ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00129</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Relato de pesquisa e produção do webdoc Maria Mulheres Maranhenses</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Pâmella Suéllen Costa Moraes (Universidade de Brasília); Dione Oliveira Moura (Universidade de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;webdocumentário, entrevistas, mulheres, quebradeiras, maranhão</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">RESUMO Marias Mulheres Maranhenses é um site de webdocumentário, feito como trabalho de conclusão de curso em 2016, o qual teve como objetivo registrar a memória de mulheres dos povoados de Vazante e Formosa, interior do Maranhão, além de investigar como se dão as relações socioculturais e de gênero. Por meio de relatos das mulheres entrevistadas, o trabalho tenta construir uma imagem dessas mulheres, personagens que, ao mesmo tempo que são comuns no cenário nordestino, são singulares em suas histórias. Por meio de entrevistas, imagens atuais de onde vivem e com suporte teórico de autores que abordam o tema de memória, o projeto busca conectar essa realidade interiorana tão esquecida e pouco divulgada na mídia nacional ou internacional. O site de webdocumentário pode ser acessado em http://projetomarias.com.br.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">INTRODUÇÃO A produção do site de webdocumentário Maria Mulheres Maranhenses nasceu da ânsia de contar histórias femininas frequentemente esquecidas ou desvalorizadas. Projetado à primeira vista como um livro, a ideia tomou forma de site de webdocumentário <http://projetomarias.com.br> ao encontrar nas palavras de suas próprias personagens a melhor maneira de relato. Considerado o Estado com a população de menor faixa de renda per capita da federação , o Maranhão ainda sofre com problemas que fogem à realidade do brasileiro médio. Por ter como atividades econômicas predominantes a agricultura e a pecuária , 36,9% da população ainda vive no meio rural e é um mistério para o resto do país. Não surpreendente, o maranhense, quando retratado, cai no estereótipo do nordestino: o homem a la Lampião ou ribeirinho. Compondo a maioria da população (50,46%) , as mulheres maranhenses sofrem com os ônus de viverem no segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país. Violência doméstica, discriminação de gênero, mortalidade infantil e acesso precário à saúde e educação são alguns dos problemas que acompanham o baixo IDH. Durante seis meses, divididos entre planejamento, viagens, filmagens, edição e lançamento, as Mulheres Maranhenses foram também objetos de estudo. Graças à possibilidade de realizar um produto como trabalho de conclusão de curso, pude reunir a pesquisa em comunicação com um projeto audiovisual. Mesmo sendo, à época, graduanda da habilitação em Publicidade e Propaganda, não quis me limitar à essa habilitação mas realizar um Projeto Final na área de Comunicação. Já que estava, afinal de contas, trabalhando para ser uma bacharel em Comunicação Social, por que não produzir algo que envolvesse a comunicação como um todo? Transitando entre o cinema, o jornalismo e a publicidade, surgiu a presente pesquisa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">OBJETIVO Construir um registro da memória de mulheres maranhenses a partir de seus próprios relatos, compreendendo o feminino e seu protagonismo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Elaborar um site de webdocumentário que reconte histórias de maneira sensível e não dura, puramente informativa. Aos mesmo tempo, retratar essa parte isolada da população, disponibilizando informações àqueles que procurem, trazendo para o maior número de a realidade interiorana do Estado do Maranhão e suas habitantes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">JUSTIFICATIVA Filha de dois maranhenses, desde pequena, eu, Pâmella Moraes, fui acostumada ao calor, ao sertão e ao Guaraná Jesus gelado. Mesmo nascida e morando em Brasília a vida inteira, o interior do Nordeste sempre foi um lugar comum aos meus olhos. Com viagens semestrais que chegavam a se estender em até dois meses no período das férias escolares, também desde pequena fui apresentada (dessa vez como espectadora) à miséria generalizada, ao estereótipo e também à quebra dele. Em Brasília, a realidade não chegava nem perto daquela nordestina. Matriculada em colégios particulares de alto custo, a vida sempre foi repleta de privilégios que eu sabia não serem para todos. Muito me irritava a maneira como os nordestinos eram retratados na grande mídia. Em jornais ou novelas, a imagem era a de que o Nordeste é um grande bloco homogêneo, eternamente representado pelo sertanejo ignorante, esfomeado, fugindo da seca e falando com um sotaque pernambucano marcado. Não