ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO NORDESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #bc1520"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00071</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Igreja na Rua: As fronteiras da fé urbana em Petrolina-PE</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Mônica Odilia de Souza Santos (Universidade do Estado da Bahia); Iury Parente Aragão (Universidade do Estado da Bahia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #bc1520"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Áreas de fronteira, geralmente, são áreas de transição entre dois ambientes. Elas são, também, em alguns casos, áreas de confronto. Assim, o livro  Igreja na rua: as fronteiras da fé urbana em Petrolina-PE tem como objetivo analisar o desenvolvimento do Igreja na Rua enquanto área de transição entre a Igreja institucionalizada e a secularidade, abordando os conflitos enfrentados pelo grupo, técnicas adotadas para atrair pessoas para o movimento e, consequentemente, para o cristianismo. Como produto foi escolhido o suporte livroreportagem-retrado. Dentro do amplo quadro que se encontra a religiosidade brasileira, principalmente a vertente evangélica há o surgimento de um movimento cultural religioso liderado por jovens e que tem alcançado as ruas dos centros urbanos, mudando a estética, o comportamento e a atuação dos jovens evangélicos brasileiros. Eles vêm criando uma relação muito forte com o que a igreja determinaria como secular e tem se relacionado cada vez mais com mobilizadores de atenções e racionalizadores de esforços em prol de sua religiosidade (ou tentativa de desconstrução da mesma). Um desses grupos atua em Petrolina, no Sertão pernambucano. Os integrantes do Igreja na Rua são, em sua maioria, membros de igrejas batistas da Convenção Batista Brasileira (CBB), porém, existem pessoas de outras denominações e, ao todo,  comungam membros de mais de 30 igrejas de Petrolina. Eles se reúnem às 19h15 atrás do letreiro  Eu amo Petrolina , na orla da cidade e, a princípio, se resumia em tentar convidar pessoas que estavam passando, passeando pela orla, ou moradores de rua e flanelinhas para participar do movimento, que consistia em músicas e em uma breve explanação bíblica. A diferença do Igreja na Rua para uma igreja com endereço buscava ser mínima: o objetivo inicial levar a igreja para um lugar público, apresentando-a a pessoas que não entrariam em um local institucionalizado, seja por medo de sofrer preconceitos ou por desinteresse pelas normas impostas pela Igreja enquanto instituição. Porém, com o passar do tempo, a liderança do movimento constatou a necessidade de abraçar um outro nicho, não de pessoas que não entrariam em uma Igreja, mas de pessoas que são membros de Igrejas e que não reconhecem nelas comunhão, afeto e simplicidade. Quando isso foi percebido, o foco da igreja seguiu uma bifurcação. Agora, além de tentar alcançar pessoas não evangélicas, o movimento também tem como objetivo dar atenção e cuidado para pessoas membros de igreja, mas que não se sentem acolhidas em seus templos. Para isso, o movimento conta com diversas programações. Além dos encontros às segundas na orla, começaram com reuniões, chamadas de Pequenos Grupos (PGs), em que se reúnem para discutir teologia e missiologia; ceias, uma reformulação da ceia de Jesus, mas em que todos podem participar, não somente membros de igreja; encontros recreativos em feriados na ilha do fogo e no parque Josefa Coelho, pregações e reuniões em cidades menores, fazem trabalhos com centros de reabilitação e visitam asilos. Além disso, eles contam com um grupo de WhatsApp, página no Instagram e conta no youtube. O objetivo do Igreja na Rua é, portanto, tentar restaurar a igreja primitiva (Atos dos apóstolos) para pessoas desgostosas com a instituição e servir como uma extensão da instituição para pessoas que nunca foram membros de igrejas. Dentro disso, será trabalhado, nesta pesquisa, a forma como as missões urbanas, especificamente o grupo de Petrolina  Igreja na Rua age para produzir um culto que atraia diversas parcelas da população que sejam avessas ao protestantismo e como ele tenta 11 desconstruir o lado negativo que é atribuído à igreja evangélica através da comunhão entre o discurso evangélico e seu estilo de vida. Dessa forma o trabalho vai tentar solucionar a seguinte problemática: Como o movimento de Missões Urbanas Igreja na Rua e seus membros promovem a desinsitucionalização da fé protestante? </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a realização dessa pesquisa foi adotada como metodologia quanto aos procedimentos foi escolhida a etnografia, com técnicas de pesquisa bibliográfica, entrevistas e observação participante. Para Sampieri, Collado e Lucio, no texto Metodología de la Investigación (2013) os desenhos etnográficos pretendem descrever e analisar ideias, crenças, significados, conhecimentos e práticas de grupos, culturas e comunidades de forma ampla, abrangendo a história, a geografia, os subsistemas, socioeconômicos, educacionais, políticos e culturais de um sistema social, seja através de rituais, símbolos, funções sociais e uma infinidade de elementos. A etnografia, portanto, implica na descrição e interpretação profundas de um grupo, sistema social ou cultural descrevendo e analisando o que as pessoas de um lugar ou determinado contexto fazem habitualmente e o significado que dão a esses comportamentos. O desenho etnográfico vai, então, estudar categorias, temas e padrões referentes às culturas. De acordo com Malinowski, em seu texto Argonautas do pacífico ocidental (editora Abril cultural, 1978), a linha que separa os resultados da observação direta e as declarações e interpretações nativas das inferências do autor, baseadas no seu senso comum, e capacidade de penetração psicológica, só pode ser traçada com base em fontes etnográficas, que podem ser as pessoas estudadas e seu contexto. Essas fontes possuem, segundo o autor, inquestionável valor científico. O livro se divide em três partes e, para cada parte, foi aplicada uma