XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte


INSCRIÇÃO:	00357

CATEGORIA:	JO

MODALIDADE:	JO05

TÍTULO:	PROGRAMA CONEXÃO UNI - JORNALISMO INDEPENDENTE

AUTORES:	George Guerreiro de Carvalho (Centro Universitário do Norte); EDILENE MAFRA MENDES DE OLIVEIRA (Centro Universitário do Norte); LEILA RONIZE MORAES DE SOUZA (Centro Universitário do Norte)

PALAVRAS-CHAVE:	rádio, ética, independente , informativo , radiojornalismo

RESUMO
Este trabalho apresenta um programa piloto radiofônico sem vínculos financeiros com o poder público. O Conexão Uni tem a proposta de ser uma produção independente e conta com a sociedade como principal aliada ao abordar a realidade dos fatos do cotidiano da cidade de Manaus. A modalidade apresenta princípios éticos jornalísticos com o intuito de compreender as práticas da profissão no gênero informativo. Também pretende contribuir para que os ouvintes de Manaus se tornem mais críticos com as informações que recebem. O programa foi construído através de práticas na disciplina: Radiojornalismo II e elaborado como Trabalho de Conclusão de Curso, de jornalismo, no Centro Universitário do Norte.

INTRODUÇÃO
A proposta deste trabalho é divulgar uma modalidade radiofônica independente: que não está atrelada aos interesses governamentais. Através dessa categoria foi possível produzir o Conexão Uni, um programa que explora os princípios éticos do radiojornalismo, o qual tende a se diferenciar das outras produções por ser mais aberto a comunidade. É função do jornalista apurar o que é notícia. Com base nos critérios de noticiabilidade foi preciso selecionar os elementos das informações para uma produção radiofônica, tais como: proximidade, relevância, imediatismo, interesse, drama e entretenimento. Diante disso, as pautas foram criadas para reforçar o laço que deve existir entre a emissora e o ouvinte, os assuntos que acontecem no cotidiano de Manaus estão no roteiro, portanto faz-se necessário que a exibição da hora certa, trânsito, denúncias e esportes se encaixem de acordo com a necessidade dos espectadores. Esta obra foi construída com base nas teorias do jornalismo, no que diz respeito a ‘Agenda Setting’, onde os veículos dizem: em que, como e o que pensar sobre os fatos noticiados e no fato de que o rádio é o principal meio de comunicação de massa no Amazonas, por isso, grande parte da imprensa local usa padrões para distorcer o entendimento de uma realidade que não se pode ver, a população tem tendência para incluir ou excluir de sua própria cognição aquilo que os 'mass media' impõem. Analisar um fato sem conhecer todos os lados da história se torna perigoso e o papel do jornalista é compreender a sociedade, além de fiscalizar e mostrar o contraponto do poder, mas infelizmente, ao se aliar com autoridades políticas ou religiosas, a mídia cria a cultura de influência sobre o povo e dissemina suas ideologias como corretas para ganhar audiência e mais lucros. Essa prática corrompe o direito público da liberdade de imprensa e o direito individual da liberdade de expressão. Para a elaboração do programa foram aplicadas as etapas de pré-produção, produção e pós-produção.

OBJETIVO
Produzir um programa jornalístico radiofônico com o intuito de aliar o conhecimento teórico ao prático por meio de um formato inovador que valoriza o papel do jornalista como formador de opinião em sua atuação profissional. O trabalho foi realizado por meio de um estudo bibliográfico sobre os temas a serem abordados no trabalho, entre eles a produção em radiojornalismo, teorias da comunicação e ética em jornalismo. A equipe desenvolveu o programa segundo as etapas da produção do programa jornalístico que incluem: definição do projeto editorial, definição de pautas, produção em externa e no estúdio, gravação de sonoras e off, edição e exibição.

