ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01149</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Rádio na Real - educação para os direitos humanos nas ondas da web</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Laís Arcanjo Soares da Silva (Universidade Católica de Pernambuco); Andrea de Lima Trigueiro de Amorim (Universidade Católica de Pernambuco); Rebecka Kelly de Santana Santos (Universidade Católica de Pernambuco); Gabriela Passos de Oliveira Melo (Universidade Católica de Pernambuco)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo, Educomunicação, Webradiojornalismo, Direitos Humanos, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente artigo tem como objetivo apresentar a experiência do Rádio na Real  educação para os direitos humanos nas ondas da web, que consiste em uma série de programas de rádio abordando temáticas referentes aos Direitos Humanos protagonizada por crianças e adolescentes de 9 a 13 anos da Rede Municipal de Ensino do Recife. Por meio da orientação da professora Andrea Trigueiro e atuação dos alunos de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, foram aplicadas práticas educomunicativas, inspiradas nos estudos de Paulo Freire, Ismar de Oliveira Soares e Jesus Martin Barbero juntamente as técnicas de rádio e webradio definidas pelos estudos de Nair Prata.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">É notável o processo de mudanças na comunicação ao longo dos anos, principalmente com o advento tecnológico e a apropriação das ferramentas digitais pelo público em geral. Segundo Jenkins (2006), a tecnologia digital, a web e a convergência midiática têm revolucionado nossas vidas na pós-modernidade e mudará para sempre a forma como nos comunicamos e interagimos não só entre nós, mas também com o conteúdo que produzimos e compartilhamos na rede. Excepcionalmente com crianças e adolescentes, que já nasceram em um ambiente digital no qual garante a possibilidade de criar um novo lugar de fala e posicionamento, essa característica torna-se benéfica bem como desafiadora. Vale salientar também que cada vez mais cedo as temáticas associadas aos Direitos Humanos estão em pauta nas conversas das crianças e adolescentes, sejam elas presenciais ou online. Afinal, o Brasil está entre os cinco países sem conflito armado que têm as piores taxas em homicídio de adolescentes e crianças do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos, segundo dados da Unicef - o que torna essa discussão cada vez mais presente e intensa no universo das mídias digitais, assim como nos veículos de comunicação de massas. Por isso, é fundamental pensar práticas pedagógicas que eduquem os estudantes, nessa etapa da formação, para a proteção e promoção desses direitos. A partir dessa ideia, surge o Rádio na Real  educação para os direitos humanos nas ondas da web, desenvolvido através da disciplina de Radiojornalismo, orientado pela professora Andrea Trigueiro, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Protagonizado por estudantes do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino do Recife, com a atuação dos estudantes de Jornalismo da Unicap, o programa tem o objetivo de educar para os Direitos Humanos através de práticas educomunicativas (SOARES, 2004) e técnicas de rádio as crianças e os adolescentes. A produção durou dois meses, resultando em nove programetes para veiculação em redes sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral da produção dos programas do Rádio na Real  educação para os direitos humanos nas ondas da web é a multiplicação dos saberes e das práticas educomunicativas e técnicas de rádio por meio de uma comunicação dialógica e amorosa entre os estudantes de Jornalismo e da rede pública - método defendido por Paulo Freire (1983), em seu livro Extensão ou Comunicação?, no qual ele diz: "A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados". Por isso, foi priorizado a troca mútua entre todos os participantes de forma que o conhecimento foi agregado não só através dos jovens, mas também das crianças e adolescentes. Enquanto objetivo específico, foi almejado apresentar e aproximar a linguagem radiofônica contemporânea para um público ligado ao advento tecnológico, se apropriando das ferramentas que estimulam e geram interesse nas crianças e adolescentes