ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00361</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Augusto Flávius Cataldi dos Santos Silva (Universidade Católica de Pernambuco); Aline Fernanda Cunha Araújo (Universidade Católica de Pernambuco); Dario Brito Rocha Júnior (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;webjornalismo, PE-365, acidente, morte, vida</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: Histórias de Morte e Vida na PE-365 é um website que apresenta os problemas estruturais da via PE-365, no Sertão de Pernambuco, e como os moradores da região sofrem e convivem com eles. Foi desenvolvido para a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Comunicação Social  Habilitação em Jornalismo, da Universidade Católica de Pernambuco, no primeiro semestre de 2016. O objetivo foi construir uma narrativa multimídia, de modo prático, pondo todos os conteúdos e técnicas absorvidas ao longo do curso de graduação. Permitiu a elaboração do especial, tendo em vista como a pauta influencia no peso da construção de uma matéria, como o design se projeta diante da navegação de um site e como as imagens auxiliam no processo de absorção do conteúdo produzido.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Um dos maiores problemas que o estado brasileiro enfrenta são os acidentes de trânsito. Com isso, várias complicações se projetam em meio à essa trama tão discutida na mídia oficial e nas ruas. Entre elas, a morte é a principal. No ano de 2015, Pernambuco registrou mais de 19 mil acidentes de trânsito com vítimas fatais na malha rodoviária estadual. A morte é a consequência maior em meio a tantos acidentes. As causas são as mais diversas. Elas flutuam entre consumo de álcool (registros mais comuns) e más condições viárias. Nas estradas do interior do estado, principalmente aquelas cujas localizações são em lugares ermos ou de difícil acesso, o péssimo estado dos asfaltos e calçamentos  quando eles existem  são os principais ceifadores de vidas naqueles contextos. A PE-365, via que faz a ligação entre os municípios de Serra Talhada e Triunfo, ambos no Sertão do Pajeú, distantes 414 e 430 km, respectivamente, da capital pernambucana, é um exemplo vivo de que a falta de estrutura viária corrobora para que a mortandade por acidentes na estrada seja cada vez maior. Ao longo dos mais de 20 km de extensão da via, é comum ver cruzes às margens da estrada. Esses marcos indicam que, naquele local, houve um acidente fatal. No caminho, mais de 65 cruzes completam a paisagem da região cortada por vales. O costume de se levantar uma cruz em homenagem a um ente querido vem de muitos anos, embora não se possa datar quando começou. As tradições e os problemas do sertanejo, povo guiado pelo instinto e fé, são vagamente visíveis na mídia tradicional pernambucana. Apenas efemérides ou datas festivas são noticiadas, ou quando o assunto envolve muito mais que moradores locais. O especial Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: Histórias de Morte e Vida na PE-365 tem como obrigação e compromisso dar voz a essas pessoas que guardaram seus gritos de dor naquelas cruzes para poder seguir a vida e ser um canal para mostrar soluções aos problemas apresentados na região.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral: Expor o problema das más condições da via (como estrutura e suporte aos locais) e promover soluções questionando o estado, organização responsável pela fiscalização da estrada e condutores. Objetivos Específicos: a) Relatar as histórias das famílias que perderam familiares em acidentes na PE-365; b) Investigar suporte que o estado deu a essas famílias; c) Descobrir como é a manutenção da via; d) Pesquisar o que a cruz representa na vida dos moradores locais; e) Entender qual a simbologia da cruz para o homem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por vários trechos de várias vias que cortam o estado de Pernambuco, é fácil perceber indicações nos acostamentos, muitas vezes em partes sinuosas ou de perigo iminente. Todas elas em forma de cruz. Umas mais vistosas, imponentes, outras simples, quase sem suporte para manter-se em pé. Mas todas carregam a mesma simbologia e contemplam