que esse tipo não exista, mas está longe de ser o nordestino em sua totalidade. Por ser mulher, nasci já insatisfeita com o patriarcado. Assim como a maioria, tive uma criação machista que não se encaixava nem um pouco na minha personalidade. Mas, claro, eu morava em uma metrópole e tinha muito mais acesso e oportunidade do que a absoluta maioria das mulheres com quem convivia no interior do Nordeste. Essa diferença se fez ainda mais intrigante quando descobri o feminismo na universidade. Por meio de leituras e às vezes pessoalmente, conheci grandes estudiosas feministas - Judith Butler (2010), Simone de Beauvoir (2009), Joan Scott (1995), bell hooks (2000) - que acenderam em mim o desejo de realizar estudos de gênero. Também na faculdade, aperfeiçoei algo que antes era hobby: escrever. Contar histórias virou meu trabalho e estudar sobre isso, uma paixão. Pela importância que esses temas ocupam na minha vida, produzir algo que os unisse fez total sentido. O registro de uma memória, por meio uma coletânea de histórias, que seja fiel às suas interlocutora e ressalte o protagonismo das mesmas </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de produção do documentário se dividiu em três partes: a pré-produção, a produção e a pós-produção. 4.1 Pré-produção Na fase de pré-produção, os quatro eixos de estudo do trabalho foram decididos: Memória, Maranhão, Mulheres e Imagem. Reunir informações sobre o estado e sua população foi o diferencial mais importante da produção, uma vez que isso me deu uma visão mais ampla do que procurar e esperar. Para chegar até essa definição, encontrei forte base nos trabalhos de Maurice Halbawchs (2004). Na obra A Memória Coletiva, Halbwachs afirma que a memória individual existe sempre a partir de uma memória coletiva, já que a origem de várias lembranças é inspirada pelo grupo e as experiências passadas que o atravessaram. Além disso, o autor aponta: Haveria então, na base de toda lembrança, o chamado a um estado de consciência puramente individual que - para distingui-lo das percepções onde entram elementos do pensamento social - admitiremos que se chame intuição sensível (HALBWACHS, 2004:.41). Logo, apesar das memórias individuais sofrerem forte influência da memória coletiva, existe ainda um estado de consciência individual puro, a intuição sensível. É essa intuição sensível permeada pela memória coletiva que o documentário procura captar: as experiências individuais, que até certo ponto traduzem também a experiência do coletivo, sem deixar de serem histórias particulares e próprias. Através do contato com esses estudos sobre memória, história e oralidade, foi que ocorreu a mudança de formato do produto. Inicialmente pensado como um livro, o documentário apareceu como uma opção após os estudos de Alistair Thomson (1997), que defende o contato com a memória viva. É importante perceber que, ao entrevistar alguém sobre determinado acontecimento, uma demonstração de emoção ou confusão em relação aos fatos pode dizer mais do que um papel carimbado; é possível observar pausas, expressões e sentimentos que muitas vezes são engessadas pelas palavras. O documentário, por trabalhar não apenas com texto mas também com imagem, faz com que seja possível captar todas essas peculiaridades. Após a coleta dessas referências téoricas, o documentário se mostrou a melhor forma de expressão e fazê-lo em versão web a maneira mais adequada devido à sua dinâmica e à facilidade de distribuição e acesso. A partir daí, a pesquisa passou a girar em torno do local, da criação da entrevista e da seleção das possíveis personagens. Até esse momento, todo conhecimento que eu possuía era puramente empírico. Visitas semestrais e convivência com algumas mulheres no interior maranhense me deram noção do que poderia ser pesquisado, mas nada disso tinha fonte acadêmica. O primeiro passo foi, então, procurar estudos sobre o Estado e a situação de suas mulheres, além de me aprofundar na linguagem de documentário. É interessante observar como o trabalho do documentarista se aproxima ao do historiador; na busca pelo registro do outro, a memória é a linguagem de ambos. Ao contrário de outros gêneros, o documentário se compromete com uma narração do real. Em seu artigo  O documentário como chave para a nossa memória afetiva , para a Revista Intercom, Cassio dos Santos Tomain (2009) afirma que  o cineasta caracteriza o documentário como um valioso lugar de memória, uma vez que, segundo Nora, estes lugares só existem porque os grupos sociais veem seu passado ameaçado pelo esquecimento . Já o estilo indireto do documentário, que traz um olhar diferente para a realidade, também é transmitido quando ele migra para a internet. Em seu artigo  Webdocumentário: implicações dos recursos tecnológicos digitais na composição estrutural e narrativa do formato , Egle Müller Spinelli aponta: Tanto nos documentários como nos webdocumentários normalmente são abordados assuntos que dão mais ênfase aos conteúdos ligados à atualidade, os quais impulsionam a audiência a refletir e tomar consciência sobre o seu papel na sociedade. Como coloca Arlindo Machado (2011: 08),  o documentário é uma produção instituída por sujeitos que se interrogam sobre o mundo (SPINELLI, 2013: 180). Além disso, o site de webdocumentário, com esse formato relativamente novo, entrega ao espectador a possibilidade de construir a narrativa diante da sua própria linearidade. Ao acessar a história da maneira como lhe interessa, a tecnologia proporciona que a experiência do filme seja cada vez mais individual. 4.2 Produção Uma vez que decidi pelo site de webdocumentário, percebi que seria dificílimo viajar e filmar tudo sozinha, já que ninguém da minha família tinha tempo ou conhecimento suficiente para me ajudar em relação às filmagens. Acabei convidando Beatriz Chaves, ex-aluna da graduação de publicidade da UnB e amiga de longa data, a qual já havia trabalhado comigo em outras situações e que se prontificou rapidamente a me acompanhar. Das câmeras utilizadas (foram duas, ambas do modelo Nikon D3100), uma era de uso próprio e a outra foi cedida pela Faculdade de Comunicação, assim como o microfone de lapela, tripé e gravador de áudio. Dessa forma, meu gasto com equipamentos foi nulo, pois também já possuía cartões de memória e baterias. Configurei as câmeras para que filmassem em 1080p pois, mesmo sabendo que isso influenciaria no tamanho dos arquivos posteriormente, a prioridade era a alta qualidade da imagem. O lugar, tão remoto quanto se pode perceber, conheceu água encanada e luz elétrica apenas no ano de 2011. É um cenário até hoje um pouco isolado, apesar de claramente diferente com a presença de televisores e alguns poucos telefones fixos, capazes de captar sinal. As gravações eram feitas nessas condições, contando com muito improviso e sorte. Das doze personagens entrevistadas, eu conhecia três. Foi a partir delas que fui sendo inserida nas conversas e reuniões que me levaram a conhecer todas as outras. As entrevistas se davam em um tom informal, de conversa na beira da calçada. Dessa forma, elas, que nunca tiveram contato com tamanha parafernália audiovisual, se sentiam mais à vontade frente a câmera. As perguntas foram adaptadas à cada história, às vezes focando mais em um assunto do que outro a depender da pessoa. 4.3 Pós-produção Ainda no Maranhão, comecei a pesquisar possíveis contatos que pudessem me ajudar na edição do webdocumentário. Sem experiência, não existia a possibilidade de tratar do material sozinha e eu precisava de alguém o quanto antes. Por indicação de amigos da própria Faculdade de Comunicação, entrei em contato com Isabelle Araújo. Com família de raízes nordestinas, Isabelle já havia viajado ao interior de Pernambuco e entendia bem o cenário do sertão nordestino. Logo que cheguei em Brasília, nos conhecemos e passei à ela todo o material que havia coletado. Criamos pastas conjuntas no Google Drive para que pudéssemos decupar e montar o documentário. Toda a edição e montagem foram feitas com o programa Adobe Premiere. Desde o começo, a intenção era dividir os vídeos por temas que, em especial, fossem referentes ao feminino. A entrevista também foi pensada para que uma pergunta não dependesse da outra e os temas pudessem ser vistos tanto juntos quanto separados. Conversando com Isabelle, chegamos em um consenso de juntar alguns temas relacionados para diminuir a necessidade de mais vídeos, que sozinhos poderiam ficar pequenos demais e sem sentido. A edição completa durou cerca de dois meses, sendo sempre acompanhada e aprovada por mim e pela professora Dione. Para a visualização e distribuição, os vídeos foram subidos na plataforma Youtube, gratuita. Além disso, foi feito um site para maiores informações sobre o projeto. O site foi feito em parceria com Gleydson Lima. Gleydson fez o lettering logo após a escolha do nome do produto e ajudou na arquitetura de informação da página. O produto finalizado, site e vídeo, foi liberado ao público dia 25 de novembro de 2016 e a memória do projeto, defendida e aprovada no dia 01 de dezembro de 2016, em sessão no auditório Pompeu de Sousa da FAC/UnB.