INSCRIÇÃO: 00251
 
CATEGORIA: CA
 
MODALIDADE: CA05
 
TÍTULO: Roteiro do Curta Metragem (O)
 
AUTORES: Mariane Cunha Barbosa Lima (Universidade Católica de Brasília); Alessandro Paolo Souza Resende (Universidade Católica de Brasília); Nathalia Barros de Melo (Universidade Católica de Brasília); Matheus de Souza Oliveira (Universidade Católica de Brasília); Alex Vidigal Rodrigues de Sousa (Universidade Católica de Brasília)
 
PALAVRAS-CHAVE: relacionamento abusivo, machismo, comunicação, roteiro, audiovisual
 
RESUMO
O roteiro de ficção do curta-metragem “(O)” tem como base uma pesquisa metodológica que discute a violência contra a mulher no sistema patriarcal, o amor romântico, o relacionamento abusivo. O roteiro trabalha com o gênero cinematográfico – drama. O projeto reflete como que, por meio dos conceitos teóricos do audiovisual, as referências fílmicas, agregadas ao conhecimento técnico e prático constroem uma narrativa cinematográfica escrita. Aborda o processo de realização desde a ideia, o argumento, e a construção do roteiro: a narrativa, os personagens e como a escrita como conteúdo audiovisual – imagem e som.
 
INTRODUÇÃO
A proposta do roteiro de ficção (O), trabalho desenvolvido como projeto de conclusão de curso, é um drama que trabalha situações abusivas dentro dos relacionamentos amorosos. A partir de outras referências cinematográficas acerca do amor, do abuso sexual e da construção das personagens femininas na tela, o projeto propõe construir ficcionalmente uma narrativa que discuta, por meio da narrativa cinematográfica o sistema patriarcal e como o mesmo influencia as relações de poder e o ideal romântico. O roteiro mostrará a relação de um jovem casal, Marina e Eduardo, que decidiu morar junto e, desde então, acontecimentos machistas e abusivos começam a se tornar visíveis no cotidiano deles.਀匀攀最甀渀搀漀 䨀攀愀渀ⴀ䌀氀愀甀搀攀 䌀愀爀爀椀爀攀 ⠀㄀㤀㤀㔀⤀ 愀 椀洀愀最攀洀 攀洀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 攀猀琀 愀漀 愀氀挀愀渀挀攀 搀攀 琀漀搀漀猀Ⰰ 愀漀 挀漀渀琀爀爀椀漀 搀愀 攀猀挀爀椀琀愀 攀洀 焀甀攀 愀猀 瀀愀氀愀瘀爀愀猀 攀猀琀漀 猀攀洀瀀爀攀 搀攀 愀挀漀爀搀漀 挀漀洀 甀洀 挀搀椀最漀Ⰰ 漀 焀甀愀氀 瘀漀挀 搀攀瘀攀 猀攀爀 挀愀瀀愀稀 搀攀 搀攀挀椀昀爀愀爀⸀ 倀漀爀 椀猀猀漀 愀 搀攀挀椀猀漀 搀攀 搀椀猀挀甀琀椀爀 愀 琀攀洀琀椀挀愀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 挀椀渀攀洀愀琀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 甀洀愀 昀漀爀洀愀 搀攀 愀洀瀀氀椀昀椀挀愀爀 搀椀猀挀甀爀猀漀猀Ⰰ 挀漀洀甀渀椀挀愀爀 攀 挀漀渀琀爀椀戀甀椀爀 猀漀挀椀愀氀 攀 挀甀氀琀甀爀愀氀洀攀渀琀攀⸀  Portanto, o projeto é a produção de um roteiro ficcional do gênero drama, que discute a temática violência contra a mulher no relacionamento amoroso. O peso e importância social e cultural ampliam a necessidade de o produto ser construído, com isso tendo como base a comunicação e o processo comunicacional.
 
OBJETIVO
Realizar um roteiro de ficção do gênero drama para discutir conceitos machistas, patriarcais e atitudes abusivas que se transformaram socialmente aceitas e rotineiras em um relacionamento amoroso. Utilizar conceitos teóricos sobre drama e as técnicas de construção de um roteiro cinematográfico para realizar uma narrativa fílmica, que seja possível de desenvolver. Analisar a temática relacionamento abusivo, violência contra a mulher e transformar a problemática em um roteiro ficcional. Entender a importância da técnica audiovisual para transmitir mensagem ao público, por meio da escrita de um roteiro cinematográfico.
