ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00465</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A Vida Como Ela É</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;LUIZ VINICIUS DE OLIVEIRA ANDRADE (Universidade Cruzeiro do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;realidade, desigualdade, cotidiano, dualidade, sociedade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Todos os dias as coisas que vemos mudam, as pessoas, os animais, as cidades, os carros. Mas pouco faz diferença em nossas vidas, transformamos as coisas importantes em trivialidades, deixando de lado o que verdadeiramente importa.Somos habituados a acreditar que a vida segue um caminho simples como a dualidade preto no branco, onde nossos caminhos são pré determinados a chegar em um objetivo comum. Vivemos atados a compromissos do nosso cotidiano, mas não temos coragem de abdicar desse laço. Ser prisioneiro de nossos pensamentos e não ter o total controle dele. Por isso, é quase impossível escapar. Mas será que apenas com esse conceito de ''realidade'' é possível compreender o verdadeiro sentido de viver? Vivemos com uma máscara social nos escondendo de quem realmente somos, simplesmente para sermos aceitos pela sociedade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo tem como função apresentar a construção de uma vinheta institucional e o seu potencial cognitivo. Tendo em vista o ditado popular "uma imagem vale mais que mil palavras" acredita-se que a imagem atrelada ao som e movimento é capaz de dialogar e atingir diretamente o emocional de quem a vê. Para contextualizá-la, utilizou-se a ideia de dualidade. A vinheta antecede todo o processo avaliativo do espectador. Ela é o elemento introdutório que apresenta a ideologia principal da obra a seguir. Para Rogério de Abreu "o olhar do telespectador encontra novas possibilidades de associações, que lhe permitem fazer interferências significativas, bastante próximas às de uma trabalho interpretativo do espectador diante de uma obra de arte" (ABREU, 2007). É nesse sentido de associação que a vinheta foi pensada. Em um conjunto de imagens contrapostas, a ideia foi evocar o urbanismo e a desigualdade social e ideológica presente nesse dia a dia. Artistas como Mike Diva, diretor de arte e elementos visuais, trazem visibilidade a esse tipo de trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do projeto é criar novos significados para o vídeo, criando camadas de sentido que façam o espectador ter diversas interpretações sobre ele. Uma delas é fugir do paradigma de ter a imagem do "rico x pobre" e logo associar a desigualdade social. Além de usufruir do uso da contraposição de imagens para causar contraste em um produto que dialoga com as questões sociais e ideológicas. Como o próprio nome diz, optamos por contextualizar "a vida como ela é" através de imagens que apresentam momentos cotidianos em diferentes pontos de vista. É aguçar o olhar do telespectador para uma outra realidade que, talvez, não seja a dele.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A vinheta "A vida como ela é" foi produzida a partir de uma proposta de desencadear diferentes pontos de vista sob diferentes realidades. Classificada como vinheta institucional, a ideia foi de enxergar além do que é visto colocando imagens em oposição para causar identificação emocional. Tal experiência sensorial se assemelha a sensação de dormir no ônibus e acordar assustado se perguntando onde está. Naquele momento, voltamos totalmente a nossa atenção para o que está em volta na tentativa de se situar. A estratégia foi de utilizar, por parte do designer, elementos que levem a associação e/ou visibilidade do tema. Compreende-se que neste projeto de concepção de vinheta a importância de notar as coisas ao redor. De perceber que, em nossa sociedade, há diferenças sociais, mas também há diferenças ideológicas e de gênero. De acordo com dados do Mapa da Desigualdade 2017, "quanto mais distante do centro da cidade, mais negra é a população - e menos serviços são oferecidos". Assim, a vinheta foi desenvolvida, com esse propósito, a partir desse diálogo entre duas realidades e o estilo urbano e a necessidade de mobilidade. Embora a intenção não tenha sido focar (e saturar) só a desigualdade social, ela ainda se torna protagonista e contribui diretamente com a reflexão que queríamos propor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A tarefa principal durante a montagem da vinheta foi utilizar do método de cores contrapostas com imagens em preto e branco para inverter o foco visual entre elas. Dando assim uma interpretação sensorial em um formato sistematizado, com linhas, formas e ritmos.Tornando-a conceitual e utilizando da linguagem do Motion Graphics. Nos trechos com as imagens invertidas foi pensado na quebra de expectativa, pois o olho humano está habituado a receber informações visuais que o cérebro está costumado a processar, logo o sistema neural foca em uma única informação, aquela que é nova para o cérebro. Uma forte referência para a proposta desta vinheta vem das obras audiovisuais do diretor de arte e VFX (visual effects ou efeitos visuais); Mike Diva (Mike Dahlquist) no qual tem um foco muito forte na estética e imagens contrapostas aplicando-as como elementos de motion graphics.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Grande parte do processo de criação da vinheta  A Vida Como Ela É foi com o intuito de proporcionar ao espectador, uma reflexão poética e factual que está ali em cada frame, com uma duração de aproximadamente trinta e cinco segundos. Utilizando de algumas imagens capturadas pela equipe envolvida e outras fornecidas de banco de dados, ambas se relacionando a desigualdade. Levar ao espectador um desconforto sensorial, referente as imagens expostas juntamente com uma trilha reproduzida de forma reversa, neurologicamente falando qualifica o produto como um alerta as emoções em relação a sequência de informações processadas pelo cérebro. Isso altera totalmente o tempo de resposta ao que os olhos estão vendo, pois por mais que o cérebro processe a imagem, o ato reflexivo é posto em prática instantaneamente. Chegando ao ponto chave de real informação que contém na vinheta.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Ao falarmos de vinheta remetemos um peso de importância dos significados que é associada a sua função, pois normalmente representa uma posição informativa que na maioria das vezes o quesito repetição nos faz pensar e questionar o porquê de certos elementos. O fator de como vemos as coisas é afetada diretamente a nossa bagagem cultural e referencial, este artifício é utilizado para controle das massas. A Vida como ela é faz você pensar além do mundo colorido e o preto e branco, o mundo que sua visão não está acostumada a enxergar, ou pode ser que esteja, porém a rotina é rápida demais para que você note. Nem sempre é a primeira imagem que seus olhos vêm seja a verdadeira mensagem. Enxergar o simples detalhe às vezes pode remeter um significado e uma liberdade bem maior.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">(ABREU, Dorneles Rogério; O Design na Teledramaturgia. Um olhar sobre as vinhetas de abertura das telenovelas da TV Globo.)<br><br>(FEEL, Filmes. Disponível em: <http://www.feelfilmes.com.br/por-que-nosso-cerebro-adora-imagens/> Acesso em 25 de julho de 2017)<br><br> </td></tr></table></body></html>