a mesma função: indicar acidentes. A prática de levantar cruzeiros às margens das estradas não é uma coisa do novo século, mas sim um costume que vem com a passagem dos tempos. No interior, a construção desses marcos é bastante evidente - diferente da capital, onde não há traços dessa realidade. Não se sabe quando foi construído o primeiro, talvez nem haja registros desse ato. Porém, famílias continuam a levantar essas pequenas capelas, pequenos santuários de lembranças e alerta. Todos os anos, familiares, amigos e pessoas próximas peregrinam, normalmente no dia de finados (02/11), até os cruzeiros para fazer desde manutenção das cruzes até orações, lembrar e vivenciar momentos que antes eram costumeiros e já não são palpáveis. As cruzes também geram reflexões e escandalizam pela imprevisibilidade e pela fragilidade humana diante da morte (ELIAS, 1982/2001): "O que terá acontecido com aquela pessoa? Terá morrido jovem? Terá aproveitado bem a vida? Poderia eu ter a mesma morte que ela?" Uma conclusão, dentre tantas outras, é a de que se deve ter cuidado na vida para se ter uma 'boa morte'. Entender como a prática se projeta no meio social foi de suma importância para o conhecimento de traços culturais do estado, da sociedade. A equipe também buscou entender os motivos que levam as pessoas a construir estes marcos. E, sem sombra de dúvidas, foram levantados os motivos, as causas, dados sobre a PE-365 e então veio à tona ao leitor sobre o porquê da falta de medidas preventivas advindas dos órgãos públicos para sanar o problema. O projeto também evidencia uma região que é pouco mostrada pela mídia tradicional: o interior do estado - em especial, as cidades de Santa Cruz da Baixa Verde, Serra Talhada e Triunfo, situadas na PE-365, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. O objetivo deste projeto visa trazer histórias de famílias que perderam parentes nesta via e mostrar como foi superar a dor. Além de saber como foi o processo de ressarcimento do seguro DPVAT, o estado da via e quem são os órgãos responsáveis por ela. Um dos pontos indagados é a invisibilidade dos sertanejos e viajantes diante da sociedade, de como suas mortes podem ter sido trágicas e como suas famílias conseguiram lidar. As cruzes estão fincadas em terras com raízes fortes, mas pouco de pouca relevância para os órgãos. A cada olhada, diversos cruzeiros aparecem pelo caminho, nos fazendo perceber a fragilidade da vida. Ela é uma linha tênue, que remete as estradas que seguem uma linha e a qualquer momento pode ser partida ou alguém "partir" em seu caminho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">4.1. Métodos: 4.1.1. Pesquisa de fontes bibliográficas e referências. Em 2015 pesquisamos e descobrimos um artigo, assinado pela psicóloga e professora da Faculdade Guararapes, Vanessa Elethério, cujo tema era o que queríamos. E nele, havia um local: PE-365, cortando os municípios de Serra Talhada, Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo, no Sertão do Pajeú, distante mais de 400 km do Recife. 4.1.2. 1ª visita ao local e levantamento de possíveis entrevistados em Santa Cruz. Na véspera do dia de finados, a equipe realiza a primeira viagem. Ao chegar, chama atenção a quantidade de cruzeiros  36, em uma contagem rápida. No dia seguinte, começou o processo de contato com pessoas que, por ventura, estivessem prestando homenagens ao ente que perderam em um acidente naquela via. Na primeira curva após a saída de Triunfo havia uma família acendendo velas, trocando as flores e limpando o local de um cruzeiro. A equipe então se aproximou e explicou o projeto e os objetivos dele. Após insistência, Noel, irmão da vítima, resolveu dar informações sobre o acidente e se dispôs a ceder uma entrevista. Com os contatos em mãos e algumas fotografias, a busca seguiu. Durante o processo de pesquisa, se chegou à Cruz dos 16 e a equipe foi ao encontro do marco. Moradores locais falaram sobre o acontecido, mas nada adicional à pesquisa. Após a sessão de imagens, foi pedido informações sobre um cruzeiro em frente à cidade: A Cruz dos Amigos. Um rapaz contou sobre uma das vítimas, conhecido como  Galego do Alvanir , e disse que a viúva dele ainda morava na cidade.  