ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01132</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Programa laboratorial de TV: Sociedade em Pauta</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Nash Natural de Castro Regueira (Centro Universitário Newton Paiva); Cristiane Rocha e Silva (Centro Universitário Newton Paiva); Hudson Bráulio Macado (Centro Universitário Newton Paiva); Fernanda Isabela dos Santos Nascimento (Centro Universitário Newton Paiva); Patrícia Alves de Matos (Centro Universitário Newton Paiva); Thales Rodrigues dos Santos (Centro Universitário Newton Paiva); Amanda Vitória Siqueira Tomaz (Centro Universitário Newton Paiva)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;telejornalismo., Programa de entrevista, Estereótipo indígena, Racismo, Sociedade em Pauta</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho busca apresentar a produção de um programa-piloto de entrevistas, denominado Sociedade em Pauta, criado no contexto da disciplina de<br>Produção e Ancoragem em TV, do curso de jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva. A ideia foi envolver o contexto da matéria, vivenciando os processos de redação, elaboração de pauta, produção de programa, edição de texto e edição de imagens. O programa Sociedade em Pauta foi criado a partir da observação da carência da discussão de temas relevantes para a sociedade nos programas de TV em Minas Gerais. Desta forma, o programa de entrevistas surge para levar uma discussão saudável e informação para o público. A ideia do programa é trazer pessoas externas para a discussão, exercendo os princípios de ancoragem, com concisão, exatidão, objetividade e simplicidade para se comunicar com o telespectador.<br></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O "Sociedade em Pauta" é um programa laboratorial de TV, no formato de entrevista, pensado por alunos de jornalismo do Centro Univ. Newton Paiva, no 2/2017, na disciplina Prod. e Ancoragem em TV.A iniciativa foi uma sugestão da profª Christiane Rocha, responsável por ministrar a disciplina, como forma de trazer para um programa televisivo técnicas de entrevista(LAGE, 2005), além de trazer à tona a discussão de temas relevantes para a sociedade atual. A entrevista é uma das formas mais eficazes de abordar temas de relevância social.Para tanto, é necessário conhecer suas técnicas, buscando mais que pergunta e resposta e sim, de acordo com Medina(1990), um diálogo mais profundo com seus entrevistados, criando um ambiente mais convidativo e aproximando o emissor do receptor.A aproximação citada acima deve-se a um momento em que a sociedade atual tem participado mais ativamente do processo de construção ideológica, sujeitos ativos. Isto tem sido permitido pelo advento das novas tecnologias de informação e comunicação, que permitem uma maior facilitação na maneira de se enviar informações, bem como de recebê-las; muitas vezes, em tempo real.Neste contexto, o programa surge, então, como um programa de entrevistas que aborda assuntos polêmicos, mas relevantes, levando em conta a opinião do público acerca da abordagem destes temas e a vontade do(grande) público como vontade social, conforme aponta Tönnies(2006).Ele teve como intuito trazer convidados com domínio sobre determinados assuntos, que dividissem com o telespectador. Diante disto, o presente trabalho é relevante, porque apresenta um produto capaz de contribuir com a sociedade de forma a esclarecer sobre a construção do estereotipo indígena na sociedade brasileira.O segundo bloco trata um pouco da luta pelas terras e cultura, além desses pensamentos nas escolas brasileiras.O último bloco fecha trazendo um pouco sobre o acesso da população indígena no ensino superior e perspectivas futuras para o movimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo geral do trabalho foi discutir sobre os estereótipos que cercam a cultura indígena na sociedade brasileira. Como objetivos específicos, o trabalho buscou abordar a questão da histórica luta indígena pela posse de suas terras; discutir sobre a apropriação cultural, neste sentido e sobre como a cultura indígena é repassada pelos professoras nas escolas, de certa forma, conduzindo à manutenção deste estereótipo. Considerando o contexto da disciplina, o trabalho também teve como objetivo foi o de incentivar o público a questionar, entender, opinar e discutir sobre temas relevantes e poucos discutidos em sociedade, como os estereótipos com a cultura indígena. Buscou-se ainda compreender o formato de entrevista no telejornalismo; promover a experimentação dos alunos de jornalismo com a prática televisiva; evidenciar a importância de temas relevantes para sociedade por meio do jornalismo televisivo.