ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01405</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Rosa Rendeira: O design gráfico e o artesanato local</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Samuel Bruno Furtado (Universidade Federal do Ceará)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Artesanato, Comunicação Visual, Design Editorial, Design Gráfico, Livro-objeto</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho tem como objetivo apresentar o desenvolvimento do livro-objeto "Rosa Rendeira", defendido na disciplina Projeto Experimental  Monografia, como critério para a obtenção do título de Bacharel em Publicidade e Propaganda. O projeto apresenta o percurso de concepção e produção do projeto piloto, a partir de referências do universo do design e do artesanato. O resultado final, narra por meio de um livro sanfonado a história da rendeira cearense Rosa Ribeiro Bruno de forma paralela à história de origem portuguesa da renda de bilros e seu processo produtivo. O trabalho explora os conhecimentos adquiridos em produção gráfica, comunicação visual e design gráfico, além de possibilitar a compreensão do papel social da comunicação para a valorização do artesão e da produção artesanal.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho aqui apresentado traz o trajeto de construção do livro-objeto experimental "Rosa Rendeira". O projeto partiu do questionamento sobre como a comunicação visual e o design gráfico podem ser utilizados como ferramentas promocionais e de registro do artesanato local. O produto final é resultado de uma pesquisa sobre as relações do produto impresso e o artesanato, a investigação da história da artesã em questão, a produção do seu protótipo e a busca pela viabilização do material em larga escala. Dentre as alternativas encontradas, a construção de um livro-objeto se mostrou a mais interessante para o cumprimento dos objetivos propostos no início do projeto. Um livro-objeto, segundo Elizabeth Romani é "compreendido como um produto de expressão artística passível de reprodução cuja narrativa é explorada por meio da manipulação." (ROMANI, 2011, p. 5) O projeto, visa explorar além da narrativa verbal, o aspecto visual e tátil do livro para narrar a história da rendeira Rosa Ribeiro Bruno, avó do autor deste projeto, através do qual pretende-se homenageá-la ao mesmo tempo que enaltece as origens da renda de bilros e seu processo de produção. A criação deste artefato, portanto, possibilitou a reflexão sobre o papel da comunicação na preservação do artesanato como patrimônio cultural popular. A prática proporcionou, também, a experimentação no campo do design editorial, possibilitando a prática dos conhecimentos em produção gráfica e comunicação visual adquiridos no decorrer do curso de publicidade e propaganda. Para a conceituação e criação do material apresentado foram utilizados alguns títulos como referência bibliográfica. As obras de Adélia Borges e Raimundo Oswald Cavalcante Barroso, ajudaram a compreender a prática do artesanato e suas relações com o design, mais especificamente da renda de bilros. Para a criação do conceito do projeto até a sua produção, foram utilizadas como referências principais a obra de Andrew Haslam e Richard Hendel.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo principal deste trabalho é a realização de um livro-objeto a partir do estudo da utilização do design gráfico como ferramenta promocional e de registro do artesanato local. Por meio de narrativas verbais e visuais, o projeto busca enaltecer o artesanato local como um todo, através da valorização do processo de produção da renda de bilros e narração da história da artesã Rosa Ribeiro Bruno. Através da elaboração do livro, pretende-se também aplicar técnicas e conceitos em programação visual e produção gráfica elencando informações e materiais que permitam a produção de exemplares do projeto para apreciação coletiva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A principal motivação para o desenvolvimento do livro-objeto com a temática centralizada no artesanato, surge do desejo de se conceber um produto gráfico que trate da prática artesanal com a atenção e respeito que é devido a um patrimônio cultural popular cearense. Além disso, documentar as memórias da dona Rosa, que por meio da renda de bilro, pode auxiliar decisivamente na sobrevivência e prosperidade de sua família. O autor deste projeto é integrante desta família e faz deste trabalho uma representação do reconhecimento e agradecimento por todo esforço e legado deixado por sua avó. O interesse e afinidade pela comunicação visual, produção gráfica e design gráfico, também são grandes motivadores da realização deste projeto que foge do padrão empregado no mercado editorial, sendo adequado e oportuno para uma produção acadêmica de caráter experimental.