INSCRIÇÃO: 00440
 
CATEGORIA: PP
 
MODALIDADE: PP09
 
TÍTULO: Anúncio Diferenças
 
AUTORES: Amanda Travassos Pinto (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Bruna Kolhausch Drumm Araújo (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Paulo Tarso Montiel Giudici (Escola Superior de Propaganda e Marketing)
 
PALAVRAS-CHAVE: Doação de Sangue, Minorias, Diferença, Publicidade, Processo Criativo
 
RESUMO
A campanha "Diferenças" foi criada para um trabalho interdisciplinar em uma parceria entre a unidade sul da Escola Superior de Propaganda e Marketing e o grupo RBS, englobando as disciplinas: Fotografia II, Redação e Direção de Arte. O objetivo do trabalho era incentivar as pessoas a doarem sangue a partir do conceito que buscava incentivar as doações através de um grupo de pessoas que geralmente não são lembradas nos momentos em que o sangue é essencial para salvar vidas. Na peça publicitária criada, um anúncio impresso, usou-se minorias que, apesar da cor da pele ou de sua aparência, são doadoras como os demais e não devem ter a oportunidade de doar sangue desperdiçada, buscando, assim, mostrar que todos podem e devem ser doadores, objetivo principal desse trabalho.
 
INTRODUÇÃO
Atualmente são colhidas, em todo o mundo, 108 milhões de doações de sangue por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS – VERDÉLIO, 2016). Esse número ainda é baixo em relação ao tamanho da população, sendo necessário que, no mínimo, se duplique para garantir um suprimento confiável, que dê conta de toda a demanda existente. Entretanto, apesar das necessidades, as doações esbarram em alguns problemas, como é o caso de preconceitos que envolvem minorias, estes relacionados à cor da pele, aparência e estilos de vida. Alguns destes são reproduzidos pela sociedade como um todo, outros ganham força através de órgãos governamentais. Mas como julgar quem pode ou não doar sangue? Segundo o Ministério da Saúde (PORTAL BRASIL, 2014), somente estão impedidas pessoas com doença transmitida pelo sangue, tal como hepatite, ou que utilizam drogas ilícitas injetáveis. Outros casos ficam temporariamente impedidos, como tatuagens recentes, gestação, ingestão de bebidas alcoólicas, amamentação, exames com endoscópio, gripe ou resfriado. Além disso, há a polêmica Portaria nº 158/2016, que estabelece que "homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes", nos últimos 12 meses, não podem doar sangue. Segundo Rafael Carneiro (apud TREVISAN, 2016), advogado, mestre e doutorando em Direito pela Universidade Humboldt de Berlim, dizer isso "É o mesmo que dizer que os homossexuais são promíscuos. Essa situação escancara o absurdo tratamento discriminatório por parte do Poder Público brasileiro", já que esta afirmação deve valer para ambos os sexos. Com base nos entraves que se apresentam à doação de sangue, e com o intuito de quebrar paradigmas e incentivar o maior número de pessoas a doarem sangue, foi produzida uma peça publicitária para mídia impressa (anúncio), utilizando um estereótipo classificado como minoria, para mostrar que não existe cor, raça e orientação sexual que impeçam as pessoas de doar sangue e fazer o bem.
 
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho acadêmico é, através de um anúncio publicitário, incentivar uma maior participação social na doação de sangue, tendo como finalidade gerar uma reflexão sobre como julgamos as pessoas pela aparência e por suas escolhas. "No fundo a fotografia é subversiva não quando assusta, perturba ou até estigmatiza, mas quando é pensativa" (BARTHES, 1984). Para isto, foram convidados 5 modelos diferentes, entre eles uma pessoa tatuada, uma jovem com Síndrome de Down, um casal homoafetivo e uma mulher de pele negra, cada um escolhido com o objetivo de levantar o questionamento sobre quem pode ou não doar sangue, mostrando que não importam as aparências, pois por dentro somos todos iguais. Apesar das diferenças que temos, o sangue que corre em nossas veias é o mesmo, variando apenas em grupos sanguíneos A, B, AB, O e o Fator Rh (positivo ou negativo). Sendo assim, os critérios de avaliação não devem estar baseados e fundados em questões estéticas ou em estereótipos de comportamento criados a partir do preconceito, mas sim estar embasados em algo mais científico e criterioso. Muitas vezes o preconceito é gerado por falta de informação, na maioria dos casos quando a pergunta é: "Quem pode doar sangue?", as pessoas não sabem responder ou apresentam preconceitos. Essa reflexão guiou este projeto e com base nesse questionamento, buscou-se, como objetivo deste trabalho, mostrar que muitas vezes o preconceito se resume apenas a questões de aparência, o que acaba por limitar o número de doadores nos bancos de sangue.