 
JUSTIFICATIVA
Durante a produção de uma narrativa cinematográfica até sua finalização são necessárias escolhas e decisões que construirão o que virá a ser a mensagem do futuro filme, então conceitos acerca da linguagem do cinema são mantidos ou reestruturados para alcançar da melhor forma o objetivo da linguagem audiovisual na construção do mesmo. ਀䔀猀琀攀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 挀漀洀甀渀椀挀愀挀椀漀渀愀氀  攀砀瀀氀椀挀愀搀漀 瀀漀爀 匀椀氀瘀愀渀愀 䜀漀渀琀椀樀漀 ⠀㈀ ㄀㐀⤀㨀 ᰀ倠愀爀愀 栀愀瘀攀爀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 猀漀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀猀 漀 攀洀椀猀猀漀爀Ⰰ 愀 椀渀昀漀爀洀愀漀⼀洀攀渀猀愀最攀洀Ⰰ 漀 洀攀椀漀 ⴀ 瀀攀氀漀 焀甀愀氀 愀 洀攀渀猀愀最攀洀  攀砀瀀爀攀猀猀愀 攀 漀 爀攀挀攀瀀琀漀爀ᴀ⸠ 匀攀 愀猀猀漀挀椀愀爀 猀漀洀攀渀琀攀 愀 攀猀挀爀椀琀愀 搀攀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 漀 爀漀琀攀椀爀椀猀琀愀  漀 攀洀椀猀猀漀爀㬀 愀 椀渀昀漀爀洀愀漀⼀洀攀渀猀愀最攀洀㬀 漀 爀漀琀攀椀爀漀 ⴀ 漀 洀攀椀漀 攀 漀 爀攀挀攀瀀琀漀爀 漀 瀀切戀氀椀挀漀⸀  Com isso, a maneira como são abordados o discurso e a narrativa audiovisual faz com que o roteiro e futuramente o produto pronto sejam capaz de comunicar e informar por meio de códigos diferentes da escrita e da fala, pois no audiovisual a presença da imagem e do som possibilitam outras experiências comunicacionais. ਀ऀ倀愀爀愀 䔀氀氀愀 匀栀漀栀愀琀 攀 刀漀戀攀爀琀 匀琀愀洀 ⠀㈀  㘀⤀ 漀 挀椀渀攀洀愀 攀 愀 琀攀氀攀瘀椀猀漀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 瘀攀挀甀氀漀猀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 猀漀 挀愀洀瀀漀猀 搀攀 昀漀爀洀愀琀愀漀 搀愀 挀甀氀琀甀爀愀Ⰰ 挀愀瀀愀稀攀猀 搀攀 挀愀琀愀氀椀猀愀爀 甀洀愀 渀漀瘀愀 攀猀昀攀爀愀 搀攀 椀渀昀漀爀洀愀漀Ⰰ 瀀爀漀挀攀猀猀漀⸀ 䐀攀猀琀愀 昀漀爀洀愀Ⰰ 瀀爀漀搀甀稀椀爀 甀洀 瀀爀漀搀甀琀漀  搀攀 攀砀琀爀攀洀愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 瀀愀爀愀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 攀 昀漀爀琀椀昀椀挀愀爀 椀搀攀愀椀猀Ⰰ 挀漀渀挀攀椀琀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀 攀 挀甀氀琀甀爀愀椀猀 攀 瀀攀渀猀愀爀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀⸀  De acordo com os dados divulgados pela Central de Atendimento disque 180, nos 10 primeiros meses do ano de 2015, do número total de registros 85,85% foram de violências doméstica e familiar. No caso, em 67,36% dos relatos a violência foi cometida por homens com os quais a vítima possuía vínculo afetivo, como: companheiros, cônjuges, namorados ou amantes, ex-companheiros, ex-cônjuges, ex-namorados. Número que foi 40,33% superior ao mesmo período do ano de 2014.