ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00627</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;O mundo sem cor da depressão infantil</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Maria Luiza Amaral Ferreira (Universiade Veiga de Almeida); Camilla Mattos Ribeiro de Souza (Universiade Veiga de Almeida); Evângelo Leal Gasos (Universiade Veiga de Almeida)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;depressão infantil, animação, filme, conscientização, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p align="justify" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><font face="Times New Roman, Times, serif">A depressão infantil é um assunto pouco falado, mas que é de muita importância para a sociedade. O presente trabalho tem como objetivo alertar pais e responsáveis sobre os principais sintomas, suas causas e tratamento dessa doença. Através da técnica <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>, são mostradas algumas situações que contribuem para a evolução da depressão infantil e, ao mesmo tempo, como se dá a mudança de comportamento da criança, sensibilizando e conscientizando o público-alvo.</font></p><p align="justify" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"> <br></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT"><font face="Times New Roman, Times, serif">Engana-se quem pensa que a depressão está associada apenas à tristeza. Os sintomas são variados e suas causas também, assim como seu tratamento. Por isso, este é um assunto bastante delicado, ainda mais quando se trata de depressão em crianças. Diversos estudos comprovam que a depressão infantil não se manifesta isoladamente. Acontece junto a uma série de problemas na esfera comportamental, social, familiar e escolar. Por isso, não é fácil diagnosticar. Após o diagnóstico, é comum buscarem fatores que possivelmente contribuíram para o surgimento da depressão na criança. Geralmente não se encontra uma resposta concreta, já que não existe apenas um único fator que contribui para a doença. Sabe-se, por exemplo, que filhos de pais depressivos tem mais chances de ter depressão do que filhos de pais não depressivos (KOHN et al., 2001; LIMA; SOUGEY & VALLADA FILHO, 2004; MENDES, 2012) e que a primeira crise de depressão aparece mais cedo na vida<span style="mso-spacerun: yes;">  </span>de crianças com pais depressivos (WEISSMAN et al., 1987). A publicidade ganha um papel fundamental na divulgação do tema. É através dela que se busca vender ou tornar conhecido uma ideia, por exemplo. Devido a grande quantidade de informações competindo pela atenção dos telespectadores, ganhar destaque é um dos desafios publicitários. Jornal, revistas, rádio, cinema, nenhum outro veículo de comunicação tem o poder da televisão no que se refere ao alcance e à influência sobre o cidadão (BARRETO, Tiago. p. 19). Logo, levando em consideração a importância do tema junto com a potência que é a televisão, o filme de animação "O mundo sem cor da depressão infantil" aborda o assunto de maneira diferenciada e busca a conscientização do público através dele.</font></span></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <span ar-sa;'="" pt-br;="" roman";="" new="" "times="" 12pt;="" roman",serif;="">A depressão infantil prejudica a vida da criança afetada causando consequências negativas ao seu desenvolvimento. Isso muda o comportamento emocional, o desempenho escolar, familiar e o modo como ela vive socialmente. Buscar prevenir que a criança cresça nessas condições é fazer com que ela tenha qualidade de vida melhor no futuro. O ambiente familiar é onde a criança passa a maior parte do tempo. É o lugar onde ela cresce e adquire as necessidades como sono, proteção roupas e comida. Foi observado que crianças brasileiras buscam mais os pais e menos os amigos para apoio em sua regulação emocional (DIAS, VIKAN E GRAVAS, 2000). Por esse e outros motivos, o filme <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mundo sem cor da depressão infantil </i>alerta pais e responsáveis sobre a depressão infantil. Serão mostradas as causas e, consequentemente, os sintomas mais comuns da doença. Tem o propósito de sensibilizar o público e tentar despertar o interesse dos pais em observar o comportamento dos filhos em sua rotina, assim como apontar para a uma maneira de tratar a criança.