contemporâneos. Além disso, é objetivo do grupo provocar a reflexão crítica dos estudantes da rede pública quanto aos temas voltados para a proteção e promoção dos Direitos Humanos presentes em suas realidades, uma vez que os mesmos estão em etapa de formação, alinhado ao desejo de ter as produções veiculadas em rádios e plataformas digitais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A participação de crianças, adolescentes e jovens é considerada um direito na Declaração Universal dos Direitos Humano (1948) e na Declaração sobre os Direitos da Criança (1959). O artigo 13 da Convenção dos Direitos da Criança reafirma o direito à liberdade de expressão e de procurar e receber e divulgar informações e ideias, independente de fronteiras, de forma oral, escrita ou impressa, por meio das artes ou por qualquer outro meio escolhido pela criança ou adolescente. Apesar de leis para efetivar esse direito, na prática, o espaço para a criança e o adolescente não é garantido. Historicamente, a relação entre mídia e juventude acontece de forma limitada. Segundo Barbero: Obcecados com o poder maléfico dos meios e, muito particularmente, da televisão, os educadores acabam esquecendo-se da complexidade do mundo adolescente e juvenil e reduzindo-o a sua condição de consumidores de música e televisão. Deste ponto de vista fica impossível fazer um debate sobre a relação da sociedade com os meios pensando na formação dos jovens como cidadãos. (BARBERO, 2014, p.15). O intuito da criação do Rádio na Real é trazer, por meio da Educomunicação, a interação e o diálogo entre estudantes de Jornalismo e do ensino fundamental, proporcionando um ecossistema aberto e comunicativo, que possa valorizar a livre expressão de cada sujeito e suas respectivas bagagens culturais, em um ambiente de troca e horizontalidade. Com a inserção dos jovens ao meio digital é possível agregar os novos formatos de se fazer rádio (webradiojornalismo) às temáticas que atraem esse público, tornando a produção otimizada e prazerosa. Bem como Nair Prata reafirma que O rádio na web repete as fórmulas e os conceitos hertzianos, velhos conhecidos do ouvinte, pois é pela repetição que o público se reconhece. Mas, ao mesmo tempo, insere novos formatos, enquanto reconfigura elementos antigos, numa mistura que transforma o veículo numa grande constelação de signos sonoros, textuais e imagéticos. (PRATA, 2008, p. 76). Levantar temas ligados aos Direitos Humanos revelou empatia do grupo com os assuntos ali postos para estudo, desconstruindo a ideia de que temas de grande relevância se reserva para a Academia. As produções puderam florescer nos estudantes, já a partir do ensino fundamental, a construção de um senso crítico e a promoção da luta pelos direitos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Rádio na Real  educação para os direitos humanos nas ondas da web surgiu em agosto de 2015 diante de experiências na disciplina de Radiojornalismo I compartilhadas entre alunos do 3º período de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Inicialmente o projeto foi realizado exclusivamente com alunos da turma, objetivando trabalhar o protagonismo de cada um na criação de pautas. Após um ano, já no 5º período, a mesma turma retomou o programa na disciplina Radiojornalismo III, trazendo não apenas discussões sobre o rádio tradicional, mas também sobre o webrádio. Nesta nova etapa, referente ao segundo semestre de 2016, os alunos aprofundaram seus estudos sobre as novas possibilidades e linguagens do rádio, adicionando o contexto do webradiojornalismo com presença nas redes sociais digitais. A partir disso, surgiu a ideia de realizar um podcast e se apropriar, na prática, dos conhecimentos absorvidos de autores como Nair Prata (2008) e Jenkins (2006). Por escolha deles, o tema abordado no primeiro programa daquele semestre foi diversidade. Após os conhecimentos teóricos e técnicos sobre rádio analisados, os estudantes voltaram suas leituras para compreender as práticas educomunicativas com base no pensamento de Freire (1977), definidas nas pesquisas de Soares (2006). De acordo com a definição de Ismar de Oliveira Soares, a Educomunicação define-se como um conjunto das ações destinadas a criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos o que significa criar e rever as relações de comunicação na escola, entre