Pode chamar por Poliana que ela vem , disse. Poliana nos recebeu em sua casa e nos contou sobre o acidente. Se dispôs a dar entrevistas e logo houve a troca de telefones para estabelecer o contato. No dia seguinte, já em Recife, o orientador do trabalho ouviu tudo o que foi coletado. Então era a hora de desenvolver o projeto. A ideia inicial era viajar em abril. Porém a equipe foi alertada que a viagem deveria ser o mais rápido possível e que era preciso, no mínimo, passar uma semana na região. A data da segunda viagem foi definida: 21 de março, início da Semana Santa. 4.1.3. Contatos e entrevista com especialista: Antes de viajar, foi feita a entrevista com Vanessa Elethério, que norteou o nosso caminho até as cruzes. Ela indicou pessoas com quem poderia ser feita entrevistas ao chegar em Santa Cruz. Além disso, foi estabelecido contato com as prefeituras de Triunfo e de Santa Cruz da Baixa Verde, e com Noel e Poliana. Com os órgãos municipais das cidades não foi complicado. Com as outras fontes a situação mudou de figura. Noel não atendeu as ligações e Poliana, apesar de solicita no primeiro encontro, também não deu retorno aos telefonemas e, quando procurada em sua casa, tampouco atendeu a equipe à porta, embora estivesse lá. 4.1.4. Visita para captação do material e das histórias. Hospedada em Serra Talhada, a 29 km de Triunfo, durante sete dias, a equipe transitou pela PE-365 buscando mais fontes que preencheriam as lacunas que sobraram. Lá foi possível observar de tudo um pouco principalmente o número de cruzes, que subiu de 36 para 65. No primeiro dia, o primeiro destino foi o município de Triunfo, até à prefeitura da cidade para entrevistar o secretário de Planejamento e Gestão José Pedrosa. Durante a viagem, a hospitalidade e a solicitude das pessoas foi o que mais chamou atenção. Apesar de qualquer coisa, ouvir, conhecer e sentir na pele a dor das histórias de cada um trouxe à tona o valor de todo o esforço ao qual resultaria no trabalho. Em alguns momentos aqueles depoimentos tocavam a equipe de tal maneira que parecia que tudo aquilo já fora vivido por todos. 4.1.5. Entrevista com os representantes dos órgãos. Em Recife, o maior dos desafios foi a entrevista com as representações dos órgãos responsáveis pela manutenção da via. O primeiro foi o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BRPv). Em um primeiro contato com a assessoria de imprensa, foi dito à equipe que a entrevista com o coronel responsável pela repartição seria dada sem nenhum problema. Ao chegar na sede do órgão, a equipe se depara com o primeiro desafio: sem recursos audiovisuais na conversa. Depois foi avisado que não haveria participação do coronel responsável, então fomos encaminhados à Capitã Eunice de Oliveira que respondeu as perguntas. A explicação para o problema: o estado vivia a uma possível deflagração de uma greve. Em seguida, entrevista com chefe de manutenção da malha viária do Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER-PE), Ricardo Cardin, após muitos contatos frustrados com a assessoria de comunicação do órgão. Porém foram concedidas a entrevista e as informações necessárias. O Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) se recusou a falar e indicou terceiros. Então, a equipe descobre que os responsáveis pelo DPVAT é a Seguradora Líder. No primeiro contato, a assessoria de comunicação da empresa disponibilizou releases e balanços sobre o seguro no estado de Pernambuco nos anos anteriores. Por último foi o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Ainda havia lacunas sobre os atendimentos médicos às vítimas de acidente de trânsito na região. Na entrevista com o 2º Conselheiro do Cremepe, foi revelado as dificuldades no atendimento não só no sertão, como em todo estado. 4.1.6. Decupagem, seleção e edição dos materiais de áudio, vídeo e fotos. A escolha das melhores imagens, takes e áudios consumiu bastante tempo. A quantidade de material audiovisual coletado durante o processo de produção foi grande. Então a seleção foi realizada minuciosamente. Foram usados as imagens que mais se encaixavam com o conteúdos dos textos e que complementassem os vídeos. 