</span> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; line-height: 150%;"><span lang="PT">A prevenção é um meio de evitar que algo aconteça. É ter conhecimento sobre um determinado assunto e, a partir daí, passar a refletir, criticar, julgar e pensar nele como um todo. Essa é uma das razões pela qual este trabalho foi pensado.<span style="mso-spacerun: yes;">  </span>É importante fazer um alerta sobre adepressão infantil pois existem sintomas que podem aparecer de forma sutil e mascarada. O baixo desempenho escolar, a falta de apetite, a sonolência ou a insônia, a irritabilidade, o choro, a fadiga, a culpa, a raiva, a pouca capacidade para se divertir, nem sempre são características da personalidade da criança ou aspecto normal do comportamento infantil. "As crianças deprimidas não podem rir. E uma criança que não ri nem pode brincar nem brigar; é uma criança enferma (...). As crianças deprimidas são tímidas, fogem da companhia dos demais, não jogam, não têm confiança em si mesmas, o que pode levá-las, inclusive ao suicídio. </span><span lang="PT" style="line-height: 150%; font-size: 11pt;">(p. 31, POLAINO, 1988). </span><span lang="PT">Apesar das controvérsias e dificuldades nos estudos a respeito da depressão infantil, especialistas no tema concluem que tem ocorrido um aumento nos últimos anos da prevalência de depressão em crianças e adolescentes, bem como o fato de que a depressão ocorre em idades cada vez menores (WHITE, 1989; HARRINGTON, 1993; MILLER, 2003). Isso torna o assunto cada vez mais essencial e relevante na busca pela identificação desta doença nas crianças. Toda criança depende de terceiros para viver e se desenvolver, principalmente de pais e psicólogos que podem ajudar a identificar e buscar a cura da doença. Ela não acontece somente na infância, mas também na fase adulta. Alguns dos motivos estão relacionados às cobranças, à correria do dia a dia, às obrigações e a busca por um <i>status </i>diferenciado. Cada vez mais cedo as pessoas vão ganhando esse tipo de responsabilidade e, por isso, a depressão é considerada o mal do século XXI. Nas próximas duas décadas, a depressão será uma das doenças mais recorrentes no mundo. Ela ultrapassará o número de indivíduos com câncer ou que sofrem de problemas cardíacos, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde em dados de 2014. A temática é relevante e pertinente para a sociedade e o presente filme de animação busca atrair o público a fazer uma reflexão sobre o assunto. Mostra-se de forma subjetiva o olhar dos pais, professores e outras crianças para a personagem principal, tentando transmitir ao espectador a visão de quem está de fora, afim de mostrar que atitudes e comportamentos, muitas vezes consideradas inocentes, podem afetar o psicológico de uma criança. O conceito criativo do filme de animação <i>O mundo sem cor da depressão infantil </i>mostra que a depressão vai deixando a vida da criança sem cor conforme ela vive situações que afetam negativamente o emocional dela. A falta de atenção dos pais, o <i>bullying</i> na escola, a queda no rendimento escolar, falta de vontade de brincar e perda de apetite são causas e sintomas que favorecem o estado depressivo nos jovens. Características típicas do comportamento infantil como a alegria, energia, brincadeiras, gargalhadas e animação nos remetem a um mundo imaginário bem colorido, feliz, cheio de coisas positivas. Quando não existe isso a infância tende a ficar sem graça, desbotada e sem cor. Essa concepção foi passada através da animação em <i>stop motion</i>, mexendo com o imaginário de quem assiste afim de trazer a reflexão sobre o tema. Ao final é mostrado que uma simples demonstração de carinho pode trazer de voltar a cor para a vida da criança. O diagnóstico não é tão simples assim, mas a busca pela melhora acontece quando se toma ciência da situação.</span>  </p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <span class="_5yl5"><span>A ideia do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion, </i>uma técnica de animação, para este trabalho surgiu com a intenção de produzir um vídeo que tenha uma estética diferenciada. Traduzida como "movimento parado", ela consiste em fotografar um movimento, quadro a quadro, ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">frame a frame</i>, mudando delicadamente a posição do objeto entre uma fotografia e outra. Após montadas e editadas sequencialmente, cria-se a ilusão de movimento. A consagração da animação como expressão artística, veio com o artista plástico e ilustrador, James Stuart Blackton, que