ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;01307</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Querubim Comunicação: projeto de assessoria de imprensa voltado ao terceiro setor</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Sabrina Oliveira Guinatti (Universidade de Franca); Bruna Cristina Bortoloti Alves (Universidade de Franca); Giovane Leite Pedigone (Universidade de Franca); João Marcos Chagas Duarte (Universidade de Franca); Mayara Chenci (Universidade de Franca); Igor José Siquieri Savenhago (Universidade de Franca); Fabrício Coelho Malta (Universidade de Franca); José Augusto Nascimento Reis (Universidade de Franca)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Assessoria, Comunicação, Terceiro Setor, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Querubim Comunicação foi uma assessoria de imprensa criada por cinco estudantes do último ano do Curso de Jornalismo da Universidade de Franca (Unifran), como parte do Projeto Experimental para conclusão de curso, que tinha, como desafio dado pelos professores, pensar em novas práticas jornalísticas. Sendo assim, a assessoria foi a responsável pelo projeto "Pequenos Repórteres", desenvolvido pelos mesmos estudantes com o intuito de protagonizar a figura infantil na mídia. Isso foi feito por meio de oficinas aplicadas aos sábados, durante todo o ano de 2017, para pré-adolescentes, de 11 a 13 anos, frequentadores da ONG Pedra Bruta, localizada também em Franca, interior de São Paulo. O trabalho em conjunto resultou na página "Pequenos Repórteres" no Facebook, no portal "Operação L.O.V.E." e na página estática da Querubim Comunicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Querubim Comunicação surgiu com o intuito de gerir o fluxo de informações difundidas no/pelo Projeto Experimental "Pequenos Repórteres", desenvolvido para conclusão do Curso de Jornalismo. Segundo Duarte (2011, p. 51), o planejamento de uma assessoria de imprensa pode ser definido como "gestão do relacionamento e dos fluxos de informação entre fontes de informação e imprensa". A assessoria busca, entre as principais tarefas, gerenciar mecanismos que tornem o relacionamento entre divulgador, imprensa e público mais atraente e interativo. Para Saveri (2013), a expansão das mídias digitais provocou mudanças profundas nas estruturas comunicacionais, em que os envolvidos têm mais poder de decisão sobre como receberá a informação. "Não podemos mais pensar em uma informação que sai de um emissor, por meio de um meio, sendo enviada a receptores. Quem está conectado é, ao mesmo tempo, emissor e receptor, interagindo e estabelecendo relacionamento com outros, em um fluxo de informação contínua". (SAVERI, 2011, p. 6). Partindo disso, a Querubim foi constituída visando levar, como tema central de pesquisa e atuação, o jornalismo infanto-juvenil. O projeto assessorado discute parâmetros da Educomunicação, tendo em vista o protagonismo do pré-adolescente na mídia, tendo como objetivo fomentar produtos jornalísticos que sejam produzidos por e para pré-adolescentes, em diversos formatos, como texto escrito, áudio, fotografia e audiovisual, para integrarem um portal. A proposta instigou a produção após a aplicação de oficinas sobre jornalismo em uma ONG de Franca-SP. A atenção da assessoria esteve, principalmente, sobre as mudanças causadas pelas mídias digitais, que ganharam protagonismo no planejamento da Querubim. Era necessário estabelecer proximidade com o público-alvo do projeto e direcionar a importância das ações para ele, já que a criação da assessoria é contemporânea da era digital e seu desenvolvimento está intrínseco aos novos paradigmas da cultura cibernética.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nesse sentido, a Querubim Comunicação foi criada com o objetivo de assessorar o Projeto Experimental  Pequenos Repórteres , com foco no desenvolvimento das oficinas com pré-adolescentes frequentadores ONG Pedra Bruta, divulgação do projeto na imprensa local/regional e assuntos em geral ligados ao jornalismo infanto-juvenil. A assessoria ajudou a pensar o formato das oficinas, participando também da sua execução, e se ocupou de preparar todo o material de divulgação do projeto, tanto em mídias próprias, como o site estático, como em outras que nasceram como a participação dos pré-adolescentes, entre eles o portal  Operação L.O.V.E., além de jornais e TVs da região de Franca. