ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00218</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;(EX)POSTA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Ana Julia Carvalheiro Costa (Universidade Estadual de Campinas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;porn revenge, violência de gênero, internet, intimidade, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Exposta é um curta-metragem documental que nasceu da vontade e necessidade de falar sobre um assunto tão recorrente nos últimos anos, a exposição não consensual de imagens íntimas, que atinge principalmente mulheres. Após terem suas imagens íntimas expostas na internet sem o seu consentimento, quatro mulheres contam as suas histórias: como conheceram seus agressores, como ocorreu a exposição da sua intimidade e como lidaram com esta violência. Os relatos se entrelaçam, levando-nos a refletir sobre questões de gênero, sexualidade, privacidade, a objetificação dos corpos femininos e sobre os supostos limites diante das novas formas de se relacionar, agora também no espaço virtual. Ao rememorarem seus traumas, cada mulher caminha por diferentes direções, compondo uma rede de experiências sobre a violência da exposição íntima não consensual e as suas possibilidades de superação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O Exposta é um curta-metragem documental que nasceu da necessidade de falar sobre um assunto recorrente nos últimos anos, a exposição não consensual de imagens íntimas, que atinge principalmente mulheres. Com o nome herdado do inglês, pornografia de vingança, tornou-se uma forma de identificar esta violência de gênero que surge em paralelo às novas formas de se relacionar que a internet possibilita. A exposição não consensual de imagens íntimas, acontece quando as vítimas tem suas imagens íntimas expostas sem o seu consentimento,  67% das denúncias feitas são de mulheres (SAFERNET,2016). A questão começa pela internet, mas afeta outras esferas da vida das vítimas, que sofrem com ameaças, chantagens, julgamentos sociais, enquanto os agressores permanecem no anonimato e não recebem nenhum tipo de punição. Escolhemos esse nome porque queríamos evidenciar uma das situações mais frequentes da pornografia de vingança: quando uma mulher é exposta por um ex-companheiro. Porém o título também se refere às próprias mulheres expostas, já que queremos refletir a partir de seus relatos, dando voz e visibilidade às vítimas de pornografia de vingança.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O principal objetivo do curta-metragem é sensibilizar e propor aos espectadores uma reflexão sobre o tema abordado: questões de gênero no ambiente virtual, privacidade na internet, sexualidade e a objetificação dos corpos femininos. Através da dramatização dos relatos buscamos que o público que conheça ou não o fenômeno, tenha contato com as histórias verídicas de mulheres que passaram por esta violência de gênero, trazendo as principais consequências, traumas e julgamentos que estas mulheres tiveram que passar, dando voz à elas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> A relevância do tema, mostra-se diante da quantidade de casos de exposição de imagens não consensuais . Sendo um problema que afeta diversas realidades etárias ,sociais,raciais de mulheres, para tratar dessa violência de gênero foram escolhidas formas de representação que tivessem uma perspectiva interseccional do feminismo. A escolha da linguagem audiovisual foi preferida por ser um meio de expressão e comunicação que tem o potencial de levantar debates e reflexões, através dos afetos, da identificação e do processo de representatividade das nuances e diferenças que compõe a experiência das mulheres que passaram por isso.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Realizamos a produção audiovisual de um documentário, que é um híbrido entre falso documentário e o gênero dramático do documentário confessional. Os relatos foram colhidos através de um questionário anônimo e online em grupos de pessoas que foram vítimas de pornografia de vingança. Através desses relatos foi feito uma roteirização e pesquisa sobre o assunto, levando em conta o processo de criação de personagens. Durante a roteirização surgiram a construção dos lugares sociais, públicos e privados que estas personagens vivem. Juntamente, com a equipe da fotografia e do som foi delineando-se a estética do filme, que conta com efeitos visuais e sonoros que se aproximam com o contexto virtual, criando camadas entre o "real" (lugares de trabalho, escola, faculdades, ruas da cidade, locomoção) e entre os espaços virtuais ( o "glitch", o som sintetizado). No processo com as atrizes, utilizamos os relatos diretamente, com cada uma trabalhamos a construção de uma personagem, com sua personalidade e traço particulares. A montagem foi pensada de forma que o curta-metragem ficasse dinâmico e fluído com o tempo próximo de vídeos encontrados pelas redes sociais, para que assim criasse interesse e pudesse coexistir neste espaço.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> O curta-metragem tem aproximadamente 10 minutos, foi realizado a partir de relatos concedidos pelas mulheres que foram vítimas de pornografia de vingança. Em um misto entre documentário e ficção, quatro atrizes dramatizam os relatos reais e anônimos, contam-nos desde de como conheceram o agressor, como se desenvolveu a confiança e intimidade da relação, a exposição, os julgamentos sociais e as consequências psicológicas e sociais que as vítimas enfrentam e as diferentes possibilidades de superação. O curta intercala cenas de estúdio que cumpre o papel da  confissão , com cenas externas acompanhando cada mulher em momentos do seu cotidiano: no trabalho, na faculdade, se arrumando para a sair de noite. Primamos por uma montagem dinâmica e rápida, tendo em vista o público de redes digitais, com um estética que lembra videoclipes e que faz uso de glitchs tanto no som quanto na imagem, apesar de ter um conteúdo denso e complexo a estrutura e estética tem potencial de despertar o interesse no público tanto já familiarizado com o assunto quanto leigos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> O curta-metragem (Ex)Posta por seu caráter híbrido e sintético tem potencial de levar esta questão tão urgente para espaços de discussão como escolas, serviços sociais, e dentro da própria internet. Além de ser uma forma de sensibilizar o público em geral sobre a exposição de imagens íntimas sem consentimento, foi um processo de representação que dá voz às mulheres que passaram por isso,mostrando-as não apenas como vítimas, mas como mulheres que re-significaram sua experiência, escolhendo compartilhar suas histórias como forma de superação e resistência.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BULGARELLI,L.;NERIS N.; RUIZ J. Pacetta; VALENTE M. Giorgetti.O corpo é o código- Estratégias Jurídicas de enfrentamento ao Revenge Porn no Brasil. São Paulo, 2016. Editado por InternetLab. <br><br>INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO. Violência contra a mulher: o jovem está ligado? - Pesquisa Instituto Avon / Data Popular (2014) disponível em: (http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossies/violencia/pesquisa/violencia-contra-a-mulher-o-jovem-esta-ligado/) <br><br>SAFERNET (2016). Disponível em :(http://www.safernet.org.br/site/sid2016/campanha) <br><br> </td></tr></table></body></html>