ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01443</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Distopia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Karine Silva dos Reis (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Carlos Felipe Coelho Rosa da Silva (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Sarah Feitosa Pinheiro (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Carlos Henrique Monte Cavalcante (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Paulo Narciso dos Santos Junio (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação); Leslye Revely dos Santos Arguello (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Distopia, doenças mentais, seriado, suspense, transtornos mentais</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Percebida uma escassez no mercado nacional de produções audiovisuais no formato de seriado do gênero suspense, o projeto tinha o propósito de produzir o episódio piloto do seriado "Distopia". Com roteiro original, o episódio piloto foi baseado em um quadro de surto psicótico, visando a concretização do objetivo do projeto. A produção, em seu formato, destinou-se à veiculação em plataformas on demand e à transmissão em canais de TV por assinatura. O projeto se embasou em bibliografia específica à área de comunicação social e bibliografia que abrange o formato seriado, transtornos mentais, gênero suspense, trilha sonora e conceituação de distopia. Distopia é um seriado realizado como Trabalho de Conclusão de Curso por meio da linha das práticas investigativas I da FAPCOM: Comunicação, sociedade, educação e cultura.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Distopia é um seriado ficcional de roteiro original de sete episódios independentes, baseado no relatório São Paulo Megacity Mental Health Survey, realizada em 2012 pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), utilizando a versão desenvolvida pela da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que São Paulo é a cidade com maior índice de transtornos psicológicos do mundo e as principais fontes para o desencadeamento na piora da saúde mental é, particularmente, a vida urbana. Deste modo, a cidade é o pano de fundo e único fator comum entre os episódios. O piloto narra a história de Celeste, uma jovem moradora da região central da cidade de São Paulo que desenvolve um quadro de surto psicótico, com o desencadeamento de alucinações e comportamentos desorganizados, devido a perda da realidade. As crises se originam em pessoas que têm fragilidade psicológica e vai se agravando com as condições externas, no caso da protagonista, a cidade e suas pressões, as suas relações individuais e sociais, especialmente com sua amiga, Ariel, sua alucinação em forma física, Eleonor e Sérgio, seu chefe, colaboram para esse surto. Construímos o roteiro do episódio por meio de inspirações e do estudo de comportamento dos indivíduos que sofrem de transtornos psicológicos e que residem em grandes metrópoles. A narrativa é uma ficção do gênero suspense, que tem como objetivo envolver o espectador à trama. Distopia, nome dado ao seriado, surgiu para apresentar características da nossa atual sociedade. O termo tem uma ideologia social onde traz à tona uma sociedade com condições de vida caracterizada pela opressão, violência e doenças. Por este motivo, o projeto é ambientado na cidade de São Paulo, pois a mesma se insere em um cenário distópico. O seriado traz uma reflexão ao público em relação à atual sociedade e as pressões psicossociais adquiridas e carregadas no dia a dia por qualquer indivíduo em uma grande metrópole.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Objetivo Geral O objetivo do projeto foi produzir o piloto Celeste, do seriado Distopia, de gênero suspense, roteiro original, que tem como tema os transtornos psicológicos desencadeados na cidade de São Paulo. Objetivos Específicos Realizar uma pesquisa sobre o conceito e características de um surto psicótico para contextualizar e incluir no perfil da protagonista; Busca de referenciais teóricos sobre a construção e características do gênero suspense; Desenvolvimento de um roteiro original do seriado a partir da pesquisa elaborada, referente ao surto psicótico e sua relação com a cidade grande; Análise de posicionamento do mercado brasileiro para seriados do gênero suspense que abordem assuntos psicológicos em sua narrativa.