direta, sem a necessidade de palavras com pronúncia ou significados complicados. O programa foi distribuído em três blocos com aproximadamente 5 minutos de duração cada um, sendo que fizemos o uso de algumas técnicas de entrevistas, com a inclusão de passagem da repórter, sonora, entrevistas, off, pauta, e por fim, a edição de imagens junto ao editor. Abordou-se a partir da escolha do tema e do gênero em que ele seria apresentado informações que de fato fossem respaldadas, e por isso antes de ir às escolas conversar com os docentes, houve um primeiro contato com os coordenadores educacionais locais. Muito mais do que ensinar música ao aluno de escola básica, a pretensão de atividades que o mantenham focado ou até mesmo sem o tempo ocioso, é auxiliar que o mesmo tenha oportunidades que muitas vezes estão disponíveis apenas a uma classe com um poder aquisitivo maior, além de mantê-lo distante de ofertas de vida fácil, como é de costume, principalmente em regiões mais afastadas da região central das capitais. Dentre os vários momentos que cabem destaque: a apresentação do aluno Antônio falando sobre a influência da sua irmã para que ele começasse na música, a pianista presenteando a repórter com uma cantiga da qual ela tem uma carinho muito especial: Se essa rua fosse minha e o som do violino do Antônio com a belíssima canção do Mágico de Oz  Somewhere over the rainbow composição de Harold Arlen &amp; E.Y. Harburg encerra a reportagem deixando um gostinho de quero mais.<br></p></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-fareast-language: X-NONE;">A reportagem a ser retratada no trabalho foi apresentada como tema de TCC no curso de Comunicação Social em Jornalismo da UNIRON. Inicialmente o trabalho foi defendido por uma única participante e como projeto experimental para obtenção de nota.<br>Conforme previsto nos objetivos gerais, vários personagens foram ouvidos, pois a intenção era de conversar com pessoas que pudessem explicar não somente de maneira científica, mas empírica também a importância de ações voltadas a musicalização dentro do ambiente escolar.<br>Considerando que todas as decisões a priori eram tomadas pela própria acadêmica, coube à orientadora apenas instruí-la se as decisões estavam corretas ou não.<br>O trabalho foi produzido sempre tentando respeitar os prazos estabelecidos. Por isso construiu-se um cronograma com datas para entrega durante todo o ano letivo. A dificuldade inicial era de dar o primeiro passo e fazer o contato com as pessoas necessárias. Havia o receio de não ter um retorno positivo, mas ainda assim, foi possível concluir o material.<br>Foi realizada a pesquisa para saber quais as escolas que trabalhavam com atividades musicais. Logo em seguida, era realizado o contato junto aos diretores e docentes para saber o dia do ensaio, a solicitação para a aplicação da pesquisa quantitativa a fim de conhecer os envolvidos, e ouvir relatos da história de cada grupo.<br>Em linhas gerais, a pesquisa ficou definida da seguinte forma: Com um total de 60% do público alvo, equivalente a 24 alunos de 40 que estão matriculados na Banda Marcial da escola Daniel Neri: Leão À Lauá, a faixa etária predominante fica entre 16 e 21 anos, que corresponde a 42%, ou seja, aproximadamente 10 alunos.<br>Verificou-se que o público participante equivalente é o sexo masculino, perfazendo um total 58%, ou seja, 14 jovens. No ensino médio concentra-se o maior nº de alunos, num total de 42%, totalizando 10 participantes.<br>Alguns participantes consideraram necessário frisar os benefícios que conseguiram ver em suas vidas, como maior concentração, possibilidades de um futuro mais promissor, além da satisfação com as iniciativas dentro de sua comunidade escolar e com os docentes envolvidos.<br>Já na escola Carmela Dutra, a banda musical, composta por 54 participantes no total, sendo que apenas 23 alunos, equivalente a 42,5%, responderam ao questionário, as faixas etárias dos participantes na banda são de alunos com idade entre 16 a 21 anos (78%) e em sua maioria do sexo feminino com 57%. Concentrando uma quantidade de alunos que cursam a 8ª série, algo em torno de 83% e os outros 17%, divididos entre o público de 6ª e 7ª séries, totalizando 23 alunos.