ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00092</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT07</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;MORCEGADA NO AR: site de jornalismo digital em profundidade</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MARIA VICTORIA FERREIRA SILVA (Fundação Universidade Federal de Rondônia); Mileide Queiroz Dourado (Fundação Universidade Federal de Rondônia); Allysson Viana Martins (Fundação Universidade Federal de Rondônia)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Jornalismo Digital, Multimídia, Morcegada, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente texto tem como finalidade detalhar o processo de criação do website Morcegada, produto experimental de jornalismo digital em profundidade do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (Unir), campus Vilhena. O website foi criado a fim de servir como espaço para o desenvolvimento para prática das questões teóricas que orientam o fazer jornalístico digital, possibilitando aos estudantes experimentações do jornalismo neste suporte e contribuindo para a produção de conteúdo com temas pertinentes para a comunidade local, pouco explorados nos veículos digitais de comunicação da cidade. Este trabalho apresenta o passo a passo da construção do Morcegada, desde a montagem e estrutura do site até os conteúdos e as rotinas para sua produção, com ênfase nos seus aspectos hipertextuais e multimídias.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho apresenta o site jornalístico Morcegada (http://www.morcegada.unir.br/), um espaço para produção jornalística digital em profundidade, supervisionado pelo jornalista e professor Allysson Viana Martins, vinculado ao Departamento de Jornalismo (Dejor) da Universidade Federal de Rondônia (Unir), campus Vilhena. O website, criado durante a disciplina Jornalismo e Convergência de Mídias, teve como parâmetros os exemplos e as situações concretas de produções jornalísticas digitais contemporâneas, especialmente aquelas premiadas em nível nacional e internacional, a partir de um referencial teórico sobre jornalismo digital e suas especificidades, ao evidenciar, especialmente, os aspectos que mais trazem qualidade para essas produções. O nome do site faz homenagem à primeira publicação jornalística impressa em Vilhena, cidade do interior de Rondônia. O Jornal da Morcegada tem seu início datado dois anos antes da emancipação do próprio município, com circulação registrada de cinco anos, de 1975 até 1980. O Morcegada, agora em sua versão para web, apresenta um processo de experimentação e inovação no jornalismo digital em profundidade pelos discentes do curso de Jornalismo da Unir. Diferentemente dos demais sites jornalísticos locais, que majoritariamente optam pela cobertura de notícias, o site privilegia a produção de reportagens, além de contar também com entrevistas, perfis, artigos de opinião e crônicas, tendo como base as especificidades do jornalismo digital e os aspectos que trazem qualidade ao seu conteúdo, sobretudo a hipertextualidade e a multimidialidade (MIELNICZUK, 2003; BERTOCCHI, 2006; CANAVILHAS, 2014b). As pautas, de modo geral, prezam pelos conteúdos que não obtêm espaço nos veículos de comunicação da cidade, através do uso de recursos hipertextuais e multimídias em suas produções, algo que também é pouco utilizado e explorado nos sites jornalísticos de Vilhena (FARIAS; MARTINS, 2017).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção do site jornalístico Morcegada teve como principal objetivo possibilitar a produção de jornalismo digital em profundidade pelos discentes do curso de Jornalismo, ao se experimentar formatos jornalísticos próprios desta mídia, através de recursos hipertextuais e multimídias, ainda pouco utilizados pelos estudantes até a disciplina de Jornalismo e Convergências de Mídias, bem como pelos sites jornalísticos locais. O website pretende ainda abordar temas específicos da cidade de Vilhena que não possuem espaço na pauta dos veículos locais, ao utilizar uma linguagem jornalística aprofundada por meio de reportagens, entrevistas, perfis, artigos e crônicas. Deste modo, as produções escolhidas permitiram publicações no site que mais bem trabalhassem os elementos que norteiam a produção de jornalismo digital em profundidade e de qualidade, além de possuírem conteúdos diferenciados e relevantes para a população da cidade de Vilhena. A experimentação de linguagens do jornalismo digital no site, portanto, cumpre a função de capacitar e habilitar os estudantes para produção, apuração, redação e edição de produtos jornalísticos digitais, aliando teoria e prática, através das questões debatidas em sala com análise de situações concretas e aplicação do conhecimento nos espaços do produto laboratorial. As produções