 
JUSTIFICATIVA
Este trabalho nasceu de um projeto interdisciplinar, a partir da união das disciplinas de Direção de Arte, Fotografia II e Redação Publicitária da Escola Superior de Propaganda e Marketing, com o apoio conjunto do Grupo RBS, com o intuito de estimular a doação de sangue para os banco de sangue de Porto Alegre. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS – VERDÉLIO, 2016, s. p.): No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado hoje (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as doações voluntárias e não remuneradas precisam aumentar rapidamente em mais da metade dos países para garantir um suprimento confiável de sangue seguro para os pacientes. A partir de dados apresentados pela a entidade, são colhidas anualmente 108 milhões de doações de sangue, metade em países de alta renda, onde estão menos de 20% da população do mundo. "A taxa média de doação de sangue é nove vezes maior em países de alta renda do que nos de baixa renda" (idem). Sabendo a força e o alcance que um anúncio publicitário pode ter quando é bem elaborado e possui informações verídicas e importantes, buscamos fazer algo simples e que chamasse a atenção para esse assunto, algo explicativo e direto, que despertasse a atenção do público e fizesse com que as pessoas tomassem consciência de quão importante é doar sangue. Outro intuito desse anúncio foi fazer com que as pessoas sentissem interesse em entender o processo de doação de sangue e também entender que doar é mais fácil do que parece e que uma doação pode salvar muitas vidas. Segundo matéria veiculada pelo site da revista Super Interessante, o Brasil desperdiça 18 milhões de litros de sangue ao ano por preconceito (CARBONARI, 2016). Homossexuais masculinos, para doar sangue, precisam se abster de ter relações sexuais por um período mínimo de um ano antes da doação. Tal determinação, que parte do poder público, se mostra extremamente preconceituosa, pois fixa o estereótipo de que todo homossexual masculino é promíscuo; em contrapartida, tal dado sinaliza que heterossexuais nunca são promíscuos: o que demonstra, possivelmente, uma certa inverdade e preconceito em apenas uma determinação. A restrição representa um desfalque considerável nos estoques de sangue. Em 2014, apenas 1,8% da população brasileira doou 3,7 milhões de bolsas. É bastante sangue, mas é pouca gente – o ideal da ONU é que 3 a 5% da população de uma nação seja doadora. Mas só conseguiríamos chegar nesse ideal de 3% se o número de brasileiros que vão regularmente aos hemocentros dobrasse. Ainda é pouco. Com o aumento da demanda nos bancos de sangue e com baixo índice de doações em nosso país, torna-se cada vez mais necessária a construção de campanhas que abordem a importância da doação de sangue, incentivando mais pessoas a participar e, assim, salvando vidas. Para isso, é necessário acabar com certos preconceitos existentes na sociedade, mostrando que, sem a presença de doenças que impeçam a doação, por dentro todos somos iguais, não importa a aparência.