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ideia do Projeto Experimental de aplicar oficinas de Jornalismo em uma ONG vem pelo desafio de se criar uma nova prática jornalística. Nesse contexto, os cinco estudantes que propuseram este trabalho passaram a observar que muitos produtos jornalísticos direcionados ao público adulto também são consumidos, direta ou indiretamente, por crianças e pré-adolescentes. E, quando buscam falar diretamente com os mais jovens, jornais e revistas trazem um conteúdo apenas para cumprir uma função mercadológica do que realmente lidar com eles. A interação que se dá é geralmente de forma tangencial e sem a preocupação de considerar o público-alvo como também parte da conversação.  Inúmeros jornais e revistas brasileiros têm mantido com sucesso, desde longa data, suplementos destinados às crianças e jovens, geralmente encartados nas suas edições de fins de semana. Embora alguns tenham sido inspirados em uma proposta essencialmente mercadológica, constituem-se (e a sua permanência no mercado indica isso) em espaços importantes de interação com esse segmento de leitores . (BUENO, 2007). Sem os cuidados da mídia convencional em informar crianças e adolescentes de forma integral  ou seja, levar conteúdo bem apurado e de relevância social  , é de grande importância a manutenção de veículos preocupados especificamente em atender tal público-alvo. Citelli (2010) lembra que, com o advento das novas tecnologias de comunicação, devem existir novos padrões educativos de mediação. Caso haja distanciamento entre as necessidades dos alunos e uma formação de acordo com este novo cenário, deve-se buscar  atualizar as relações entre os sujeitos/agentes professores e alunos, atentando para as mediações patrocinadas pelas múltiplas circunstâncias comunicacionais que os circundam (CITELLI, 2010, p. 26). Uma atualização que passa, segundo o próprio Citelli (2010) e Soares (2002), pela Educomunicação, que contempla três aspectos:  educação para a comunicação, uso das tecnologias na educação e gestão comunicativa (2002, p. 16). Para Soares, o desenvolvimento tecnológico criou novos espaços de convergência de saberes, o que aumenta a importância da informação como ferramenta educativa e exige um aperfeiçoamento da gestão e da mediação tecnológicas, visando à compreensão das mudanças provocadas pelas próprias inovações. Refazer a estrada se faz necessário. (...) Em decorrência, uma aproximação essencial ao mundo das novidades tecnológicas, no âmbito da escola, deveria ir além do simples empoderamento pragmático (alfabetização digital), devendo chegar ao nível da produção de conhecimento sobre o sentido da própria tecnologia nos ambientes dados. (SOARES, 2010, p. 63) Deste modo, a  Querubim Comunicação , que traz o nome alusivo a uma classe de pequenos anjos historicizados pelo catolicismo, faz referência ao universo infantil e ao objetivo alegórico do trabalho:  dar asas ao potencial dos jovens por meio da comunicação. Já em relação a sua atuação, de desenvolver uma nova prática de jornalismo, a criação da assessoria e do projeto considera uma análise sobre o cenário multimídia que abrange o público infanto-juvenil. Não foi encontrado, durante todo o ano passado, em vasto levantamento pela internet, nenhum portal de notícias desenvolvido pela faixa etária dos participantes do projeto. Em portais online de notícias, foram encontrados apenas tópicos voltados para o público infantojuvenil, contendo informações como jogos, atividades e sugestões de brincadeiras. Ou seja, a cultura midiática convencionada pelos portais infantojuvenis acredita que o jovem consuma apenas  Entretenimento . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para que se realizasse a plena atuação da Querubim Comunicação, foram usadas ações de planejamento voltados ao ofício de assessoria, que, segundo Duarte (2011), se dividem em estruturais, táticas e operacionais, com foco em traçar metas e obstáculos. As ações estruturais visavam apresentar a assessoria e o projeto à imprensa de maneira clara e coesa. Para esta parte, a página estática da Querubim foi de grande valia, já que apresenta informações básicas sobre a assessoria, o que contribuiu para criar uma ponte com os órgãos de imprensa. Ao mesmo tempo, em sua estrutura, a Querubim gerenciou a página do Facebook  Pequenos Repórteres , cujo intuito era um vínculo com o público em geral, e não apenas com a imprensa. Também foi dada importância à construção do mailing list, com os veículos mais consumidos pelo público-alvo do projeto, ou seja, que abordam temas que envolvem