JUSTIFICATIVA
Este trabalho foi realizado devido ao papel significativo que o rádio popular, ainda, exerce na construção da cidadania por meio da transmissão de assuntos que entretêm e informam o povo do interior e da capital amazonense. “Um paradoxo se apresenta quando dentro da mesma região, é possível encontrar alta tecnologia e desenvolvimento em meio ao progresso hoje mais latente, sendo erguido junto com os arranha-céus que transformam a cada dia Manaus em uma metrópole”. (SILVEIRA et al, 2011). O rádio é um dos principais meios de comunicação na Amazônia e a velocidade dele impressiona a grande massa, uma das características exclusivas desse veículo é o ao vivo e o imediatismo, essa capacidade de se deslocar geograficamente de uma localidade para outra de maneira tão rápida, por exemplo, é o que motiva o ouvinte a querer estar mais conectado com os fatos que estão sendo narrados. Apesar de surgirem novos meios de comunicação mais modernos, o rádio é inigualável e proporciona ao ouvinte um elo mais forte e o aproxima do veículo emissor, outrora o meio acompanha o cidadão em suas atividades cotidianas como por exemplo, enquanto vai ao banheiro, faculdade, trabalho ou ônibus. Para Ferraretto (2014, p.27) a mensagem radiofônica segue o ouvinte a todo momento, inclusive no despertador do rádio relógio, no banho ao escutar o radinho de pilha; no trânsito ao utilizar o auto rádio do carro ou o celular via internet, promovendo a conexão do cotidiano do ouvinte ao mundo simultaneamente”. O imediatismo do rádio possibilita ao ouvinte está por dentro de tudo que acontece ao seu redor, em qualquer hora e lugar do mundo com mais precisão do que outro meio de comunicação. Para desenvolver esta produção foi necessário apurar o que é notícia com base nos critérios de noticiabilidade. Marcelo Parada (2000), mostra o que seriam os elementos das grandes notícias para o radiojornalismo: “na proximidade a notícia precisa falar de algo que seja de interesse do ouvinte. Na relevância o acontecimento deve ser do interesse do maior número de pessoas. No imediatismo a força do rádio é relatar o que está acontecendo aqui e agora. No interesse somar o que a audiência precisa saber com o que ela quer saber é acertar. ‘Errar na dose é fatal’, porém. No drama o perigo, aventura, conflitos, perseguições, crimes, rendem grandes notícias. No entretenimento sendo também ‘companhia para o ouvinte’, o rádio não pode ser somente ‘sério’. O ouvinte sempre estaria em busca de: hora certa, emergências, denúncias, atos de governo, conflitos e debates, saúde, reclamações de ouvintes, dá para resolver, previsão do tempo, esportes, trânsito e estradas”. Parada considera que a pauta é produzida conforme as necessidades do ouvinte; ou, mais exatamente, para reforçar s credibilidade que deve existir entre a emissora e o espectador. “Qualquer assunto que não lhe diga respeito torna-se uma tremenda chatice no rádio”. PARADA (2000, p.85) defende que tudo que faça parte da vida da família brasileira deverá estar na pauta da emissora. Diante disso, esta obra foi construída com base nas teorias do jornalismo, no que diz respeito a Agenda Setting, “pressupõe que as notícias são como são porque os veículos de comunicação nos dizem em que pensar, como pensar e o que pensar sobre os fatos noticiados. Dentro de Agenda-setting “existem três tipos de agendas, denominado por três entidades posicionadas de forma específica dentro da organização dos Media”, são eles: os promotores de notícias, responsáveis por identificar o que se passa, os jornalistas, responsáveis por tornar os acontecimentos públicos em notícia e os consumidores de notícia que se trata da sociedade. Mas para isso, o jornalista deve combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação”, como estabelece o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (Fenaj, 2007).

MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
A aplicação dos métodos começou com a análise de todas as etapas de produção de um programa radiofônico, tanto suas características como também a forma de produzi-la. A definição da linha editorial deste produto toma como base a obra de Passini Lucht (2010, p.274) que se propôs a definir os gêneros jornalísticos no rádio e seus formatos, como: nota, notícia, flash, manchete, boletim, reportagem e a entrevista que mostram de fato quais são os principais problemas e casos pertinentes da cidade de Manaus. Esse programa segue os princípios éticos do jornalismo e garante um conteúdo independente sem amarras com o poder, que de acordo com o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (FENAJ, 2007), o jornalista deve “combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação”. O programa entra no ar às 13h30 e permanece até às 14h, nesse período, geralmente o congestionamento fica intenso e por isso as pessoas tendem a buscar meios de comunicação instantâneos e/ou imediatos para saberem do que está acontecendo na cidade, grande parte da população liga o rádio e acessa a internet para se manter informada, nesse caso não há uma concorrência entre o rádio e a internet, pois um complementa o outro. Heródoto Barbeiro (2003, p.45) explica que em tempos de internet, o rádio ganha um grande aliado que o complementa, pois não há uma concorrência entre esses meios de comunicação. Quanto a elaboração do roteiro do programa usamos como base alguns exemplos de regras básicas que o autor Luiz Artur Ferraretto (2014, p.206) destaca como a parte técnica e as relacionadas à voz. Foi utilizado também as normas técnico-linguísticas inerentes a construção do texto radiofônico. Como este trabalho foi realizado na disciplina TCC II, apresentou-se também a viabilidade comercial do produto. O trabalho foi direcionado à emissora Tiradentes FM, que tem como perfil um público adulto na faixa etária de 20 a 40 anos (que gosta de se manter informado) e tomou como base a tabela de preços do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, que apresentou valores para uma produção semanal nesse nível que custaria de R$ 10.000,000 (Dez Mil Reais) a R$ 15.000,000 (Quinze Mil Reais), levando em conta as necessidades e obrigações de funcionamento. Disponível em: http://www.jornalistasam.com.br/index.php/tabela-de-precos.html Acesso em: 12 de abril de 2018. Durante a elaboração do produto para a apresentação, contou-se com o apoio das ONGs: Instituto Amazônico de Desenvolvimento Social, Amparo à Pesquisa e a Tecnologia e também do Instituto de Desenvolvimento Social São Francisco de Assis. Essas são organizações não governamentais que apoiam e incentivam estudantes e pesquisadores de Manaus a produzirem projetos voltados ao desenvolvimento social local. Na ocasião 5% da arrecadação desses institutos deverão ser destinadas ao programa Conexão Uni, com essa parceria as instituições querem em troca a divulgação dos trabalhos desenvolvidos por eles para que possam atrair mais colaboradores. O programa também conta com a contribuição dos nossos ouvintes mantenedores que colaboram financeiramente com valores simbólicos e se identificam com o projeto que não tem elo com as esferas governamentais. Por fim, contamos com toda a estrutura educacional e sistemática do Centro Universitário do Norte, Laureate International Universities, que nos possibilitou o uso dos equipamentos necessários e seus profissionais. Aplicamos os conhecimentos adquiridos em sala de aula e unimos a teoria à prática através desse programa que foi produzido no segundo semestre de 2017 para obtenção de nota na matéria Trabalho de Conclusão de Curso II.

DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
O programa ‘Conexão Uni’ é uma produção independente. O nome foi escolhido com a intenção de gerar um elo interativo entre o emissor e os ouvintes da cidade de Manaus. Dessa forma unimos a teoria à prática ao aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. O texto radiofônico ao ser veiculado durante a programação do rádio, conta com vários recursos de locução para alcançar o seu ouvinte, como entonação, improviso, pausas, ritmo, sons complementares e voz humana, os quais o tornam entendíveis com o intuito de se aproximar o máximo dos espectadores. Para atingir o ouvinte e tornar a comunicação efetiva, a linguagem radiofônica deve levá-lo a criar imagens mentais. “As imagens mentais se constroem a partir da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio, esses elementos, combinados entre si, contribuem para a construção da mensagem como um todo”. (FERRARETO, 2001). A definição da linha editorial deste produto toma como base a obra de Passini Lucht (2010, p.274), que se propôs a definir os gêneros jornalísticos no rádio e seus formatos, como: nota, notícia, flash, manchete, boletim, reportagem e a entrevista que mostram de fato quais são os principais problemas e casos pertinentes da capital amazonense. O projeto tem dois apresentadores que dão uma dinâmica maior ao conteúdo transmitido. A equipe é composta por um diretor, editor-chefe e apresentador; uma apresentadora e roteirista e uma chefe de produção e reportagens, além de produtores e repórteres terceirizados. A edição contou com a locução dos alunos participantes dos projetos de extensão dos cursos de comunicação do Uninorte, eles atuaram como repórteres especiais convidados. Nessa primeira edição apresentamos um programa piloto que detalha na prática a ideia do nosso produto, portanto não é dada uma data específica, por isso optamos por apresentar informações da semana em que entregamos esse trabalho para a banca. Foram definidas as pautas durante as reuniões e a busca por entrevistados, o programa piloto foi espelhado com quatro blocos e três intervalos. Na abertura entraram as vinhetas e o prefixo da rádio Tiradentes, em seguida veio as manchetes, no decorrer do programa dois flashes “ao vivo” entraram no ar com informações do trânsito e obras na cidade, além de duas notícias que abordam temas como saúde e saneamento básico. A produção também teve duas reportagens sobre segurança e mobilidade urbana, uma nota sobre projetos da prefeitura e comentários dos apresentadores, além disso, um giro de notícias, uma entrevista com o subsecretário de serviços básicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), Antônio Peixoto e o encerramento com a ficha técnica. O Conexão Uni tem 27 minutos de duração distribuídos em quatro blocos e três intervalos comercias. De acordo com a proposta, a produção entra no ar de segunda a sexta-feira, a partir das 13h30, na grade de programação da rádio Tiradentes FM (89,7 MHZ). Esse horário é considerado estratégico após uma pesquisa de audiência entre as rádios concorrentes da cidade. Foi analisado que nessa mesma hora, 90% das emissoras de rádio FM de Manaus transmitem programas de entretenimento ou musicais. Diante deste cenário de programação nas rádios da cidade, consideramos que há uma carência de programas radiofônicos informativos nesse horário, portanto não existe concorrência nesse seguimento. O Conexão Uni é o único programa no horário de 13h30 até às 14h a transmitir notícias factuais do cotidiano da cidade de Manaus e coloca a rádio Tiradentes como exclusiva da notícia e provável líder de audiência nesse espaço. Esse horário é um período de intervalo entre os turnos, grande parte dos cidadãos chegam, voltam ou saem de seus compromissos e muitos costumam enfrentar o trânsito. O programa tem como público alvo adultos entre 20 a 40 anos de idade, dentre eles os motoristas, as donas de casa, os jovens estudantes e os trabalhadores em geral. A partir daí o projeto entra como difusor da prestação de serviços a sociedade manauara mantendo a população bem informada com notícias claras e conteúdo direto de maneira instantânea e imediata que o rádio proporciona ao ouvinte.