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Para a realização desse projeto, que surgiu a partir de uma iniciativa conjunta entre a Escola Superior de Propaganda e Marketing e o Grupo RBS, foram pesquisados, primeiramente, dados relacionados ao hábito de doação de sangue, como tais: requisitos para ser doador; percentual de doadores necessários por período e percentual de doações realizadas por período. Também foram levantados dados de sobre a percepção dos indivíduos em relação à doação, como também, os motivos que talvez impeçam a doação de sangue por parte desses indivíduos. A partir dessa análise, percebeu-se duas carências relacionadas à doação de sangue: a primeira, a falta de sangue nos estoques de bancos de sangue de Porto Alegre, devido, principalmente, ao baixo número de doadores. Além disso, constataram-se determinados tipos de preconceitos existentes quando minorias tomam a decisão de doar sangue, como por exemplo, a determinação de que casais homoafetivos estão proibidos de doar sangue, o que pode ser interpretado como um ato discriminatório do poder público brasileiro. Além disso, a falta de sangue nos bancos de sangue não é nenhuma novidade e vem crescendo a cada dia, e isso faz com que médicos adiem cirurgias, o que, às vezes, pode resultar no óbito de pessoas. Isso se torna claro quando analisa-se o dado de que no Brasil, apenas 1% da população doa sangue com regularidade. Através da pesquisa, percebeu-se, também, que existem indivíduos que são impedidos de doar sangue por se enquadrarem em grupos de risco que, de acordo com algumas regras, podem acabar tendo seu sangue descartado por pertencerem a um dos grupos ou, por esse motivo, simplesmente não poderem doar. Diante dessas determinações questionáveis no sistema, milhares de doadores de sangue são desconsiderados, ao invés de se priorizar o salvamento de vidas. Assim, a partir dessas informações coletadas, partiu-se para um processo criativo, o qual gerou o conceito "Sangue Bom", em outras palavras, buscou-se mostrar através do anúncio aqui descrito, que todos os tipos de sangue são bons e essenciais para a manutenção da vida humana, independente de quem seja o doador. Dessa forma, através de uma campanha publicitária, buscou-se representar cada uma das minorias nas peças que fazem parte da campanha, sendo elas deficientes físicos, negros ou homossexuais, ou seja, pessoas que historicamente não têm voz na sociedade e lutam para ter seu espaço assim como qualquer um, afinal, todos somos iguais. Para o desenvolvimento desse trabalho, será detalhado, especificamente, o processo de criação e produção do anúncio publicitário pertencente à campanha. Dessa