Educação, Educomunicação, jornalismo interativo e iniciativas sociais crianças e adolescentes. Já as ações táticas consistiram em levantar pontos fortes, oportunidades, fracos e ameaças, por meio da Análise SWOT, além de traçar, com base nisso, todo o planejamento de aplicação das oficinas e dos produtos que seriam gerados por meio delas, bem como da divulgação na imprensa, premeditando a execução das várias etapas do trabalho de assessoria, a fim de que tudo fosse estrategicamente esquematizado. Entre as ações operacionais, foram realizados contatos diretamente com as redações de jornais, TVs, entre outras, em Franca e região. O resultado foram duas aparições em veículos de comunicação. Na edição comemorativa de aniversário do jornal Diário da Franca, no dia 31 de março de 2017, foi publicada uma reportagem que fala sobre a iniciativa. Sob o título  Jornalismo também é educação , a publicação deu destaque às oficinas ministradas na ONG Pedra Bruta. No dia 29 de abril de 2017, uma equipe de reportagem da Record TV Franca acompanhou as atividades promovidas nas oficina do projeto. O resultado foi ao ar no programa Balanço Geral no dia 2 de maio de 2017, em formato de reportagem que contou com entrevistas de membros do projeto, pré-adolescentes participantes e diretoria da ONG. Também como ação operacional, inicialmente os estudantes de Jornalismo selecionaram a ONG Pedra Bruta para aplicação das oficinas. A justificativa foi a cultura organizacional, que contribuiu para a aplicação das aulas planejadas. No contato inicial, os assessores da Querubim explanaram as intenções do projeto e o cronograma de aulas  possíveis datas, horários e programação de cada aula. Foi elaborado um projeto, que, aprovado, deu início às atividades programadas. No início das oficinas, a assessoria se responsabilizou pela criação da página  Pequenos Repórteres e a alimentação de conteúdo digital para o público do Facebook. A Querubim Comunicação também focou nas relações com a imprensa, desenvolvendo um press kit, que consistiu em uma caixa de madeira em formato triangular, com o fundo revestido com raspas de giz e lápis de cor. Os itens dispostos no interior da caixa foram um bottom estampado com o logotipo de um dos produtos, o  Operação L.O.V.E. , um flyer constituído por papel A3, que, para manter o formato triangular da caixa, aderiu à angulação de três vértices, duas canetas com o logo da Querubim e um pen drive estampado também com o logotipo da assessoria, disponibilizando um press release, alguns vídeos explicativos sobre o projeto e um catálogo contendo a seleção de alguns dos produtos desenvolvidos pelos adolescentes que alimentaram o portal. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A ONG Pedra Bruta reúne crianças, pré-adolescentes e adolescentes de escolas públicas, que frequentam a instituição em período alternativo ao da escola regular. Apoiada nas práticas pedagógicas da diretora de teatro Viola Spolin (1906-1994), a primeira fase prática do projeto foi para analisar os achismos dos jovens participantes sobre jornalismo. Para isso, foram realizados jogos teatrais em que os participantes foram postos em situações diversas que apresentavam o dia a dia de um jornalista. Após isso, houve um momento para diálogo, quando cada pré-adolescente expressou sua opinião sobre a profissão. Posteriormente, os jovens foram apresentados ao jornalismo, recebendo breves explicações sobre temas como sensacionalismo, boatos, etapas de produção de uma notícia e práticas incutidas nas modalidades texto escrito, audiovisual, áudio, fotojornalismo e redes sociais. Como atividade, os alunos escreveram cartas contando um pouco sobre seu perfil, rotina e indicações sobre qual meio teriam mais vontade de trabalhar caso optassem pela profissão. De modo a avaliar a postura e dialética dos pré-adolescentes, foram realizadas  entrevistas de emprego , fomentando a ideia da escolha do meio para o qual desenvolveriam conteúdo. Foram levadas em consideração a vontade dos jovens e aptidão para a área desejada. Eles foram divididos em cinco grupos: Texto, Áudio, Audiovisual, Fotografia e Redes Sociais. Casa um sob a supervisão de um dos estudantes de jornalismo monitores. Nesta fase, eles já haviam sido instruídos sobre como seria a produção para o portal. Com os orientadores, definiram a linha editorial do portal multimídia. Após uma oficina a respeito do tema central  linha editorial , foram estipuladas diretrizes para o conteúdo e a identidade visual do