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Através de pesquisa mercadológica quantitativa, realizada pelo grupo no período entre outubro a novembro de 2016, através da plataforma Forms, disponibilizada pelo Google, com 100 cidadãos que possuem apreço pelo audiovisual e possíveis consumidores do produto, percebeu-se uma defasagem em relação às produções nacionais que possuem características semelhantes à produção realizada. Quando perguntado sobre os gêneros de séries que costumam assistir, os entrevistados elegeram o drama como o mais assistido, com 74%, e o suspense como o segundo mais assistido, com 66%. A pesquisa aponta, desta maneira, que o gênero do seriado Distopia pode ter uma grande aceitação do público, com a possibilidade de satisfazer o gosto dos possíveis consumidores. Porém, percebeu-se uma grande diferença entre a quantidade de espectadores que assistem às séries nacionais ou estrangeiras. Enquanto 86% dos entrevistados assistem séries internacionais, apenas 16% possuem o costume de assistir séries nacionais. Isso se dá, não somente pela quantidade de produções serem muito maiores no exterior, mas também da questão de aceitação das séries nacionais, uma vez que 66% dos entrevistados desejam ver mais produções de séries nacionais. Os dados também apontaram que 68% acreditam que as séries nacionais teriam mais público se abordassem mais temas diferenciados e fora do seu habitual e indica que apenas 10% consideram que a produção nacional de séries é de boa qualidade atualmente. Em se tratando dos principais temas, evidenciou-se uma mostra da defasagem de produções com a mesma temática no mercado nacional. Apesar de 74% dos entrevistados saberem o que é um surto psicótico, apenas 14% já assistiram a alguma série nacional que tenha trabalhado este tema. Em relação ao termo distopia, 56% já conheciam o termo e apenas 4% já presenciaram alguma série nacional tratar deste tema. Em sua totalidade, 64% dos entrevistados mostraram interesse de assistir a uma série nacional que trate sobre assuntos distópicos. A porcentagem sobe para 80%, quando se trata de suspense psicológico. A pesquisa indica, de maneira geral, que o produto audiovisual pensado possui grandes possibilidades de aceitação do público, alcançando sempre mais de 60% de indicativo positivo na pesquisa, assim como a necessidade de inovar e sair do denominador comum que rege o audiovisual nacional atual. Desta maneira, junto à confirmação da viabilidade através da opinião do público, a análise da história do suspense brasileiro foi necessária para embasamento da criação do conteúdo proposto, levando em consideração as produções audiovisuais existentes no Brasil que abordem problemas relacionados à saúde mental, dentro de um enredo de suspense e que deem o protagonismo à relação entre a grande cidade e o bem-estar mental do indivíduo. Após a análise do cenário audiovisual nacional e unindo a informação do relatório São Paulo Megacity Mental Health Survey, a motivação para esse projeto se concretizou na realização de um trabalho audiovisual que mostre, por meio da ficção, histórias de pessoas que sofrem transtornos mentais em um ambiente urbano, no caso, a cidade de São Paulo. Evidenciando a falta de conhecimento sobre as doenças apresentadas, além dos fatores externos e padrões sociais que contribuem para a piora da saúde mental.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Colocando-se em prática estudos teóricos, a produção do projeto se iniciou através do estudo das metodologias necessárias para a criação e construção do projeto e das características definidas como essenciais pela equipe. Visando a estimulação de uma cadeia produtiva, o livro Metodologia Científica - Desafios e Caminhos (2009) de Osvaldo Dalberio e Maria Célia Borges, foi utilizado como suporte metodológico para o projeto. O processo investigativo iniciou-se com o levantamento bibliográfico de obras para a construção do enredo, no qual tem como base as seguintes temáticas: o discernimento sobre a palavra distopia, surtos psicóticos, a cidade de São Paulo e suas características como cenário, o gênero suspense, a construção da trilha sonora, e referências de linguagens visuais. A pesquisa mercadológica foi desenvolvida através de um questionário online para compreender o comportamento sobre o consumo de produções nacionais do gênero suspense e temas psicológicos em produções audiovisuais. Seguindo uma estrutura lógica e progressiva, iniciamos a pesquisa com algumas perguntas a fim de definir, primeiramente, o perfil do consumidor, como idade, sexo, grau de escolaridade e faixa de renda; seguindo com perguntas fechadas mais específicas ao tema, e contendo