forma, a composição gráfica do anúncio em questão, trará elementos gráficos como ícones e ilustrações que se repetirão em todas as mídias, criando uma unidade entre as peças, bem como um texto manuscrito ou utilizando a estética da datilografia, contando um pouco da vida de cada um dos modelos que representam as minorias retratadas. No que tange a composição e técnica fotográfica utilizada para ilustrar o anúncio, buscou-se representar esses indivíduos de uma maneira simples, captando seus corpos inteiros, com expressões fisionômicas sóbrias e com apenas um pequeno curativo em um de seus braços, com uma pequena gota de sangue à mostra, como se tivesse doado sangue há pouco tempo. Além disso, a estética utilizada contará com o uso do retrato em preto e branco, em que apenas alguns elementos gráficos irão se sobrepor a foto em tons de vermelho, dando destaque ao tema principal: a doação de sangue. REFERÊNCIAS GRÁFICAS Figura 1: Foto para publicidade digital – Guaraná Antártica Fonte: Acesso em 10 abr. 2017. Figura 2: Foto para publicidade digital – Prevenção ao câncer de mama Fonte: Acesso em 10 abr. 2017. Para o desenvolvimento da peça publicitária apresentada nesse trabalho, um anúncio publicitário, buscou-se referências de estéticas, tipografia e cores que pudessem servir de inspiração para sua realização. Nas referências gráficas acima apresentadas, ficam claramente destacadas, em cada uma, sempre a predominância de uma cor na peça, com o intuito de reforçar a mensagem veiculada: no primeiro caso, no cartaz do Guaraná Antarctica, o verde da latinha do guaraná está associado ao verde do mar; já na segunda peça, o rosa "pink" está associado à mulher e à feminilidade e à campanha de prevenção ao câncer de mama. Tendo esse comparativo, buscou-se, no anúncio realizado para a campanha de doação de sangue, priorizar o uso de uma cor predominante, no caso, matizes de cinza, combinando com a estética em preto e branco da fotografia produzida para o projeto. A partir disso, a composição final da peça foi estudada em rafes (do inglês "Rough", rascunho) pré-elaborados, a partir de múltiplas referências, repletas de elementos gráficos que seriam necessários serem tratados em pós-produção no programa gráfico Adobe Photoshop após a obtenção da fotografia, assim, primeiramente, a foto deveria ser limpa, eliminando-se sombras e sujeiras, utilizando apenas a modelo e fundo, para posteriormente serem incorporados ao fundo da peça a textura de papel envelhecido em matiz de cinza uma ilustração em estilo de entalhe seco representando um coração, que representa não só o órgão do corpo que bombeia o próprio sangue, mas também por representar, simbolicamente o amor e a solidariedade. Além disso, tipografias que lembram carimbos, grafados na cor branca, foram sobrepostos à foto, com as letras A B AB e O, representando os tipos