portal, sendo que os assuntos seriam colhidos em grandes portais de notícia brasileiros, mas tratados sob a óptica dos pré-adolescentes, apoiados em ganchos que reverberam no universo infantojuvenil. Com aspectos do portal já definidos, os jovens partiram para a produção de conteúdo, guiados pela linha editorial predeterminada na última oficina. Durante o processo, os orientadores monitoraram a produção e ofereceram opções e técnicas a serem utilizadas pelos pré-adolescentes, no intuito de aprimorar o processo. Todo o trabalho de edição do conteúdo publicado no portal foi avaliado pelos representantes de cada grupo e, posteriormente, encaminhado aos monitores, os quais deram o aval para publicação. Com o passar do tempo, os orientadores puderam identificar o apreço de alguns jovens às práticas ensinadas e, consequentemente, um aprimoramento da habilidade comunicativa destes alunos. Assim, foram determinadas funções fixas para cada estudante situado nos grupos. Ao final do semestre, o portal e as redes sociais já estavam funcionando. A proposta dos orientadores foi que, durante o período de férias &#8210; no mês de julho &#8210; os pré-adolescentes divulgassem o conteúdo postado no portal, que foi alimentado periodicamente. Após o recesso, as oficinas foram retomadas no primeiro fim de semana de agosto, com o propósito de aprimorar o conteúdo do portal. Ao fim do primeiro semestre, os alunos haviam sido avaliados individualmente pelos integrantes do projeto experimental. O objetivo foi analisar o desempenho de cada pré-adolescente e decidir qual a melhor forma de aumentar a produtividade dos participantes dentro das atividades propostas. Após este processo avaliativo, ficou clara a necessidade de remanejamento de alguns estudantes para outros grupos. Também ficou decidido que, ao invés de dividir a turma em cinco equipes (Texto, Áudio, Audiovisual, Fotografia e Redes Sociais), seria mais adequado fundir alguns segmentos com tarefas semelhantes. Foi então que surgiu a segunda separação dos grupos: Equipe Áudio, Equipe Audiovisual (que se juntou ao grupo de Áudio) e Equipe Textual (que se juntou a de Redes Sociais). Para estimular a tomada de decisões e valorizar os participantes que demonstraram maior interesse no projeto, também houve mudanças na liderança de cada equipe. No primeiro semestre, os grupos eram liderados por membros do projeto experimental. Neste segundo momento, os alunos que tiveram desempenho acima da média foram convidados para assumir a responsabilidade de comandar as equipes nas quais atuaram anteriormente. Ao todo, foram selecionados seis nomes. Cada equipe passou a ser liderada por uma dupla. Os novos líderes foram incumbidos a monitorar a produção dos outros integrantes, estimular as sugestões de pauta e auxiliar no desenvolvimento das produções. Foi assim que surgiu a primeira produção sob um  tema guarda-chuva : nazismo, neonazismo e supremacia branca. Os alunos foram orientados a pesquisar sobre e, com informações coletadas, participaram de um debate com todos os participantes das oficinas. Isso resultou na publicação do trabalho  Nazismo - Uma volta ao passado em vídeo, texto escrito e podcast. Isso foi feito posteriormente também com outros temas. No 2° semestre de 2017, a ONG Pedra Bruta abriu novas vagas na turma contemplada pelo projeto. Com a chegada de 14 novos integrantes, foi necessária a readaptação do Plano de Ensino e a forma com que seria trabalhado todo conteúdo jornalístico já abordado, ensinado e produzido pelos alunos que estavam na ONG desde o início do projeto experimental. Um novo planejamento foi estabelecido. Como no 1° semestre, em que os pré-adolescentes tiveram de passar por aulas teóricas, os novos integrantes foram submetidos às mesmas aulas (com tempo reduzido), onde foram abordados tipos de veículo de comunicação, características e componentes do texto jornalístico e explanação sobre o portal multimídia. Devido ao fato de que os novos integrantes não possuíam nenhum conhecimento sobre as vertentes do jornalismo que foram ensinadas aos demais pré-adolescentes, aconteceram reuniões entre monitores para rever e adaptar algumas dinâmicas de ensino. A fim de integrar os novos alunos e trabalhar de uma maneira que acrescentasse conhecimento para ambos (alunos novos e antigos), os grupos foram novamente adaptados, para  Críticos (os novos alunos) e  Jornalistas (os alunos antigos). 