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O estabelecimento da temática abordada no projeto, se deu a partir da compreensão de como a comunicação visual e o design gráfico podem ser utilizados como ferramentas promocionais do artesanato. No entanto, para que a atividade do designer gráfico possa ser cumprida, é necessário uma metodologia específica que possibilite o controle das variáveis envolvidas no projeto. Segundo Villas-Boas (2003): "[...] para que uma atividade seja considerada design gráfico, ou um objeto possa ser enquadrado como produto daquela, é preciso que esta metodologia projetual (sintetizada no trinômio problematização, concepção e especificação) seja expressamente considerada. (VILLAS-BOAS, 2003, p. 17)." A partir disso, foi definido o método para a produção do livro-objeto "Rosa Rendeira". A fase inicial de problematização parte do estudo das relações entre design e artesanato e estabelece os objetivos principais do projeto. Em seguida, a etapa de concepção passa pela definição do conteúdo do livro e seu projeto gráfico. Por fim, a fase de especificação se dedica a finalização do material e produção manufaturada. Com base nisso, a partir da problematização da relação da prática do design gráfico e a prática artesanal surgiu a definição do produto gráfico. Por conta do caráter prático-experimental do projeto, surgiu o desejo de se produzir um livro-objeto que cumprisse os objetivos principais do trabalho, fortalecendo o caráter simbólico em detrimento do aspecto funcional do design. Para tal fim, foram determinados três objetivos secundários para o desenvolvimento do produto gráfico: &#9679; A valorização do artesanato como meio de produção; &#9679; A apresentação das origens e processo de produção da tipologia da renda de bilro; &#9679; A valorização da história da artesã Rosa, destacando o contexto social e cultural onde ela está inserida e os vínculos entre artesania e artesã. Em seguida, foi definido que o produto gráfico trataria da produção e história da artesã Rosa Ribeiro Bruno, 79 anos, natural de Acaraú, interior do Ceará. O ofício de "dona Rosa" é a renda de bilros, que segundo a "Cartilha me ensina a fazer a renda: princípios básicos da renda de bilros" (2011), é "uma arte manual muito apreciada por sua beleza e faz parte da cultura popular brasileira. O seu nome se deve aos instrumentos utilizados para tecer, os chamados bilros, hastes de madeira onde a linha e&#769; enrolada." A escolha por tratar da arte produzida pela rendeira, se deu pela filiação da artesã com o autor deste projeto e por sua história retratar alguns aspectos marcantes da cultura cearense. Partindo dos objetivos secundários, citados anteriormente, foi estabelecido que o projeto deveria tratar da produção da artesã: &#9679; Apresentando o histórico da renda de bilros; &#9679; Descrevendo os materiais necessários para sua realização; &#9679; Introduzindo ao processo de produção da renda; &#9679; Tipificando os seus produtos. Essas diretrizes são essenciais para o projeto, por resgatar o valor histórico que a prática da renda possui, além de valorizar o trabalho manual empregado ao descrever as etapas de elaboração das peças. Além disso, o livro-objeto pretendeu paralelamente apresentar as memórias da rendeira, destacando episódios marcantes da sua história que ressaltam a cultura cearense na qual ela e muitas outras rendeiras estão inseridas. Para compreender a história de vida de Rosa Bruno, foi realizada uma entrevista com a artesã e coleta de informações de alguns textos jornalísticos que registram o seu trabalho e sua história. A entrevista semi-estruturada foi realizada na casa da rendeira. A documentação foi executada através da gravação do áudio da conversa e por meio de anotações que pontuavam as memórias mais marcantes de Rosa Bruno. Após a realização da entrevista, foram destacados alguns episódios que seriam abordados durante a sua narrativa no livro. São eles: &#9679; Sua origem; &#9679; Sua juventude; &#9679; Seu casamento; &#9679; Seus filhos; &#9679; Os lugares onde morou; &#9679; Os lugares onde trabalhou. Para cumprir o propósito de narrar paralelamente a história da renda de bilros e as memórias da Rosa rendeira, foi feito uma coleta de referências de produtos gráficos dotados de características semelhantes às pretendidas no projeto. Esses materiais foram reunidos em um painel de inspirações