direção, professores e alunos, bem como da escola para com a comunidade, criando sempre ambientes abertos e democráticos. (SOARES, 2004, p.01) O desafio foi, então, encontrar um público com quem experimentar este método. Foi quando surgiu a ideia de replicar as práticas com alunos da Rede Municipal de Ensino do Recife, como forma de devolver para a sociedade o que foi construído em sala de aula, uma vez que os adolescentes são sujeitos sociais que não têm acesso aos bens e serviços que a maioria dos alunos de graduação têm. Desta troca, nasceu o Rádio na Real - Especial Política escolhido e protagonizado pelas próprias crianças e adolescentes. Após os resultados satisfatórios obtidos através do projeto, a professora orientadora Andrea Trigueiro, resolveu expandi-lo para os demais alunos do curso de Jornalismo da instituição. No segundo semestre de 2017, o Rádio na Real foi retomado mais uma vez. Desta vez, aprofundando ainda mais o modelo educomunicativo com crianças e adolescentes da Rede Municipal do Recife que compõem a Imprensa Mirim, programa inserido no projeto Rádio Escola Recife, da Secretaria de Tecnologia na Educação da prefeitura da cidade do Recife. A Imprensa Mirim é composto por um conjunto de alunos selecionados nas escolas municipais para realizarem cobertura de eventos ligados à rede, além de projetos didáticos em suas respectivas escolas. Tem como objetivo o protagonismo do estudante, utilizando o rádio como ferramenta de estímulo pedagógico. Esta experiência se deu através da participação de 9 alunos de Jornalismo que se voluntariaram através da divulgação do projeto pela professora. Para iniciar esta nova edição foram feitos encontros para esclarecimentos sobre o projeto com os interessados. Definidos quem de fato participaria, foi então o momento de receber os novos participantes da rede pública. Para haver uma aproximação e eliminar qualquer ideia de separação que pudesse vir a existir entre os graduandos e os estudantes do ensino fundamental, foram realizadas dinâmicas a fim de todos se conhecerem e interagirem de forma dinâmica e amistosa. Os encontros, duraram dois meses e aconteceram às quartas-feira, das 14h às 17h. Antes deles, eram discutidos internamente os passos a serem seguidos para haver uma programação por parte dos estudantes de Jornalismo. Após o primeiro contato, houve o planejamento e a apresentação para o grupo da rede pública sobre os conceitos que envolvem o rádio: técnicas de rádio, as nomenclaturas da área, o que é o rádio, como fazer um texto para rádio, o que são spots, quais são os papéis dos repórteres, âncora e dos produtores, como montar um script, a importância das redes sociais e edição  todo conteúdo construído pelos universitários, utilizando práticas educomunicativas. O conteúdo discutido com os estudantes da rede pública foi oriundo de conhecimentos adquiridos durante a graduação dos estudantes de Jornalismo nas cadeiras de Radiojornalismo I e II. Feito isso, os estudantes de Jornalismo e da rede pública fizeram sua primeira reunião de pauta para definir os temas a serem abordados. Surgida a oportunidade de ter os programas veiculados na rádio pública do Recife, a Frei Caneca FM, através de um edital que exigia temas específicos, era sabido que seriam debatidos temas referentes à defesa dos Direitos Humanos a fim de, além de ser veiculado, provocar uma reflexão nos estudantes do ensino fundamental. Desta forma, foi perguntado às crianças e adolescentes o que era entendido por elas sobre o que é Direitos Humanos e a partir disso iniciou-se uma roda de diálogo a respeito do tema. Procurou-se analisar a experiência e a vivência de cada um dos participantes em suas respectivas realidades para sondar e extrair as questões mais pertinentes que eram próximas aos seus cotidianos. De acordo com Soares: "Essa participação ativa das crianças, adolescentes e jovens no processo de produção midiática tem demonstrado consequências interessantes. Os jovens participantes desses projetos apontam o desejo de encontrar nas possibilidades de produção da cultura, através do uso dos recursos da comunicação e da informação, os sonhos cotidianos e a transformação da realidade local. Eles se abrem para a compreensão crítica da realidade social e ampliam seu interesse em participar da construção de uma sociedade mais