1) Críticos: Não passaram pelas aulas práticas, mas foram incitados a estudar o conteúdo do portal como espectadores. Após apreenderem conceitos de senso comum e crítico, representaram os consumidores do conteúdo do portal, tecendo críticas sobre ele. 2) Jornalistas: Na nova etapa do projeto, considerou-se que eles já tinham conhecimento necessário para realizar e alcançar o objetivo proposto, o de produzir conteúdo jornalístico para o público da mesma faixa etária. Além da readaptação do Plano de Ensino e nova divisão dos grupos, foram planejadas aulas em que os Críticos interagiram com os Jornalistas. Elas foram intituladas  Confrontos . A ideia era realizar um debate entre os grupos, a fim de provocar, nos alunos, argumentos de defesa e reflexão diante de cada ponto de vista, de modo que cada grupo saísse da zona de conforto e construísse pensamentos coletivos e críticos a partir de diferentes interpretações. Como resultado dessa divisão, foi necessário estabelecer uma correlação entre o processo de produção para o portal e temáticas desenvolvidas na ONG  trabalhadas pela professora de Língua Portuguesa da instituição. A seção  Evoluir presente no portal foi alimentada com conteúdos artísticos desenvolvidos em paralelo ao trabalho jornalístico do projeto. Os Críticos assumiram a produção desta categoria, mas a participação dos Jornalistas também aconteceu, de forma eventual. O projeto experimental caminhou junto com os ideais da ONG. Ter um espaço no portal alinhado com as atividades desenvolvidas ali foi uma forma de integrar o projeto à grade curricular da organização e potencializar a metodologia de ensino aos alunos contemplados pelo  Pequenos Repórteres . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Em contato prático com as oficinas, pode-se dizer que alguns obstáculos apareceram. Entretanto, os monitores do trabalho sabiam que, desde o início, imprevistos poderiam influenciar no andamento, como a falta de comprometimento de alguns estudantes ao não realizarem os deveres definidos fora do ambiente escolar. Ainda que os obstáculos estivessem presentes, acredita-se que a superação de cada um deles foi benéfica devido ao viés enriquecedor que eles forneceram ao projeto. Pela perspectiva dos desenvolvedores do  Pequenos Repórteres e da Querubim Comunicação, o processo de execução identificou uma constante solidificação de diretrizes, projetando boas perspectivas. Tanto que a aplicação das oficinas continuou para o ano de 2018, mesmo com os estudantes de Jornalismo já formados. Por fim, foi necessário experimentar empiricamente a proposta para reconhecer a empatia ao jovem, elemento fundamental que viabiliza um vínculo profissional e acadêmico entre orientador e aluno em um ambiente educativo. Além disso, as oficinas estão agregando força e gerando novas demandas ao trabalho, o que torna o projeto mutável e incita discussões bem-vindas ao repertório universitário. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BUENO, W.C. A ciência e os suplementos infantis. Disponível em https://estefane.wordpress.com/2007/10/22/a-ciencia-e-os-suplementos-infantis/. Acesso em 25 de agosto de 2017. <br><br>CITELLI, Adilson. Comunicação e educação: implicações contemporâneas. Revista Comunicação e Educação, ECA/USP, v. 15, n. 2, 2010. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44821/48453. Acesso em 5 de fevereiro de 2017.<br><br>DUARTE, Jorge. Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia. São Paulo: Atlas, 2002.<br><br>SAVERI, Marília. Assessoria de imprensa em busca de ressignificação: Como a revolução das mídias está reinventando a comunicação nas organizações. 9º Encontro Nacional de História na Mídia - UFOP, Ouro Preto, Minas Gerais, 2013. Disponível em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-publicidade-e-da-comunicacao-institucional/assessoria-de-imprensa-em-busca-de-ressignificacao-como-a-revolucao-das-midias-esta-reinventando-a-comunicacao-nas-organizacoes. Acesso em: 24 de abril de 2017. <br><br>SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicação e terceiro entorno: diálogos com Galimberti, Etcheverría e Martín-Barbero. Revista Comunicação e Educação, ECA/USP, v. 15, n. 3, 2010. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44845. Acesso em 5 de fevereiro de 2017. <br><br>SOARES, Ismar de Oliveira. Gestão comunicativa e educação: caminhos da Educomunicação. Revista Comunicação e Educação, ECA/USP, n. 22, 2002. Disponível em: http://www.revistas. usp.br/comueduc/article/view/37012. Acesso em 6 de fevereiro de 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>