sanguíneos, com o título grafado em vermelho, cor simbólica do sangue e que confere alto contraste à tipografia bastão utilizada no título da peça. Já a hashtag #sanguebom utilizou uma tipografia manuscrita, o que traz uma personalidade mais humana à peca. O texto de apoio, por ter uma massa maior, utilizou uma tipografia serifada, conferindo maior legibilidade ao texto. A seguir, é apresentado o anúncio, a peça publicitária produzida nesse projeto, e que seguiu como base as diretrizes de criação e programação visual acima: Figura 3: Foto do cartaz para a campanha publicitária Fonte: elaborada pelos autores.
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
Este trabalho acadêmico foi desenvolvido com o objetivo de criar e entregar uma campanha publicitária para o cliente Grupo RBS em conjunto com a unidade sul da Escola Superior de Propaganda e Marketing. O briefing, que é um documento que registra todas as necessidades e obrigações de um trabalho publicitário, bem como seu público-alvo e verba estipulada, foi entregue aos alunos e tinha como pontos principais a necessidade de impactarmos e incentivarmos o máximo de pessoas da comunidade a doarem sangue para os bancos de sangue de Porto Alegre, despertando empatia e solidariedade. Após estudar-se profundamente o problema proposto à turma, evidenciou-se várias linhas a serem seguidas, nas quais, enxergou-se como principal desafio a falta de sangue nos bancos de sangue e a falta de hábito de doação por parte dos cidadãos, assim, percebeu-se que haveria uma possibilidade de tal falta de hábito estar ligado ao preconceito, à preguiça e à desinformação das pessoas quanto ao ato doação de sangue. ਀ Sendo assim, o processo de trabalho para o desenvolvimento do anúncio que fazia parte da campanha publicitária para incentivo à doação de sangue foi dividido em quatro etapas distintas, a saber: pesquisa, planejamento, produção e execução.਀ Na primeira fase, buscou-se conhecer o tema de forma mais aprofundada, buscando dados empíricos relevantes sobre a doação de sangue no Brasil e em Porto Alegre, além de buscar referências gráficas de campanhas e imagens publicitárias pré-existentes que ajudassem a formular uma composição gráfica harmônica. ਀ Já na etapa do planejamento, a partir dos dados coletados na fase de pesquisa, foi definido o posicionamento que seria seguido para a campanha, dando assim os caminhos que definiram a linha de conceito de comunicação que seria trabalhada, guiando a forma como o anúncio seria criado graficamente. ਀ Assim, o conceito nasceu devido a evidência de duas carências quando se fala em doação de sangue. São elas, a própria falta de sangue nos bancos de sangue de Porto Alegre e o preconceito que existe quando certas minorias tomam a decisão de doar, pois existem os chamados grupos de risco, indivíduos que, de acordo com regras impostas pelo