ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00839</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Violência contra mulher - Outdoor</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Pâmela Susan Ribeiro (Universidade do Sagrado Coração); Gabriela de Oliveira dos Santos (Universidade do Sagrado Coração); Rodrigo Holdschip (Universidade do Sagrado Coração)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Mídia Externa, Mulher, Outdoor, Publicidade, Violência</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A campanha  Não Finja que Não Está Vendo aborda a temática da violência contra a mulher, buscando atender uma necessidade de conscientização daqueles que presenciam uma agressão mas que por algum motivo não realizam a denúncia. Levando-se em consideração a atual situação de nossa sociedade na qual há um grande número de casos de agressão contra a mulher, é necessário mostrar a importância de não se calar perante a situação. Como forma de trazer impacto para a campanha, foi adotado o Outdoor como a peça de comunicação, pois seu grande formato auxilia na propagação da mensagem de uma forma impactante e mostra a um grande público a importância de relevar esse tema de forma que encoraje a sociedade a realizar denúncias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Campanhas publicitárias com características sociais e de conscientização acabam por ser ignoradas pela população muitas vezes por se tornar um assunto maçante e repetitivo. Por isso, é importante inovar na comunicação desse tipo campanha para gerar impacto nos espectadores, de forma a mesma não seja ignorada, e faça com que a população reflita sobre o assunto. Quando se trata de violência doméstica e abusos sexuais os números são assustadores, mesmo com várias campanhas e os movimentos feministas em alto crescimento, muitas das vítimas ainda têm medo de realizar a denúncia (SOARES, 2017). Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (2014) os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Sendo 70% do total crianças e adolescentes. Dentre esses casos, grande parte das vezes os familiares são testemunhas desses atos de violência e covardia, mas fecham os olhos para a verdade que está à sua frente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Neste contexto, este trabalho desenvolvido pelas alunas no primeiro semestre do 2º ano do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade do Sagrado Coração, como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Direção de Arte e orientado pelo professor Rodrigo Holdschip, teve como objetivo elaborar um anúncio publicitário a ser veiculado em mídia outdoor com o intuito de conscientizar a população em geral sobre a importância da denúncia dos casos de violência contra a mulher, tanto por parte das vítimas como das testemunhas que muitas vezes acabam por omitir os fatos por medo de suas consequências.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo Santos (2008) existem três formas de uma pessoa presenciar um caso de abuso sexual ou de violência, seja como vítima, testemunha ou agressor. Muitas vezes, a vítima não cria consciência do fato de ter sido violentada, seja por um fator psicológico ou até mesmo por sentir-se culpada. Existem ainda as que reconhecem o abuso sofrido, mas por medo ou vergonha, não têm coragem de denunciar (SOARES, 2017). No caso de crianças e familiares, também é muito comum a própria família e conhecidos omitir a verdade, por não aceitar a realidade, para proteger a pessoa próxima ou por não querer expor a situação, chegando até em muitos casos a culpar a própria vítima (PAHL, 2005). Um exemplo muito comum são os casos de padrastos que abusam sexualmente das enteadas, sem que as mães reconheçam o ato como violência, e que em alguns casos, acusam as próprias filhas de  seduzir o parceiro. Muitas vezes os agressores não praticam o ato de crueldade somente com uma única vítima, mas sim com outras possíveis que cruzarem seu caminho, por se tratar na maioria dos casos de uma doença psiquiátrica (PAHL, 2005). Por isso, a importância da denúncia, para que este ato não se torne recorrente. As consequências da violência, tanto físicas quanto sexuais, podem ser inúmeras para a saúde mental dessas vítimas, como: baixa autoestima, medo, dificuldade em se relacionar com outras pessoas, isolamento, agressividade, entre muitas outras características que podem afetá-las para o resto de suas vidas (SANTOS, 2008). Por esses diversos fatores, principalmente pelo medo da denúncia, e também devido aos olhares que se fecham para esses casos (GRAGNANI, 2017), é preciso sensibilizar com uma mensagem impactante as pessoas que tomam conhecimento ou presenciam algum tipo de violência desta natureza, mas não tem coragem de denunciar.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Uma das características mais importantes na criação de um outdoor é gerar um impacto repentino e inesperado por meio de uma mensagem clara e rápida, pois o tempo de observação deste tipo de veículo de comunicação por parte dos espectadores é de aproximadamente 8 segundos, por muitas vezes estarem em movimento (CESAR, 2006). No Brasil, as determinações para a criação de um outdoor são especificamente 9 metros de largura por 3 metros de altura, geralmente localizados em vias públicas de grande circulação e movimentação. Por isso, a importância da elaboração de uma mensagem clara, simples e impactante (CESAR, 2006). Dentro do tema abordado por esta campanha foi identificado como maior obstáculo, o medo de realizar a denúncia e o receio de assumir o caso como violência por parte das vítimas e testemunhas (GRAGNANI, 2017), por isso a ideia desde o início foi focada no encorajamento das vítimas e sensibilização das testemunhas para a realização da denúncia, caso venham a sofrer ou presenciar algum caso de violência contra mulher próximo a sua convivência. O preto foi escolhida como cor de fundo, de maior destaque, para simbolizar todo o medo da vítima e já o vermelho como símbolo da violência. O contraste entre o preto e o branco também foi usado como forma de contribuir para o impacto da mensagem. (HURLBURT, 2002). A fonte escolhida apresenta algumas deformidades, não sendo algo uniforme, para fazer referência às consequências geradas a vítima deste tipo de violência. As fotos foram capturadas com o uso de duas câmeras Nikon, modelos D3100 e D5200, em estúdios de fotografias da Universidade e na casa de uma das integrantes do grupo. As fotos foram editadas e tratadas no Photoshop CS6, e o layout do outdoor foi montado usando o Illustrator CS6.