ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #01779f"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00402</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;QUEER AM: A ILUSTRAÇÃO COMO ELEMENTO NARRATIVO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Cibelly Ingrid Pereira Costa da Silva (Centro Universitário do Norte); Edilene Mafra Mendes de Oliveira (Centro Universitário do Norte); Vanessa Jaqueline de Lima Neves (Centro Universitário do Norte); Gilson Barros de Almeida (Centro Universitário do Norte); Williane Oliveira Moura (Centro Universitário do Norte); Henrique Chagas de Araújo (Centro Universitário do Norte)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #01779f"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Ilustrações, Queer AM, LGBT, elemento narrativo., </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente artigo relata o desenvolvimento de ilustrações produzidas para a revista digital interativa Queer AM, projeto de pesquisa elaborado por alunos dos cursos de comunicação da Uninorte Laureate. O estudo objetivou contribuir com a representatividade do público LGBT nas mídias do Amazonas, visto que não há mídia local com cobertura aprofundada do movimento. No decorrer do processo, foi elaborado o projeto gráfico, para a estruturação do produto, e atribuídos conceitos às imagens, que funcionam como elemento narrativo. Dessa forma, o que se espera é que as ilustrações produzam reflexão, significações e debates que influam nos conceitos de igualdade e respeito da sociedade amazonense quanto aos LGBTs.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desde a pré-história o homem buscou uma maneira de ilustrar o que sentia através de imagens. Essas ilustrações evoluíram perpassando desde simples pinturas rupestres nas paredes das cavernas, gravuras que ilustravam cartas de colonizadores, iluminuras medievais, cartazes de cunho ideológico na busca por votações diretas na política, até as formas digitais advindas da modernidade. Ou seja, a maneira que são transmitidas mudaram, mas a tentativa de gerar significação e expressão persistem. No decorrer dessas reconfigurações artísticas, emerge a ilustração digital, que pode ser conceituada como uma produção digital, geralmente difundida em formato de desenho vetorial ou bitmap, produzida por meio de softwares de criação específicos. Uma ilustração comporta distintos significados que, quando bem utilizados, podem dizer tanto ou até mais que palavras, levando em consideração que muitos ilustradores se utilizam desses aspectos subjetivos na construção de imagens captalizadoras. Assim, levando em consideração esse caráter ideológico das imagens, e o contexto sociocultural de preconceito e falta de representatividade do LGBT nas mídias amazonenses, o que se intuiu foi a difusão de ilustrações com a temática LGBT, a fim de promover inclusão, enfrentamento do preconceito e da discriminação e o fortalecimento da representação do movimento LGBT no Amazonas. Tais ilustrações foram desenvolvidas para compor a narrativa de uma revista digital, intitulada Queer AM. Primeira publicação LGBT de caráter regional no Amazonas, a revista oferece a disseminação de informações e pautas pertinentes ao movimento e que garantam o acesso do LGBT na mídia local. Assim, para que a revista obtivesse a repercussão pretendida, optou-se por um produto que envolvesse vários tipos de mídia, na tentativa de que chamasse a atenção da sociedade amazonense para esta temática de grande relevância.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposta central deste estudo foi a construção de ilustrações que iriam compor todo o projeto gráfico-digital da revista Queer Am, usando como temática o contexto do LGBT amazonense a fim de garantir a representatividade do movimento LGBT no Amazonas e a inclusão nas mídias locais. Ainda, se objetivou desenvolver conceitos para as ilustrações que complementem o significado geral de cada matéria, mas que também apresentem unidade semântica, além de tornar o projeto referência na criação de imagens digitais narrativas e, principalmente, atuar na manutenção dos direitos, respeito e diversidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O uso de ilustrações em mídias digitais se mostrou uma forte tendência de mercado na área de design. Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma marketing de conteúdo, as ilustrações vão estar em alta em 2018, sendo adotadas no marketing digital de diversas empresas. Isso ilustra o grande potencial de seu uso na comunicação contemporânea, principalmente no que diz respeito ao ambiente digital, já que este permite uma ampla variedade de possibilidades de uso, como na interação. Além disso, as ilustrações conseguem transpor elementos abstratos que outras mídias como a fotografia por exemplo, teriam mais dificuldade em transmitir. Para SILVA (1985), as ilustrações, além de embelezarem plasticamente, muitas vezes, devido às suas características imagéticas, carregam toda a carga emocional e informativa de uma ação ou de um fato qualquer. Essa característica capacidade semântica e pluralidade de possibilidades criativas das ilustrações, popularizou sua utilização e provocou mesmo a substituição da fotografia em alguns casos, como por exemplo, na geração de marcas. Toda empresa tem atrelada a ela aspectos subjetivos que influenciam na aceitação das marcas. Assim, muitas instituições têm tentado demonstrar esses aspectos de maneira clara para que o consumidor as assemelhe com determinadas marcas e a melhor forma que encontram, muitas vezes é a ilustração. As ilustrações também permitem complementar visual e conceitualmente uma produção, seja ela jornalística ou publicitaria, uma vez que, quando combinadas com texto, áudio, ou até vídeos, elas conseguem ampliar e compor o significado da visão geral do produto, ao mesmo tempo em que podem emitir um conceito que independe do conjunto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Antes da produção realizou-se uma pesquisa bibliográfica, para que as características do público-alvo fossem utilizadas como base na escolha do estilo criativo adotado. FELDMAN (1987) afirma que, quando se prepara um desenho a cores para apresentar informação de design, deve-se levar em conta os hábitos e as necessidades perceptivas do observador do desenho e compreender o modo pelo qual ele reage aos diversos tipos de organização visual. Ainda, através da pesquisa também foi possível identificar quais técnicas seriam necessárias na elaboração das ilustrações. Após a pesquisa, foi realizada uma leitura previa das matérias, que originou um brainstorm onde foram definidos os elementos que iriam compor cada página da revista e também desenvolvidos os conceitos das ilustrações. A técnica de composição do layout foi o flat design, que aborda a clareza e a simplicidade dos elementos, o que tornou a produção clean. Dessa forma, o estilo adotado nas ilustrações foi o minimalista, que proporcionou fácil compreensão acerca da mensagem transmitida nas imagens. As cores utilizadas foram selecionadas a partir da psicodinâmica das cores, estudo que implica que toda cor emite um significado no uso de produções, e uma reação no consumidor. A construção do projeto gráfico foi importante pois permitiu mensurar as dimensões das ilustrações nas respectivas páginas, para que se obtivesse um equilíbrio visual, além de atuar como uma prévia do design que seria elaborado. Ainda, cabe ressaltar que a Internet possibilitou diversas novas experiências narrativas. As narrações que englobam mais de um tipo de mídia como texto, imagem e som aliados, captam maior atenção do leitor que um apenas um texto simples, uma vez que envolvem o espectador em uma experiência. De acordo com BERGSTR&#1254;M (2009) Uma boa combinação de texto e imagem tem a capacidade de contar uma história atraente, ultrapassando em larga escala o que qualquer uma das duas linguagens atingiria sozinha. De forma bem simples, o efeito é reforçar a mensagem, pois o elemento verbal e intelectual está unido ao visual e emocional. A imagem, no entanto, tem a capacidade de ser mais direta e influenciar mais níveis no espectador do que as palavras.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">As roughs produzidas no brainstorm referentes as capas e matérias foram digitalizadas, e em seguida utilizadas como base para os desenhos digitais. As ilustrações foram produzidas nos softwares Adobe Illustrator e Adobe Photoshop. Na prática, uma ilustração geralmente resulta do intercâmbio entre diversos softwares, em sua maioria especializados na produção e edição de arquivos vetoriais. Existem distintas variações de estilo no que tange à forma e conteúdo das ilustrações digitais. As que apresentam características minimalistas, baseiam-se na simplicidade dos elementos representados, as de caráter realista, como o próprio termo indica, procuram retratar o que está sendo representado da maneira mais fidelíssima à realidade. Já as ilustrações 3D criam ilusão de dimensão através de técnicas de perspectiva e profundidade enquanto as abstratas, remetem a subjetividade das ilustrações a fim de despertar sensações particulares em que as aprecia. Cada ilustração apresenta um conceito único, já que sua produção depende de diversos fatores, desde o estilo ilustrativo adotado, a carga expressiva que transmitem, como o contexto em que ocorre sua publicação, até a visão de mundo, a  bagagem cultural do ilustrador. Dessa forma, parte da conceituação das ilustrações também se originou a partir das referências da equipe. Exemplo disso, foram as ilustrações que apresentam os colaboradores nas duas edições da Queer, e que correspondem a uma referência clara das personagens do filme  Clube dos Cinco e dos cantores Madonna, Cindy Lauper, Lady Gaga, Cazuza e Freddy Mercury. Além da capa, que faz referência a David Bowie, um dos primeiros famosos andrógenos. Todas as ilustração foram criadas de acordo com a temática e mensagem de cada matéria. Para abordar o tema preconceito desenvolveu-se um desenho do rosto de uma