ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00015</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Botonáro, um candidato real de ideias surreais</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Katriane Bernardes dos Santos (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Alanderson Coelho das Chagas (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Carlos Alexandre Rodrigues Ferreira (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Diego Leno Valente de Sousa (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Fábio Gonçalves Modesto (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Girleno Barros Vieira (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Jousefe David Matos de Oliveira (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Lara de Souza e Souza (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Niash dos Anjos Frutuoso (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Valéria Melo de Freitas (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia); Renan Jorge Souza da Mota (Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais e Zootecnia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Discurso, Fotonovela, Jair Bolsonaro, Lendas Amazônicas, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho traz em seu conteúdo os pressupostos para a construção da fotonovela "Botonáro, um candidato real de ideias surreais", produto com grande carga de criticidade a um candidato político em particular, neste caso o deputado Jair Bolsonaro. Pensado no âmbito da disciplina Fotojornalismo do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Amazonas Campus Parintins. Tal formato foi escolhido, pois em se tratando desse tipo de material nossa universidade sofre uma defasagem com relação à produção de fotonovelas, além de ser um resgate desse gênero que há muito tempo se perdeu e que poucos tiveram a oportunidade de conhecê-lo. A fotonovela em questão faz uma interconexão entre Mitos e Lendas Amazônicos, um personagem político em particular e alguns dos afetados por tais discursos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Domenico Del Duca, um dos proprietários de uma pequena editora em Milão, a Universo, é considerada a base para a geração de um novo tipo de combinação de mídias no âmbito da narrativa ficcional  a fotonovela. No Brasil, a primeira revista de fotonovela foi  Encanto  A Romântica Revista do Amor , a princípio chamada de fotodesenho. Datada no dia 01 de novembro de 1949, a qual apresentou a história em capítulos de  Almas Torturadas do romance de Albert Morris e  Os Dois Amores de Ana , da escritora Ana Luce. As fotonovelas tiveram grande popularização ao longo de 30 anos, os quais se deram entre as décadas de 50 e 80. Nos anos 70, mais de 20 títulos de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por inúmeras editoras como: Abril, Rio Gráfica, Vecchi, Prelúdio e tantas outras. Neste trabalho faremos uso da fotonovela enquanto meio facilitador para disseminação de nossa crítica, uma vez que trata-se de um divulgador popular. Segundo Strider e Cols (2009) a popularização das fotonovelas ocorreu quando atores conhecido pelo público passaram a protagonizar as cenas, voltando para si à atenção de um público em sua maioria de mulheres, pessoas de baixa renda e com pouca formação, ou seja, um grupo socialmente segregado, o que permitiu caracterizar as fotonovelas como um meio de divulgação de massa (JOANILHO E JOANILHO, 2009). A utilização de fotos juntamente com texto nos permite contar uma história e o nosso receptor irá assimilar o conteúdo, pois tais recursos se colocados em um só produto aumentam a facilitação de entendimento de determinado assunto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este artigo visa apresentar as nuances de uma fotonovela que tem como objetivo promover uma crítica à cerca dos discursos proferidos pelo deputado Jair Bolsonaro. A intenção aqui é transportar o personagem central do produto em questão para um contexto mais regional e fazer uma interconexão entre Mitos e Lendas Amazônicos e alguns dos afetados por seus discursos. Onde faremos uso de pesquisas bibliográficas e na internet para que os personagens sejam escolhidos. Pretende-se promover essa interconexão até mesmo no nome dos personagens, uma vez que isso servirá para um maior entendimento do assunto exposto no produto. Pensando em um meio facilitador e diferenciado para disseminar tal assunto, optou-se pela fotonovela.