਀⠀伀⤀Ⰰ 爀漀琀攀椀爀漀 瀀爀漀搀甀稀椀搀漀 挀漀洀漀 瀀愀爀琀攀 搀攀 甀洀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀攀 挀漀渀挀氀甀猀漀 搀攀 挀甀爀猀漀Ⰰ 甀洀 搀漀猀 挀爀椀琀爀椀漀猀 瀀愀爀愀 愀 漀戀琀攀渀漀 搀漀 搀椀瀀氀漀洀愀 搀攀 戀愀挀栀愀爀攀氀愀搀漀 攀洀 䌀漀洀甀渀椀挀愀漀 匀漀挀椀愀氀⸀ 䄀氀洀 搀愀 爀攀氀攀瘀渀挀椀愀 搀攀 琀爀愀戀愀氀栀愀爀 攀 愀瀀爀攀渀搀攀爀 愀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 氀椀渀最甀愀最攀洀 愀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀 猀攀渀琀椀搀漀 渀愀爀爀愀琀椀瘀漀Ⰰ  椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 焀甀攀 愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 瀀攀渀猀愀爀 挀漀洀漀 瀀漀搀攀爀 琀爀愀渀猀昀漀爀洀ⴀ氀漀 攀洀 椀洀愀最攀洀 攀 甀搀椀漀 瀀漀猀猀愀 挀漀洀甀渀椀挀愀爀⸀ 䄀漀 瘀椀猀甀愀氀椀稀愀爀 漀 渀切洀攀爀漀 最爀愀渀搀攀 搀攀 洀甀氀栀攀爀攀猀 焀甀攀 猀漀 愀昀攀琀愀搀愀猀 攀 瘀琀椀洀愀猀 搀愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀Ⰰ 愀洀瀀氀椀昀椀挀愀ⴀ猀攀 愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 搀攀 猀攀 琀爀愀琀愀爀 愀 琀攀洀琀椀挀愀 瘀椀漀氀渀挀椀愀 挀漀渀琀爀愀 愀 洀甀氀栀攀爀Ⰰ 挀甀氀琀甀爀愀 瀀愀琀爀椀愀爀挀愀氀⸀ 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
No primeiro momento a pesquisa ficou restrita a relatos de diversas mulheres, via internet e como lidaram com os relacionamentos abusivos e suas experiências, depois a pesquisa se intensificou com o papel da mulher na sociedade, ideais românticos, cultural patriarcal e técnicas desde a roteirização. A partir da estruturação e o entendimento dos conceitos, as etapas técnicas para o desenvolvimento do roteiro foram aplicadas.਀ऀ伀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀 昀漀椀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 昀椀挀挀椀漀渀愀氀 焀甀攀 愀戀漀爀搀愀 漀 琀攀洀愀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀 愀戀甀猀椀瘀漀 ⴀ 瘀椀漀氀渀挀椀愀 瀀猀椀挀漀氀最椀挀愀 攀 漀 愀戀甀猀漀 猀攀砀甀愀氀⸀ 䐀攀 昀漀爀洀愀 焀甀攀 洀漀猀琀爀愀爀 搀攀猀搀攀 猀椀琀甀愀攀猀 挀漀琀椀搀椀愀渀愀猀 愀戀甀猀椀瘀愀猀 愀琀 愀 挀攀渀愀 昀椀渀愀氀Ⰰ 漀 攀猀琀甀瀀爀漀 猀漀昀爀椀搀漀 瀀攀氀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀⸀ 伀 瀀爀漀樀攀琀漀 瀀爀漀挀甀爀愀 琀爀愀戀愀氀栀愀爀 攀 琀爀愀稀攀爀 琀漀渀愀 漀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀 搀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 䴀愀爀椀渀愀 攀 愀 爀攀氀愀漀 攀渀琀爀攀 攀氀攀猀 ⴀ 䔀搀甀愀爀搀漀 攀 䴀愀爀椀渀愀⸀ Com isso, o projeto se baseia em conceitos do drama clássico, no qual utiliza diálogos frequentes. O curta pretende conciliar o gênero drama, a estética e a temática violência contra mulher de forma que transforme a técnica e a escrita em imagem e som, alcançando o objetivo de trazer cinematograficamente ideais de fortalecimento da mulher e empoderamento feminino.਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀一愀 栀漀爀愀 搀攀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀Ⰰ 漀 挀愀洀椀渀栀漀 瀀愀爀愀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀  瘀愀爀椀瘀攀氀⸀ 䠀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀 挀漀洀攀愀洀 挀漀洀 甀洀 琀攀洀愀 焀甀攀 氀栀攀猀 椀渀琀攀爀攀猀猀愀 漀甀 焀甀攀 挀漀渀栀攀挀攀 戀攀洀㬀 栀 焀甀攀洀 挀漀洀攀挀攀 瀀漀爀 甀洀 挀漀渀昀氀椀琀漀 瀀漀渀琀甀愀氀㬀 漀甀琀爀愀猀Ⰰ 瀀漀爀 甀洀 攀猀瀀愀漀 漀甀 椀洀愀最攀洀Ⰰ 瀀漀爀 甀洀愀 洀切猀椀挀愀Ⰰ 漀甀 愀椀渀搀愀 瀀攀氀漀 瘀椀猀氀甀洀戀爀攀 搀攀 甀洀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀⸀ 儀甀攀爀 搀椀稀攀爀Ⰰ 挀漀洀攀挀攀 瀀漀爀 