possibilitaram que os discentes compreendessem a estruturação hipertextual no jornalismo digital e experimentassem o uso das linguagens próprias deste jornalismo, especialmente da produção multimídia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O site jornalístico Morcegada cumpre uma função de resgate histórico por meio de homenagem ao primeiro veículo impresso da cidade Vilhena, interior de Rondônia, O Jornal da Morcegada. Apesar da linha editorial distinta da publicação jornalística pioneira na cidade, existe uma semelhança no tocante à experimentação e à inovação dos dois veículos, cada um em sua época. Ao homenagear a primeira produção jornalística de Vilhena, o site Morcegada se constitui, em sua versão digital, como espaço para experimentação de jornalismo digital em profundidade e de qualidade pelos discentes do curso de Jornalismo da Unir. Os primeiros migrantes aportaram em Vilhena no início da década de 1970, oriundos, especialmente, da região Sul do Brasil. Um dos lugares de encontro era o Recanto dos Tangarás, onde a criadora de O Jornal da Morcegada, Terezinha Wobeto, reunia-se com seus conterrâneos sulistas todo final de semana para preservar e rememorar as suas práticas culturais, além de se apoiarem mutuamente. Essas famílias dividiam não apenas o local de origem, mas as dificuldades do dia a dia (NICOLIELO; COLFERAI; 2016). O veículo, constituído por folhas mimeografadas e distribuído inicialmente apenas entre os frequentadores do Recanto dos Tangarás, alcançava os habitantes da incipiente Vilhena através de certa circulação entre os moradores. O que começou com informações sobre os encontros semanais passou para publicações de assuntos relevantes para toda a cidade. Mesmo com o intuito de divulgar acontecimentos semanais, o veículo não adotou exatamente essa periodicidade (NICOLIELO; COLFERAI; 2016). Hoje, o site Morcegada também busca a abordagem de temas importantes para os moradores de Vilhena, sobretudo aqueles que não encontram espaço nos meios de comunicação da cidade, isto é, não são publicados pelos demais veículos da cidade. O site Morcegada possibilita aos estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia experimentarem a produção de conteúdos de jornalismo digital em profundidade e de qualidade, através de uma estruturação narrativa hipertextual  a fim de desenvolver produções vinculadas para desdobrar a temática inicial, apresentando diversas facetas e gêneros jornalísticos  e da utilização de recursos multimídias, sobretudo com infográficos, além de vídeos, áudios e fotografias adaptadas para o ambiente o site. Desta forma, o Morcegada proporciona aos discentes a experiência em linguagens, formatos e gêneros ainda pouco utilizados no jornalismo digital local e até então não explorados nas disciplinas laboratoriais do curso, capacitando-os a atuar em veículos digitais de comunicação jornalística por meio de produções em profundidade e de qualidade, completamente desenvolvidas e próprias para este meio. Além disso o Morcegada apresenta-se inovador em comparação aos sites jornalísticos locais ao se valer de características próprias do jornalismo digital (MIELNICZUK, 2003; CANAVILHAS, 2014b), exigindo dos alunos um domínio na produção de conteúdos multimídia dinâmicos e complementares e de estruturação através do uso de hiperlinks para reportagens vinculadas, com finalidades de ampliação e desdobramento das abordagens das pautas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O site jornalístico Morcegada transparece as características do jornalismo digital e da mídia digital. Mielniczuck (2003) e Palacios (2002, 2003) perceberam seis aspectos que caracterizam o jornalismo digital assente na web: interatividade; personalização; atualização contínua, memória, hipertextualidade e multimidialidade (ou convergência). Barbosa (2009, 2013), posteriormente, aponta a base de dados como mais uma dessas especificidades. Canavilhas (2014b) aponta sete características que fazem diferença para essa modalidade jornalística, contudo, no lugar da base de dados, cita ubiquidade. Essas especificidades, ainda assim, na&#771;o sa&#771;o pro&#769;prias da internet e do jornalismo, podendo ser observadas em alguma insta&#770;ncia nos outros meios. No jornalismo digital, na verdade, elas sa&#771;o continuac&#807;o&#771;es ou potencializac&#807;o&#771;es do que encontra&#769;vamos nas mi&#769;dias tradicionais, com poucas carregando de fato uma real ruptura para a produc&#807;a&#771;o. Essas especificidades, advindas das mídias tradicionais, podem ser potencializadas na internet ao conjugar interação, multimídia e hipermídia, as três características que Daniela Bertocchi (2006) chama de tríplice exigência para qualificação de uma produção jornalística digital, que deve explorar o recurso de  