para visualização e estudo de possibilidades. Em sua obra "História, teoria e prática do design de produtos", Bernhard E. Burdek (2006) trata da importância dos painéis visuais para a criação de novo produtos de design: "No desenvolvimento e configuração de produtos, é cada vez mais necessário se trabalhar com métodos de visualização. Particularmente no desenvolvimento do design, que é incorporado sob os aspectos globais, não são mais suficientes as descrições verbais de metas, conceitos e soluções." (Burdek, 2006, p. 265). Após o fim da etapa de problematização com a investigação de referências visuais para a concepção do livro, o projeto deu sequência ao seu desenvolvimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">6.1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO 6.1.1 Formato Uma das decisões mais importantes na realização de um livro por parte do designer, é a definição do seu formato, principalmente se tratando de um livro-objeto. A partir disso, o formato definido foi o de livro sanfonado, ou livro com dobra-sanfona ou zig-zag, para que ao ser impresso em suas duas faces possa narrar na mesma folha de papel a história da renda e da rendeira. De acordo com Ambrose (2009, p.88), uma dobra-sanfona consiste: "[...] em duas ou mais dobras paralelas que vão em direções opostas e se abrem. Esse método de dobras permite que muitas páginas sejam dobradas em uma publicação de tamanho menor. Como um documento com dobra-sanfona pode ser aberto de ambos os lados, a partir de qualquer ponto, é necessário que o conteúdo seja coerente tanto quando ele for aberto como quando for uma série de páginas duplas separada." (AMBROSE, 2009, p. 88). A partir de uma metáfora visual e tátil, as duas histórias contadas tornam-se um único artefato, e representam o quão determinante é o ofício da renda na vida de Rosa. O sentido de leitura também se diferencia do que é predominante nos livros "comuns". Ele se realiza de cima para baixo, em uma leitura vertical, que reflete a maneira como a renda de bilros é gerada, reproduzindo o sentido de como a artesã tece a sua história através do fruto do seu trabalho. Em formato aberto, a peça gráfica se estende e chega a alcançar 5,32 m de altura  comprido como uma peça de renda  por 16 cm de largura. Seu formato fechado, mede 16 cm de largura por 11,75 cm de altura. Assim, o projeto busca o maior aproveitamento de papel em uma possível impressão offset plana, diminuindo os custos de produção. 6.1.2 Materiais Para a composição do protótipo apresentado junto a este relatório, as folhas de miolo do livro foram impressas em papel offset 170 g/m². Foi escolhido um papelão cinza nº 15 para as capas do livro-objeto, pois era necessário a utilização de um material de maior gramatura e com uma estrutura rígida. Foi definido em uma das reuniões de orientação do autor deste projeto que a capa seria revestida por um tecido floral Tricoline, que é comumente utilizado na confecção de vestidos  incluindo os que Rosa utiliza  e revestimento das almofadas das rendeiras. A estampa do tecido pode variar na confecção das capas do livro, de forma a garantir um aspecto artesanal e único ao projeto. Por fim, uma cinta de papel kraft com gramatura de 300g/m² possui a função de abraçar o livro, lembrando o papelão  ou pique  que é posto sobre a almofada para a confecção da renda. 6.1.3 Tipografia Inspirado na história da origem da renda de bilros e sua chegada em terras cearenses, buscou-se uma família tipográfica que fosse adequada para dar forma ao conteúdo textual do livro e que também fosse de origem portuguesa. A família tipográfica Ines, projetada pela DSType, type foundry do português Dino Santos, possui o desenho projetado especialmente para o design de livros. Para o corpo de texto foi empregada a versão book, em corpo 10 pt, de forma que possuísse uma boa legibilidade. Quando presente em títulos, foram utilizadas as versões light e heavy quando fosse necessário destacar alguma parte do conteúdo. Foi utilizada também uma tipografia display para o uso em títulos e demais composições necessárias. A tipografia Codystar, projetada pela designer Crystal Kluge, tem como característica principal o desenho formado por pontos, que fazem referência ao papelão utilizado na produção da renda, no qual é furado com os espinhos de mandacaru para formar o desenho da peça. 6.1.4 Imagem O livro-objeto é em grande parte ilustrado por fotografias. Algumas das fotografias foram feitas in loco durante visitas a EMCETUR, Empresa Cearense de Turismo ou apenas Centro de Turismo de Fortaleza, local onde a rendeira trabalha. Também houveram registros das peças de renda da Rosa Bruno. As fotografias foram todas editadas no software Adobe Photoshop CC na busca por otimizar a qualidade das imagens. Também foi utilizado como recurso ilustrativo o ponto, realizado pelo espinho de mandacaru no papelão que é posto sobre a almofada da renda para sua confecção. 