漀渀搀攀 瘀漀挀 戀攀洀 攀渀琀攀渀搀攀爀 ⠀匀䄀刀䄀䤀嘀䄀Ⰰ 䌀䄀一一䤀吀伀Ⰰ ㈀  㐀Ⰰ 瀀⸀ ㌀㌀⤀⸀  Não existe uma regra para transformar a escrita em imagem e som. Segundo Saraiva e Cannito (2009), o começo de um roteiro é uma intuição e um desejo de expressar uma ideia, mas para isso é preciso ter contato direto com as diversas estruturas de outros roteiros. Essa ideia, ou ponto principal da história, não se encontra estruturada em um primeiro momento. O que se encontra ali é um vago ponto de partida e temas soltos. “Um roteiro é um instrumento de comunicação e deve ser escrito de modo a facilitar ao seu leitor a visualização da história” (SARAIVA, CANNITO, 2004, p. 18).਀ऀ一漀 猀攀 瀀漀搀攀 椀洀愀最椀渀愀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 焀甀攀 猀攀 氀愀渀愀猀猀攀 琀漀琀愀氀洀攀渀琀攀  愀瘀攀渀琀甀爀愀⸀ 준 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 瀀攀氀漀 洀攀渀漀猀 琀攀爀 攀洀 瘀椀猀琀愀 愀 搀甀爀愀漀 搀漀 昀椀氀洀攀 攀 漀 漀爀愀洀攀渀琀漀 搀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 ⠀䌀䄀刀刀䤀저刀刀䔀㬀 䈀伀一䤀吀娀䔀Ⰰ ㄀㤀㤀㘀Ⰰ 瀀⸀ ㌀㐀⤀⸀ 吀漀搀愀瘀椀愀Ⰰ 愀 瀀爀攀漀挀甀瀀愀漀 渀漀 瀀漀搀攀 攀砀琀椀爀瀀愀爀 愀 挀爀椀愀琀椀瘀椀搀愀搀攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 攀 愀 瀀爀攀漀挀甀瀀愀漀 搀攀 愀氀挀愀渀愀爀 漀 瀀切戀氀椀挀漀⸀ 倀愀爀愀 焀甀攀 椀猀琀漀 攀猀琀攀樀愀 洀愀椀猀 瀀爀砀椀洀漀 搀攀 愀挀漀渀琀攀挀攀爀 ᰀ渠漀 搀攀瘀攀爀椀愀 栀愀瘀攀爀 挀攀渀愀猀Ⰰ 渀甀洀 昀椀氀洀攀Ⰰ 焀甀攀 渀漀 昀漀猀猀攀洀 瀀漀爀琀愀搀漀爀愀猀 搀攀 甀洀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀Ⰰ 挀漀渀搀甀稀椀搀愀猀 瀀漀爀 甀洀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀ᴀ†⠀䌀䄀刀刀䤀저刀刀䔀㬀 䈀伀一䤀吀娀䔀Ⰰ ㄀㤀㤀㘀Ⰰ 瀀⸀ 㤀㜀⤀⸀ Doc Comparato (1995) divide a construção do fio condutor da narrativa em começo, meio e fim, que constroem uma narrativa clássica. No primeiro momento há uma situação desestabilizadora, uma promessa, uma expectativa e o conflito aparece. No segundo ato complicação do problema piora a situação, tentativa de normalização, levando a lição ao limite. No terceiro tem-se o clímax e a resolução do problema. Estruturação que é pensada, também, por Syd Field (2001) - Ato I, Ato II e Ato III. ਀䔀氀攀 攀砀瀀氀椀挀愀 挀漀洀漀 䄀琀漀 䤀 搀攀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀漀Ⰰ 漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 猀漀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀猀Ⰰ 搀漀 焀甀攀 猀攀 琀爀愀琀愀 愀 栀椀猀琀爀椀愀Ⰰ 挀漀洀漀 攀氀愀 攀猀琀⸀ 一攀猀琀攀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 洀漀洀攀渀琀漀 挀爀椀愀ⴀ猀攀 甀洀 挀漀渀琀攀砀琀漀 焀甀攀 瀀漀搀攀 猀甀猀琀攀渀琀愀爀 愀 栀椀猀琀爀椀愀⸀ 一漀 䄀琀漀 䤀䤀 搀攀 挀漀渀昀爀漀渀琀愀漀Ⰰ 漀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀 琀攀洀 漀戀猀琀挀甀氀漀猀Ⰰ 甀洀 愀瀀猀 漀 漀甀琀爀漀Ⰰ 焀甀攀 椀洀瀀攀搀攀洀 漀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 搀攀 挀栀攀最愀爀 愀 猀甀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀爀愀洀琀椀挀愀Ⰰ 挀漀渀猀琀爀甀椀渀搀漀 愀 