poder público, como Secretarias de Saúde e Ministério da Saúde, podem acabar tendo seu sangue descartado erroneamente ou, simplesmente, não podem doar. Com tantas falhas no sistema, milhares de litros de sangue podem ser desperdiçados, em vez de estarem a disposição para salvar vidas de quem o necessita. Em outras palavras, todos os tipos de sangue são bons e essenciais, independentemente de quem é o doador. Dessa forma, surgiu a indagação: “Quem disse que somos diferentes?”, e por consequência a hashtag “ #sanguebom”.਀ Para a produção das fotos publicitárias, das quais o anúncio faria uso de uma delas, foram escolhidas 5 pessoas que representassem a classe das minorias: deficientes físicos, negros, homossexuais e pessoas que possuem tatuagens, ou seja, pessoas que historicamente não têm voz na sociedade e lutam por espaço, assim como todos nós. Com isso, também buscou-se trabalhar os públicos que pertencem a grupos de risco, pois há preconceito contra homossexuais ou pessoas tatuadas que pretendem doar, por exemplo.਀ No anúncio publicitário, essas pessoas foram representadas de maneira simples, captando seus corpos inteiros, expressões sóbrias e apenas um algodão em seus braços, com uma pequena gota de sangue, como se tivessem doado sangue há pouco tempo. Para o cenário, foi escolhido o fundo branco, em que foi tratado com a adição de uma textura em matiz de cinza, para dar destaque ao modelo, além de roupas na mesma cor, para que não fosse desviado o olhar dos detalhes em vermelho-sangue, dando assim foco total nos modelos e na chamada publicitária “A diferença não está na pele” inserida na edição da pós-produção. Quanto ao olhar da modelo, buscou-se retratá-la de forma que evidencie o empoderamento do indivíduo, mostrando que, independente da sua aparência ou opção sexual, os modelos presentes também podem doar sangue e devem sentirem-se à vontade para isso. ਀ Na pós-produção, a foto foi retratada utilizando a estética em preto e branco, com os elementos gráficos que compõem o anúncio, em tons de cinza, que foram sobrepostos na foto, ficando apenas em vermelho a tipografia do título, dando destaque principal à doação de sangue. A peça foi finalizada trazendo ícones e ilustrações gráficas que foram repetidas em todas as mídias, assim como o texto de apoio que evidencia ainda mais como todos os indivíduos são iguais entre si, e portanto, todo sangue é bom. Sabendo que o tema é delicado e importante, buscou-se, assim, criar anúncios com uma estética simples e limpa, além de serem explicativos, para fácil entendimento do público. ਀ Levando em consideração que as cores têm influência sobre a percepção e o estado psicológico do leitor de uma peça publicitária, buscou-se pesquisar quais cores seriam mais efetivas para a realização da campanha e sua utilização nas peças gráficas a serem produzidas, entre elas, o