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como apontado anteriormente, o projeto foi tomando forma de acordo com sua evolução. Ao fim, foram realizados seis vídeos de, em média, cinco minutos, abordando diferentes assuntos na ótica social e de gênero, de modo que ficaram divididos assim: Vídeo 01  Quem e Onde É o vídeo do contexto. Com mais ênfase na imagem, as entrevistas entram em segundo plano, pois a atenção está no ambiente. São mostradas imagens da estrada, das casas do povoado, do trabalho das quebradeiras de coco, seguidas por uma breve introdução de cada personagem. Vídeo 02  Infância Focado na primeira parte da vida de cada uma, nesse vídeo descobrimos a relação delas com suas famílias e suas primeiras responsabilidades dentro e fora de casa. No caso de Dafni, a pequena de 7 anos, o vídeo aborda sua vida atual. Vídeo 03  Educação e Trabalho Por serem diretamente relacionados, educação e trabalho foram dois temas a serem apresentados juntos. Aqui, as personagens falam sobre seu período  ou a falta dele - na escola, o abandono dos estudos e o tem hoje como profissão. Vídeo 04  Casamento e Sustento Nesse vídeo, a ligação entre casamento e renda familiar é coloca sob a luz. Além de conhecer sobre o lado das relações amorosas das personagens, o casamento se mostra como parte fundamental do sustento delas, uma vez que algumas são dependentes financeiramente do marido. Vídeo 05 - Filhos Ser mãe é uma parte muito grande da vida de cada uma, especialmente das mais velhas, que tiveram muitas crianças. Detalhes sobre a gestação, o acompanhamento médico e o parto são abordados aqui. Uma visão geral da maternidade e suas responsabilidades no contexto em que vivem. Vídeo 06  Ser mulher Último vídeo do site de webdocumentário, é o que carrega a pergunta central: o que é ser mulher? A ideia do feminino, de como o gênero influencia e molda suas vidas, das diferenças entre homem-mulher que elas enxergam e suas opiniões sobre o quão justo são essas relações. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Idealizar, escrever, filmar e editar este projeto me trouxeram os mais diversos sentimentos: o autoconhecimento daquilo que é também a minha história, a emoção de enxergar tantas familiaridades em um só lugar, a alegria de conhecer pessoas boas ao longo do caminho, a tristeza perante às injustiças ouvidas. Nenhum deles, no entanto, foi tão grande quanto a inquietação de querer fazer mais. Percebi que a falta de informações concretas sobre o Maranhão e sobre as mulheres maranhenses consegue enganar até quem acredita conhecer a realidade de lá. Por mais que estejamos evoluindo no quesito pesquisa e registro da História das Mulheres, ainda há muito o que se fazer. Acreditamos que o produto site de webdocumentário Marias Mulheres Maranheses cumpriu o papel a que se propôs: retratou cada personagem à sua maneira, dando espaço de fala para que as mulheres que ouvimos  Mundica, Maria Rodrigues, Maria José, Laene, Isabel, Eva, Eleusina, Aldaires, Lucicléia, Dayane, Sandra e Dafni - expressassem suas opiniões, buscamos um olhar sensível para com o feminino, e, principalmente, mostrando ao espectador uma realidade pouco conhecida e pouco divulgada na mídia comercial. Elaborar esse site de webdocumentário foi um sonho alto, definitivamente um passo maior que a perna, visto que eu não tinha experiência suficiente para levar o projeto adiante sozinha. Tive que aprender em semanas o que pessoas levam meses, anos para se aperfeiçoar e, dentro das minhas possibilidades, com a ajuda de uma equipe competente, fiz um trabalho que me orgulha. Deixar esse retrato da memória feminina maranhense foi a parte que me coube, por enquanto. Fica aqui a minha colaboração em mostrar ao mundo que essas mulheres existem, são donas de suas histórias e merecem a oportunidade de contá-las a qualquer um que quiser ouvir os seus sotaques. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Tradução Sérgio Milliet. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. <br><br> BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. <br><br>CASTELLS, Arnau Gifreu. El documental interactivo como nuevo género audiovisual. Barcelona, Universitat Pompeu de Fabra, 2012 Disponível em: http://agifreu.com/interactive_documentary/TesisArnauGifreu2012.pdf Acesso em: 21/11/2016. <br><br>HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo, Centauro, 2004.<br><br>hooks, bell. Feminist theory: from margin to center. South End Press. Cambridge, MA, 2000.<br><br>SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,jul./dez. 1995.<br><br>SPINELLI, Müller Egle. Webdocumentário: implicações dos recursos tecnológicos digitais na composição estrutural e narrativa do formato. São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.academia.edu/6016574/Webdocument%C3%A1rio_implica%C3%A7%C3%B5es_dos_recursos_tecnol%C3%B3gicos Acesso em: 03/09/2016<br><br>THOMSON, Alister. Recompondo a memória - Questões sobre a relação entre a História Oral e as memórias. São Paulo, Proj. História, 1997. <br><br>TOMAIM, Cassio dos Santos. O documentário como chave para a nossa memória afetiva. Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, Brasil, jul./dez. 2009. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/viewFile/259/252. Acesso em: 03/09/201 <br><br> </td></tr></table></body></html>