ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01076</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Trabalho Infantil: uma patologia social da América Latina</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Icaro Heron Ferreira da Costa (Universidade de Fortaleza); Iana Couto Monteiro Lemos (Universidade de Fortaleza); João Lucas Diogénes Cavalcante (Universidade de Fortaleza); Bianca Alves Dantas (Universidade de Fortaleza); João Victor Peres Mota Costa (Universidade de Fortaleza); Vitória Carvalho Brilhante de Alencar (Universidade de Fortaleza); José Wilton Lima Martins (Universidade de Fortaleza)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;América Latina, fotografia, publicidade, trabalho infantil, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente relatório apresenta uma foto desenvolvida para a disciplina de Fotografia Publicitária da Universidade de Fortaleza. O objetivo foi desenvolver uma imagem que ilustrasse o tema abordado, o trabalho infantil na América Latina. O desenvolvimento foi baseado na entrega do briefing pelo professor, e a partir disso, na elaboração de pesquisas sobre o tema, onde o grupo percebeu o quão urgente essa situação se apresenta. Daí em diante a equipe trabalhou na pré produção, produção e pós produção da fotografia realizada.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A disciplina de Fotografia Publicitária é ofertada na grade de Publicidade e Propaganda da Universidade de Fortaleza (Unifor). Nela, o aluno realiza atividades alusivas a campanhas publicitárias existentes no mercado, baseando-se em imagens exemplificadas em sala de aula na intenção de produzir imagens para supostos clientes por meio da compreensão de noções de técnica, luz, angulação e tratamento das fotografias. Além disso, é crucial no aprendizado da disciplina, o entendimento das procedências necessárias para a realização de uma campanha fotográfica: a pré-produção, produção e pós produção. Na atividade referente ao presente relatório, a equipe deveria apresentar um exemplo de flagelo social, que estivesse presente na América Latina, a partir de uma fotografia publicitária que conscientizasse o público.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo dados da Unicef (Fundo das das Nações Unidas para a Infância), em 2016, 11 milhões de crianças foram vítimas do trabalho infantil na América Latina. Motivados por esse dado alarmante, a equipe tinha o objetivo de levar o assunto ao público por meio de uma imagem que despertasse o interesse de se discutir tal tema. Em suma, por meio da fotografia executada, buscou-se, primordialmente, impactar as pessoas, provocando uma reflexão referente ao assunto abordado. A respeito da disciplina de Fotografia Publicitária, o objetivo geral era produzir, de acordo com o briefing, uma fotografia que abordasse algum tipo de patologia social da América Latina, no qual foi escolhido a questão do trabalho infantil como conteúdo a ser abordado e o Governo do Estado do Ceará como suposto cliente. Mais especificamente, objetivou-se: Investigar acerca do trabalho infantil e seu impacto na vida das pessoas. Compreender a importância da fotografia como expressão social e sua importância na fotografia publicitária. Estudar acerca dos métodos de produção e metodologia para desenvolvimento de fotos de estúdio e seus componentes técnicos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Analisando o fenômeno do trabalho infantil a partir de uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho e da Fundação Walk Free, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações, em 2016, cerca de 152 milhões de crianças e adolescentes foram vítimas do trabalho escravo. A partir desse número, observou-se que 70% desses indivíduos estavam sujeitos a uma condição precárias de trabalho como por exemplo, em minas e com pesticidas na área da agricultura. Dentre as crianças e menores apresentadas na estatística, cerca de 11 milhões delas residem na América Latina. Ainda é válido frisar que, de acordo com a UNICEF (2018), o Brasil ocupa o terceiro lugar no continente americano em número de escravos infantis, e cerca de 16% das crianças da América Latina encontram-se envolvidas nesse tipo de atividade. Segundo a pesquisa, o trabalho infantil encontra-se principalmente nos âmbitos da agricultura, do setor de serviços, da indústria e dos trabalhos domésticos, e nessa última esfera, as meninas são as maiores vítimas desta calamidade, pois por trabalharem como empregadas muitas vezes estão sujeitas a abusos físicos e sexuais pelos seus chefes. Segundo