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto aqui exposto tem como intenção promover uma crítica ao discurso empregado pelo deputado Jair Bolsonaro, discurso esse que tem gerado impacto em boa parte da população deste país, visto que o conteúdo serve a interesses e devido ao contexto político que ele está inserido pode ser utilizado para marginalizar, discriminar, neste caso, o discurso parte da perspectiva enquanto poder. O discurso  como a psicanálise nos mostrou  não é simplesmente aquilo que se manifesta (ou oculta) o desejo; é também aquilo que é o objeto do desejo; é visto que isto a história não cessa de nos ensinar- o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mais aquilo, por que, pelo que se luta poder do qual podemos nos apoderar, permitir a transubstanciação e fazer do pão um corpo. (FOUCAULT, 1996, pág. 10-11) A fotonovela traz um roteiro diferenciado, uma vez que seu conteúdo tem como base as frases ditas pelo deputado Jair Bolsonaro, frases como  Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí , (frase dita em uma entrevista sobre homossexualismo à revista Playboy, em dezembro de 2011),  Sou preconceituoso, com muito orgulho (em entrevista à revista Época, em 2011) Mulher deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar[da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano ( em entrevista ao Jornal Zero Hora, em fevereiro de 2015), tais frases justificam os diálogos empregados no produto aqui exposto. Fazer uma interconexão entre Mitos e Lentas Amazônicos, um personagem político e alguns dos afetados por seus discursos, é também rememorar as histórias e seus personagens que fazem parte dessa região que seguem em uma linha do esquecimento. As lendas e os mitos são histórias sem autoria conhecida. Foram criadas por povos de diferentes lugares e épocas para explicar fatos como o surgimento da Terra e dos seres humanos, do dia e da noite e de outros fenômenos da natureza. Também falam de heróis, heroínas, deuses, deusas, monstros e outros seres fantásticos. (BARROS, 2013, pag. 17) Diante do conteúdo exposto acima, propusemos aqui uma fotonovela diferente das demais, trata-se de um conteúdo crítico e fora dos padrões de tal gênero, uma vez que o mesmo segue uma linha mais romantizada. Trazendo um reavivar da fotonovela enquanto veículo divulgador de temas trabalhados e discursões com grau de relevância para uma sociedade envolta a um cenário político desastroso. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A partir do trabalho realizado na disciplina de Fotojornalismo ministrado pelo professor Iury Bueno, fora criado dentro de uma proposta disciplinar a produção de um ensaio fotográfico conceitual abordando temas contemporâneos, propôs-se então a elaboração de uma fotonovela, visto que a estória a ser contada seria visualmente mais dinâmica se exposta nesse formato. Para o início da elaboração deste trabalho reuniram-se semanalmente os membros do grupo participante do ensaio, visando discutir ideias para as narrativas e criações dos personagens da fotonovela. E durante esse período de encontros foi decidido que a fotonovela abordaria um viés político, tendo como principal figura política o candidato à presidência da república, Jair Messias Bolsonaro, cujos ideais têm causados grandes discussões e polêmicas no contexto político deste país. Após ter o tema escolhido, o grupo elaborou um cronograma de atividades, tal como elaboração de roteiros, locais para a realização das fotografias e caracterização dos personagens. Nessa etapa do trabalho foram decididos também os alunos que interpretariam os referidos personagens tendo como critérios expressões faciais e corporais de modo a transmitir de modo objetivo a mensagem do ensaio ao público. A acadêmica Katriane Bernardes escreveu o roteiro da fotonovela e apresentou aos demais membros do grupo, explicando toda a narrativa e as características dos personagens. Seguimos de forma precisa todo o roteiro escrito como meio de assegurar a essência da fotonovela, sem dar margens a ambiguidades. A fotonovela foi intitulada de: Botonáro, um candidato real com ideias surreais. Este nome  inventado utilizou-se da junção da palavra boto com o nome do deputado Bolsonaro. Os personagens da fotonovela foram assim descritos: Botonáro, Iara Maria, Sergay Caapora e Anhangá Silva. Todos esses personagens foram criados dentro de uma cultura amazônica, aqui representados pelas lendas. Foram feitas também pesquisas sobre fotonovelas, visualizando diversos layouts, estórias e narrativas como fonte de referências para o trabalho. Após essa etapa de elaboração do roteiro e definição dos personagens, decidimos marcar a data e o local para a realização das fotos. A data foi dia 03/02/2018 em uma chácara distante da área urbana do município. Os critérios para a escolha do referido local foi a paisagem por ela composta por rios e matas, fazendo uma referência a um cenário bastante amazônico. Os horários foram definidos pela parte do dia, levou-se todos os materiais e equipamentos necessários para a realização do ensaio, tais como figurino, maquiagens e objetos necessários para uma melhor construção visual das fotografias. Durante o período das fotos, tomou-se todo cuidado para que os alunos não sofressem qualquer tipo acidente, tais como picadas de cobras, insetos dentre outros, que poderiam estar presente no momento do ensaio, visto que o local são de matas fechadas. Seguimos a narrativa do roteiro, e cada quadro fotográfico foi pensado com antecedência, visando espaços na própria imagem onde seriam inseridos os balões com as falas de cada personagem. Para a fotografia dos diálogos entre o Botonáro e a Iara Maria, foi escolhido o cenário na beira do rio, onde