em 1906 realizou o primeiro desenho animado da história: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Humorous Phases of Funny Faces </i>utilizando a recém descoberta técnica de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop-motion</i>. Em 1907, criou o filme <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Haunted Hotel</i>, no qual fez um grande empreendimento sobre o seu filme, pois a intenção de Blackton era o lucro financeiro. (LUCENA JÚNIOR, 2005). Atualmente, existem diversos filmes de animação em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i> mundialmente famosos, como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A fuga das galinhas</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O estranho mundo de Jack</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A noiva cadáver</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Coraline e o mundo secreto</i>. Com o avanço da tecnologia surgiu a preocupação da técnica se tornar obsoleta, porém, a combinação dos recursos enriqueceu sua produção. Por exemplo, a possibilidade de personagens e objetos modelados manualmente em um cenário feito digitalmente e a criação de expressões faciais no computador para bonecos manipulados na técnica do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>. Um dos mais recentes filmes comerciais produzido com a técnica de animação foi da empresa Honda Automóveis, em 2015. Nele, foram utilizadas cerca de 3.000 (três mil) ilustrações, onde mostrou-se toda a inovação tecnológica da empresa. Mãos são mostradas e vão trocando os desenhos que guiam o espectador através de uma jornada histórica, mostrando a evolução dos carros até o novo modelo Pilot 2016. Outro exemplo mais recente da aplicação da animação na publicidade foi o comercial do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Iphone</i>7, lançado em fevereiro de 2017. O filme reúne, em sequência, mais de 500 (quinhentas) fotos capturadas pela câmera do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">smartphone</i>, formando um único vídeo no estilo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>. As possibilidades de produção são diversas e isso torna a técnica ainda mais especial e diferenciada. Esse método, ainda que com o auxílio dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">softwares</i> de edição, exige trabalho manual, tempo e dedicação. "Todo recurso que sai do convencional sofre um pouco porque, em geral, os clientes não têm a mesma capacidade de abstração que as pessoas que trabalham com isso. Ou seja, eles muitas vezes não conseguem imaginar como a coisa vai funcionar e preferem ficar no tradicional"<span style="line-height: 150%; font-size: 11pt;"> (OGRIZEK, 2009). </span>O filme de animação <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mundo sem cor da depressão infantil </i>foi todo produzido no plano zenital, que se resume no posicionamento da câmera no alto do cenário apontando diretamente para baixo, em ângulo de 90º. Esse plano foi necessário para obter a ilusão da perspectiva da personagem, assim como possibilitar os objetos a estarem em pé, utilizando-se o chão como fundo e criando uma inusitada percepção ao espectador. A câmera subjetiva também foi utilizada afim de inserir o espectador no filme, mostrando o olhar de quem vive a rotina junto da criança e acaba não prestando atenção nos sintomas que a personagem vem apresentando. "Na publicidade, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i> ainda é um campo que as pessoas observam como sendo de diversão apenas e não como uma forma diferente e criativa para divulgar produtos e serviços. Poder explorar situações diversas e criar mundos fantasiosos para mexer com o público é positivo e pode gerar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">buzz</i> e consequentemente bons negócios. (TRAVAGIN, Diogo. 2013). A técnica, além de atrativa, precisa ser eficaz. É preciso gerar lembrança e atingir o emocional dos telespectadores. Para isso, além do uso do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>, as cores do filme mudam conforme o emocional da criança é afetado, assim como a trilha sonora. Esse método visa influenciar o sentimento do espectador por meio da imagem, som e da mensagem narrada no vídeo final. ROTEIRO TÉCNICO: TRILHA SONORA TRISTE E PLANO ZENITAL EM TODO O FILME. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM SÉRIA: Precisamos falar sobre a depressão infantil: ela existe e vem aumentando em todo o mundo. São diversas as causas e consequências da depressão na criança. CENA 1  INT. QUARTO DA MARIA  DIA  PLANO MÉDIO. VÍDEO: Criança 1 (aproximadamente 12 anos, pele clara, cabelos lisos e escuros) acorda de manhã, espreguiça-se, veste o uniforme escolar e vai até a cozinha. CENA 2  INT. COZINHA  DIA  PLANO MÉDIO E SUBJETIVO. CÂMERA SUBJETIVA MÃE. VÍDEO: Criança 1 vai até a sua mãe em uma nova tentativa de atenção. Mãe de Criança 1 está ocupada fazendo um bolo e também a ignora. CENA 3  INT. COZINHA  DIA  PLANO MÉDIO E SUBJEIVO. CÂMERA SUBJETIVA PAI. VÍDEO: Criança 1 vai até o seu pai para dar bom dia. Pai de Criança 1 está sentado lendo jornal. Maria aparece atrás do jornal, cumprimenta o pai mas é ignorada. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: A ausência de atenção dos pais... Criança 1 pega sua mochila e sai para ir à escola. O vídeo começa a perder a cor. CENA 4 - EXT. PÁTIO DA ESCOLA  DIA  PLANO MÉDIO. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: Falta de interesse nas brincadeiras... VÍDEO: Maria, cabisbaixa recusa brincar com os brinquedos. CENA 5 - EXT. PÁTIO DA ESCOLA - DIA - PLANO MÉDIO. VÍDEO: Vários dedos aparecem apontando para Criança 1. Palavras de xingamento aparecem. Criança 1 chora. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: O bullying... CENA 6 - INT. SALA DE AULA  DIA  PLANO MÉDIO. VÍDEO: Professora entrega da prova e Criança 1tira nota baixa e reprova na matéria. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: Queda no rendimento escolar... CENA 7 - INT. COZINHA  DIA. VÍDEO: Mãe serve comida e Criança 1 recusa. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: Falta de apetite... CENA 8 - INT. QUARTO  NOITE  PLANO MÉDIO PARA PLANO PRÓXIMO. VÍDEO: Criança 1 deita-se para dormir chorando. O dia amanhece e criança 1 continua acordada. Vídeo totalmente preto e branco. LOCUTOR EM OFF MULHER JOVEM: E até insônia. CENA 9 - EXT. JARDIM  DIA  PLANO MÉDIO. LOCUTOREM OFF MULHER JOVEM: Depressão é coisa séria! Observe, repare e lembre-se: criança que cresce com amor, carinho, que recebe atenção e proteção, dificilmente vai enfrentar esses problemas. VÍDEO: Criança 2 (pele morena, cabelo liso, aproximadamente 11 anos) entrega um coração gigante para Criança 1. Vídeo fica colorido novamente.</span></span> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> <p align="justify"> <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">A depressão infantil foi escolhida como tema pois, como dito anteriormente, é um assunto de relevância e que possui um apelo social. Os autores desse filme de animação sentiram a necessidade de falar sobre esse assunto pois a doença tem atingido cada vez mais os jovens. A elaboração do filme foi dividida em três etapas: pré-produção, produção e a pós-produção. A primeira etapa constituiu-se através de pesquisas na internet, em artigos e livros, onde apurou-se informações sobre a depressão infantil. Em seguida, buscou-se inspirações da técnica do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>. Após colher os dados, desenvolveu-se o conceito criativo do filme. O livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Compreendendo a Depressão Infantil</i> foi a principal referência para a criação teórica do filme. Ele explica a doença no seu âmbito psicológico, social, familiar e escolar. O material foi útil para os autores conhecerem melhor o tema e para auxiliar na concepção de todo o trabalho. Outra referência, dessa vez para a parte prática do filme, foi o vídeo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sorry, i'm late</i>, do canal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Rocktboom</i> no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">YouTube</i>, produzido também com a técnica do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>. Nele, a personagem sai de casa atrasada e mostra-se todo o trajeto até o trabalho. São utilizados atores reais e objetos no chão, dando a ilusão de estarem de pé. O filme de animação <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trolls</i> também serviu de inspiração para o conceito criativo da equipe. Nele, é mostrada a história de um personagem preto e branco com personalidade difícil. Ele é mal-humorado, impaciente e representa o lado ruim, mas que acaba sendo contagiado por outras personagens que são coloridos, alegres e benéficos. Inspirando-se nesses filmes, os tipos de materiais