<br>Num total de 33 respostas, em média, 1,5 por aluno, está o grupo que define o estudo da música como responsável por sentir-se mais tranquilo/ou calmo (48%), seguido pelo grupo de alunos que a partir dessas atividades, passaram a visualizar um futuro melhor para si com 33%, e aqueles que mencionaram ter maior capacidade de concentração com a prática musical, totalizando 18%.&nbsp; Com 96%, os alunos veem de maneira positiva as formas de incentivos dadas pelo governo para a prática de atividades musicais dentro da escola.&nbsp; <br>E por fim, na Orquestra Lira Dourada, a pesquisa foi respondida por cerca de 62% do público alvo, equivalente a 22&nbsp; alunos dos 35 que estão matriculados. A faixa etária equivalente no projeto predominou entre alunos de 10 e 15 anos, e 16 a 21 com um total de 41% em ambos. O público participante equivalente é o sexo masculino, perfazendo um total 68%, ou seja, 15 jovens. No ensino médio concentra-se a quantidade de alunos, num total de 45%, totalizando 10 participantes e sobre os incentivos do governo em proporcionar ensino de música dentro da escola, 91% dos alunos veem tal atitude de forma positiva, enquanto 9% não avalia da mesma forma. <br>Para não ficar apenas em dados numéricos conforme descrições acima, alguns personagens auxiliaram no desenvolvimento da reportagem para que a mesma ficasse com maior embasamento. Personagens como a pianista cubana e também pedagoga Llitsia Moreno (Escola de música municipal Jorge Andrade) que defendeu sua dissertação de mestrado na Universidade Federal de Rondônia - UNIR com um tema bem semelhante a proposta apresentada neste trabalho: Educação Musical na Escola Pública: Um olhar sobre o Projeto "Música para Todos" em Porto Velho, os alunos Antônio Bispo e Angélica Rodrigues, estudantes da zona sul, que participam da Orquestra Lira Dourada (Escola Municipal Joaquim Vicente Rondon) os pais da estudante Angélica Rodrigues, o sr. Cícero Francisco e a sra. Irene Rodrigues que relataram o quão importante é a participação de sua filha junto às atividades da escola, bem como os pontos em que ela melhorou,&nbsp; e o professor Cristiano Fernandes (Escola Daniel Neri) que nos contou toda a sua trajetória na música dentro do estado&nbsp; com os seus quase 20 anos de estrada, o início da banda de fanfarra da escola da zona leste Daniel Neri, sendo uma das pioneiras na capital, além das participações em várias competições pelo país. O mais interessante em ter ouvido o relato do professor Cristiano, é ter percebido o amor que ele tem pelo que faz. Não apenas pelas inúmeras dificuldades enfrentadas, mas especialmente por acreditar que o trabalho pode dar certo.<br>Depois de colhida todas as informações, por meio de vídeos e fotos, fez-se a decoupagem do que serviria para apresentar o tema, a partir de um roteiro.<br>Como não possuía equipamentos que pudessem suprir a demanda proposta, a aluno conversou com a equipe de comunicação da empresa em que trabalha solicitando todo o equipamento que ela julgou necessário utilizar, tais como: câmera filmadora Canon, além de um tripé, microfone de lapela, pilhas e carregador de bateria.&nbsp; Também foram utilizados aparelho celular e tablet, devido a dificuldade em encontrar fonte de energia para ligar os equipamentos, principalmente durante as passagens realizadas em área aberta..<br>A ideia de levar o celular para gravar os áudios das passagens foi cogitada por conta do tempo e local em que eram gravadas as cenas. Ele também servia como segunda câmera de gravação durante os dias de encontro com os personagens para captação de outros ângulos enquanto a entrevista acontecia.<br>Antes de iniciar a parte de entrevista, foram utilizados vários artigos acadêmicos voltados para técnicas de entrevistas com o intuito de auxiliar na produção, além de ser feito um script do que seria perguntado a cada um.<br>Com três públicos distintos, perguntas diferentes foram realizadas. O mesmo direcionamento de pergunta para os dois professores, mais um tipo de pergunta aos alunos, e por fim, outro modelo aos pais.<br></span></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"><p align="justify"> O tema em questão foi resultado de uma pesquisa que primeiramente agradasse a acadêmica, visto que no semestre anterior a esse, a mesma teve dificuldades em encontrar um tema que parecesse com ela.