justa, confirmando sua vocação pela opção democrática de vida em sociedade. Tudo isso porque a participação os levou a maior conhecimento e a maior interesse pela comunidade local, inspirando ações coletivas de caráter educomunicativo." (SOARES, 2011, p.31) O WhatsApp foi uma ferramenta bastante utilizada para o desenvolvimento do trabalho, por todos os envolvidos. Por meio do aplicativo os alunos de Jornalismo puderam estar sempre em contato com os jovens, trocando informações sobre o encaminhamento de pautas e também entrevistas. O smartphone foi o meio de maior uso para gravações e edições do material produzido, proporcionando a interação e comunicação digital, além de inteirar o que propôs Jenkins (2006) sobre a convergência digital: A convergência está ocorrendo dentro dos mesmos aparelhos, dentro das mesmas franquias, dentro das mesmas empresas, dentro do cérebro do consumidor e dentro dos mesmos grupos de fãs. A convergência envolve uma transformação tanto na forma de produzir quanto na forma de consumir os meios de comunicação. (JENKINS, 2006, p. 43).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro passo para a produção dos 09 programetes do Rádio na Real foi a elaboração de roteiro e gravação de spots, também relacionados a direitos humanos, em uma narrativa dramatizada. Após finalização dos spots, deu-se início ao processo de pesquisa e montagem de cada programete. Junto com os estudantes de Jornalismo, os estudantes do ensino fundamental realizaram no laboratório de redação jornalística pesquisas sobre suas respectivas temáticas, levantando dados e possíveis fontes de entrevista. Com a pesquisa pronta, foi a vez da gravação do "povo fala", onde os estudantes percorreram o campus da Unicap e seus respectivos ambientes escolares para entrevistar a população e realizar perguntas referentes ao seu tema de estudo. Com o povo-fala em mãos e o script do programa desenvolvido, foram marcados os dias de gravação de cada programa e o anúncio dos convidados de estúdio, que conversaram com os alunos durante a gravação do programa. Todos os convidados estavam interligados aos temas que lhe foram apresentados. A gravação dos nove programetes teve duração de dois dias. A edição ficou por conta da produção dos alunos de Jornalismo, juntamente ao técnico de áudio do Laboratório de Rádio da Unicap. Os programetes obtiveram um padrão em edição, já que foi uma edição seriada de programas. O produto final consiste em uma vinheta com o nome do projeto ('Rádio na Real'), seguido da chamada inicial de cada apresentador, levantando dados sobre o tema que lhe coube. Em seguida vem o "povo-fala", numa junção de entrevista com a população, que destacou sua opinião pessoal sobre tal assunto. Após o 'povo-fala' vem a introdução ao entrevistado de estúdio e um rápida entrevista no formato ping-pong. Finalizada a entrevista, é chegado ao final do programa e às palavras finais do apresentador, juntamente aos agradecimentos e ficha técnica. As redes sociais foram plataformas de divulgação e interação com o público que iniciou o acompanhamento do projeto. Logo no início do projeto, cada estudante foi apresentado em um post com respectivos nome e foto, no Instagram. Durante o desenvolvimento dos produtos, foram produzidos fotos, vídeos e stories divulgados em tempo real. A ordem de gravação e finalização dos programas foi: i) o programete 'Direitos LGBT', com narração e entrevista do aluno Wanderson Santos, de 12 anos, e produção do estudante de Jornalismo El Hana Filipides. O convidado de estudo foi Jardel Araújo, militante dos direitos LGBT em Recife e estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); ii) o programete 'Feminicídio', protagonizado pela estudante Tainá Cavalcanti, de 12 anos, e produzido pelo estudante de Jornalismo Luis Henrique. A convidada do programa foi Ianamara Melo, secretária executiva da Secretaria da Mulher do Recife; iii) o programete 'Igualdade de Gênero', protagonizado pelo estudante David Alves, de 12 anos, e produzido pela estudante de Jornalismo Gabriela Passos. A convidada do programa foi Tânia Tenório, coordenadora do Centro de Referência Clarice Lispector; iv) o programete 'Trabalho Infantil', protagonizado pela estudante Hellen Beatriz, de 12 anos, e produzido pela estudante de Jornalismo Rebecka Santos. A convidada de estúdio foi a