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho se justifica considerando a importância da televisão como veículo de massa, em um momento em que a sociedade se apresenta como multicultural, multifacetada, hiperestimulada, como defendem autores que dissertam sobre a Cibercultura e sobre a Sociedade em Rede, como Pierre Levy e Manuel Castells. Neste contexto, as pessoas convivem com uma sobrecarga de informações a todo tempo, desde assuntos atemporais a acontecimentos factuais, muitas vezes, com a obrigatoriedade de serem transmitidos em tempo real. Neste ponto, pode-se dizer que o sujeito receptor das mensagens se torna cada vez mais próximo do emissor e que, quanto mais pessoas expõem seu ponto de vista acerca de um assunto, maior será a probabilidade de se compor o que se chama de "vontade social" (TÖNNIES, 2006). Autores como Lage (2005) apontam que a instantaneidade da notícia revela as conquistas, as tragédias, o entretenimento, a tecnologia, a saúde etc., cumprindo, assim, um papel relevante na informação à população sobre os fatos, que podem ocorrer/acontecer próximos ou longínquos do seu âmbito geográfico. Neste contexto se insere a TV, veículo de informação, entretenimento e lazer, que apresenta, como uma de suas principais características, o fato de ser um dos veículos de comunicação de massa com o maior atingimento de pessoas. Nesta mídia, o processo de recepção das mensagens ocorre por meio do áudio e do vídeo, estando ao alcance de "todos" e em "qualquer lugar", com uma programação "cada vez mais" diversa, incluindo desde a notícia até a participação dos telespectadores. Nas emissoras abertas, o grupo observou uma pequena variedade de programas que abordam assuntos relevantes e polêmicos. Por este motivo é que decidiu-se abordar o estereótipo indígena e outras questões que permeiam esta temática, entendendo que este é o papel central da atividade jornalística e entendendo, também, que os estereótipos só se desconstroem a partir da informação. Entende-se que, apenas a partir da disseminação de informações, é possível manter viva a memória de grupos, abrindo-se oportunidades equitativas de expressão e de acesso aos bens culturais de uma sociedade. A ideia, com a produção do programa, foi ajudar a informar o telespectador em um bate-papo e discussão saudáveis, atingindo todas as classes sociais e faixas etárias, buscando quebrar paradigmas sobre a visão de muitas pessoas em relação ao povo indígena, promovendo uma maior autocrítica da recepção acerca do assunto. A linguagem jornalística utilizada no programa obedece aos critérios que vão desde a concisão, exatidão, objetividade e simplicidade que deve ser nítida e agradável aos telespectadores. Tais critérios exigem o uso correto da linguagem para o alcançarem os objetivos pretendidos de comunicar aos telespectadores.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A princípio, foi realizada uma pesquisa bibliográfica (Duarte e Barros, 2017) referente à temática, envolvendo teorias relacionadas aos estudos de Jornalismo de TV, Teorias Jornalísticas (Lage, 2005); (Pena, 2005); Produção de Programas e Ancoragem em TV (Barbeiro e Lima, 2013); das Linguagens Audiovisuais (Bistane e Bacelar, 2005); Paternostro (2006). Demais autores, como Medina (1990), possibilitaram que o grupo conhecesse mais sobre as técnicas de entrevista de TV e sobre a dinâmica do processo, para iniciarem a criação do roteiro e da dinâmica do programa. Para a produção da pauta, foi realizada uma pesquisa sobre temas de cunho social, conforme já mencionado, chegando ao recorte sobre o movimento indígena. Em seguida, o grupo criou um roteiro com as perguntas a serem feitas para os entrevistados, que foram convidados, via email, pelos integrantes do grupo. A busca de fontes se deu em um período de menos de um mês, a partir da proposição da demanda, por meio de contato de integrantes do grupo com integrantes da militância indígena de Belo Horizonte. Foram convidados para participar do programa o indígena Kapua Lana Kuri, ativista das causas indígenas e biólogo; e também o sociólogo e professor Willian Silva. Ambos contribuíram com o grupo, ajudando, com seus conhecimentos específicos, a compreender a visão da sociedade atual acerca do tema. O local utilizado para a gravação foi o estúdio de TV da faculdade, além da integração de elementos cenográficos simples, como uma mesa central, alguns livros e acessórios de decoração. As apresentadoras, assim como os entrevistados, se sentaram em poltronas coloridas também simples. Após a gravação do programa, que levou cerca de uma hora de duração, o material foi decupado (mapeado), em uma sala da instituição, para orientar o técnico de edição de imagens. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa de entrevistas contou com a produção de seis pessoas, que se dividiram entre as funções de redação do roteiro, produção de pauta, edição de texto e de imagens. O programa, no total, teve quarenta minutos de duração. Ele contou com a apresentação de duas das integrantes do grupo, escolhidas por serem articuladas, por terem sintonia entre si e por serem mulheres, o que, por si só já se mostrava como mais uma quebra de paradigmas no que concerne à participação de mulheres à frene de programas jornalísticos. Decidiu-se dividir o programa em três blocos, mantendo cerca de cinco perguntas em cada rodada. O primeiro bloco foi aberto por uma vinheta com o nome do programa, criada pelo editor de imagens da instituição acadêmica. Utilizou-se, nesta abertura, de uma trilha genérica (branca), que não necessita do pagamento de direito autoral para ser utilizada, aque possui relação com o tema. A abertura do programa consistiu na apresentação das âncoras e na apresentação dos convidados. Para abrir o programa e contextualizar o telespectador sobre o tema, foi feito um contexto mais abrangente, contendo perguntas sobre como um dos entrevistados se percebia como indígena e como ele percebia a realidade de ser um indígena hoje no Brasil. Em seguida, o convidado também foi questionado acerca da possível construção do estereotipo indígena na sociedade brasileira. Foram ainda discutido os principais pontos do estereótipo indígena e do racismo sofrido por essa população, por meio de um bate papo com os convidados.  