4.1.7. Redação das matérias. Como o projeto trata de um assunto delicado para os familiares dos personagens, a equipe quis trazer nos textos um tom lúdico para que o imaginário do leitor os fizesse ser parte da história das fontes. Com um ritmo mais leve, a forma de escrita usada foi simples, para que qualquer pessoa possa entender desde os depoimentos até os dados pelos órgãos. 4.1.8. Pesquisa de templates e funcionalidades, cores, identidade visual e elaboração do site. A escolha do template foi prática, a ideia foi de que as fotografias tiradas durante o processo de produção ganhassem destaque. O propósito é de que fosse uma  exposição , já que as imagens retratam a proposta do projeto. Usando um conceito limpo foram usadas três cores básicas amarelo, branco e preto. O site tem uma proposta de fácil navegação e segue uma linha ligada através das matérias principais e vinculada, além de ter hiperlinks e infográficos. O conceito para a criação da identidade visual veio da observação da equipe sobre a falta de sinalização na PE-365. A concepção é de uma placa no formato padrão de advertência. O símbolo no meio é o remetido às cruzes que foram encontradas e as mortes ocorridas na via. 4.2. Técnicas: O trabalho apresenta as histórias das cruzes na PE 365. A proposta é entender os relatos de famílias que perderam entes, quem são as pessoas por trás das cruzes; entender o processo  desde o acidente, o ressarcimento do governo (Seguro DPVAT), até a cruz na estrada. Além de questionar a segurança na via, falta de sinalização e de quem é responsável por ela. Cada bloco do menu do projeto, composto por doze matérias, é dividido em relatos de pessoas que perderam familiares na via e pontos de vista sobre os problemas apresentados. A ideologia de escolha das chamadas das matérias foi de que o leitor se identifique com a temática abordada para cada aba, que são compostas por matéria principal  sempre a primeira  e a vinculada sendo a matéria seguinte. As matérias têm, além do texto escrito, vídeos com as pessoas mais próximas dos acidentados, galeria de fotos, e áudio. Nossa proposta é de que o apelo visual seja o carro chefe do especial  observado desde a página de abertura do especial - que tem em seu layout maior visibilidade à fotografia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">5.1 Dinâmica do Website: Ao acessar o website, o leitor se depara com a página de abertura. Ela é composta por uma fotografia de pano de fundo, a logomarca do especial e um texto de abertura que explica o que o leitor vai encontrar ao clicar no botão  acesse o site . Assim que o botão é pressionado, é direcionado à página de home. Nesta segunda fase, estão dispostas seis grandes matérias ( Do calvário à redenção ,  A cruz dos 16 ,  A cruz dos amigos ,  Uma curva, uma saudade ,  Chuva e dor em março e  A rodovia )  as de maior destaque  do especial, com valorização para a fotografia. Quando o leitor posiciona o cursor do mouse sobre cada uma delas, uma transparência em amarelo se projeta sobre a foto com uma pequena introdução do texto que vem a seguir. Na parte superior da página, posicionado na esquerda está a identidade visual do website, que, quando clicada, direciona para a página de home. Logo em seguida, uma sequência de abas com diferentes subtemas (Simbologia, Cruz dos 16, Sinalização, Imprudência, PE-365, DPVAT e Sobre). Cada um dos subtemas, exceto o último que comporta o expediente da página, as notas dos autores e o contato, guarda em si uma matéria principal  sempre a primeira  e uma ou duas matérias vinculadas. O carrossel com as abas se repete em todas as páginas, dando ao leitor a opção de mudar de matéria quando bem entender. 5.2 Aba 1: Na primeira aba (Simbologia), o leitor se depara com a matéria principal, intitulada  Do calvário à redenção e com a vinculada  Pra quê fazer cruz?  . A primeira é uma matéria que explica de onde vem o costume, qual a relação do homem com a fé e, sobretudo, com o símbolo da cruz, propriamente dito. Para isso, foram entrevistados a psicóloga e professora da Faculdade Guararapes, Vanessa Elethério, e o professor Doutor em teologia da Universidade Católica de Pernambuco, Sérgio Douets. A página contém uma foto de topo (todas as matérias principais têm esse artifício), um áudio de 3 32  com o professor Sérgio Douets  explicando a relação do homem, fé e a cruz -, um vídeo de 4 24  com a professora Vanessa Elethério, que revela o processo de xantar cruzes e os motivos desta prática em Pernambuco) e uma galeria de fotos com diversos cruzeiros ao longo da estrada. No final da página (e isso se repete em todas) há um  leia também que comporta um hiperlink para a matéria vinculada. A vinculada conta a história de Fernando Melo, que perdeu dois irmãos em acidentes na via, um deles Cícero Melo. Fernando não acredita que levantar cruzes faça alguma diferença e revela que o costume está se perdendo aos poucos. Os especialistas citados na matéria principal também compõem o coro de pessoas que fazem parte dessa matéria, complementando o pensamento do personagem principal. A página comporta um vídeo com Fernando, coma duração de 2 29  , um retrato do personagem e, no fim, sua visão sobre o real perigo da via. 5.3 Aba 2: A segunda aba (Cruz dos 16) tem como conteúdo as matérias  A cruz dos 16  na aba apresentada como  O acidente para não repetir o que é dito no título do botão  e a vinculada  Símbolo da estrada . A principal conta a história do maior acidente já ocorrido naquela região. Um tombamento de caminhão que vitimou 16 das 32 pessoas que estavam no veículo, no ano de 1965. 51 anos após, pela primeira vez falando para algum jornalista ou veículo midiático, Armando Silveira, o motorista e um dos sobreviventes da tragédia, narra como foi a tragédia. O homem também conta quais foram as implicações que o ocorrido trouxe para a sua vida naquela região. Na página, são dispostas foto de topo, um vídeo com o motorista, com duração de 5 16  , e uma galeria de fotos com imagens do cruzeiro e um retrato de Armando. Na vinculada, surge um texto que descreve o monumento e toda sua simbologia para a região da Baixa Verde. Revela que houve missões de fé para o local, como peregrinações, e a importância do monólito para os moradores locais. Na página, textos e duas fotos para ilustrar a matéria. 5.4 Aba 3: Em  Sinalização , o leitor encontra as matérias  A cruz dos amigos e  De quem é a responsabilidade? . A principal conta a história da morte de dois amigos  Joan Alex de Souza Lima e Augusto dos Santos Diniz Neto. O acidente que vitimou os rapazes aconteceu em 2012, na entrada do município de Santa Cruz da Baixa Verde. Quem narra a história é a irmã de Joan, Íris Andreia de Souza. Para complementar o texto, um intertítulo contando a qual foi a mudança que ocorreu na região após o acidente. Para isso, o secretário de obras de Santa Cruz da Baixa Verde, Chelby Almeida, deu uma entrevista em áudio  3 48   para explicar quais são as responsabilidades do município com a via. Na página, além o áudio do secretário, um vídeo com Íris Andreia, com duração de 3 20  , e uma galeria de fotos que mostram o cruzeiro dos amigos, fotos de Joan e outros problemas da via. Na vinculada, aparece a posição dos órgãos que são competentes pela manutenção e fiscalização das rodovias no estado. São entrevistados o chefe de manutenção da malha viária do DER-PE, Ricardo Cardim, o secretário de planejamento e gestão do município de Triunfo, José Pedrosa, e a capitã do Batalhão de Polícia Rodoviária de Pernambuco (BPRv), Eunice de Oliveira. Eles contam as dificuldades em cuidar e fiscalizar a via PE-365, devido à falta de efetivo e verba para isso. A matéria contém vídeos com Ricardo Cardim (7 24  ), com José Pedrosa (2 10  ) e uma galeria de fotos mostrando os problemas estruturais e de sinalização da via. 5.5 Aba 4: A aba  Imprudência contém 3 matérias:  Uma curva, uma saudade ,  O último destino e  Chuva e dor em março . A primeira conta a história de Dona Amélia, que perdeu seu filho e seu sobrinho em um acidente de moto na via. Se chocaram em uma curva. Na matéria, vídeo com dona Amélia (3 14  ), foto de topo e galeria de foto dos cruzeiros dos primos e região. A segunda é a narrativa de Elisângela Vieira, que perdeu seu marido em um acidente enquanto dirigia um carro de lotação na pista. A matéria também tem um intertítulo para mostrar as dificuldades no atendimento às vítimas de acidentes de transito no interior. Quem explica é o médico do Conselho Estadual de Medicina de Pernambuco, Silvio Rodrigues. Na matéria, vídeos com Elisângela (4 45  ) e Silvio (6 04  ), e galeria de fotos do cruzeiro do marido. A terceira matéria é um relato em primeira pessoa sobre o acidente mais recente (até a data da visita) na região. O motorista que se envolveu na tragédia que vitimou 3 pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, conta a sua versão dos fatos, sem ser identificado. Na matéria, o texto e uma galeria de fotos com os cruzeiros do menino e das outras vítimas. 