CONSIDERAÇÕES
O jornalismo sofreu com a falta de liberdade de expressão desde o seu surgimento quando a imprensa era induzida a noticiar os interesses dos poderosos com o objetivo de manipular a sociedade, mas no decorrer da história, mesmo sem independência notamos alguns programas jornalísticos radiofônicos que lutaram contra a censura e tiveram o único compromisso de transmitir a verdade dos fatos para a sociedade como a rádio gaúcha Farroupilha e o programa de Carlos Lacerda na rádio Globo. O rádio é o formato que atinge a maioria das pessoas, é o meio mais utilizado quando se quer chegar a todas as partes, principalmente na região amazônica. Nesse contexto, este trabalho apresentou um programa piloto radiofônico independente, sem vínculos com o poder, onde se aplicam os princípios éticos jornalísticos no gênero informativo. O Conexão Uni informa o cotidiano da cidade de Manaus e ganha notoriedade por ser um programa independente que aborda temas importantes para a sociedade manauara. Na produção do projeto contamos com o apoio financeiro de Ongs, ouvintes e parceiros. Essa parceria nos ajudou a alcançar os resultados e responder que é mais viável produzir um programa independente apenas com parceiros que têm a mesma ideologia do projeto, de divulgar a verdade seguindo os princípios éticos jornalísticos. Os objetivos deste projeto foram alcançados, pois conseguimos produzir um programa radiofônico independente seguindo os princípios éticos do jornalismo. Ouvimos os dois lados das situações abordadas. O Conexão Uni prevalece sem amarras com o poder público, diante disso, consideramos que essa produção pretende contribuir para que os nossos ouvintes se tornem cada vez mais críticos com todos os fatos que acontecem na cidade de Manaus. A produção desse trabalho trouxe mais maturidade a equipe, através dele unimos a teoria à prática ao aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, isso nos faz estar mais preparados para entrar no mercado do radiojornalismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS
ABRAMO, Perseu. Padrões de manipulação na grande imprensa: São Paulo: Fundação. Perseu Abramo, 2003. BARBEIRO, Herodoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Radiojormalismo. Produção, Ética e Internet. Rio de Janeiro: Elsevier. 2003. FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS – FENAJ. Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. 2007. Disponível em: http://fenaj.org.br/codigo-de-etica-dos-jornalistas-brasileiros-19852007/ Acesso em: 12 abr. 2018. FERRARETO, L. A. Rádio: veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Sagra Suzzato, 2001. ______. Rádio – Teoria e prática. São Paulo: Summus, 2014. MARTINO, Antonio Hohlfeldt Luiz C. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. LUCHT, Janini Marques Passini. Gêneros no radiojornalismo. In: Marques de MELO, J. M. de; ASSIS, Francisco. de (Org.). Gêneros jornalísticos no Brasil. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2010. ORTRIWANO, Gisela Swetlana. A informação no rádio: os grupos do poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo: Summus, 1985. PARADA, Marcelo. Rádio: 24 horas de Jornalismo. São Paulo: Panda, 2000. SILVEIRA. Carla Liliane Costa, et al. O Rádio no país das Amazonas em tempos de internet. Manaus, 2011. Artigo disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2011/resumos/R6-2572-1.pdf

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