<br>Levando em consideração esse tipo de observação, ela apresentou a proposta junto à orientadora, e após conversa chegaram à conclusão que seria uma grande reportagem para TV.<br>As três escolas mencionadas na reportagem: Instituto Carmela Dutra  Zona Central, Joaquim Vicente Rondon  Zona Sul e Daniel Neri  Zona Leste, foram escolhidas devido ao tipo de atividade desenvolvida em cada uma.<br>O projeto de Banda Marcial da Escola Daniel Neri, surgiu há aproximadamente 20 anos, sob a responsabilidade do prof. Cristiano Fernandes. Um dia antes da aplicação do questionário, que se deu no dia 24 de setembro de 2016  Sábado, Cristiano relatou não apenas experiências da banda, mas especialmente o que ele busca ao envolver adolescentes, jovens e adultos, que vivem nas proximidades da escola, uma região bastante conhecida nos programas policiais da cidade.<br>Inicialmente, a proposta dele em nenhum momento foi de tornar seus  músicos bons alunos, com notas altas, ou talvez um desempenho invejável dentro da escola. Ele preza pela formação de um bom cidadão. Alguém que precisa ter disciplina, compromisso e amor pelo que faz.<br>Dessa forma, ele acredita que isso refletirá em situações do tipo: Possíveis ofertas de dinheiro fácil rejeitadas. Ele confidenciou que não quer que seus músicos, sejam profissionais. Ele quer que tenham uma profissão e que a música seja um hobby, pois isso é sempre algo que é feito com prazer.<br>A partir do momento em que eles veem isso como algo totalmente profissional, a essência pode ser perdida, e não é isso que ele quer para seus alunos. Perguntado ainda qual era o público que participava da Banda, pois conforme relatado em várias outras conversas, percebeu-se que havia algumas pessoas que não aparentavam serem alunos. Ele explicou ainda que a Banda não se limita apenas a comunidade escolar, Daniel Neri, e nem alunos no modo geral. Como ele mesmo falou que seu trabalho não é ligado ao que é imposto dentro das escolas, para a formação escolar do aluno apenas, ele não vê problema algum em ter alunos de outras escolas e até mesmo ex-alunos para ajudá-lo, uma vez que são esses próprios ex-alunos que o procuram para continuar participando da Banda, mesmo após a conclusão do ensino médio. <br>A escolha do Instituto Carmela Dutra surgiu pelo fato da acadêmica ter estudado durante os seus 10 anos na instituição, e por ela nutrir um carinho muito grande pelo local. Ao saber que a música havia surgido na escola, a mesma não pensou duas vezes e procurou se informar sobre a atividade.<br>A Banda Marcial da Escola Carmela Dutra, iniciou suas atividades há apenas três anos, conforme conversa com a professora Antônia Soares, responsável pelo acompanhamento do projeto nos dias de sábado pela manhã.<br>Na quinta-feira que antecedeu a data acima houve a visita à escola para conversar um pouco sobre o trabalho realizado por lá e também para conhecer o público. Sandro Silveira é o vice-diretor da escola e contou de forma direta como foi feita a aquisição dos instrumentos, sendo que uma parte foi disponibilizada pelo Governo e a outra, por patrocínios. <br>Diferente da escola Daniel Neri e Joaquim Vicente Rondon, os músicos da escola Carmela Dutra são todos alunos, não sendo possível a participação da comunidade externa. Outro ponto importante na escola, é que eles priorizam as notas altas, inclusive é feito um acompanhamento juntos aos docentes.<br>As atividades musicais dentro da escola geralmente estão voltadas ao feriado de Sete de Setembro e apresentações em concursos de fanfarras, promovidos pelo estado. Tanto o Instituto Carmela Dutra, quanto a escola Daniel Neri, trabalham com atividades voltadas às bandas de fanfarras, diferente da escola Joaquim Vicente Rondon, que o trabalho é voltado ao erudito.<br>A terceira escola que teve o questionário aplicado foi a Joaquim Vicente Rondon, na zona sul da Capital, a única escola da rede municipal.&nbsp; O professor Paulo de Sousa Santos foi procurado para falar um pouco do trabalho que ele realiza na região sul de Porto Velho, e em linhas gerais contou que a Orquestra Lira Dourada tem cinco anos e que surgiu com o objetivo de desenvolver a cultura musical na escola, a fim de integrar comunidade/escola também.