愀漀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀攀 挀漀渀昀氀椀琀漀猀⸀ 伀 䄀琀漀 䤀䤀䤀 搀攀 爀攀猀漀氀甀漀Ⰰ 愀 栀椀猀琀爀椀愀 攀猀琀 搀攀渀琀爀漀 搀漀 挀漀渀琀攀砀琀漀 搀爀愀洀琀椀挀漀Ⰰ 漀 焀甀攀 最攀爀愀 甀洀愀 爀攀猀漀氀甀漀Ⰰ 愀 猀漀氀甀漀 搀愀 栀椀猀琀爀椀愀Ⰰ 洀愀猀 渀漀  漀 昀椀洀⸀ 伀 昀椀洀  愀 猀攀焀甀渀挀椀愀 愀瀀猀 愀 猀漀氀甀漀⸀ 匀攀最甀渀搀漀 匀礀搀 䘀椀攀氀搀 ⠀㈀  ㄀⤀ 愀 昀漀爀洀愀 搀攀 攀猀挀爀攀瘀攀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀  挀栀愀洀愀搀愀 搀攀 倀愀爀愀搀椀最洀愀Ⰰ 漀甀 猀攀樀愀Ⰰ 甀洀愀 昀爀洀甀氀愀 搀攀 戀漀洀 爀漀琀攀椀爀漀 渀漀 Ⰰ 渀攀挀攀猀猀愀爀椀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 愀 戀愀猀攀 瀀愀爀愀 猀攀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 甀洀愀 栀椀猀琀爀椀愀 挀漀攀猀愀⸀ Contudo, a produção do roteiro do curta-metragem (O) não se utiliza da estrutura clássica da narrativa, possui plot point que se desintegram na narrativa, o que faz parecer um roteiro sem altos e baixos como explicado por Doc Comparato e Syd Field. Outra diferença vem no final do produto, no ato III de resolução, o curta não se altera, obtém um clímax que é o estupro da personagem pelo seu companheiro Eduardo, mas a situação não se altera, pois Marina continua com Eduardo. Já como representação, consideramos o mundo ficcional da narrativa, o retrato de uma determinada realidade ou seus significados mais amplos (BORDWELL, 1985: XI).਀䐀攀猀琀愀 昀漀爀洀愀Ⰰ 愀琀椀瘀椀搀愀搀攀猀 挀漀琀椀搀椀愀渀愀猀Ⰰ 漀 爀攀氀愀挀椀漀渀愀洀攀渀琀漀 搀攀 甀洀 挀愀猀愀氀Ⰰ 戀爀椀最愀猀 爀漀琀椀渀攀椀爀愀猀 焀甀攀 挀漀洀攀愀洀 攀 愀挀愀戀愀洀 猀漀稀椀渀栀愀猀Ⰰ 攀猀琀愀猀 猀漀 攀猀挀漀氀栀愀猀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀猀 搀漀 挀甀爀琀愀ⴀ洀攀琀爀愀最攀洀 ⠀伀⤀⸀ 䄀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀漀 爀漀琀攀椀爀漀 氀攀洀戀爀愀 䔀氀攀琀爀漀搀漀洀猀琀椀挀愀 ⠀䤀䐀䔀䴀Ⰰ 䈀刀Ⰰ ㈀ ㄀㈀⤀Ⰰ 挀漀洀 瀀氀漀琀猀 搀椀氀甀搀漀猀 攀 甀洀 挀氀洀愀砀 渀愀 挀攀渀愀 昀椀渀愀氀 焀甀愀渀搀漀 愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 昀愀稀 愀洀漀爀 挀漀洀 愀 洀焀甀椀渀愀 搀攀 氀愀瘀愀爀⸀ 一漀 挀甀爀琀愀 愀 猀攀焀甀渀挀椀愀 昀椀渀愀氀  焀甀愀渀搀漀 䔀搀甀愀爀搀漀 攀猀琀甀瀀爀愀 䴀愀爀椀渀愀 攀Ⰰ 挀漀洀漀 漀 䔀氀攀琀爀漀搀漀洀猀琀椀挀愀Ⰰ 漀 昀椀渀愀氀 琀愀洀戀洀 攀猀琀 攀洀 愀戀攀爀琀漀⸀  Violência contra a mulher em relações de afeto e abuso sexual são temáticas que, quando nomeadas, alcançam um imaginário social muito forte e trazem moralmente ao espectador raiva e repulsa. Contudo o produto não tem como objetivo trazer o assunto por meio de acontecimentos extremos de violência e abuso. Apenas discutir a naturalização de violência nos relacionamentos amorosos e a rotina de discursos machistas. ਀ऀ 5.1 Drama਀伀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 最渀攀爀漀 瘀攀洀 搀愀 挀爀琀椀挀愀 氀椀琀攀爀爀椀愀Ⰰ 愀渀琀攀猀 搀漀 愀搀瘀攀渀琀漀 搀漀 挀椀渀攀洀愀⸀ 䌀漀洀漀 渀愀 氀椀琀攀爀愀琀甀爀愀Ⰰ 猀攀 昀攀稀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 漀猀 昀椀氀洀攀猀 猀攀爀攀洀 挀氀愀猀猀椀昀椀挀愀搀漀猀Ⰰ 漀 焀甀攀 漀挀愀猀椀漀渀漀甀 搀攀昀椀渀椀攀猀 挀漀洀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 洀攀琀漀搀漀氀最椀挀漀⸀ 一漀 愀渀漀猀 㜀 Ⰰ 挀爀琀椀挀漀猀 