a Iara Maria ficaria pousada sobre um trapiche de madeira (local muito usado pelos ribeirinhos para lavar roupas e tomar banho). A composição da referida foto havia sido discutida anteriormente pelo grupo, pois haveria na sequência dos diálogos, uma imagem onde apareceria o personagem Botonáro imaginando a Iara Maria lavando roupas. Este quadro satirizaria a concepção de como o deputado Bolsonaro tem sobre as mulheres. No momento do ensaio foram feitas diversas fotografias, sob a orientação da discente Katriane Bernardes, de modo a chegar no resultado esperado. No quadro sequente, representando o diálogo entre o Botonáro e o Sergay Caapora, foi levado ao ambiente um grande espelho. Essa composição fotográfica se utiliza de uma lenda para representar os homossexuais, alvo de críticas e discriminação pelo deputado. A composição deste quadro teve como sugestão do discente Fábio Modesto, onde o Sergay Caapora apareceria vestido de roupas masculinas e atrás haveria um espelho refletindo a sua mesma imagem com vestimentas de mulher. Para a realização deste quadro fotográfico foi utilizado uma câmera e um tripé, para que houvesse duas fotografias a serem mesclados em um só quadro em um programa de edição posteriormente. Houve um grande trabalho em equipe, pois o discente que estava representando o Sergay Caapora teria que trocar de roupa de forma mais rápida possível, visto que a fotografia seria feita em luz ambiente, e esta muda constantemente podendo dificultar a montagem. Nos últimos quadros da fotonovela são apresentados a figura do Anhangá Silva em diálogo com o Botonáro. A lenda de Anhangá foi adaptada para representar o povo brasileiro, caracterizado nesta fotonovela com a popular camisa da seleção brasileira, bermuda e sandália, numa total simplicidade tal como é a vida da grande parte da população brasileira. Durante a produção da fotonovela foram utilizadas um tripé de marca bastante resistente, visto o terreno irregular onde seria instalado, e uma câmera DSLR da marca Canon, modelo T5, fotografadas em formato RAW, muito utilizado pelos fotógrafos profissionais para melhor controle manual no tratamento da imagem. Ressaltamos que todos os equipamentos foram cedidos pelo Curso de Comunicação Social/Jornalismo do ICSEZ, e durante o ensaio contamos com o auxílio do técnico do laboratório de fotografia, Jousefe de Oliveira, dando total suporte. Ao encerramento do ensaio fotográfico, marcamos uma data para a seleção das fotografias para compor a fotonovela. Houve um total de 125 fotografias, das quais foram escolhidas 19 fotos, com exceção da fotografia do Sergay Caapora, onde foram utilizadas duas fotos a serem mescladas em uma. O critério de escolha obedeceu a narrativa do roteiro, além das qualidades fotográficas aprendidas na disciplina de Introdução a fotografia, tal como definição, composição, profundidade de campo, e luz/exposição. Após a seleção das fotografias, foram tratadas no programa de edição de imagens Adobe Photoshop versão CS6, tendo apenas ajustes básicos tal como nitidez, vibração das cores e contraste. Optou-se pelo modo de cor RGB, e em cor, visto que a apresentação da fotonovela seria digital, e a imagens nesse formato seriam mais vivas e vibrantes. O professor Iuri Carlos Buenos após ver o resultado final das fotos, propôs ao grupo que a apresentação da fotonovela fosse feita em um formato similar aos dos quadrinhos, pela dinâmica do olhar/leitura, e os diálogos presentes em cada quadro tornar-se-ia satisfatório ao leitor.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A fotonovela  Botonáro, um candidato real de ideais surreais , surge no âmbito da disciplina de Fotojornalismo, bem como um meio para se colocar em prática o conteúdo transmitido em sala de aula. A escolha de tal produto parte da necessidade de se produzir conteúdos nunca antes feitos em nossa universidade, uma vez que há uma defasagem com relação a esse tipo de produção. Para se chegar ao roteiro final, ouve a necessidade de se fazer uma pesquisa com o intuito de se realizar um mapeamento dos discursos feitos pelo deputado Jair Bolsonaro, onde foram observados seus direcionamentos e os maiores afetados com o conteúdo por ele disseminado. A partir deste mapeamento, outra pesquisa foi realizada, a qual teve como objetivo analisar as características das Lendas e Mitos Amazônicos para que pudéssemos elaborar a interconexão com o personagem central e os secundários. Finalizada a fase de pesquisa, os personagens foram escolhidos e um roteiro foi construído, o qual continha às falas dos personagens e suas respectivas emoções para facilitar a atuação dos atores. Inúmeras reuniões foram realizadas para que a interconexão proposta pelo trabalho pudesse de fato acontecer, a construção do roteiro correu durante um mês, uma vez que em se tratando de Lendas e Mitos Amazônicos sofremos com a falta de referencias bibliográficas em nossa universidade. O que dificultou o andamento de nosso trabalho após frequentes análises se chegou aos seguintes personagens e suas respectivas características: Botonáro: Personagem principal, inspirado no