As perguntas eram, sempre que possível, acompanhadas de dados consolidados sobre o tema, de fontes oficiais, para dar suporte e densidade ao programa. O segundo bloco seguiu a mesma estrutura do primeiro, tratando um pouco sobre a luta pelas terras, sobre a apropriação cultural e sobre a perpetuação desses pensamentos, considerados retrógados nas escolas brasileiras. Os entrevistados fizeram suas considerações e as apresentadoras intervieram à medida em que consideravam importante fazer interrupções, porém, se preocupando também com a mediação e com a apresentação diante das câmeras. O terceiro e último bloco trouxe um pouco sobre o acesso da população indígena no ensino superior, sobre o cenário político e finalizou perguntando aos entrevistados o que eles visualizavam em termos de perspectivas para o movimento. Na edição, após o cumprimento e despedida de todos, foi inserida a mesma trilha utilizada para abrir o programa, para criar um efeito uniforme para a produção. No que se refere à parte técnica, foram utilizados, na gravação do programa, segundo orientação do cinegrafista da instituição, dois ângulos de câmera. Duas câmeras foram utilizadas neste formato, sendo que uma delas ficava fixa, no tripé, captando as imagens gerais do programas e a segunda, manipulada/manuseada pelo cinegrafista, que buscava os melhores ângulos e o melhor posicionamento. Resumindo, o programa contou com um cinegrafista e duas câmeras para a realização desta produção. A intenção foi manter uma conversa em um tom mais informal entre as apresentadoras e os convidados. As apresentadoras contaram com um outro integrante que fez a função de direção de produção e outro aluno do grupo auxiliou com a passagem do teleprompter, recurso com o qual as âncoras contaram como suporte durante a gravação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A experiência de produção do programa "Sociedade em Pauta" foi considerada muito proveitosa, considerando que os alunos, até então, tinham apreendido os preceitos da linguagem de TV, mas não tinham ainda absorvido o contexto da apresentação de programas jornalísticos, a experiência com o improviso e a apresentação no formato "ao vivo" de programas com temáticas consideradas densas. Com a disciplina de Produção e Ancoragem em TV, foi possível compreender como funcionava, por exemplo, a leitura no teleprompter, como o apresentador deveria se preocupar com o conteúdo e como ele deveria se atentar à linguagem audiovisual para se aproximar do seu receptor, compreendendo a importância do processo de captação de imagens, de ângulos, enquadramentos, da adequação da roupa ao contexto proposto etc. Este foi considerado o primeiro contato com a mídia TV, de forma efetiva, compreendendo a linguagem audiovisual, amadurecendo os conceitos trabalhados teoricamente pelos autores e vivenciando, no estúdio, tudo o que foi ministrado durante o semestre. Este projeto proporcionou aos estudantes envolvidos a oportunidade de entender um pouco de produção televisiva, da pré e pós-produção, realizando um trabalho por completo, adquirindo assim conhecimentos fundamentais para a formação de um profissional da comunicação. A elaboração de um produto audiovisual como um programa de entrevistas trabalha várias habilidades de um jornalista, permitindo uma formação mais completa. Foi possível trazer uma temática relevante voltada às causas sociais, além de questionar e levar tais questionamentos ao público. Foi possível, com este programa, compreender as noções teóricas e técnicas de roteiro, produção e edição em TV, assim como a noção de continuidade da produção, da elaboração de roteiro, entre outros como o contato com as câmeras de estúdio, gravação e edição de som e imagens. Acredita-se, portanto, que a linguagem em vídeo seja de extrema importância, como produto original e informativo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Jornalismo para rádio, TV e novas mídias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.<br><br>BISTANE, Luciana; BACELLAR, Luciane. Jornalismo de TV. São Paulo: Contexto, 2005. 137p.<br><br>LAGE, Nilson. Teoria e Técnica do Texto Jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 188p.<br><br>MEDINA, C. Entrevista, o diálogo possível. São Paulo: Ática, 1990.<br><br>PATERNOSTRO, Iris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Campus, 2006.<br><br>PENA, Felipe. Teoria do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2005. 235p.<br><br>TÖNNIES, Ferdinand. Opinião Pública. In: MAROCCO, Beatriz; BERGER, Christa. A Era Glacial do Jornalismo. Teorias Sociais da Imprensa. Porto Alegre: Sulina, 2006. 310p.<br><br> </td></tr></table></body></html>