uma última pergunta aberta, tornando o questionário o mais próximo a realidade do espectador. Dessa forma, o questionário passou a ser um recurso de informação relevante à estrutura do projeto, fornecendo elementos importantes através de dados quantitativos. O projeto Distopia mostra a ambientação da cidade de São Paulo, que influencia no desencadeamento de doenças mentais. Para isso, utilizamos referências estéticas como os filmes: Ensaio Sobre a Cegueira (2001), Não Por Acaso (2007), Medianeras (2011), Fome (2011) e a série Contos do Edgar (2013). Todas as produções citadas explicitam, de alguma maneira, a desordem e o cinza que encontramos na cidade, além da ideologia social distópica. Para a etapa da pré-produção, calculamos os orçamentos necessários, visitas às locações, casting e escolha dos atores, elaboração das sinopses dos demais episódios, construção do roteiro original do episódio piloto a partir de pesquisas referente aos surtos psicóticos e à representação da cidade e levantamento bibliográfico que contemplou os seguintes tópicos: Distopia - O livro A Utopia no Cinema Brasileiro, publicado em 2006, por Lucia Nagib, faz uma linha do tempo das produções utópicas finalizando com os conteúdos distópicos urbanos no cinema nacional, onde as produções começam a mostrar uma sociedade oprimida, dominada, doente e com divisões. Esses conteúdos distópicos começam a ser notados em Terra em Transe e mais recentes em Cidade de Deus e o Invasor. Surto Psicótico - O Que É Loucura? Delírio e Sanidade na Vida Cotidiana (2013), livro de Darian Leader, ajudou na composição das características da personagem principal do piloto em relação ao surto. O livro trata de surtos, mostrando a diferença em ser louco e se tornar louco, apresentando exemplos da vida cotidiana. E para aprofundamento sobre o surto abordado, utilizamos o livro A psicologia do anormal e a vida contemporânea (1973), de James Coleman, onde é apresentado informações referentes a transtornos mentais, suas agravantes, e com base em pesquisas psicológicas trata de forma direta o que é um surto psicótico, quais seus sintomas, variantes e fatores que contribuem para o seu desencadeamento Gênero Suspense - No Brasil, existem poucos livros que tratam isoladamente o suspense, sem associá-lo ao terror/horror. Essa baixa referência teórica está associada à baixa produção audiovisual brasileira no gênero. Sendo assim, para justificar o gênero escolhido, o livro Manuais de Cinema II  Gêneros Cinematográficos (2010) de Luís Nogueira, apresenta os gêneros cinematográficos, assim explicando as características dos gêneros clássicos e a imersão deles no cinema experimental. Câmera, ação! Fascinante história do cinema (1965) de J. Pereira, também é um dos referenciais por dar ênfase ao suspense e introduzir Hitchcock como inventor do gênero. Roteiro  Para elaboração do roteiro, utilizamos os livros Roteiro de Cinema e Televisão (2007) de Flavio de Campos e Da Criação ao Roteiro (2009) de Doc Comparato, pela linguagem e estruturação apresentada, assim como a clareza na descrição das etapas da construção de um roteiro, no caso, original pensado para a televisão e o cinema. Produção - O livro referência utilizado para a direção de fotografia foi o 50 anos: luz, câmera e ação, publicado em 1999, por Edgar Moura. A obra trata da questão de iluminação e filmagem cinematográfica, tendo um conceito de direção de fotografia para o cinema. Com base no livro Dramaturgia de Televisão, de Renata Pallottini, publicado em 2012, temos a definição do formato seriado, ao qual é adotado para o projeto, o que o define e suas características, e o que o difere dos demais formatos, como minisséries e telenovelas. Direção de Arte - No livro Arte em cena: A Direção de Arte no Cinema Brasileiro (2014), escrito por Vera Hamburguer, a autora faz um panorama das produções audiovisuais nacionais, destacando a importância da direção de arte para cada uma das obras apresentadas. Trilha Sonora - Por ser um seriado do gênero suspense, aplicamos algumas técnicas que estão presentes no livro A Construção do Suspense  A música de Bernard Herrmann em filmes de Alfred Hitchcock (2003) pela autora Rosinha Spiewak. O livro relata sobre as composições de Bernard Herrmann e importância da música e trilhas para a construção de cenas de suspense. Outro livro que auxiliou na construção da trilha foi o Se liga no Som- As transformações do rap no Brasil (2015), de Ricardo Teperman, onde defendemos a inclusão do hip-hop, sendo este elemento musical regional. A produção constituiu na materialização do piloto, onde houve a captação das imagens nas oito locações que se adequam a proposta e definições da direção de arte (figurino, maquiagem, produção de objetos e acessórios e referências estéticas) e direção de fotografia (enquadramento, planos, iluminação, cortes e referências filmográficas). A pós-produção foi caracterizada nos processos de decupagem e seleção do material gravado, construção da trilha sonora, edição, efeitos, filtros e tratamentos de imagem e som.