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A escolha do tema abordado se deu durante uma aula da disciplina de Direção de Arte do curso de Publicidade e Propaganda em uma atividade em que os alunos deveriam criar peças publicitárias abordando a temática da violência contra a mulher. Durante o processo de Brainstorm, houve a percepção da necessidade de se criar algo voltado para aquele que presencia a violência, seja como testemunha ou vítima, mas permanece calado perante a realidade. Em seguida, foi realizada a execução de esboços para se definir os componentes gráficos principais do outdoor. Levando-se em consideração a necessidade de atingir o público que presencia as agressões contra a mulher foi definido que seria utilizada a foto de um olho com o reflexo de uma outra pessoa, representando a visão daquele que presencia o crime com o intuito de provocar um impacto no espectador. Na sequência, após a produção e tratamento das fotos com o uso do Adobe Photoshop, foi produzido o layout por meio do uso do software Adobe Illustrator. Com o objetivo de chamar atenção, a foto foi disposta de maneira a ocupar grande parte do outdoor juntamente com uma frase de impacto em tipografia com estilo pesado. Para a realização das fotos, as duas modelos fotográficas, também responsáveis pelo trabalho, representaram a vítima que sofre a agressão e a pessoa que presencia a violência. A primeira com um semblante triste e amedrontado, chorando após ser agredida e a segunda com o olho bem aberto, demonstrando espanto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O trabalho desenvolvido para a conscientização da violência contra a mulher atingiu seu objetivo primário de servir de alerta a todos aqueles que presenciam qualquer tipo de violência, de uma forma que os conscientiza-se para que não ficassem calados perante o crime e realizassem uma denúncia. Do aspecto gráfico, a idealização da obra foi alcançada, pois toda a composição apresenta impacto na hora de transmitir a mensagem, uma combinação de fotos, tipografia e frase, além de divulgar o número de telefone 190, para as denúncias serem efetuadas. As estudantes de graduação e criadoras da peça puderam constatar a importância do auxílio dos meios de comunicação na hora de transmitir mensagens e criar impacto para as pessoas, servindo como uma ferramenta ideal para a conscientização social.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CARDOSO, Adriana. Analistas debatem cumplicidade de mães em pedofilia. 2009. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,analistas-debatem-cumplicidade-de-maes-em-pedofilia,346733>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>CESAR, Newton. Direção de Arte em Propaganda. 10. ed. Brasília: Senac Editora Distrito Federal, 2006. 256 p.<br><br>CESAR, Newton. Os primeiros segredos da direção de arte. Brasília: Editora Senac, DF, 2009. 222 p.<br><br>FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. 5. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2006. 192 p.<br><br>GRAGNANI, Juliana. 11 motivos que levam as mulheres a deixar de denunciar casos de assédio e violência sexual.2017. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41617235>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>HURLBURT, Allen. Layout: O Design da Página Impressa. São Paulo: Nobel, 2002. 158 p.<br><br>Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (Org.). Crianças e adolescentes são 70% das vítimas de estupro: Nota Técnica apresentada no Ipea analisou dados do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde. 2014. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=21848>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>MAFFI, Bruno. Pedofilia: quando o abuso acontece dentro de casa. 2010. Disponível em: <https://www.bonde.com.br/mulher/familia/pedofilia-quando-o-abuso-acontece-dentro-de-casa-139287.html>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>PAHL, Lisiane. A Retratação do Abuso Sexual Incestuoso por Crianças e Adolescentes Vítimas. 2005. 173 f. TCC (Graduação) - Curso de Serviço Social, Departamento de Serviço Social, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Ssocial287347.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>SANTOS, Samara Silva dos; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Compreendendo as mães de crianças vítimas de abuso sexual: ciclos de violência. Estudos de Psicologia (campinas), [s.l.], v. 25, n. 4, p.595-606, dez. 2008. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-166x2008000400014.<br><br>SOARES, Nana. EM NÚMEROS: A violência contra a mulher brasileira. 2017. Disponível em: <http://emais.estadao.com.br/blogs/nana-soares/em-numeros-a-violencia-contra-a-mulher-brasileira/>. Acesso em: 20 abr. 2018.<br><br>WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 4. ed. São Paulo: Callis, 1995, 144 p.<br><br> </td></tr></table></body></html>