metodologia como por exemplo, a pesquisa documental que, para Marconi e Lakatos, no texto Fundamentos da Metodologia Científica (editora Abril, 2006) é a fonte de coleta de dados que está restrita a documentos, escritos ou não. Essa busca pode acontecer em arquivos públicos ou privados, publicações parlamentares ou administrativas, documentos de arquivos privados, cartas, contratos, diários, relatos de visitas ou de viagens. Já Theophilo e Martins, no texto Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas (editora Atlas, 2007), definem a pesquisa bibliográfica como uma estratégia de investigação através do levantamento de referências expostas em meios escritos ou em outros meios; observação participante que é uma modalidade de observação na qual o pesquisador não é apenas um observador passivo, ele tem liberdade para assumir uma variedade de funções e de fato participar de eventos e situações que estão sendo observadas. Foram utilizadas, também, entrevistas não estruturadas que, de acordo com Marconi e Lakatos no texto Fundamentos da Metodologia Científica (editora Abril, 2006), são entrevistas em que o pesquisador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada podendo, dessa forma, explorar mais a questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. Foi escolhido esse método pela liberdade que ele oferece aos entrevistados e por deixar a captura de informações mais fluida. Como suporte foi escolhido o livro-reportagem. Segundo Belo, em seu livro Livro-reportagem (Editora Contexto, 2006), é o veículo no qual se pode reunir a maior massa de informação organizada e contextualizada sobre um assunto e é, também, uma das mídias mais ricas para a experimentação, uso das técnicas jornalísticas, aprofundamento da reportagem e construção da narrativa. De acordo com Edvaldo Pereira Lima, no livro Páginas ampliadas (editora da Unicamp, 1995), o livro-reportagem é um subsistema do jornalismo e da editoração. O jornalismo faz parte de uma cadeia de sistemas que envolve a comunicação de massa, a indústria cultural, a urbanização e a industrialização e tem como características a atualidade, a periodicidade e a universalidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A primeira entrevista realizada foi o com João Henrique, coordenador do movimento e, a partir dela já escrevi o seu perfil. Depois disso, utilizei o referencial bibliográfico para escrever o primeiro capítulo, mas, como ainda havia uma lacuna sobre o começo do protestantismo em Petrolina procurei o ex-presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) Emanuel Alírio e ele, coincidentemente escreveu um livro sobre o surgimento da Primeira Igreja Batista de Petrolina (PIB), primeira igreja evangélica da cidade. A partir do meu diário de campo e das entrevistas fui escrevendo o restante do livro, reformulando algumas partes do pré-projeto pois outros tópicos foram sendo criados, com perfis de membros que não eram da coordenação, mas que tinham histórias interessantes para serem contadas, por exemplo. Conforme conversava com as pessoas ia escrevendo pequenos perfis que eram encaixados no livro. Algumas delas, principalmente as que não tem um vínculo firmado com o movimento não quiseram se identificar e tiveram seus nomes trocados por nomes fictícios. O livro foi dividido em três partes e 21 capítulos traçando a observação de atividades como o culto na orla, a reunião do Pequeno Grupo, o culto no Ágape, a ceia na rua, perfis dos coordenadores, de participantes das reuniões, de moradores de rua, de pastores e missionários que participaram das reuniões, com textos mais curtos e capítulos demarcados conforme as especificidades dos assuntos. A parte um, intitulada "Alicerces históricos", fala sobre a construção histórica da religiosidade brasileira e do Igreja na Rua. Essa parte é composta pelos capítulos: "Da soma das religiosidades brasileiras nasce o Igreja na Rua", que fala sobre a relação do Igreja na Rua com a Igreja institucional e com o Sertão; "Mas, o protestantismo protesta contra o quê?", que fala um pouco sobre as várias reformas, inclusive a reforma protestante e a sua influência; "Protestantismo no Brasil era sinônimo de militância" sobre a relação do Estado com o Protestantismo durante o Brasil Império; "Unidade na diversidade", sobre a diversidade religiosa e denominacional no Brasil; "Uma lenda" sobre a vinda do protestantismo para Petrolina; "Liberdade religiosa diretamente da Holanda", sobre a influência protestante da invasão holandesa; "Os mártires da Guanabara", sobre a vinda dos primeiros protestantes para o Brasil e "A coragem do médico missionário" sobre um missionário que abriu as portas para o protestantismo no Brasil. A segunda parte, intitulada "O movimento" é fruto da observação participante. Ela é dividida em oito capítulos, intitulados: "A desconstrução da igreja institucional e a construção do Igreja na Rua", sobre como funciona o encontro; "A igreja não abraça, mas a rua acolhe", sobre como as pessoas estão machucadas com a igreja;"'Se é pra tocar Anitta, a gente toca'" que é a descrição do Pequeno Grupo; "João: uma voz que clama", um perfil do criador do movimento; "O caleidoscópio da fé", sobre os diversos pontos de vista que constrói o grupo; "Humberto: Quando tudo começa a dar certo", um perfil do participante mais idoso do grupo; "Eu amo Petrolina", sobre como acontece a reunião na orla e "Ágape: O amor que se doa", sobre o culto que realizam no Instituto Ágape. A terceira parte, "Desdobramentos e ramificações" tem cinco capítulos. "Vocação: servir com prazer", um perfil de Maísa, coordenadora do grupo; "Ceia na rua: 'Se fizéssemos isso na época de Jesus seríamos apedrejados'", sobre a celebração da ceia na rua; "Igrejeiros e desigrejados", sobre a relação com pessoas afastadas do cristianismo, mesmo que afastados da fé, o vigésimo, "Mylena: Resistir e florescer", o perfil de Mylena, coordenadora; e o último "A igreja precisa se desigrejar", com considerações finais sobre o movimento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #bc1520"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>