deputado Jair Bolsonaro com alguns traços de um dos personagens mais significativos do folclore da Amazônia, O Boto. A escolha de ambos se deu a algumas semelhanças, dentre elas está a maneira como eles tratam as mulheres. Para Jair Bolsonaro a mulher só serve para a reprodução, tal conclusão é oriunda dos inúmeros discursos por ele disseminados. Em se tratando da lenda do boto, o mesmo se transforma em homem, seduz mulheres e assim que elas engravidam ele vai embora. Tal fato cria um contexto machista e transforma a mulher em um ser destinado unicamente a perpetuação da espécie. Iara Maria: Personagem significativo que faz uma referência às mulheres deste país e a Lenda da Iara. Tal lenda foi escolhida por ser um dos personagens mais lembrados pelos contadores de histórias. Sempre descrita como um personagem, cuja única função é seduzir os homens e leva-los para o fundo do rio que esquecem que ela tem por função proteger o local em que ela costuma ser vista. A escolha do segundo nome é uma referência às mulheres desse país que em sua maioria possuem o nome de Maria e são desvalorizadas mesmo ocupando cargos importantes e realizando tarefas essenciais. Outro ponto a ser destacado é o fato das mulheres serem sempre alvos nos discursos do personagem central deste trabalho. Sergay Caapora: Personagem de muita representatividade faz uma referência aos grupos LGBTs e a Lenda do Caapora. A Lenda do Caapora foi escolhida por suas características que são marcantes, uma vez que o mesmo pode se apresentar como uma criança negra, sendo que pode ser tanto do sexo feminino quanto do masculino. Dando-nos a possibilidade de fazer um comparativo com os homossexuais que tanto sofrem neste país, essa referência também pode ser vista no nome do personagem. Anhangá Silva: Um personagem que representa o povo brasileiro e que também é uma referência a Lenda do Anhangá. Segundo a lenda, Anhangá é um espírito da floresta que pode assumir muitas formas para proteger o lugar onde vive. Tais características nos deram a possibilidade de fazer um comparativo com o povo brasileiro que é marcado por sua diversidade de raças e é o único capaz de proteger o lugar onde vive fazendo uso de um único poder, o voto. Para acentuar mais essa referência, utilizamos também um dos sobrenomes mais comuns neste país, o Silva. A fotonovela possui 19 fotogramas os quais conversam entre si, o ambiente escolhido para se realizar as fotos foi um lugar arborizado em uma área rural da cidade de Parintins  AM. Optou-se por se fazer as imagens durante o dia para que se pudesse ter uma boa captação de luz. Os atores para a realização do produto em questão foram escolhidos conforme as características dos personagens. Há exemplo disso, o personagem de nome Botonáro é protagonizado por um jovem rapaz branco, loiro e de olhos azuis, tal como a descrição do boto nas histórias. Outro ponto a ser destacado é a confecção da cauda da Iara, objeto inteiramente feito de forma manual, pois há uma escassez em nossa cidade com relação a esse tipo de produto. Para se chegar ao resultado final do produto as pessoas envolvidas tiveram </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Fomentar tal produto nos deu a possibilidade de entender melhor sobre um gênero que se perdeu ao longo dos anos e que muitos de nós não tivemos a possibilidade de conhecer, neste caso a fotonovela. Transpor um contexto político para um contexto regional é mais que produzir um roteiro diferenciado, é mostrar que nós enquanto amazonenses somos conhecedores da situação atual da política deste país. Partilhamos da ideia de que não queremos mostrar somente que temos a capacidade de produzir algo diferenciado, o que de fato queremos é externar uma crítica a cerca dos discursos levantados pelo deputado Jair Bolsonaro, junto a isso queremos levantar a bandeira de resgate das historias de Lendas e Mitos Amazônicos que aos poucos estão se perdendo apesar de sua importância. Ressaltamos também a grande carga bibliográfica adquirida ao longo das inúmeras pesquisas para que pudéssemos chegar a um roteiro final, o que contribuiu para a expansão de nosso conhecimento. Que o conteúdo desta fotonovela possa servir de incentivo para aqueles que desejam falar de assuntos geradores de discussão fazendo uso de um meio diferenciado, mas de fácil assimilação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BARROS, Fabiano Tertuliano de. A humanização dos mitos e lendas amazônicos na dramaturgia amazônica, 2013. Monografia (Licenciatura em Teatro) Instituto de Artes Programa Pró-Licenciatura  Licenciatura em Teatro, Brasília, 2013.<br><br>FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. São Paulo: Loyola, 1996.<br><br>STRIEDER, L.; MENDES, S. e COSTA, B.R.L. Hanseníase  uma história desuperação. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUL,10, Blumenau, 2009. Anais..., Blumenau: Intercom, 2009.<br><br>https://www.pragmatismopolitico.com.br acessado em 09 de março de 2018 às 00hrs<br><br>https://www.uol.com.br/congresso-em-foco/ acessado em 12 de março de 2018 às 22hrs<br><br> </td></tr></table></body></html>