挀栀愀洀愀爀愀洀 愀 愀琀攀渀漀 瀀愀爀愀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 椀挀漀渀漀最爀昀椀挀漀猀 搀漀猀 昀椀氀洀攀猀Ⰰ 愀猀 昀漀爀洀愀猀 椀渀琀攀爀渀愀猀 攀 攀砀琀攀爀渀愀猀 搀愀 瀀爀漀搀甀漀⸀ 䄀 攀砀琀攀爀椀漀爀 挀漀渀猀椀猀琀攀 攀洀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 瘀椀猀甀愀椀猀Ⰰ 愀 椀渀琀攀爀椀漀爀 猀攀爀椀愀 漀猀 洀攀椀漀猀 焀甀攀 漀猀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 瘀椀猀甀愀椀猀 猀漀 甀琀椀氀椀稀愀搀漀猀⸀ ᰀ唠洀 猀攀渀琀椀搀漀 椀渀挀氀甀猀椀瘀漀 渀漀 焀甀愀氀 琀漀搀漀猀 漀猀 昀椀氀洀攀猀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀渀琀攀猀 搀漀 最渀攀爀漀ᴀ†⠀匀吀䄀䴀Ⰰ ㈀  ㌀Ⰰ 瀀⸀㄀㐀㠀⤀⸀ Além do conceito defendido pela Escola de Frankfurt, do gênero como sintoma de uma produção massificada. “Teóricos começaram a perceber o gênero como a cristalização de um encontro negociado entre o cineasta e a audiência” (STAM, 2003, p. 148). Robert Stam (2003) explica que para Steav Neale o gênero era “sistemas de orientação, expectativas e convenções que circulam entra a indústria, o texto e o sujeito”. Utilizando-se deste sistema de orientação, o gênero cinematográfico para o curta-metragem (O) foi o drama, de forma que antes do público assistir o filme, será possível resgatar conceitos e referências para orientá-lo sobre o que verá na tela. ਀ऀᰀ传 搀爀愀洀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀 甀洀 洀甀渀搀漀 昀椀挀挀椀漀渀愀氀 焀甀攀 攀砀椀猀琀攀 攀洀 猀椀⸀ 䌀漀洀漀 猀攀 栀漀甀瘀攀猀猀攀 洀攀猀洀漀 攀猀猀攀 ᠀漠甀琀爀漀 洀甀渀搀漀 瀀漀猀猀瘀攀氀ᤀ†攀Ⰰ 瀀漀爀 愀氀最甀渀猀 椀渀猀琀愀渀琀攀猀Ⰰ 昀猀猀攀洀漀猀 挀愀瀀愀稀攀猀 搀攀 挀漀渀琀攀洀瀀氀ⴀ氀漀ᴀ†⠀匀䄀刀䄀䤀嘀䄀Ⰰ 䌀䄀一一䤀吀伀Ⰰ ㈀  㐀Ⰰ 瀀⸀ 㘀 ⤀⸀ 倀愀爀愀 椀猀琀漀  渀攀挀攀猀猀爀椀漀 焀甀攀 渀漀 爀漀琀攀椀爀漀 愀猀 焀甀攀猀琀攀猀 椀渀搀椀瘀椀搀甀愀椀猀Ⰰ 挀漀洀 愀猀 爀攀氀愀攀猀 攀渀琀爀攀 漀猀 栀漀洀攀渀猀 猀攀 搀攀攀洀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀攀 甀洀愀 昀漀爀洀愀 瀀爀椀瘀椀氀攀最椀愀搀愀Ⰰ 漀 搀椀氀漀最漀Ⰰ 攀 猀漀 爀攀昀漀爀愀搀愀猀 瀀攀氀愀 洀椀猀攀ⴀ攀渀ⴀ猀挀渀攀⸀ 倀愀爀愀 焀甀攀 爀漀琀攀椀爀漀 愀氀挀愀渀挀攀 漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 搀攀 猀攀 昀愀稀攀爀 瘀攀爀搀愀搀攀椀爀漀 愀 焀甀攀洀 漀 瘀  愀 瀀爀椀洀愀稀椀愀 搀愀猀 爀攀氀愀攀猀 椀渀琀攀爀猀甀戀樀攀琀椀瘀愀猀Ⰰ 猀甀樀攀椀琀漀 攀 猀甀樀攀椀琀漀⼀猀甀樀攀椀琀漀 攀 漀戀樀攀琀漀⸀ ऀ Diferente da tragédia Grega, no drama moderno os personagens não dependem de deuses para serem traçados e o embate não é entre um ser terreno e um ser divino. O drama moderno se utiliza do homem em embate com a vontade dos outros homens. A ação dramática do roteiro do curta-metragem, o conflito entre o relacionamento de Marina e Eduardo, de forma que os plot point - pontos de virada - da narrativa são os conflitos ocasionados pelas diferenças de vontades dos personagens, advinda da naturalização dos discursos machistas pelo Eduardo. Desta forma, “diferentemente do épico, que narra fatos passados, o drama mostra um mundo que está “acontecendo” no exato momento em que falamos” (SARAIVA, CANNITO, 2004, p. 61).