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O seriado foi estruturado em episódios independentes, fazendo com que sejam vistos sem observação cronológica da produção. A identidade de Distopia é dada pelo local em que ocorre a ação, no caso, a cidade de São Paulo, pelo personagem protagonista em cada episódio e seus transtornos mentais relacionado na pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cada episódio do seriado Distopia recebe o nome da personagem protagonista, evidenciando o sujeito portador de algum transtorno psicológico. Ao total, somam-se sete episódios, cada qual contando um contexto socioeconômico diferente: Episódio 1: Celeste Celeste, jovem moradora da região central da cidade de São Paulo trabalha em uma agência de fotojornalismo. Em seus 26 anos de idade, com o acúmulo de estresse e pressão para se adequar e sobreviver em uma megalópole, passa a sofrer uma série de alucinações e delírios, sintomas do desencadeamento de um surto psicótico. Episódio 2: Abraão Abraão, com apenas 19 anos de idade, carrega consigo a responsabilidade de ser o homem da casa após o abandono da família por parte de seu pai no meio de sua infância. Depois de muito batalhar, cursa Pedagogia graças à uma bolsa de estudos e procura um emprego para sustentar sua família. A necessidade e a preocupação acarretam no desenvolvimento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Episódio 3: Jia Song Jia trabalha como vendedora ambulante em uma das ruas mais populares de São Paulo. Junto aos seus pais que carregam consigo a cultura chinesa, desde pequena vive no limite do possível, dentro dos padrões rígidos de seu país de berço. Com tanta pressão, desenvolve Agorafobia, especialmente pelo medo de que seu pai descubra seu namoro secreto com Lucas, um negro que trabalha na barraca vizinha. Episódio 4: Claudia Claudia vive uma luta diária todos os dias. Ela esconde um segredo que pode afetar sua vida por completo caso seja revelado. Convive com o transtorno do pânico há mais de três anos e possui uma rede de amigos relativamente pequena, tornando-a solitária. Claudia passa por um processo de tentativa de normalizar a sua vida e isso pode abalar e destruir tudo com o que está acostumada e já construiu ao longo da vida. Episódio 5: Leonardo Leonardo trabalha como feirante seis dias por semana. Pedro, seu filho, se preocupa por conta da doença do pai, que lida com Transtorno Obsessivo Compulsivo. Por melhor que seja em seu trabalho, sua repetição comportamental de limpeza faz com que sua vida não seja tão simples, afetando sua vida pessoal e profissional, principalmente por seu neto, Junior, estar indicando o desenvolvimento do mesmo transtorno. Episódio 6: Cristiano Cristiano, um morador de rua da região central de São Paulo, viveu em negligência durante toda sua vida. Apesar de apresentar picos semanais de fúria, nunca foi considerado um portador de uma doença. Tudo muda graças a um médico que trabalha na região e crê que Cristiano possui Transtorno Explosivo Intermitente, devido ao aumento relatado de crises e ataques. Episódio 7: Ismália Ismália é uma corretora de imóveis de luxo, altamente sucedida aos 40 anos. Para os outros, sua vida é banhada de glamour e felicidade, e por um tempo foi assim. Aos 40 anos, solteira, sem filhos e amizades, por ter feito de tudo para alcançar o sucesso, ela percebe que o dinheiro não é capaz de trazer toda a felicidade do mundo. O transtorno depressivo chega aos poucos e tem consequências irreversíveis em sua vida. Abaixo uma breve leitura sobre o episódio produzido: Episódio Piloto: Celeste Celeste é uma jovem adulta de 26 anos, que reside na região central deste cenário distópico, localizada no bairro da República e que trabalha em uma agência de fotojornalismo, que desencadeia um quadro de surto psicótico, acarretado pelas pressões de uma megalópole, tal como a cidade em que o seriado está situado. Acompanha-se no decorrer deste suspense, o cotidiano da personagem, sua relação com a cidade e o seu transtorno psicológico. Há uma repetição na vida