anúncio. Assim, a paleta de cores escolhida é composta por preto, cinza, branco e tons de vermelho. Buscamos 3 cores neutras e uma que remetesse à doação de sangue. Os tons de vermelho remetem ao sangue e, ao mesmo tempo, à coragem e motivação, além de ser uma cor que remete ao estado de alerta, chamando a atenção à peça publicitária. O preto traz sofisticação, elegância e força ao anúncio, o branco transmite paz e pureza, além de remeter a hospital e ajudar a tornar a peça limpa e neutra, e a cinza transmite o minimalismo e a serenidade. ਀  Figura 4: Pantone das cores escolhidas para o anúncio਀䘀漀渀琀攀㨀 攀氀愀戀漀爀愀搀漀 瀀攀氀漀猀 愀甀琀漀爀攀猀⸀ ਀䨀 愀猀 琀椀瀀漀最爀愀昀椀愀猀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀猀 瀀愀爀愀 愀 挀漀洀瀀漀猀椀漀 搀漀 愀渀切渀挀椀漀 昀漀爀愀洀 愀 䜀漀琀栀愀洀Ⰰ 䄀瀀瀀氀攀 䜀愀爀愀洀漀渀搀Ⰰ 䐀椀搀漀琀 攀 伀爀愀渀椀攀渀戀愀甀洀⸀ 䄀 攀猀挀漀氀栀愀 搀攀 䜀漀琀栀愀洀 猀攀 搀攀甀 愀琀爀愀瘀猀 搀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 甀猀愀爀 甀洀愀 昀漀渀琀攀 戀愀猀琀漀Ⰰ 猀攀洀 猀攀爀椀昀愀Ⰰ 漀 焀甀攀 瀀爀漀瀀漀爀挀椀漀渀愀 愀氀琀愀 氀攀最椀戀椀氀椀搀愀搀攀 攀 愀 琀漀爀渀愀 昀愀挀椀氀洀攀渀琀攀 瘀椀猀瘀攀氀  搀椀猀琀渀挀椀愀⸀ 䄀瀀瀀氀攀 䜀愀爀愀洀漀渀搀Ⰰ 䐀椀搀漀琀 攀 伀爀愀渀椀攀渀戀愀甀洀 昀漀爀愀洀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀猀 瀀漀爀 瀀漀猀猀甀爀攀洀 搀攀猀攀渀栀漀 攀 栀愀猀琀攀猀 昀椀渀愀猀Ⰰ 愀洀瀀氀愀洀攀渀琀攀 甀琀椀氀椀稀愀搀愀猀 攀洀 爀攀瘀椀猀琀愀猀 攀 攀搀椀琀漀爀椀愀椀猀 搀攀 洀漀搀愀Ⰰ 瀀漀爀 琀攀爀攀洀 甀洀 愀猀瀀攀挀琀漀 挀氀猀猀椀挀漀 攀 琀爀愀稀攀爀攀洀 爀攀焀甀椀渀琀攀  瀀攀愀⸀  ਀䘀椀最甀爀愀 㔀㨀 吀椀瀀漀最爀愀昀椀愀猀 攀猀挀漀氀栀椀搀愀猀 Fonte: elaborado pelos autores.਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀 昀漀椀 搀攀 攀砀琀爀攀洀愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 瀀愀爀愀 漀 愀瀀爀攀渀搀椀稀愀搀漀 愀挀愀搀洀椀挀漀 攀 椀渀搀椀瘀椀搀甀愀氀 搀攀 挀愀搀愀 椀渀琀攀最爀愀渀琀攀 搀漀 最爀甀瀀漀 搀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀⸀ 䐀甀爀愀渀琀攀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀Ⰰ 栀漀甀瘀攀 甀洀 瀀爀漀昀甀渀搀漀 愀瀀爀攀渀搀椀稀愀搀漀 猀漀戀爀攀 琀挀渀椀挀愀 昀漀琀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 挀漀洀瀀漀猀椀漀 最爀昀椀挀愀 搀攀 甀洀 愀渀切渀挀椀漀 攀 爀攀搀愀漀 瀀甀戀氀椀挀椀琀爀椀愀⸀  ਀䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀Ⰰ 挀漀渀猀琀爀甀椀甀ⴀ猀攀 愀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 ᰀ⌠匀愀渀最甀攀 䈀漀洀ᴀⰠ 焀甀攀 爀攀琀爀愀琀漀甀 攀砀愀琀愀洀攀渀琀攀 漀 瀀漀猀椀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀 搀攀 昀漀爀洀愀 氀攀瘀攀Ⰰ 攀砀瀀氀椀挀愀琀椀瘀愀 攀 攀猀琀攀琀椀挀愀洀攀渀琀攀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀⸀ 䄀 椀搀攀椀愀 昀漀椀 愀戀漀爀搀愀爀 漀 琀攀洀愀 搀漀愀漀 搀攀 猀愀渀最甀攀 搀攀 甀洀愀 昀漀爀洀愀 愀洀瀀氀愀Ⰰ 渀漀 猀 椀渀挀攀渀琀椀瘀愀渀搀漀 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 愀 搀漀愀爀攀洀Ⰰ 洀愀猀 猀椀洀 昀愀稀攀渀搀漀 挀漀洀 焀甀攀 攀氀愀猀 瀀爀漀挀甀爀攀洀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀搀愀猀 愀漀 琀攀洀愀 攀 瘀椀猀愀渀搀漀 愀漀 洀攀氀栀漀爀 攀渀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 猀漀戀爀攀 漀 愀猀猀甀渀琀漀 攀 琀愀氀瘀攀稀 愀漀 攀渀最愀樀愀洀攀渀琀漀 渀攀猀猀愀 挀愀甀猀愀 焀甀攀  琀漀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 攀 甀爀最攀渀琀攀⸀  ਀䄀 瀀甀戀氀椀挀椀搀愀搀攀 攀 漀 愀渀切渀挀椀漀 漀戀樀攀琀椀瘀愀洀Ⰰ 愀猀猀椀洀Ⰰ 攀渀琀爀攀 漀甀琀爀漀猀 昀愀琀漀爀攀猀Ⰰ 愀 愀挀攀椀琀愀漀 搀攀 椀渀搀椀瘀搀甀漀猀 愀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀搀愀猀 洀攀渀猀愀最攀渀猀⸀ 一漀 挀愀猀漀 搀愀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 攀洀 焀甀攀猀琀漀Ⰰ 戀甀猀挀漀甀ⴀ猀攀  愀琀椀渀最椀爀 漀 瀀切戀氀椀挀漀 攀洀 搀漀椀猀 愀猀瀀攀挀琀漀猀 搀攀 爀攀氀攀瘀渀挀椀愀 猀漀挀椀愀氀㨀 愀 搀漀愀漀 搀攀 猀愀渀最甀攀 攀 愀 