 
CONSIDERAÇÕES
No momento que escolhi trabalhar o projeto como um experimento me coloquei a mercê do processo como um todo em todas as etapas da construção de um roteiro ficcional. Pensar a comunicação, o audiovisual e relacioná-los, sendo capaz de, por meio de suas vertentes teóricas, entender a importância sociocultural, seus gêneros cinematográficos, seus conceitos, seus autores e suas teorias. ਀䌀漀渀猀攀最甀椀爀 挀漀渀昀爀漀渀琀愀爀 攀 挀漀渀猀琀爀甀椀爀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 搀攀 挀甀爀琀愀ⴀ洀攀琀爀愀最攀洀Ⰰ 琀爀愀渀猀昀漀爀洀愀爀 椀搀攀椀愀猀Ⰰ 瀀愀氀愀瘀爀愀猀 攀洀 挀漀渀挀攀椀琀漀猀 瘀椀猀甀愀椀猀 瀀愀爀愀 愀 瀀爀漀搀甀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀甀琀甀爀漀⸀ 吀爀愀戀愀氀栀愀爀 愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 搀愀 琀攀洀琀椀挀愀 渀愀 爀攀愀氀椀稀愀漀 搀漀 爀漀琀攀椀爀漀⸀ 䌀漀洀 愀 挀漀氀愀戀漀爀愀漀 搀愀 攀焀甀椀瀀攀 攀 漀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 愀搀焀甀椀爀椀搀漀 攀洀 琀漀搀漀 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀Ⰰ 焀甀攀 猀攀 搀攀甀 琀愀渀琀漀 瀀攀氀愀 氀攀椀琀甀爀愀 挀漀洀漀 瀀攀氀愀猀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 昀氀洀椀挀愀猀⸀ 䔀渀琀漀Ⰰ 瀀甀搀攀 挀漀洀攀愀爀 愀 洀椀渀栀愀 挀愀洀椀渀栀愀搀愀 攀洀 戀甀猀挀愀 搀愀 洀椀渀栀愀 瀀爀瀀爀椀愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 挀漀洀漀 爀攀愀氀椀稀愀搀漀爀愀Ⰰ 爀漀琀攀椀爀椀猀琀愀⸀  Desta forma, é a realização de sair de um projeto a importância de desenvolver uma boa narrativa, a construção dos personagens, os plots points. Além de trazer para a tela como uma roteirista mulher problemáticas ainda frequentes no universo feminino, tratando pela temática ideais ainda naturalizados. Em um período em que, como mulheres, estamos repensando nossos papéis sociais e ainda achando um espaço no mercado audiovisual, diferente de atrizes sexualizadas e objetificadas, a mulher é capaz de realizar o seu trabalho na tela e por trás das câmeras. Como roteirista capaz de criar um discurso audiovisual que reflita as relações machistas imperantes socialmente e ainda naturalizadas.਀ऀ䰀漀最漀Ⰰ 漀 瀀爀漀搀甀琀漀 琀爀漀甀砀攀爀 甀洀愀 瘀椀猀漀 搀攀 挀漀洀漀 漀 愀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀 猀攀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀Ⰰ 猀甀愀 椀洀瀀漀爀琀渀挀椀愀 渀漀 昀漀爀琀愀氀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀 漀瀀椀渀椀攀猀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 猀攀爀 甀洀 挀愀渀愀氀 搀攀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀 瀀愀爀愀 爀攀攀猀琀爀甀琀甀爀愀爀 挀漀渀挀攀椀琀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀Ⰰ 挀漀洀漀 甀洀 洀攀椀漀 挀愀瀀愀稀 搀攀 愀氀挀愀渀愀爀 漀 瀀切戀氀椀挀漀 攀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 椀搀攀渀琀椀昀椀挀愀漀 愀氀琀攀爀愀爀 搀椀猀挀甀爀猀漀猀 漀甀 昀漀爀琀愀氀攀挀ⴀ氀漀猀⸀ 