6.1.5 Composição / Grid Após a definição do formato e o conteúdo presente no livro-objeto, foi estabelecido um sistema de grids a fim de padronizar a apresentação das informações. Para o livro "Rosa Rendeira" a estrutura do seu grid foi composto por duas colunas de 6 cm x 8,5 cm. As margens superiores e inferiores possuem 2 cm, enquanto que as laterais medem 2 cm também. 6.2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO 6.2.1 Escrita Após a compreensão da história da rendeira, foi redigida uma narrativa dos episódios mais importantes da sua vida que carregam fortes traços da cultura cearense. A parte do livro que trata da renda de bilros, teve como base a bibliografia que se dedica a essa prática. Um grande desafio para a produção dos textos, foram os limites de páginas previamente determinados, visto que a quantidade de páginas de um lado do livro influencia diretamente na quantidade de páginas do outro lado. 6.2.2 Diagramação O corpo de texto varia o seu alinhamento de acordo com o conteúdo da página, privilegiando a sua relação com as imagens, com alinhamentos de texto em sua grande maioria à esquerda. No entanto, é possível perceber alguns blocos de texto alinhados à direita e ao centro, principalmente em algumas aberturas de sessões, definindo diferentes estilos e tipologias do projeto gráfico. 6.2.3 Impressão Para a produção do miolo do protótipo do livro em gráfica digital, as páginas-duplas foram impressas em folhas distintas em apenas uma face, de forma que pudessem ser coladas umas nas outras para, por fim, chegarem ao resultado desejado. A solução escolhida se deu devido à área de impressão limitada das impressoras digitais da cidade para o formato aberto. Para solicitação de orçamento para impressão em offset, também foi enviado um esquema que detalha formato, tipo de papel, quantidade de cores e acabamento utilizado. Além de ilustrar o resultado final através de referências visuais. 6.2.4 Montagem Após obtenção do material impresso, cortado e vincado em mãos, o restante do acabamento, desde a colagem das páginas até a integração do miolo à capa do livro, foi feito manualmente pelo autor do projeto. Foi utilizada uma cola bastão específica que não comprometia a estrutura do papel ao umedecê-lo. Em seguida, foi cortado o papelão com o uso de régua e estilete no formato do livro fechado. O tecido estampado foi cortado com 2 cm de margem em relação às dimensões do papelão para que fosse possível a sua colagem, dessa vez com o uso de cola branca na superfície rígida e um rolo de espuma para uniformização da camada de cola. Por fim, a capa e o miolo foram fixados com o emprego da cola bastão citada anteriormente. 6.2.5 Custos de produção O valor final do protótipo, desconsiderando o custo com o transporte dos materiais e mão de obra utilizada foi de R$ 142,30. O valor unitário do livro-objeto, caso fosse produzido em uma quantidade maior, foi contabilizado a partir da soma de orçamentos obtidos de fotografia, redação, tipografia, impressão offset do miolo do livro e finalização manual. A partir da soma dos valores dos orçamentos levantados, a quantia final foi dividida pela quantidade de livros produzidos. Os orçamentos foram obtidos para a produção de três quantidades distintas: 250, 500 e 1.000 unidades. Os valores unitários aproximados de cada livro partindo dessas quantidades são: &#9679; 250 unidades: R$ 49,20 &#9679; 500 unidades: R$ 27,10 &#9679; 1.000 unidades: R$ 16,20 Percebe-se, portanto, uma diferença significativa de valores entre as quantidades consideradas. A diferença de valores se torna maior comparando-se ao valor do protótipo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O design gráfico e o artesanato local podem e devem se relacionar de forma que ambas as partes sejam beneficiadas. Para que isso aconteça, é necessário que haja o respeito entre os personagens envolvidos, sem sobreposição de saberes na construção de produtos que valorizem o patrimônio cultural popular que é o artesanato. Essa foi a maior motivação que guiou o desenvolvimento deste projeto. Foi necessário compreender o papel do artesanato na sociedade, além reconhecer como a comunicação pode ser útil para potencializar a sua prática. A construção do livro-objeto "Rosa Rendeira" se mostrou como um desafio desde as etapas iniciais do