multilinguagem . As produções dos estudantes para o Morcegada valorizam, sobretudo, uma narrativa hipertextual  através de hiperlinks que interligam as produções desenvolvidas pelo mesmo estudante ou dupla, que produziam conteúdos em profundidade  e uma utilização de recursos multimídias, principalmente, infográficos e vídeos. A hipertextualidade se refere à possibilidade de interligação de materiais digitais por meio dos hiperlinks, que pode ocorrer em nível estrutural  como em menus e seções do site  ou, de forma mais profícua, em nível produtivo  com os links nas matérias jornalísticas e demais produções. Essas ligações agem de maneira informativa, alterando e intensificando, sobretudo, a lógica estrutural da produção no jornalismo digital, permitindo uma maior contextualização, organização e estruturação do assunto inicialmente abordado (CANAVILHAS, 2014a; SALAVERRÍA, 2014). Como apresentado mais à frente, a estruturação das narrativas se transforma a fim de permitir um aprofundamento das abordagens numa produção principal. Essa navegação pelos links, apesar de possibilitar que cada usuário construa o seu próprio caminho ao navegar nessa  onda informacional , não desconsidera que essas possibilidades são limitadas e preestabelecidas pelos produtores da informação, no caso, os próprios estudantes. Do total de seis matérias da categoria Principal, três em cada edição, quatro guiavam para vinculadas, gerando um aprofundamento acerca dos assuntos publicados. Na seção Especial, foram postadas oito matérias, quatro por edição, e todas faziam uso de hiperlinks e vinculadas para possibilitar uma leitura mais a fundo. Além disso, das dez matérias em Destaque, cinco por edição, sete tinham vinculadas. Ainda assim, cabe destacar que nem todas as vinculadas e os desdobramentos eram para reportagens, como nos casos: 1) perfil sob título Paraguai: das matas do Paraná à selva amazônica, escrito por Gustavo Ozeika; 2) entrevista Especialista propõe alternativas para aumento da produção de mel em Vilhena, por Elilson Pereira e Quennia Mendes; 3) entrevista Nilton Migiyama: médico aponta problemas e tratamento na próstata, autoria de Daiane Maduro e João Regert Neto; e 4) texto literário Universitária adere à bicicleta por falta de transporte público, deJessica Meireles e Thaís Rivero; todas as vinculadas possibilitaram que o público se aprofundasse nos assuntos relacionados, além de traçar seu próprio caminho de leitura. A multimídia, para Mielniczuk (2003) e Palacios (2002, 2003), pode ser um sinônimo de convergência, no entanto, atualmente, referem-se a dois fatores distintos, conforme Martins (2011). Enquanto a multimídia trata da junção de formatos midiáticos, a convergência, por outro lado, é entendida aqui como a digitalização e transposição de conteúdos que não foram produzidos diretamente com este formato e para este meio. Para Antikainen et al. (2004), a multimídia ou multimeios é normalmente entendida como a junção de formatos midiáticos: texto, imagem, áudio, vídeo, infográfico, animação, entre outros. O Morcegada faz uso da multimídia em todas as matérias e vinculadas. O recurso apresenta-se na conjugação de imagens, áudios, imagens e vídeos (todos disponíveis no canal do Youtube do site Morcegada: https://www.youtube.com/channel/UCmuz4BdVxq2uLp62dONefJA), além dos infográficos. Desenvolvidos de maneiras diferentes para trabalhar melhor com cada informação conforme a temática das matérias, todos os infográficos são estáticos e se dividem nas modalidades de: mapas, em que as delimitações geográficas são utilizadas para trabalhar visualmente as informações textuais, como mostrar o trajeto do ônibus circular da cidade de Vilhena; linha do tempo, que explica a mudança de algo ao longo de um período temporal, como os diferentes presidentes da Associação Vilhenense de Voleibol (AVV) e seus anos de atuação; listas, para apresentar algum serviço ou utilidade, como os horários e locais das feiras que acontecem em Vilhena; artigo visual, com imagens para auxiliar a leitura, como mostrar as doenças causadas por intoxicação de agrotóxico; analítico, que tem como foco a apresentação dos dados, como o aumento do número de estrangeiros em Rondônia e na cidade de Vilhena; e hierárquico, que organiza as informações conforme seu nível de relevância, por exemplo, o ranking dos alimentos mais contaminados por agrotóxico. Todos sempre a fim de traduzir as informações da matéria em uma linguagem mais visual, facilitando a compreensão dos leitores dos dados apresentados. A maior parte dos conteúdos de vídeo do site são registros de entrevistas, mas também existem vídeos em formato de teaser  para ilustrar, por exemplo, as dificuldades no transporte público de Vilhena e as alternativas dos estudantes com as bicicletas  , vídeos de passo a passo e dicas  como o modo de se fazer um café expresso ao estilo italiano  , além de enquetes  como uma realizada nas feiras públicas da cidade. O Morcegada tem ainda como marca de identificação em seus vídeos: vinheta de abertura e finalização, gerador de caracteres (GC) e marca d água. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a produção do site Morcegada foi realizado um projeto de extensão em que foram definidos e desenhados os primeiros esboços das páginas e da logo do website, a partir de alguns sites jornalísticos de referências, nacionais e internacionais. Os primeiros desenhos foram feitos utilizando lápis e papel, cada uma das guias foi desenhada, definindo onde apareceriam os elementos que comporiam a página quando o website fosse criado, como logo, editorias, demais seções, entre outros. Em seguida, a identidade visual do site seguiu sendo definida, o desenho da logo foi feito e as cores branco e uma tonalidade escura de azul foram definidas como predominantes na página, compondo também a logo. As duas primeiras edições foram desenvolvidas com produções realizadas pelos estudantes da disciplina Jornalismo e Convergência de Mídias do curso de Jornalismo da Unir, além de artigos de opinião, que se relacionavam com temáticas abordadas naquela determinada edição, escritos por professores da instituição. O site é composto em cada edição por três matérias na seção Principal, quatro na Especial, cinco em Destaque, três em Perfil/Entrevista e três em Opinião/Literatura, sendo que a maior parte das produções se relaciona por meio de vinculadas, a fim de aprofundar as reportagens, com outras reportagens associadas ou produções de outros gêneros. Na estrutura do site, temos o Menu, que se localiza logo abaixo do cabeçalho e de uma linha em que são apresentadas as últimas matérias publicadas, juntamente à data em que se está acessando o site. Na lateral direita da página, temos o ícone do Youtube e a logo do Morcegada, permitindo inscrição para o canal do site naquela rede social e guiando os leitores através de link até o canal; campo em que se assinar o site por meio de e-mail para se receber as suas atualizações; os parceiros institucionais, TV Unir e Rádio Unir, projetos de extensão do curso de Jornalismo da Unir que também produzem conteúdo jornalístico; os apoios institucionais, Universidade Federal de Rondônia, o Departamento de Jornalismo da instituição e o Grupo de Pesquisas em Ecossistemas Comunicacionais (ComTatos); por fim, há uma nuvem com as categorias em que as matérias estão inscritas, uma espécie de palavras-chave. As matérias que tiveram maior visibilidade no site foram as da categoria Principal e Especial. Em Principal, foram apresentados conteúdos sobre as mortes causadas por agrotóxico no Brasil; a queda da produção de mel na cidade; as dificuldades encontradas por estrangeiros que moram em Vilhena; a lei de instalação de quebra-molas e faixas elevadas em Vilhena; além de temas socialmente mais complexos, como: Cura Gay, um debate sobre trans e homofobia na cidade, a partir da repercussão nacional à época; e os índices de estupro em Vilhena e no Brasil, com depoimentos em áudio de três mulheres violentadas na cidade em fases diferentes da vida. Destas matérias, quatro aprofundaram seus conteúdos por meio de hiperlinks, com exceção das produções sobre lei municipal e estrangeiros na cidade, embora todas tenham utilizados recursos multimídias diversos, em especial imagens, vídeos e infográficos. Em Especial, os conteúdos publicados foram sobre: transporte público em Vilhena; experiências de idosos nos ônibus da cidade; moda plus size; relevância da vertente plus size para as mulheres, além de matérias sobre a história da cidade, em virtude de seu aniversário, como: Vilhena completa 40 anos de fundação; madeireiras que transformaram Vilhena em pólo industrial; linha do tempo com os prefeitos da cidade; e o Grupo de Facebook Memória Vilhenense. Todas as produções feitas nesta categoria utilizaram hiperlinks para aprofundamento em vinculadas e extensas produções multimídias. O site prezou pela utilização de recursos multimídias, como imagens, áudios, videos e infográficos, sobretudo nas seções Principal e Especial. Em Principal, são predominantes a utilização de infográficos do tipo analítico, hierárquico e lista, além do gráfico de colunas, e dos áudios e vídeos, que são mesclados, contendo depoimentos, passo a passo, dicas e entrevistas. O infográfico do tipo analítico foi utilizado em matérias com temáticas sobre agrotóxicos, estrangeiros e violência sexual, para, por exemplo, mostrar o número de casos de estrupo que aconteceram em Vilhena durante os anos de 2016 e 2017. O do tipo hierárquico foi utilizado para mostrar o ranking dos alimentos mais contaminados em uma matéria sobre o risco dos agrotóxicos à