de Celeste, sem emoção e novidades, causa uma morbidade psiquiátrica na jovem, fazendo com que, aos poucos, os sintomas de seu surto psicótico apareçam no seu dia a dia, tendo como principais características as alucinações, devaneios e comportamentos desorganizados, demonstrando a perda da realidade. Sons vindos de cômodos em que não se encontra são o primeiro sinal de seus devaneios, seguido de alucinações em que ela não está em locais nos quais não condizem com a realidade, como uma piscina ao lavar seu rosto e ao entrar em uma realidade alternativa, colocando-se presente em uma foto que havia sido responsável de editar em seu trabalho. A maior e mais presente de suas alucinações é representada por uma senhora, que se chama Eleonor, que aparentemente, mora no mesmo prédio de Celeste, possivelmente uma vizinha de andar da personagem. Por mais de uma vez, a protagonista interage com esta senhora de 60 anos, que não passa de uma imagem criada em sua mente, apresentando toda a pressão que habita em sua psique. Junto à Eleonor, vê-se a participação de Sérgio, seu chefe, como uma imagem opressora, pressionando-a e a ameaçando constantemente no trabalho. E em contraste a isso, vê-se sua amiga no trabalho, Ariel, que se preocupa e tenta ser um fator positivo na rotina de Celeste. Devido à uma situação que não se sabe definir como um sonho ou realidade, Celeste passa por uma situação de pressão emocional extrema, que se torna um gatilho para o pico do desenvolvimento do surto psicótico. Numa grande confusão mental, vivencia uma noite de amor com um desconhecido, algo que apavora a protagonista. Diante de todas as situações, a personagem desencadeia o estágio de total perda da realidade, em que pode ferir ao próximo e a si mesma. Não há controle do que se pode fazer durante este surto, quebrando objetos, destruindo suas coisas e tendo alucinações e devaneios constantes. Personagens Celeste: Branca, 26 anos, magra, cabelos escuros e curtos, apresenta olheiras durante todo o episódio, possui estatura média e está acostumada a não fazer uso de maquiagem no seu dia a dia. Profissional na área de fotojornalismo, responsável pela edição de imagens dentro da redação. Reside no centro de São Paulo sozinha, especificamente no bairro da República, em um apartamento de três cômodos. Não possui muitos amigos, limitando- se a conversar com as pessoas mais próximas, tendo como uma de suas principais características a sua timidez. Apresentando um quadro de surto psicótico em sua fase final de desencadeamento com a perda da realidade, representado por alucinações, devaneios e comportamentos desorganizados. Eleonor: Branca, 60 anos, cabelos castanhos, alta e apresenta as linhas de expressão em sua face, entregando sua idade. Vizinha imaginária de Celeste, "reside" no apartamento em frente ao da personagem principal, porém, não passa de uma alucinação da mente de Celeste. Está sempre com a mesma roupa e porta uma mala marrom em uma de suas mãos, com o significado de mostrar que a sua presença ali é passageira nos momentos em que está em cena. Junto a sua postura, ao aconselhar Celeste, apresenta uma postura opressora e de desconfiança, causando confusão mental na jovem. Ariel: Negra, 29 anos, cabelos castanhos no estilo black power, estatura média. Colega de trabalho de Celeste, além de uma das poucas amigas da personagem principal, também é uma profissional na área de fotojornalismo. Com uma personalidade totalmente contrária da protagonista, possui muita personalidade, esbanjando confiança e extremamente extrovertida, além de bondosa e preocupada com a amiga, tenta ajudar a levando para sair e conversando com a mesma. Sérgio: Pardo, 50 anos, poucos cabelos castanhos, acima do peso e baixo. Chefe de Celeste e Ariel na redação de fotojornalismo, tem uma imagem opressora e atitudes que condizem com esta característica, pressionando, especialmente, Celeste.