ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00149</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Setembro</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Caio Eduardo Almeida Santos Sousa (Universidade Catolica de Brasilia); Alex Vidigal Rodrigues de Sousa (Universidade Catolica de Brasilia); Iago Martinho Kieling (Universidade Catolica de Brasilia); Leticia Marques Tiveron (Universidade Catolica de Brasilia); Adriana Gonçalves Botelho (Universidade Catolica de Brasilia); Alessandro Paolo Souza Resende (Universidade Catolica de Brasilia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Audiovisual , Banda, Música, Videoclipe, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe "Setembro" da banda brasiliense Profissão de Urubu foi desenvolvido dentro da disciplina de Produção e edição em TV, coordenada pelo professor Alex Vidigal, com a proposta de abrir um espaço para colocar em prática toda a teoria desenvolvida dentro de sala. O projeto contou com uma equipe de 12 pessoas. O enredo conta a história do relacionamento de um casal que, com seus altos e baixos, vive um amor movido pela relatividade do tempo de cada um. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como forma de divulgar suas músicas no circuito televisivo, artistas dos anos 70 começaram a utilizar da técnica audiovisual para promover o estilo e vertentes dos seus discos. Criou-se assim uma cultura desde então, marcada pelo formato MTV, emissora que foi durante muito tempo a principal responsável pela divulgação de grandes clipes. Dessa forma, a cultura de videoclipes veio se aprimorando nas formas de realização audiovisual, usando de grandes técnicas e conceitos cinematográficos, fazendo com que a música continue utilizando-se desse meio como forma de promoção. Nos dias atuais a forma de se desenvolver um videoclipe e distribuir seu conteúdo se tornou mais fácil, com plataformas como Youtube e Vimeo, o império formado por grandes canais de música se tornaram obsoletos, porém com a facilidade e grande quantidade de conteúdo a demanda por qualidade virou essencial, agregando valor à imagem do artista. É importante mencionar, que com a popularização das plataformas de streamings, o número de visualizações pode aumentar, o consumo da música e dos videoclipes estão interligados, criando maior demanda por esse tipo de conteúdo. Logo, por exemplo, a pessoa que ouvir a música da banda Profissão de Urubu se sente motivado a procurar um enredo para Setembro. Assim, a visibilidade se junta a popularização do produto dos envolvidos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste produto foi colocar em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula dentro da matéria de Produção edição em TV. Além disso, divulgar e ajudar na promoção da banda Profissão de Urubu, em especial de sua música  Setembro .. Experimentar também, estéticas e referências cinematográficas, de televisão e do universo indie. Desenvolver todas as etapas audiovisuais na prática; sendo elas a pré-produção, produção e pós-produção, tendo a divisão de núcleos bem definida, como: direção, fotografia, produção, arte e finalização. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo que foi desenvolvido pelos alunos busca como resultado apresentar um produto do audiovisual para aqueles que compartilham não somente da música em si, mas de tudo o que é envolvido quando essa sai de sons e passa a compor também um cenário da produção de música, imagens e roteiro. Com isso, tem-se o formato do videoclipe da banda Profissão de Urubu, que reúne em um contexto de oportunidades, tanto para os integrantes da banda que vem uma oportunidade para serem lançados no mercado, quanto para os alunos que ajudaram a levar o projeto adiante, tendo em vista o objetivo de preparar e projetar estudantes que gostam da área a produzirem conteúdo desse nível. A ideia surgiu como forma de produto real aprendido dentro da sala de aula de forma teórica e prática tendo em vista o videoclipe como objeto da comunicação social, especificamente como um produto da publicidade e propaganda. O propósito se mostra como forma de vender a linguagem audiovisual, ou seja, música, imagens e estéticas que, unidas como um todo, transformam-se nessa peça a ser consumida tanto pelo público já conhecido da banda, quanto para públicos do gênero que até então não a conheciam, tendo assim a divulgação da banda como foco principal. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O videoclipe de "Setembro" contou com uma equipe de 12 pessoas, graduandas de Comunicação Social, que desenvolveram o projeto de início ao fim. Desde o roteiro,, decupagem de núcleos, filmagem, até a montagem, finalização e lançamento da peça, a equipe contou com a orientação e apoio do professor do curso, Alex Vidigal, para chegar ao resultado esperado. A divisão da equipe previu as etapas de roteiro, direção, assistência de direção, produção, assistência de produção, direção de fotografia, assistência de fotografia, direção de arte, assistência de arte, montagem, colorismo, finalização. A primeira parte trabalhada foi com área de produção, que teve o primeiro contato e proposta com a banda Profissão de Urubu, para realizar um videoclipe para a música  Setembro , presente no álbum de lançamento da banda, do ano de 2015. Os integrantes se interessaram pela proposta, dando a partir daí total autonomia e liberdade para a parte criativa que vinha a ser criada em cima da música. Assim como toda a equipe técnica, os atores do clipe também eram estudantes, graduandos em artes cênicas da Universidade de Brasília. Foram procurados atores de acordo com o perfil narrativo escolhido, embasado na estética e estilo de filmes "indie". Foi trabalhado com eles as estéticas, referências e embasamentos utilizados desde a construção do roteiro, bem como o nível de interpretação desejado às personagens que iriam viver a história do casal. Toda a parte de direção de arte foi inspirada pela parte criativa que a banda já trabalhava, tanto no encarte do álbum, quanto em posters, posts de redes sociais, etc. Dessa forma, prevaleceu bastante o rosa que em todas as cenas estava presente de alguma maneira, seja no figurino, algum quadro, ou objeto de cena. Outras inspirações foram a dos filmes "indies" que trazem cores mais vivas, que acabam por criar uma