dados da revista IHU Online (2018), existem vários locais em destaque quando se trata da questão do trabalho infantil. Cidades como, Cotacachi na Colômbia, fazem parte de um dos quatro pontos onde mais vítimas do tráfico foram identificadas no continente americano. Na cidade, por exemplo, a maior parte dos habitantes vive em situação de extrema pobreza, sendo tal fato, já considerado como uma prática comum entre os pais oferecerem suas crianças para trabalho em troca de benefícios. Assim como no exemplo citado, outras diversas cidades da América Latina são vítimas semelhantes dessa adversidade, comprovando que a realidade do trabalho infantil é drástica e se apresenta como algo comum em muitas regiões. Contudo, ainda baseando-se pela revista IHU Online, em 2017, alguns países da América Latina como: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Jamaica, México e Peru passaram a aprimorar uma ferramenta que classificaria regiões a partir da probabilidade de incidência dos casos de trabalho infantil, identificando quais fatores mais contribuem para esta prática no objetivo de erradicá-la com o tempo a partir da coleta desses dados. Em suma, Roland Barthes (2011, p. 11) diz que a "conotação fotográfica é uma atividade institucional; à escala da sociedade total, sua função é integrar o homem'', então, conclui-se que ela é uma ferramenta conveniente para expressar causas importantes e comover pessoas a se sensibilizarem para diversas situações.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">De acordo com Maria Wanner (2010, p.3), a fotografia "não reproduz o real, mas constrói um objeto a fim de intervir no mundo, para refletir sobre a realidade". Baseados nessa perspectiva, buscamos produzir uma imagem que provocasse um incômodo no público, a fim de, consequentemente, gerar uma reflexão a respeito do trabalho infantil. Para isso, foi passado um briefing que determinava a produção de uma foto que apresentasse alguma problemática da América Latina. Após a decisão de abordar a questão do trabalho infantil, os integrantes do grupo discutiram de que forma passariam a mensagem que buscavam através da foto. Segundo Zeca Martins (2014, p.104), a preocupação primordial no processo de criação publicitária é "tornar uma informação acessível a todos [...] a medida em que quanto mais pessoas conseguirmos atingir com nossos anúncios, tanto melhor''. Então, representamos por meio da fotografia, a figura de uma criança submetida a uma mão de obra em situações precárias. Segundo Ricardo Cordeiro (2006, p.10) para a "fotografia publicitária ser tirada, tudo é preparado e pensado", sendo assim, ela é uma ferramenta significativa de divulgação de ideais desde que bem executada. Para a realização da nossa imagem vários detalhes foram pensados: foi utilizado um cenário que remetesse, através de elementos como, um vestido de luxo e uma máquina de costura, um local referente ao trabalho escravo. Buscamos também compor um ambiente caliginoso através da luz direcionada ao rosto da modelo, na intenção de provocar uma sensação dramática a cena. Além disso, o enquadramento selecionado buscou demonstrar a feição infeliz da modelo, e destacar a maquiagem feita na pré-produção no propósito de sensibilizar o público da realidade dessas crianças. A autora Ana Maria Mauad (2005) diz que o espaço da fotografia deve conter as "informações relativas à história da técnica fotográfica e os itens contidos no plano da expressão  tamanho, enquadramento, nitidez e produtor  que consubstanciam a forma da expressão fotográfica". Assim, todos os fatores utilizados se fazem necessários para a uma relevante execução de uma produção inerente a fotografia. Após a produção, foi realizado o tratamento da imagem no programa Photoshop, utilizando o recurso do contraste e da matiz de cores a fim de evidenciar melhor determinados pontos da fotografia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após a turma ser apresentada ao tema "América Latina'', assunto integrador do curso de Publicidade e Propaganda no período de 2017.1 da Universidade de Fortaleza, a equipe buscou inspiração nas raízes culturais e históricas dos países com maiores dificuldades sociais da região estudada, no intuito de realizar uma fotografia que conscientizasse o público de determinada patologia social em comum nesses locais. A partir de um consenso, foi decidido abordar a questão do trabalho infantil, por ser um problema evidente que carece de maior alerta na sociedade. Optamos pelo estúdio de fotografia da Universidade de Fortaleza para a execução do vigente