menina negra, trazendo à ideia de discriminação e de luta que não limita-se apenas ao movimento LGBT, ela com os olhos fechado e cabelo solto remete o sentimento de cansaço e descanso. Já na matéria da "Liga Gay do AM" as ilustrações geram a ilusão de movimento. Na matéria principal da primeira edição da revista "Ser ou não Ser", foram feitas o desenho de uma caveira e pergaminho que simbolizam a ideia de ser, utilizando como referência a cena célebre da peça "Hamlet". Para as matérias de resenhas e crônicas, as ilustrações têm a simbologia lúdica pois apresentam aspectos abstratos sujeitos à diversas interpretações como o desenho de um livro aberto que pode ser interpretado como uma bíblia e as flores que representam vida mas também podem simbolizar luto, dor e morte. Encontra-se ainda na revista elementos simples que integram as fotografias e os textos, a exemplo destaca-se as imagem que representam os estilos musicais da segunda edição, ainda em "Queer Cine" as formas geométricas criam um caminho entre a colageme e por fim na matéria sobre a "parada LGBT" o desenho do retângulo com o efeito de sombra causa impressão de fotografia impressa, há também rabiscos de vários punhos fechados, contornos que representam uma multidão que lutam pela causa LGBT. Na segunda edição a capa a inspiração do desenho foi da imagem do álbum de David Bowie, Aladdin Sane. A ilustração foi feita primeiramente no Illustrator em seguida para elaborar a textura de fios de cabelo foi utilizado o Photoshop. Em determinadas matérias encontra-se o Flat Design, que são elementos simples, na entrevista da vlogueira "Pepê" há ícones de televisão, rádio, cinema que englobam o universo digital da entrevistada. Na matéria "To be", os elementos visuais que foram desenvolvidos fazem parte estória do conto como a aliança, o dinheiro, a estátua da liberdade etc. A ilustração minimalista do Super-Homem integra a matéria principal da segunda edição, ele segura a bandeira LGBT representando a luta pela conquista dos direitos LGBT. Há ainda as ilustrações com estilo de HQs, na matéria "diva de ontem, diva de hoje" desenvolveram o desenho das duas personagem, no conto a doença de diva foi feita o rosto de uma drag queen. Por fim, na resenha "o preço de ser diferente" o desenho de mão, utiliza a pregnância, lei que faz parte da doutrina Gestalt, de acordo com FILHO (2003)  Qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do equilíbrio visual. , assim facilitando na compreensão e assimilação da imagem. O desenho das duas mãos juntam formam um borboleta. Assim, levando em consideração que se objetivava a transmissão do simbolismo das ilustrações de maneira fácil e clara ao leitor, a adoção da simplicidade do estilo criativo minimalista permitiu essa ampla e rápida compreensão das imagens criadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Considerando que as ilustrações objetivaram promover representatividade quanto ao movimento LGBT e ainda, mediante a relevância social da temática abordada, conclui-se que o estudo obteve sua pretensão, enquanto a mensagens de respeito e diversidade foram passadas. Além disso, a produção atuou no sentido de promover a inclusão da temática LGBT na mídia local, na tentativa de enfrentar e eliminar preconceitos e discriminações da população LGBT do Amazonas, que merece ter voz. Os profissionais de comunicação, enquanto mediadores entre os grupos e a sociedade, precisam enxergar na divulgação das causas sociais e, principalmente, na abertura de espaços, a valorização e fomento das reais necessidades de igualdade de direitos, respeito e participação. Dessa forma, o que se espera é que a produção dessas ilustrações tenha sido o primeiro passo na garantia de acesso do LGBT na mídia amazonense e na disseminação de informações relevantes a sociedade, a fim de modificar o preconceito, garantir a representação do movimento. No entanto, sabe-se que muitas conquistas ainda precisam ser .</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #01779f"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BERGSTR&#1254;M, Bo  Fundamentos da comunicação visual  São Paulo: Edições Rosari, 2009.<br><br>FILHO, João Gomes. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual.  5.ed  São Paulo: Escrituras Editora, 2003. <br><br>SILVA, Rafael Souza. Diagramação: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa. São Paulo: Summus, 1985.<br><br>https://www.nexo.com.br/explicado/2017/06/17/A-trajet%C3%B3ria- e-as- conquistas- do-movimento- lgbt-brasileiro<br><br>http://www.acritica.com/channels/manaus/news/amazonas-registrou- 29-mortes- de- lgbts-em- 2016-aponta- sejusc<br><br>http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2017/06/17/marcas-e- diversidade- como-ir- alem.html<br><br>https://brasilturis.com.br/publico-lgbt- e-o- que-mais- consome-e- e-mais- imune-a- crise- economica/<br><br>http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/representacao-de- lgbts-na- midia-entre- o-silencio- e-o- esteriotipo<br><br> </td></tr></table></body></html>