ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00032</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vida e Obra de Turenko Beça: a Alma que Não Enferruja</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Natascha Almeida Dantas (Universidade Federal do Amazonas); George Severo Oliveira Dantas Junior (Universidade Federal do Amazonas); Lucas Rafael Marinho Peixoto (Universidade Federal do Amazonas); João Bosco Ferreira (Universidade Federal do Amazonas)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Arte manauara , Processo criativo, radiodocumentário, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto jornalístico em formato radiodocumentário  A vida e a obra de Turenko Beça - A alma que não enferruja remonta a trajetória do artista plástico Aníbal Augusto Turenko Beça na arte manauara por meio de um breve relato biográfico. Suas obras incluem poemas, narrativas e sonoridades que, ao serem analisadas, mostrarão como acontece o seu processo criativo, as paisagens sonoras que construíram sua história, as fases de sua obra e como o artista está atualmente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A primeira transmissão de rádio no Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1922, em comemoração ao centenário da independência. O rádio comercial surge na década de 30 deixando o caráter educativo de lado. Sendo assim, esse meio de comunicação começou a funcionar como ponto de venda e de propaganda política. As emissoras acabaram contribuindo para a formação do mercado interno transformando o Brasil rural em urbano e o rádio começou a ser visto como um instrumento de expansão  civilizatória do interior. Com a profissionalização do rádio, foram feitos investimentos em artistas e profissionais de outras áreas como jornalistas, dramaturgos e publicitários. As óperas foram substituídas por cantores populares. A linguagem radiofônica se popularizou tornando-se coloquial e direta. Programas de auditório, radioteatro, radionovelas foram surgindo e, entre eles, o radiodocumentário. Filho (2013) conceitua o radiodocumentário como  um formato que explora a fundo um tema, explica e contextualiza fatos, apresentando facetas diversas de um mesmo assunto. Para isso, baseia-se em fontes documentais e entrevistas . É uma narrativa que se trata de contar sobre algo real. Mesmo sendo um produto um jornalístico, não se propõe imparcial. Segundo McLeish (2001) o radiodocumentário tem de apresentar um suporte bem definido capaz de apartar o fato da opinião. O que difere do programa especial onde não há restrição e mescla realidade com ficção. Ferrareto (2001, p. 57) alega que este tema abordado em profundidade se baseia em  [...] pesquisa de dados e arquivos sonoros, reconstituindo ou analisando um fato importante. Inclui, ainda, recursos de sonoplastia, envolvendo montagens e a elaboração de um roteiro prévio . Sendo assim, a principal vantagem de selecionar o radiodocumentário como formato do produto é a oportunidade de ter um espaço maior para criatividade podendo usufruir de efeitos sonoros e musicais para ilustrar as narrativas e entrevistas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho foi produzido e apresentado como trabalho final do sexto período, módulo de rádio, do curso de Comunicação Social  Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas  Ufam visando a produção de um documentário jornalístico de 10 minutos em linguagem radiofônica sobre a vida e o processo criativo do artista plástico amazonense Turenko Beça através da construção de paisagens sonoras que ilustrassem as narrativas e a entrevista, realizada previamente, trabalhando com o imaginário dos ouvintes. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Buscamos com este trabalho uma produção radiofônica criativa, técnica, profissional. Algo que surpreendesse. Tendo que fazer esse documentário sobre uma personagem da região Norte, trocamos ideias e concordamos com a pessoa de Turenko Beça sendo observada a quantidade de realização cultural desse artista. Iniciou-se pesquisas sobre as obras e biografia do artista plástico citado, e não somente isso, mas pesquisar ao fundo seu gosto musical, suas referências, suas perspectivas, dentre outros. A produção cultural no Norte é diversificada, muito embora seja ainda pouco difundido entre a maioria da população, fato que tornou o documentário ainda mais empolgante de ser construído, pois falaríamos de um grande artista do Norte que já apresentou suas obras por outros espaços do Brasil e fora dele, e aqui no Amazonas ainda tem quem não o conheça, e isso passou a se tornar mais um objetivo da equipe, construir um bom trabalho e quem sabe expô-lo para que Turenko alcançasse melhor projeção. Com disposição e empenhos dos envolvidos, contribuições de editora de áudio e a do próprio Turenko Beça que cedeu a entrevista base de todo o radiodocumentário, o produto  A vida e a obra de Turenko Beça  A alma que não enferruja pôde ser construído. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para Dorne, Santos e Gonçalves (2015), o radiodocumentário se sobressai em relação a outras construções jornalísticas por oferecer a possibilidade para que o ouvinte construa um cenário em sua mente a partir da narrativa e trechos de entrevista combinadas com efeitos sonoros. Tendo isso em mente, trabalhamos com o conceito de paisagem sonora ou soundscape. [...] Então criei esta palavra  paisagem sonora (soundscape), que quer dizer a totalidade do ambiente sonoro em que vivemos, todos os sons ambientes não só os sons musicais, os sons do nosso cotidiano. E uma paisagem acústica é algo dinâmico, está sempre mudando. (SCHAFER, apud. EL HAOULI, J.; FONTERRADA, M.; TABORDA, T., 1998. p. 80) Em outras palavras, a paisagem sonora é tudo aquilo que forma o ambiente ao nosso redor. Sons, ruídos e até mesmo o silêncio. Na física, o som é uma vibração que se propaga de um ponto a outro na forma de ondas a qual nosso ouvido é sensível determinadas por altura, intensidade e timbre. No produto, procuramos trilhas que pudessem remeter àquilo que estava sendo narrado e dito nas sonoras. Usamos a entrevista informal colocada por Chantler e Harris (1998) onde este é fundamental para revelar fatos e informações. Além disso, utilizamos a com personalidade onde tentamos mostrar os aspectos biográficos do entrevistado e como acontece o seu processo criativo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiodocumentário intitulado  A vida e a obra de Turenko Beça  A alma que não enferruja se inicia com o poema  Oblação de Aníbal Beça, considerado bruxo das artes por falar de coisas que aconteceriam posteriormente. A definição de Roberto Evangelista alega que Turenko é um artista de imaginação e um dos mais profícuos entre todos. Toda está parte é ilustrada pela música Hoje é domingo, de Aníbal Beça. Segue-se com uma sonora de Turenko relatando brevemente como acontece seu processo criativo. Uma breve biografia do artista relata o dia de seu nascimento assim como quem foram seus pais. Aos 12 anos começou seus primeiros rascunhos. Como trilha, temos o instrumental da música Slayer South of Heaven. Na adolescência, enveredou na música se tornando baterista de uma banda de rock e tocando outros instrumentos como violão, guitarra, contrabaixo e piano. Contudo, um problema auditivo deu fim à sua carreira musical fazendo-o retornar as artes visuais. Este trecho é ilustrado pelas músicas Black Dog e Stairway to Heaven, ambas da banda Led Zeppelin, e Haicais Baixo de Aníbal Beça. Um sonora relata como foi sua desvinculação com o pai. Passada esta fase, aos 38 anos, Turenko entra em uma etapa denominada  imaturidade da maturidade fazendo gravuras digitais, vazados, vídeos, instalações e projetos artísticos. As artes produzidas pelo artista enfraquecem em 2009 com a morte de seus pais, ilustrado pela música Pai de Fábio Jr. Ao longo de oito meses nada foi feito. Com entrada de O Fortuna de Carmina Brana, Turenko volta com exposições, pinturas, telas, tintas, spray, grafismos, palestras, aulas, alunos, amigos, trabalhos nacionais e internacionais, curadorias, molduras, peças, redes temáticas sobre a Amazônia, urbanidade e arqueologia indígena. Introduzida por Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos, mais uma sonora do artista revela quais são suas motivações. Apresentamos Turenko como um homem de natureza calma, bem-humorada, espontânea e de uma simplicidade singular. Dessa forma, perguntamos ao entrevistado quem de fato é o artista Turenko Beça. Ao som de The Trooper de Iron Maden, o artista relata em sua sonora como ele vê a si mesmo e o que deseja mostrar ao mundo com seu trabalho. Pioneira na arte digital no Amazonas, a próxima sonora de Turenko relata como enveredou na arte que usa como ferramenta o computador. Embalado por Princesa Yaô, muitos trabalhos ainda não foram materializados, mas ainda virão. Atualmente se divide entre pai, servidor da superintendência da Suframa, professor universitário, artista e curador de diversos trabalhos artísticos que têm sido espalhados pelo mundo. Nas palavras de Turenko,  independente de qualquer rótulo, objetivo exterior é algo mais forte que eu e que me motiva nesse movimento incessante . Para finalizar, voltamos a música Hoje é Domingo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"> Para Chantler e Harris (1998) o futuro do radiojornalismo está garantido, pois sempre haverá o interesse por notícias locais. Em consequência, crescerá cada vez mais a quantidade de emprego para jornalista devido a demanda de rádios locais que necessitam de noticiário daquele determinado lugar. Em muitas localidades, o rádio ainda é único meio de comunicação que leva informação para as pessoas. Produtos como este radiodocumentário possuem sua importância ao trazerem legados dentro do universo artístico manauara. Não só falando sobre as artes plásticas, mas também a dança, cinema, música, teatro e quadrinhos. Seu formato também permite uma maior facilidade de divulgação. As pessoas precisam conhecer quem são seus artistas locais e admirar seus trabalhos. Desenvolver um trabalho deste porte nos oferece não só o aprendizado técnico de entrevista, captação, edição e outras aspectos, mas o impacto social de conhecer novas histórias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVEZ, Antonia. A história do Rádio no Brasil. Disponível em <https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/629950>. Acesso em 15 de março de 2018. <br><br>DORNE, Vinicius Durval; SANTOS, Eloíse Fernandes de Sousa; GONÇALVES, Aline Boone. Reflexões sobre o radiodocumentário  Visão de liberdade: os olhos de quem não pode ver : da proposta ao  fazer . Disponível em <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/iccesumar/article/view/4426/2668>. Acesso em 15 de março de 2018.<br><br>FERRARETTO, L. A. Rádio: o veículo, a história e a técnica. 2. ed. Porto Alegre: Sagra DC Luzzatto, 2001. <br><br>FILHO, João Carlos Bento. Radiodocumentário - Autoria, narrativa e informação em profundidade. Disponível em <https://prezi.com/araeme1zx4dt/radiodocumentario-autoria-narrativa-e-informacao-em-profundidade/?webgl=0.>. Acesso em 15 de março de 2018.<br><br>MCLEISH, R.; SILVA, M. Produção de rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. 2. ed. São Paulo: Summus, 2001. <br><br> </td></tr></table></body></html>