projeto em sua concepção. Por não possuir um amplo conhecimento do processo de construção de um livro, o desafio se mostrou ainda maior após a decisão de desenvolver um trabalho que foge das configurações formais mais presentes nos livros. O desejo por se aprofundar no conhecimento referente ao universo do design editorial aumentou. O aprendizado em todas as etapas foi extremamente rico, desde a ideia inicial do conceito do livro-objeto até a sua materialização. A união das tecnologias digitais ao trabalho artesanal possibilitou a apreensão de muitos conhecimentos em comunicação visual. Ao final do projeto, foi percebido que a realização de produtos gráficos que fogem dos formatos comumente utilizados apresenta uma série de dificuldades. No entanto, é importante que haja a exploração das diversas possibilidades que a comunicação visual, o design gráfico e a produção de peças promocionais oferecem. Assim, os profissionais de todas as etapas de construção desses materiais, desde a criação até a produção, poderiam otimizar a sua prática e alcançar resultados mais interessantes em relação ao conteúdo e à estética. Por fim, a confecção de artefatos como o realizado neste trabalho é uma importante tática para a prática publicitária como forma diferenciada de promoção e comunicação de valores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">AMBROSE, Gavin. Impressão e acabamento / Gavin Ambrose, Paul Harris ; tradução Edson Furmankiewicz. - Porto Alegre ; Bookman, 2009. 176 p. il. ; 23 cm. - (Design básico).<br><br>BORGES, Ade&#769;lia. Design + Artesanato: o caminho brasileiro. Sa&#771;o Paulo: Terceiro Nome, 2011.<br><br>BURDEK, Bernhard E. História, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.<br><br>Cartilha me ensina a fazer renda : princi&#769;pios ba&#769;sicos da renda de bilros : histo&#769;rico, elementos da renda, como fazer te&#769;cnica ba&#769;sica, pontos ba&#769;sicos da renda / HB Editora Valorizando o Tempo. &#8722; Floriano&#769;polis : HB Editora Valorizando o Tempo, 2015. 48 p. : il. color. ; 21x30 cm.<br><br>COSTA, Joan. Imagem Global. Barcelona: Editora Ceac, 1996.<br><br>DOMICIANO, Cássia Letícia Carrara. Livros infantis sem texto: dos pré-livros aos livros ilustrados. Tese de Doutoramento em Estudos da Criança - Área de Conhecimento em Comunicação Visual e Expressão Plástica. Universidade do Minho. 2008. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8528?mode=full&submit_simple=Mostrar+registo+em+formato+completo> Acesso em 01 fev. 2017.<br><br>HASLAM, Andrew. O livro e o designer II  como criar e produzir livros. 2° ed. Sa&#771;o Paulo: Edic&#807;o&#771;es Rosari, 2010.<br><br>HENDEL, Richard. O design do livro. Sa&#771;o Paulo: Atelie&#770; Editorial, 2003.<br><br>HOLLIS, Richard. Design Gráfico: uma história concisa. São Paulo  SP. Martins Fontes, 2005. 248 p.<br><br>Imaginário Pernambucano: design, cultura, inclusão social e desenvolvimento sustentável / coordenação Ana Maria Queiroz Andrade, Virgínia Pereira Cavalcanti; organização Ana Maria Queiroz de Andrade... et al.  Recife: [Zoludesign], 2006. 104 p. Disponível em: <http://www.oimaginario.com.br/site/wp-content/uploads/Livro%20Imaginario%20Pernambucano.pdf>. Acesso em 01 fev. 2017.<br><br>Ma&#771;os preciosa: o artesanato do Ceara&#769; = Precious hands: craft in Ceara&#769;. / (pesquisa, textos Raimundo Oswald Cavalcante Barroso; fotografia Valdemir Cunha; ilustrac&#807;a&#771;o Mauri&#769;cio Negro; traduc&#807;a&#771;o Millenium Traduc&#807;o&#771;es & Interpretac&#807;o&#771;es). 1&#8203;a ed. -- &#8203;Sa&#771;o Paulo : Luste Editores, 2008.<br><br>O mundo da renda de bilros. Disponível em: <http://hotsite.diariodonordeste.com.br/especiais/fios-de-tradicao/rendas-do-mar/origem>. Acesso em 28 jan. 2017.<br><br>PAIVA, Ana Paula Mathias de. A aventura do livro experimental. Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2010. 144 p.<br><br>ROMANI, Elizabeth. Design do livro-objeto infantil / Elizabeth. Romani. -- São Paulo,2011. 144p. : il. Dissertação (Mestrado  Área de Concentração : Design e Arquitetura) - FAUUSP. Disponível em: <https://goo.gl/qMYFxe> Acesso em: 01 de fev. 2017.<br><br>SAMARA, Timothy. Guia de design editorial: manual pra&#769;tico para o design de publicac&#807;o&#771;es. Porto Alegre: Bookman, 2011.<br><br>SANTANA, Maíra Fontenele. Design e artesanato: fragilidades de uma aproximação. 2013. Artigo publicado em Cadernos Gestão Social, v.4, n.1, p.103-115, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.periodicos.adm.ufba.br/index.php/cgs/article/view/334/pdf_51>. 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