猀甀瀀攀爀愀漀 搀攀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀猀 攀 攀猀琀攀爀攀琀椀瀀漀猀⸀ 䄀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 挀甀洀瀀爀攀 愀猀猀椀洀Ⰰ 甀洀 瀀愀瀀攀氀 爀攀氀攀瘀愀渀琀攀 攀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀⸀ ਀䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 愀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 猀攀 爀攀瘀攀猀琀攀 搀攀 愀爀琀攀⸀ 䘀漀爀洀愀 挀漀爀 攀 挀漀渀琀攀切搀漀 猀攀 栀愀爀洀漀渀椀稀愀爀愀洀 攀洀 瀀攀愀猀 爀攀瘀攀猀琀椀搀愀猀 搀攀 戀攀氀攀稀愀 攀 猀攀渀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀Ⰰ 椀洀瀀愀挀琀愀渀搀漀 瀀攀氀漀 猀攀甀 挀漀渀琀攀切搀漀⸀ 䌀漀渀昀漀爀洀攀 愀渀琀攀爀椀漀爀洀攀渀琀攀 挀椀琀愀搀漀Ⰰ 䈀愀爀琀栀攀猀 ⠀㄀㤀㠀㐀⤀ 渀漀猀 攀渀猀椀渀愀 焀甀攀 ∀一漀 昀甀渀搀漀 愀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀  猀甀戀瘀攀爀猀椀瘀愀 渀漀 焀甀愀渀搀漀 愀猀猀甀猀琀愀Ⰰ 瀀攀爀琀甀爀戀愀 漀甀 愀琀 攀猀琀椀最洀愀琀椀稀愀Ⰰ 洀愀猀 焀甀愀渀搀漀  瀀攀渀猀愀琀椀瘀愀∀⸀ 䄀 挀愀洀瀀愀渀栀愀 氀攀瘀愀 漀 瀀切戀氀椀挀漀 愀 瀀攀渀猀愀爀 攀 爀攀愀瘀愀氀椀愀爀 瘀愀氀漀爀攀猀 攀 挀漀猀琀甀洀攀猀Ⰰ 猀攀渀猀椀戀椀氀椀稀愀渀搀漀 瀀愀爀愀 甀洀愀 瀀漀猀琀甀爀愀 瀀爀ⴀ愀琀椀瘀愀 攀 搀攀 爀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 猀漀挀椀愀氀⸀ 䌀甀洀瀀爀椀爀愀洀ⴀ猀攀Ⰰ 愀猀猀椀洀Ⰰ 漀猀 漀戀樀攀琀椀瘀漀猀 琀爀愀愀搀漀猀 瀀愀爀愀 攀猀琀攀 攀猀琀甀搀漀⸀
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. ਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀䄀刀䈀伀一䄀刀䤀Ⰰ 倀洀攀氀愀⸀ 䈀爀愀猀椀氀 搀攀猀瀀攀爀搀椀愀 ㄀㠀 洀椀氀栀攀猀 搀攀 氀椀琀爀漀猀 搀攀 猀愀渀最甀攀 愀漀 愀渀漀 瀀漀爀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀⸀ 匀甀瀀攀爀 䤀渀琀攀爀攀猀猀愀渀琀攀Ⰰ 渀漀瘀⸀ ㈀ ㄀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀猀甀瀀攀爀⸀ 愀戀爀椀氀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀猀愀甀搀攀⼀戀爀愀猀椀氀ⴀ搀攀猀瀀攀爀搀椀挀愀ⴀ㄀㠀ⴀ洀椀氀栀漀攀猀ⴀ搀攀ⴀ氀椀琀爀漀猀ⴀ搀攀ⴀ猀愀渀最甀攀ⴀ愀漀ⴀ愀渀漀ⴀ瀀漀爀ⴀ瀀爀攀挀漀渀 挀攀椀琀漀⼀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㄀  愀戀爀⸀ ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀漀渀昀椀爀愀 爀攀焀甀椀猀椀琀漀猀 戀猀椀挀漀猀 瀀愀爀愀 搀漀愀爀 猀愀渀最甀攀⸀ 倀漀爀琀愀氀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ ㈀㔀 渀漀瘀⸀ ㈀ ㄀㐀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀戀爀愀猀椀氀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀猀愀甀搀攀⼀㈀ ㄀㐀⼀㄀㄀⼀挀漀渀昀椀爀愀ⴀ爀攀焀甀椀猀椀琀漀猀ⴀ戀愀猀椀挀漀猀ⴀ瀀愀爀愀ⴀ搀漀愀爀ⴀ猀愀渀最甀攀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀  洀愀爀⸀ ㈀ ㄀㜀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀吀刀䔀嘀䤀匀䄀一Ⰰ 䴀愀爀椀愀 䌀愀爀漀氀椀渀愀⸀ 䈀爀愀猀椀氀 瀀攀爀搀攀 ㄀㤀 洀椀氀栀攀猀 搀攀 氀椀琀爀漀猀 搀攀 猀愀渀最甀攀 搀漀愀搀漀 愀漀 愀渀漀 瀀漀爀 瀀爀漀椀戀椀爀 搀漀愀漀 搀攀 栀漀洀漀猀猀攀砀甀愀椀猀⸀ 䈀爀愀猀椀氀攀椀爀漀猀Ⰰ  㐀 樀甀渀⸀ ㈀ ㄀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀猀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀㈀ ㄀㘀⼀ 㘀⼀戀爀愀猀椀氀ⴀ瀀攀爀搀攀ⴀ㄀㤀ⴀ洀椀氀栀漀攀猀ⴀ搀攀ⴀ氀椀琀爀漀猀ⴀ搀攀ⴀ猀愀渀最甀攀ⴀ搀漀愀搀漀ⴀ愀漀ⴀ愀渀漀ⴀ瀀漀爀ⴀ瀀爀漀椀戀椀爀ⴀ搀漀愀挀愀漀ⴀ搀攀ⴀ栀漀洀漀猀猀攀砀甀愀椀猀⼀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀  洀愀爀⸀ ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀嘀䔀刀䐀준䰀䤀伀Ⰰ 䄀渀搀爀攀椀愀⸀ 伀䴀匀㨀 䐀漀愀攀猀 搀攀 猀愀渀最甀攀 瀀爀攀挀椀猀愀洀 愀甀洀攀渀琀愀爀 攀洀 洀愀椀猀 搀愀 洀攀琀愀搀攀 搀漀猀 瀀愀猀攀猀⸀ 䔀䈀䌀 ጀ†䄀最渀挀椀愀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ ㄀㐀 樀甀渀⸀ ㈀ ㄀㘀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀ 愀最攀渀挀椀愀戀爀愀猀椀氀⸀攀戀挀⸀挀漀洀⸀戀爀⼀椀渀琀攀爀渀愀挀椀漀渀愀氀⼀渀漀琀椀挀椀愀⼀㈀ ㄀㘀ⴀ 㘀⼀漀洀猀ⴀ搀椀稀ⴀ焀甀攀ⴀ搀漀愀挀漀攀猀ⴀ瘀漀氀甀渀琀愀爀椀愀猀ⴀ搀攀ⴀ猀愀渀最甀攀ⴀ瀀爀攀挀椀猀愀洀ⴀ愀甀洀攀渀琀愀爀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀  洀愀爀⸀ ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