trabalho, tendo em mente o isolamento e o controle sobre o ambiente, que seria o cenário da produção. Foi montado um cenário rústico, preenchido por detritos, madeira, tecidos e estruturas de aço envelhecidas na intenção de criar uma ambientação precária semelhante ao que essas crianças encontram-se inseridas. Contudo, na produção finalizada, a equipe preferiu deixar o fundo da imagem escuro, dando um aspecto soturno e cruciante a fotografia. Escolhemos o âmbito da moda na intenção de retratar o contraste entre o luxo das peças de inúmeras grifes com a mão de obra infantil que diversas marcas utilizam. No cenário, foi utilizada uma máquina de costura e um vestido suntuoso da cor azul para ilustrar de forma fidedigna essa realidade. Para a execução da fotografia, a modelo foi instruída a manter-se cabisbaixa e levemente curvada, dando a entender que o personagem de sua interpretação se tratava de alguém que sofria constante exploração e violências de diversas maneiras, alguém explorada. Foi escolhida uma lente 50mm, lente com maior abertura, e propícia para ângulos detalhados, assim como refletores difusos, softbox para manter a iluminação suave, deixando a fotografia menos contrastante e mais detalhada. O ângulo utilizado causa, devido ao seu enquadramento, um direcionamento no olhar do observador. O primeiro elemento notado é o olhar da modelo e, em segundo, seu objeto de interação, um vestido luxuoso em processo de produção. Este ângulo foi escolhido devido ao teor dramático que o olhar acrescenta à fotografia, e à grade que se formou entre a modelo e os elementos em cena.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A fotografia é uma técnica pertinente para realizar campanhas publicitárias com algum tipo de cunho social. A partir de uma foto bem executada, é simples expressar a mensagem que esperamos ser compreendida pelo público. Na imagem utilizada neste relatório, por exemplo, utilizando recursos como ângulo, maquiagem, direcionamento da modelo, tratamento da imagem, enquadramento e luz, buscando retratar o trabalho infantil em uma perspectiva de advertência e consciencialização das pessoas. Às dificuldades no momento da execução da imagem estavam relacionadas a busca por uma foto que retratasse de forma nítida a situação das vítimas do trabalho infantil. Porém, essas adversidades tornaram-se um desafio instigador na medida em que tornaram oportuna a satisfação de uma atividade bem realizada. O projeto ainda fomentou na equipe um debate a respeito da patologia social abordada. O trabalho infantil, de fato, é um obstáculo a ser enfrentado pela sociedade, e os dados pesquisados comprovam a urgência de medidas públicas. Os integrantes do grupo discutiram a importância de publicidades que invistam na conscientização das pessoas a respeito de problemáticas relevantes como esta, na medida em que se proponham a informar, esclarecer ou até trazer questões marginalizadas à tona para reflexões.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARTHES, Roland: A Mensagem Fotográfica. Disponível em: <https://veele.files.wordpress.com/2011/11/roland-barthes-a-mensagem-fotogrc3a1fica.pdf> Último acesso em: 12 de abr. de 2018. <br><br>CORDEIRO, Ricardo: Fotografia publicitária e fotografia jornalística: pontos em comum. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Cinema%20V%EDdeo%20e%20TV/artigos/Fotografia%20publicit%E1ria%20e%20fotografia%20jornalistica_pontos%20em%20comum.pdf> Último acesso em: 12 de abril de 2018.<br><br> ELY, Lara. Pelo menos 11 milhões de crianças sofrem exploração no trabalho infantil na América Latina. 2017. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/571912-exploracao-do-trabalho-infantil-atinge-11-milhoes-na-america-latina>. Acesso em: 11 abril 2018.<br><br>MARTINS, Zeca: Propaganda é isso aí: um guia para novos anunciantes e futuros publicitários. São Paulo: Saraiva, 2010.<br><br>MAUAD, Ana Maria: Na mira do olhar: um exercício de análise da fotografia nas revistas ilustradas cariocas, na primeira metade do século XX. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v13n1/a05v13n1.pdf> Último acesso em: 12 de abril de 2018.<br><br>UNICEF. O trabalho infantil viola o direito de milhões de crianças à saúde, à educação e ao crescimento, diz UNICEF.2013. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/media_25609.html>. Acesso em: 11 abril 2018.<br><br>WANNER, Maria Celeste: A Imagem revisada. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/296z5/pdf/wanner-9788523208837-08.pdf> Último acesso em: 12 de abril de 2018.<br><br> </td></tr></table></body></html>