demanda para produção de locações que precisa de adequar à toda a paleta criada pela arte. Foram 3 diárias de gravação, divididas em um final de semana inteiro e um sábado. As gravações ocorreram em de 5 locações, tanto externas quanto internas, sendo elas: um apartamento cedido pelo vocalista da banda, Paulo Mello (utilizado apenas um para representar a moradias dos dois personagens, diferenciados pela direção de arte); uma casa de shows; uma loja de discos no Conic; um café e um centro comercial. Para a reserva dessas locações, foram feitos acordos e parcerias com empresários locais que liberaram o espaço a fim de terem seu nome divulgado como apoio ao final do vídeo. O videoclipe levou cerca de 6 meses para todo o seu desenvolvimento, desde o roteiro até a sua finalização. Seu lançamento oficial foi na perfil do Youtube da banda no dia 1º de setembro, data estratégica por conta do nome da música que definiu também o mês chave do relacionamento do casal da trama. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Setembro teve desde o início o objetivo de utilizar da já existente estética da banda Profissão de Urubu, da qual os integrantes já tinham afinidade, propondo também a construção de um estilo próprio a partir da junção das áreas criativas da música com a de audiovisual. Dessa forma, os núcleos de produção, direção e direção de arte estiveram sempre alinhados em busca de uma unidade estética que contribuísse com a narrativa proposta à obra. O roteiro foi desenvolvido através da interpretação subjetiva da letra da música, que aborda uma história de amor de um casal que, entre idas e vindas, acabou por aceitar seu término definitivo. Apesar do sentido já existente da história desde a concepção da música em si, o processo de criação para o videoclipe não precisou se prender em tais sentidos já criados previamente pela banda. Com isso, o roteirista utilizou de sua visão para retratar a história desse casal, utilizando das propostas de criação a partir da compreensão de todos sobre a música e estilo da banda. A obra teve diversos filmes e séries como referência mas as principais foram os filmes  Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004) e  500 dias com ela (2009) . Ambas obras foram marcos da geração indie da primeira época dos anos 2000 e foram escolhidos, além de sua relevância na geração dos realizadores, pela abordagem diferenciada acerca de relacionamentos entre casais da época. Tema muito abordado ao longo da última década, os relacionamentos amorosos da geração 2000 têm sido constantemente taxados como não duradouros e frágeis quando compreendidos dentro de um contexto de mundo globalizado e conectado por diversos dispositivos e mecanismos digitais de distração e separação. Grandes autores como Zygmunt Bauman criaram conceitos sobre essa problemática, tendo, esse autor em especial, utilizado o adjetivo de liquidez para definir essas relações contemporâneas. Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar. BAUMAN, 2003. Tendo como base conceitos como os de Bauman, foi elaborado o roteiro e a narrativa que o videoclipe viria a ter. As camadas remetiam constantemente a elementos de fragilidade entre a relação do casal que, durante um tempo indeterminado na história, esteve junto vivendo momentos intensamente. Ambos já eram fãs da banda Profissão de Urubu, elemento utilizado para promover a banda também através de Easter Eggs de objetos de cena e versos de diversas outras músicas de seu álbum. Dessa maneira, estiveram muito presentes em quadro CD s da banda, pôsteres, livros e filmes indie, bem como cores que representavam o momento do casal, fosse ele mais quente ou mais frio. Foi encenado e gravado inclusive um show da banda, para representar o momento de rompimento definitivo do casal que, naquele cenário assistindo ao show, compreendeu e aceitou de fato o seu término. Outros elementos que agregam a essa linha narrativa foram implementados nas diversas áreas e técnicas de fotografia e arte, além da decupagem de direção que fez um jogo de eixos de enquadramentos para representar cada momento do casal. Por exemplo, em bons momentos do casal, os dois compunham o quadro em planos conjuntos, marcados por cores rosas e vibrantes e uma temperatura de cor quente. Já em momentos de tensão e rompimento, tanto a luz quanto as cores esfriavam, além de o casal ser isolados em planos separados, nos cantos do quadro, brincando assim com os espaços vazios da composição, que representava o vazio que cada um sentia ao estar tão longe, apesar de tão perto, linha essa, considerada o principal argumento para a história dos dois. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Até a data de fechamento deste documento, o videoclipe estava com 10 mil visualizações no canal da banda, fato este considerado como um sucesso, por ser um dos vídeos mais acessados do canal. Contou-se com o apoio do festival Picnik, do Café Seu Patrício, do Restaurante Bêco, do Bar Quinto, da loja de discos Funhouse Discos, brechó de roupas Pop Up Store e do site da MTV chamado Tracklist que ajudou no lançamento criando uma matéria especial de entrevista com a banda Profissão de Urubu, sobre a história da sua formação e sobre os processos de realização do videoclipe. O produto cumpriu tanto dentro do seu objetivo interno, que era de criar algo para a sala de aula como forma de experimentar os conteúdos estudados, quanto no seu fator externo, criando grande interesse no público da banda, que compartilhou e disseminou a peça por diversas redes sociais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALMEIDA, Paulo Sérgio; BUTCHER, Pedro. Cinema: Desenvolvimento e mercado. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora e Consultoria Ltda., 2003. <br><br>BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. <br><br>CALDAS, Carlos. O videoclipe na era digital: história, linguagem e experiências interativas, Intercom, 2013. <br><br>CHION, Michel. A audiovisão: som, imagem no cinema. Lisboa, PO: Texto & Grafia, 2011. <br><br>ETERNAL Sunshine of the Spotless Mind. Estados Unidos: Focus Features, 2004. <br><br>MODRO, Nielson. Cineducação: usando o cinema na sala de aula. Joinville, SC: Univille, 2006. <br><br>(500) Days of Summer. Estados Unidos: Fox Searchlight Pictures, 2009. Son., color. <br><br> </td></tr></table></body></html>