escolhidos para a criação do vídeo foram também objetos reais, como torradeira, jornal, colher de pau, copo, blusa, cabide, prato, talheres, mochila, todos representando suas verdadeiras funções. E atores reais para representar as crianças. Além disso, também de acordo com o conceito criativo definido para o filme, as cores que dão vida à criança vão desaparecendo a medida que o emocional e psicológico da personagem é atingido. O preto e branco vem representando a depressão e o colorido, a alegria e a retomada da vida saudável. Ainda nessa etapa de pré-produção, escreveu-se o roteiro literário e técnico, que auxiliou na produção das fotografias e edição do filme. Um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">storyboard</i> também foi produzido e utilizado para facilitar a construção das cenas. A etapa da produção durou dois dias. Foi utilizada uma câmera Nikon D7000 com lente objetiva Tamron 27-55mm f2.8 e dois tripés de iluminação contínua para garantir a qualidade e manter o padrão da luz nas fotos. Foram capturadas mais de 400 (quatrocentas) fotografias sequenciais. A terceira e última etapa foi a edição das fotos e a criação do vídeo. Após pesquisas dos efeitos sonoros e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">background</i>, foram utilizados os softwares de edição <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Adobe Lightroom</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">After Effects </i>e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Adobe Première</i> para editar as fotografias e o vídeo, respectivamente. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lightroom </i>é um programa fabricado pela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Adobe</i> usado para organizar e editar fotografias. Nele foram feitas correções de nivelamento, saturação, temperatura, iluminação, etc. Já o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">After Effects</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Première,</i> que também são programas da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Adobe, </i>são próprios para pós-produção de vídeos. Através deles, a sequência de fotos ganhou movimento e som, formando assim, o filme. A versão final do filme de animação possui 08 (oito) cenas e 01 (um) minuto de duração. Nela, é mostrada a rotina de uma criança, desde a hora de acordar até a hora de dormir. Dentro desse ritual diário, a jovem passa por situações que abalam seu emocional e psicológico, mostrando assim as causas da depressão e os sintomas da doença. Na primeira cena, a menina acorda de manhã e se arruma para escola. Em seguida tenta falar com a mãe e não recebe atenção. Já um pouco chateada, vai até seu pai para dar bom dia e também não recebe atenção. Estão todos ocupados com seus afazeres e acabam não dando a devida atenção para a criança.Essa cena foi escrita pensando em mostrar que a instabilidade na relação com a família pode ser uma das causas do aparecimento da depressão no jovem. O ambiente familiar é onde a criança passa a maior parte do tempo e proporcionar um bom relacionamento com os filhos é fundamental. Nas cenas seguintes, mostra-se a menina indo para o colégio. Já no intervalo, várias brincadeiras acontecem no pátio e a menina não sente vontade de participar. A jovem também sofre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bullying </i>pelos outros colegas. Na sala de aula, a professora entrega uma prova corrigida e a jovem recebe nota vermelha. É reprovada na matéria. A queda do rendimento escolar também é considerada um sintoma da depressão, por isso, a participação dos professores no auxilio da descoberta da doença é importante. Além de observar se a criança sofre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bullying</i>, é preciso considerar sua falta de disposição em brincar. Esta, pode ser um indício do distúrbio também. Na cena seguinte, já em casa, a mãe serve o almoço e a criança apresenta falta de apetite. Já de noite, deitada na cama, não consegue dormir. O dia amanhece e ela continua acordada na cama, com insônia. As observações não podem se limitar somente ao período do dia. As noites de uma criança também são afetadas pela doença. Ela pode apresentar tanto a falta como excesso de sono. Na última cena, o filme é finalizado com uma terceira pessoa entregando para a menina depressiva um coração, simbolizando o amor, carinho, atenção e afeto. Esse simples ato devolve a alegria e felicidade para a vida da criança e vem representando uma possível cura. A ideia dessa cena é mostrar que, muita vezes, a criança só precisa de atenção devida. Esse cuidado precisa vir de alguém de fora, que esteja disposto a cuidar e ajudar o jovem procurar um profissional especializado no assunto para indicar o tratamento necessário para o nível de depressão que ela se encontra. Durante o vídeo, uma locução em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">off</i> descreve alguns dados sobre a doença e finaliza com uma frase de impacto, convidando os espectadores a alertarem-se sobre a depressão infantil. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">background sonoro</i> segue a mesma ideia das cores das cenas. Quando a jovem encontra-se triste, a música é lenta e dramática. Conforme a criança fica bem, a música volta a ser alegre. Em resumo, o filme de animação tenta transmitir o tempo todo as sensações de uma criança com depressão. Além disso, mostra as causas e sintomas da doença e lança um alerta para os pais passarem a observar o comportamento dos seus filhos.</span></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><span ar-sa;'="" pt-br;="" roman";="" new="" "times="" 12pt;="" roman",serif;="" bold;="">A depressão infantil é uma doença relativamente nova. Antes dos anos 1970 era considerada uma raridade ou praticamente inexistente. Segundo a OMS, o índice de crianças entre 6 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio saltou de 4,5% para 8% na última década. Muitas vezes, a criança ou até mesmo os pais e responsáveis, tem dificuldade em reconhecer os sintomas da doença, pois eles podem ser confundidos com crises transitórias decorrentes da faixa etária. Desta forma, vê-se a necessidade de alertar a população sobre o assunto. O papel do filme de animação <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O mundo sem cor da depressão infantil</i> é tentar mostrar ao público as causas e sintomas da doença através da rotina de uma criança depressiva. Busca-se sensibilizar e conscientizar, principalmente, pais com filhos pequenos ou adolescentes. A técnica utilizada no filme, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">stop motion</i>, foi aplicada a fim de produzir um visual diferente do convencional e assim, atrair a atenção tanto dos adultos quanto das crianças. Ela vem acompanhada de uma narrativa para intensificar a mensagem que o filme pretende passar.</span></span></p> </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARRETO, Tiago. Vende-se em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.<br><br>CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Compreendendo a Depressão Infantil  Petrópolis; Rj: Vozes, 2014.<br><br>DIAS M.G.B.B.; VIKAN, A. & GRAVAS, S. (2000). Tentativa de crianças em lidar com as emoções de raiva e tristeza. Estudos em Psicologia, Natal, 5, p. 49-70.<br><br>HARRINGTON, R. (1993). Depressive Disorder in Children and Adolescents. British Journal of Hospital Medicine, 43, p. 108  112.<br><br>KOHN, R.; LEVAV, L; ALTERWAIN, P.; RUOCCO, G.; CONTERA, M. & GROTTAS, D. (2001). Fatores de riesgo de trastornos conductuales y emocionales en La ninez: estúdio comunitário en El Uruguay. Revista Panamericana de Salud Publica, 9 (4), p. 211-218.<br><br>LIMA I.V.M; SOUGEY, E.B & VALLADA, H.P (2004). Genética dos Transtornos Afetivos. Revista de psiquiatria Clínica [Disponível em http://www.hcnet.usp.br/revista/index.html].<br><br>LUCENA B. JR., A. Arteda Animação  Técnica e Estética através da História. São Paulo: SENAC, 2005. <br><br>MILLER, J. (2003). O livro de referencia para a depressão infantil. Tradução: M.M. Tera. São Paulo: M. Books.<br><br>MENDES, A.V. (2012). Crianças que convivem com a depressão materna: indicadores cognitivos, comportamentais e de psicopatologia infantil. Tese de Doutorado. Ribeirão Preto: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP.<br><br>POLAINO, A. & DOMENECH, E.L.  Las depressions Infantiles. Ed. Morata, Madrid, 1988.<br><br>PLUGCITÁRIOS. O Maravilhoso Mundo do Stop Motion. Disponível em: WWW.plugcitarios.com/2013/12/02/maravilhoso-mundo-stop-motion Acesso em 15 de abril de 2017.<br><br>ROCKTBOOM, youtube. Sorry, I m late.Disponível em: www.youtube.com/watch?v=_wjF9vGGqNE Acesso em 17 de março de 2017.<br><br>WHITE, J. (1989). Depression. In: WHITE, J. The Troubledadolescent. Oxford: Pergamon Press, p. 111  142.<br><br> </td></tr></table></body></html>