saúde. Já o do tipo lista está presente na matéria sobre cura gay e os preconceitos sofridos pelos vilhenenses, ilustrando as diferenças entre identidade de gênero, orientação sexual e sexo biológico. Em Especial, além dos infográficos, as fotografias aparecem de maneira predominante, ilustrando os conteúdos das matérias, como por exemplo, as fotos históricas na produção sobre os 40 anos de fundação da cidade de Vilhena. Os vídeos aparecem contendo entrevistas com personagens e em formato de teaser  como um que mostra a rotina de uma universitária que usa a bicicleta como meio de transporte para ir até a faculdade e outro cotidiano. O gráfico de barras mostra o crescimento das lojas que atendem o público plus size em Vilhena e os áudios também com entrevistas, todos em menor escala. Os infográficos do tipo linha do tempo estão presentes em matérias sobre os 40 anos de fundação da cidade de Vilhena. Os infográficos, separados, mostram a linha do tempo dos prefeitos que já atuaram na cidade, o policiamento no início do município e a história da mídia vilhenense. Já os infográficos do tipo mapa estão em duas produções, por exemplo, ilustrando onde se concentrava as primeiras serrarias de Vilhena, na matéria sobre a transformação da vila de Vilhena em um pólo industrial através da madeira. Os do tipo lista são utilizados nas matérias sobre moda plus size e sobre transporte público, apresentando, por exemplo, os horários do ônibus circular na cidade e por onde ele passa. Os infográficos foram pensados de maneiras distintas e próprias, para que não houve repetições de modelos entre eles, buscando sempre trabalhar visualmente as informações textuais e os dados da melhor maneira possível, a partir da demanda cada matéria. As ferramentas utilizadas para a criação foram os sites online e gratuitos, Piktochart e Infogram, experimentados durante a disciplina. Dadas as apresentações dos temas e das informações de cada produção, era pensado o melhor modo de como essas ideias poderiam ser trabalhadas em cada infográfico. Logo após, foram realizadas pesquisas como meio de inspiração para a criação das artes. Em seguida, eram feitos os esboços dos modelos de infográficos que melhor combinariam com o conteúdo. Todos os modelos, figuras, cores e fontes usadas em cada um deles foram trabalhados conforme os seus temas e informações disponíveis. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A idealização do site jornalístico Morcegada, realizado para a disciplina de Jornalismo e Convergência de Mídias do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (Unir), possibilitou uma produção experimentação de jornalismo digital em profundidade e de qualidade pelos discentes da instituição. Os conteúdos permitiram explorar aspectos do jornalismo digital, com uma estruturação da narrativa hipertextual e uma utilização de recursos multimidiáticos, a fim de ampliar, aprofundar e explorar vertentes e facetas das pautas debatidas em reuniões para esta finalidade durante a disciplina e toda a produção laboratorial. Com um formato inovador diante dos sites jornalísticos locais ao se balizar em especificidades e gerações do jornalismo digital e ao se prezar por assuntos pouco ou não explorados pelos meios de comunicação da Vilhena, o Morcegada serviu como um espaço para capacitar os estudantes na realização de uma produção jornalística digital qualificada, habilitando-os para trabalhar com conteúdo de qualidade e relevância para a comunidade local e tecnicamente com produções jornalísticas hipertextuais e multimídias em qualquer âmbito. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ANTIKAINEN, Hannele; KANGAS, Sonja; VAINIKAINEN, Sari. Three views on mobile cross media entertainment. Research Report. Finland: VTT Information Technology, 2004.<br><br>BARBOSA, Suzana. Jornalismo convergente e continuum multimi&#769;dia na quinta gerac&#807;a&#771;o do jornalismo nas redes digitais. In: CANAVILHAS, Joa&#771;o (Org.). Noti&#769;cias e mobilidade. O jornalismo na era dos dispositivos mo&#769;veis. Covilha&#771;: LabCOM, 2013, p. 33-54.<br><br>BARBOSA, Suzana. Modelo JDBD e o ciberjornalismo de quarta gerac&#807;a&#771;o. In: VIVAR, Jesus; RAMIREZ, Francisco (Org.). Periodismo Web 2.0. Madrid: Editorial Fragua (Coleccio&#769;n Biblioteca de Ciencias de la Comunicacio&#769;n), 2009, p. 1-16. <br><br>BERTOCCHI, Daniela. A narrativa jornali&#769;stica no ciberespac&#807;o: transformac&#807;o&#771;es, conceitos e questo&#771;es. Dissertac&#807;a&#771;o (Mestrado em Comunicac&#807;a&#771;o). Universidade do Minho, Portugal, 2006.<br><br>CANAVILHAS, Joa&#771;o. Hipertextualidade: novas arquiteturas noticiosas. In: CANAVILHAS, Joa&#771;o. Webjornalismo: 7 carateri&#769;sticas que marcam a diferenc&#807;a. 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