5.6 Aba 5: Na penúltima aba, um relato sobre a rodovia, histórico  na matéria principal  A rodovia  narrado pela historiadora triunfense Diana Rodrigues. No conteúdo, um vídeo com Diana, com duração de 2 44  , e fotos da inauguração da via, do acervo da historiadora. Na vinculada   O cenário  um texto de observação com um caráter mais lúdico sobre a região e o povo local. Compõem a matéria um vídeo narrado do trajeto da PE-365 (31 29  ), para que o internauta se sinta viajando pelo trecho, dois gifs para dar dinâmica ao texto e uma galeria de fotos da região. 5.7 Aba 6: Na última aba, um texto sobre o Seguro DPVAT, que indeniza familiares e vítimas de acidentes de trânsito. O texto explica a dinâmica do processo, os números nos anos anteriores, com base nos dados da Seguradora Líder  responsável pelo repasse da verba. Também conta com a voz de Álvaro de Souza Sá, corretor de seguros que trabalha com o DPVAT. Ele conta como funciona o repasse e os problemas que envolvem a prática da profissão, principalmente no interior. No texto, dois infográficos explicando a quantidade de indenização por região e os números já gastos com o seguro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">As mortes nas estradas são uma constante em todas as veias que ligam o Brasil. Não é um problema regional, mas sim nacional. Entender como o sistema funciona e o porquê de a falta de estrutura viária ainda permanecer inerte, mesmo com o número de óbitos crescendo a cada dia, é, talvez, uma das coisas que cada um que desvia de um buraco em uma pista sinuosa e escura pensa. As cruzes são um alerta para nós que trafegamos pelos quilômetros  ora asfaltados, ora não  das pistas. Elas exemplificam bem o maior problema daqueles que vivem perto dali: o medo e a sensação de impotência. O Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, assim como os cruzeiros, é um farol que alerta aquele mais deve ter cuidado com os nossos caminhos trafegáveis: o poder público. É, sobretudo, uma luz que acende sobre os que convivem com a incerteza e o medo a cada curva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ARAÚJO, Alceu Maynard. Ritos, sabença, linguagem, artes e técnicas. São Paulo: Melhoramentos, 1964. Col Folclore Nacional, v.03.<br><br>CORDEIRO, Rosineide de Lourdes Meira. Biopoder, gênero e pobreza em contextos rurais: a regulamentação da morte e as práticas de resistência no Sertão de Pernambuco. Projeto de Pesquisa CNPq. Recife, 2011b (mimeo).<br><br>DAMATTA, Roberto. A morte nas sociedades relacionais: reflexões a partir do caso brasileiro. In: DAMATTA, Roberto. A casa & a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.<br><br>ELIAS, Norbert. (1982) A solidão dos moribundos. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.<br><br>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Portal do IBGE. <http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?codmun=261247>. Acesso em 1 de dezembro de 2015.<br><br>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Portal do IBGE. <http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=261247>. Acesso em 1 de dezembro de 2015.<br><br>Portal Ne10, Jornal do Commercio. Disponível em: <http://noticias.ne10.uol.com.br/jctransito/ noticia/2015/05/19/motociclistas-sao-quase-metade-dos-mortos-em-acidentes-detransito-em-pernambuco-547242.php>. Acesso em 4 de dezembro de 2015.<br><br>Reunião Brasileira de Antropologia, Portal. Disponível em: <http://www.29rba.abant.org.br/resources/anais/1/1408730545_ARQUIVO_RBA2014_GT33_TextoCompleto_Ascruzesdasestradas_VanessaEletherio.pdf>. Acesso em 9 de dezembro de 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>