&nbsp; Com a chegada dos trabalhadores das Usinas muitos estudantes foram para a escola, e como uma prática de atividade extracurricular, teve-se a ideia de montar uma orquestra, com o intuito de ocupar o tempo ocioso dos alunos. <br>Por volta de 2011, a Orquestra contava com aproximadamente 100 músicos, distribuídos em praticamente todos os naipes que um grande conjunto possa ter: instrumentos de corda, sopro, palhetas, percussão. Ainda segundo Paulo, havia várias apresentações por toda a cidade, com um bom ritmo de ensaio.Com o passar dos anos, vários alunos foram saindo em consequência da conclusão das obras das Usinas, e isso refletiu de maneira considerável dentro do grupo. Atualmente, o grupo possui aproximadamente 35 alunos ativos e mais uma turma de iniciantes durante as manhãs de terças-feiras e quintas-feiras, com aulas de partitura e iniciação musical. As apresentações acontecem por meio de convites, quer seja eventos escolares, particulares e culturais do município.&nbsp; Para que o trabalho continue, todos os investimentos com a manutenção dos equipamentos e instrumentos partem do orçamento da própria escola e dos alunos.<br>Ao tempo que é possível ouvir relatos de pessoas que acreditam na música e nos benefícios que ela pode trazer para a sociedade, a dificuldade em fomentar tais práticas dentro de seus ambientes escolares, frente o descaso que é apresentado, demonstra que muitas dessas pessoas precisam levar esses trabalhos na raça, principalmente por acreditarem que o jovem ou até mesmo adolescente tem os mesmos direitos que aqueles que nasceram ou cresceram num ambiente provido de melhores condições financeiras.<br></p></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;">A música é também uma forma de se comunicar. É possível interagir através dos sons quando, por exemplo, não conhecemos um determinado idioma. Como linguagem universal, a música transpõe barreiras, além de ser um tema que atrai a atenção das pessoas, especialmente jovens.</p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;">Kater (2012) destaca que o papel da musicalização se relaciona a algo diferente do ensinar, trabalho esse que envolve o socializar e o bom desenvolvimento da criança e do jovem:</p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 11pt;">Uma educação musical [...] que estimule o prazer (vínculo), para instaurar a presença inteiridade), possibilitar a participação efetiva (relação, implicação) e assim, ao estimular, a produção de conhecimentos gratificantes em nível geral e, especialmente, pessoal (formação ampla do aluno e não a simples transferência de informações por parte do professor). (</span><span style="color: rgb(39, 38, 39); font-size: 10pt;">Ministério da Cultura e Vale</span><span style="font-size: 11pt;">. p. 42)</span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 11pt;">&nbsp;</span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;">A forma como a música é aplicada nas escolas fará toda a diferença no desenvolvimento do aluno, mas não cabe a ela ser a responsável pelo milagre de tornar o aluno que não é tão inteligente a vir a ser. <span style="color: rgb(39, 38, 39); line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Ministério da Cultura e Vale p.</span>195)</p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;">Ao saber da criação da Lei 11.769/2008 que inicialmente era o foco principal do trabalho em questão, uma coisa era certa: a cidade de Porto Velho ainda não está adaptada a essa nova didática dentro de suas escolas!</p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt; -ms-text-autospace:; mso-layout-grid-align: none;">E cabe a nós, comunicólogos, apresentar ao público ferramentas de inclusão social que surgem dentro das salas de aula e nada melhor do que Lei que validem isso para a cobrança junto aos órgãos de educação. </p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">MINISTÉRIO DA CULTURA E VALE: A música na escola. [ Site na internet] http://www.amusicanaescola.com.br/pdf/AMUSICANAESCOLA.pdf> Acesso em: 07 de abril de 2016.<br><br>ALCURE, Lenira. Telejornalismo em 12 lições. Televisão, vídeo, internet. Rio de Janeiro: SENAC Nacional e PUC Rio. 2011. <br><br> </td></tr></table></body></html>