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Com base nos resultados obtidos, a hipótese referente à escassez do mercado nacional para produções do gênero suspense que tratam de transtornos mentais, em específico o surto psicótico em uma grande metrópole, foi confirmada. Para a elaboração do projeto, realizamos pesquisas e avaliações de produções audiovisuais que abordassem o tema proposto no gênero suspense, com a finalidade de observação, que em maioria, há uma ausência de aprofundamento referente a temas relacionados ao que é proposto no projeto no formato de seriado. Ao ser colocado em prática, o projeto tem a proposta de disponibilizar uma produção audiovisual do gênero suspense no formato de seriado que introduza o público a questões relacionadas a transtornos mentais, como um surto psicótico, apresentado no episódio piloto, evidenciando o contexto social, representado pela cidade de São Paulo como influência para agravante do surto. No episódio, é mostrado imagens da cidade, a exploração em seu cenário e âmbitos sociais, como trabalho, lazer, utilizando o áudio com sons orquestrais, sampleados com batidas de hip hop, o que remete a ideia de cidade e urbanização. Acreditamos que o projeto cumpre o propósito de disponibilizar ao mercado nacional audiovisual, uma produção do gênero suspense que introduza o público ao conhecimento de transtornos mentais e suas agravantes, e o quão o mesmo é presente em nosso cotidiano. Também acreditamos que a pesquisa contribuirá para uma melhor compreensão do quadro abordado no Brasil, despertando um maior interesse populacional.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BOULOS, Guilherme. De que Lado Você Está? - Reflexões Sobre a Conjuntura Política e Urbana no Brasil. Ed. 1. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.<br><br>BRENER, Rosinha Spiewak. A Construção do Suspense  A música deBernard Herrmann em Filmes de Alfred Hitchcock. Ed. 1. São Paulo. Ieditora, 2003.<br><br>CAMPOS, Flavio de. Roteiro de Cinema e Televisão. Ed. 1. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2007.<br><br>COLEMAN, James C. A psicologia do anormal e a vida contemporânea. Ed.1. São Paulo: Livraria pioneira, 1973.<br><br>COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. Ed. 1 .São Paulo. Summus, 2009.<br><br>DALBERIO, Osvaldo; DALBERIO, Maria Celia Borges. Metodologia cientifica -desafios e caminhos. 2 ed. São Paulo: PAULUS Editora, 2009<br><br>GOSETTI, Giorgio. Alfred Hitchcock. 3 ed. Milano: Il Castoro, 2002.<br><br>HAMBURGER, Vera. Arte em Cena  A Direção de arte no cinema brasileiro.São Paulo. Senac São Paulo, 2014.<br><br>JACQUES, Mario Jorge. Glossário do Jazz. Ed. 2. São Paulo: Biblioteca 24horas, 2009.<br><br>LEADER, Darian. O Que É Loucura? Delírio e Sanidade na Vida Cotidiana.Ed. 1. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.<br><br>MONTEIRO, Regina Fourneaut. Técnicas fundamentais do psicodrama. 2 ed. São Paulo: Ágora, 1998.<br><br>MOURA, Edgar Peixoto de. 50 anos: luz, câmera e ação. São Paulo. Senac,1999.<br><br>MORUS, Tomás. A utopia. Ed.1. L&PM. São Paulo,1982.<br><br>NAGIB, Lucia. A Utopia no Cinema Brasileiro. Ed.1. São Paulo. Cosac & Naify,2006.<br><br> NOGUEIRA, Luís. Manuais de Cinema II  Gêneros Cinematográficos. Lisboa. LabCom, 2010. <br><br>PALLOTTINI, Renata. Dramaturgia de Televisão. Ed. 2. São Paulo: Perpesctiva, 2012.Capítulo 16. <br><br>PEREIRA, J. Câmera, ação!Fascinante história do cinema. Ed.1. São Paulo:Edimax, 1965.<br><br>REGIO, Marilia Schramm. As Imagens e Sons atordoantes de Réquiem paraum Sonho. Comunicação Social PUCRS, Itajaí, 2013<br><br>REPETTO, Bruna. Quando a música entra em cena. Ed.1. EDIPUCRS-PUC.Rio Grande do Sul, 2011.<br><br>TEPERMAN, Ricardo. Se liga no som  As transformações do rap no Brasil.Ed. 1. São Paulo: Claroenigma, 2015.<br><br>TISKI- FRANCKOWIAK, Irene T. Homem, Comunicação e Cor. São Paulo.Ícone Editora Ltda, 2000.<br><br>TRUFFAUT, François; SCOTT, Helen. Hitchcock/Truffatu: Entrevistas  edição definitiva. Tradução Rosa Freire d Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras,2004.<br><br>WATTS, Harris. Direção de Câmera  Um manual de Ténica de Vídeo e Cinema. Ed.1. Summus, 1999.<br><br>BRAVI TV. Canal Brasil recebe projetos de série de ficção até o dia 25 de Novembro. 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Direção: Cristiano Burlan. Brasil. Distribuidora: Vitrine Filmes, 2016. (1h30min)<br><br>Medianeras. Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual. Direção: Gustavo Taretto. Nacionalidade: Argentina, Espanha, Alemanha. Distribuidora: Imovision, 2011.(1h35min)<br><br>Não Por Acaso. Direção: Philippe Barcinski. Brasil. Distribuidora: Fox Filmes, Capítulo 16. 2007. (1h30min)<br><br>Nina. Direção: Heitor Dhalia. Brasil. Distribuidor: Columbia Pictures, 2004.(1h30min)<br><br>O Senhor do Labirinto. Direção: Geraldo Motta Filho, Gisella de Mello. Brasil. Distribuidora: Eh! Filmes, 2014. (1h20min)<br><br>Requiem For A Dream. Réquiem Para um Sonho. Direção: Darren Aronofsky.Estados Unidos. Distribuidor: Europa Filmes, 2000. (1h50min)<br><br>Supermax. Direção: José Alvarenga Jr. Brasil. Distribuidora: Globo, 2016.<br><br> </td></tr></table></body></html>