procuradora do Ministério Público do Recife Jailda Pinto; v) O programete 'Intolerância Religiosa', protagonizado pelo estudante Ronald Caetano, de 12 anos, e produzido pela estudante Mayara Soares. O convidado de estúdio foi Carlos Vieira, Mestre em Ciências da Religião do Instituto Humanitas; vi) O programete 'Direito à Educação' protagonizado pelo estudante Yan Victor, de 11 anos, e produzido pelo estudante de Jornalismo Antonio Diniz. A convidada de estúdio foi a pedagoga e especialista em tecnologia na educação Adilza Gomes; vii) O programete 'Racismo', protagonizado pelo estudante Marcelo Santana, de 12 anos, e produzido pela estudante de Jornalismo Laís Arcanjo. O convidado de estúdio foi o doutor em sociologia, jornalista e professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Lula Pinto; viii) O programete 'Homofobia', protagonizado pela estudante Isabela Freitas, de 10 anos, e produzido pela estudante de Jornalismo Lara Salviano. O convidado de estúdio foi Wellington Pastor, gerente de Livre Orientação Sexual do Recife; ix) O programete 'O que são os Direitos Humanos', protagonizado pelo estudante Rhudá Lopes, de 14 anos, e produzido pela estudante de Jornalismo Deborah Oliveira. A convidada de estúdio foi a doutora em comunicação social e professora da Universidade Católica de Pernambuco, Andrea Trigueiro. O balanço final de publicações nas redes sociais do Rádio na Real foram de 3 posts na página no Facebook e 9 publicações no Instagram, além de stories durante a produção dos roteiros e um acervo de fotos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Desde as primeiras experiências do Rádio na Real, com a turma fundadora do projeto, foi possível identificar a formação de educomunicadores através da prática com as crianças e jovens da rede pública de ensino. Os estudantes de Jornalismo puderam vivenciar a troca de conhecimentos adquiridos durante a graduação, utilizando métodos poucos usuais nas salas de aulas brasileiras, reforçando aprendizados e refletindo sobre a relação entre comunicação e educação e sua relação dialógica, debatida por Paulo Freire (1977), que "empenha-se na transformação constante da realidade." A experiência amplificou a percepção sobre a função social da comunicação como um todo a partir do compartilhamento do conhecimento entre os sujeitos envolvidos. Alinhado ao protagonismo dos estudantes do ensino fundamental da rede municipal de ensino, a experiência proporcionou um aumento das suas respectivas habilidades de se comunicar, um melhor desenvolvimento para trabalhar em grupo e crescimento no desempenho escolar, engajando-os em seu próprio processo educativo. Assim, o rádio como plataforma educacional e informativa, cumpriu seu papel de promover o desenvolvimento social.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. <br><br>JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2006. <br><br>PRATA, Nair. Webradio: novos gêneros, novas formas de interação. Santa Cantarina: Insular, 2009. <br><br>LOPES, Rogério Simas; ROSENZWEIG, Patricia Quitero. Entendendo a Convergência Tecnológica na Pós-Modernidade.Panorama, Goiânia, v. 3, n. 1, p. 145-155, set. 2014. ISSN 2237-1087. Disponível em: <http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/panorama/article/view/3429>. Acesso em: 23 maio 2018.<br><br>MARTIN-BARBERO, Jésus. A comunicação na educação. São Paulo:Contexto, 2014.<br><br>SOARES, Ismar de O. Caminhos da educomunicação: utopias, confrontações, reconhecimentos. In: APARICI, Roberto. Educomunicação: para além do 2.0. São paulo: Paulinas, p. 145-166, 2014.<br><br>SOARES, Ismar de O. Mas afinal, o que é Educomunicação?. 2004. Disponível em: <https://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/27.pdf/>. Acesso em: 2018-05-18.<br><br>CAESAR, Gabriela. Brasil tem a 5ª pior taxa de homicídios de crianças e adolescentes, diz Unicef. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/brasil-te.m-a-5-pior-taxa-de-homicidios-de-criancas-e-ad--olescentes-diz-unicef.ghtml/>. Acesso em: 2018-05-18. <br><br>ROMÃO, Lilian Cristina Ribeiro. Educomunicação e participação cidadã de adolescentes e jovens, no Brasil. 2016. Dissertação (Mestrado em Interfaces Sociais da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-08052017-110529/>. Acesso em: 2018-05-18.<br><br> </td></tr></table></body></html>