匀攀渀搀漀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 攀 愀 椀洀愀最攀洀 攀洀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀 甀洀 挀愀渀愀氀 瀀愀爀愀 爀攀瀀攀渀猀愀爀 攀猀琀攀爀攀琀椀瀀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䈀伀刀䐀圀䔀䰀䰀Ⰰ 䐀愀瘀椀搀⸀ 一愀爀爀愀琀椀漀渀 椀渀 琀栀攀 昀椀挀琀椀漀渀 昀椀氀洀⸀ 圀椀猀挀漀渀猀椀渀㨀 圀椀猀挀漀渀猀椀渀 唀渀椀瘀攀爀猀椀琀礀Ⰰ ㄀㤀㠀㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀䄀刀刀䤀저刀䔀Ⰰ 䨀攀愀渀ⴀ挀氀愀甀搀攀⸀ 䄀 氀椀渀最甀愀最攀洀 猀攀挀爀攀琀愀 搀漀 挀椀渀攀洀愀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀Ⰰ 䔀搀⸀ 一漀瘀愀 䘀爀漀渀琀攀椀爀愀Ⰰ ㄀㤀㤀㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀䄀刀刀䤀저刀䔀Ⰰ 䨀攀愀渀ⴀ挀氀愀甀搀攀㬀 䈀伀一䤀吀娀䔀刀Ⰰ 倀愀猀挀愀氀⸀ 倀爀琀椀挀愀 搀漀 刀漀琀攀椀爀漀 䌀椀渀攀洀愀琀漀最爀昀椀挀漀⸀ ㈀⸀ 攀搀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䨀猀渀Ⰰ ㄀㤀㤀㘀⸀ ਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀伀䴀倀䄀刀䄀吀伀Ⰰ 䐀漀挀⸀ 䐀愀 挀爀椀愀漀 愀漀 爀漀琀攀椀爀漀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀⸀ 刀漀挀挀漀Ⰰ ㄀㤀㤀㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䘀䤀䔀䰀䐀Ⰰ 匀礀搀⸀ 䴀愀渀甀愀氀 搀漀 刀漀琀攀椀爀漀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 伀戀樀攀琀椀瘀愀Ⰰ ㈀  ㄀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䜀伀一吀䤀䨀伀Ⰰ 匀椀氀瘀愀渀愀⸀ 伀 䰀椀瘀爀漀 搀攀 漀甀爀漀 搀愀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 䔀搀椀漀甀爀漀Ⰰ ㈀  㐀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䰀椀最甀攀 ㄀㠀 㨀 䌀攀渀琀爀愀氀 搀攀 愀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀  洀甀氀栀攀爀⸀ 匀攀挀爀攀琀愀爀椀愀 搀攀 倀漀氀琀椀挀愀猀 瀀愀爀愀 愀猀 䴀甀氀栀攀爀攀猀⸀ ㈀ ㄀㔀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀 栀琀琀瀀㨀⼀⼀眀眀眀⸀猀瀀洀⸀最漀瘀⸀戀爀⼀挀攀渀琀爀愀氀ⴀ搀攀ⴀ挀漀渀琀攀甀搀漀猀⼀瀀甀戀氀椀挀愀挀漀攀猀⼀瀀甀戀氀椀挀愀挀漀攀猀⼀㈀ ㄀㔀⼀戀愀氀愀渀挀漀㄀㠀 ⴀ㄀ 洀攀猀攀猀ⴀ㄀⸀瀀搀昀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀  㐀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䄀刀䄀䤀嘀䄀Ⰰ 䰀攀愀渀搀爀漀㬀 䌀䄀一一䤀吀伀Ⰰ 一攀眀琀漀渀⸀ 䴀愀渀甀愀氀 搀攀 爀漀琀攀椀爀漀㨀 漀甀 䴀愀渀甀攀氀Ⰰ 漀 瀀爀椀洀漀 瀀漀戀爀攀 搀漀猀 洀愀渀甀愀椀猀 搀攀 挀椀渀攀洀愀 攀 琀瘀⸀ ㈀⸀ 攀搀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀漀渀爀愀搀Ⰰ ㈀  㤀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀吀䄀䴀Ⰰ 刀漀戀攀爀琀⸀ 䤀渀琀爀漀搀甀漀  琀攀漀爀椀愀 搀漀 挀椀渀攀洀愀⸀ 䌀愀洀瀀椀渀愀猀Ⰰ 匀倀⸀ 倀愀瀀椀爀甀猀Ⰰ ㈀  ㌀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䠀伀䠀䄀吀Ⰰ 䔀氀氀愀⸀ 匀吀䄀䴀Ⰰ 刀漀戀攀爀琀⸀ 䌀爀琀椀挀愀 搀愀 椀洀愀最攀洀 攀甀爀漀挀渀琀爀椀挀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䌀漀猀愀挀 一愀椀昀琀礀Ⰰ ㈀  㘀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䔀䰀䔀吀刀伀䐀伀䴀준匀吀䤀䌀䄀⸀ 䐀椀爀攀漀 搀攀 䬀氀攀戀攀爀 䴀攀渀搀漀渀愀 䘀椀氀栀漀⸀ 刀攀挀椀昀攀㬀 䴀漀瘀椀☀䄀爀琀⸀ 匀漀渀⸀Ⰰ 挀漀氀漀爀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀 栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀瘀椀洀攀漀⸀挀漀洀⼀㄀  ㈀㈀㤀㐀㐀㸀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀  㐀 搀攀 愀戀爀椀氀 搀攀 ㈀ ㄀㜀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