Intercom 2018 terá ‘Desigualdades, Gêneros e Comunicação’ como tema central

As urgentes questões ligadas à diversidade e à inclusão em nossa sociedade tornam-se cada mais relevantes na pesquisa em Comunicação. Assim, o momento não poderia ser mais oportuno para a escolha do tema central do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2018), a ser realizado de 2 a 8 de setembro em Joinville (SC): “Desigualdades, Gêneros e Comunicação”.

“Refletir teórica e metodologicamente sobre desigualdades e gênero em seus atravessamentos com a Comunicação torna-se urgente, tendo em vista a problemática social na qual estamos inseridos”, avalia a diretora científica da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), professora Nair Prata.

Para Sônia Pessoa, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diretora científica adjunta da Intercom e pesquisadora do tema, embora as pesquisas nesse sentido estejam avançando significativamente no Brasil, a produção científica brasileira sobre esta temática foi tímida durante muitas décadas. “Portanto, torna-se ainda mais importante que parte das pesquisas atuais tenha centralidade no feminino, no feminismo, na feminilidade, entre várias outras possibilidades, para que os estudos de gênero, desigualdade e comunicação sejam reconhecidos como fundamentais e permanentes nas universidades brasileiras. Um dos desafios é exatamente o reconhecimento das mulheres como pesquisadoras referenciais na pesquisa sobre gênero: o olhar, o pensamento, o profissionalismo da pesquisa que tenha à frente a mulher cientista”, afirma. Ela acrescenta que pensar a articulação entre gênero e desigualdades do ponto de vista comunicacional é imprescindível para que a sociedade se torne mais acolhedora e inclusiva. “Podemos assumir, como pesquisadores de Comunicação, o engajamento necessário para chamar a sociedade a repensar práticas discursivas, condutas e consumo de produtos que estimulem o respeito e o afeto aos diferentes”, afirma.

Em seu congresso de 2018, a Intercom se propõe a chamar os pesquisadores a refletir cientificamente sobre os modos de contribuir para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com as mulheres, a comunidade LGBT, as pessoas com deficiência, as pessoas negras e indígenas e outros grupos em situação de vulnerabilidade. Para além dos trabalhos apresentados no evento, a entidade acredita que pode contribuir para a expansão de modos de estar no mundo, especialmente em ambientes de educação mais hospitaleiros a esses grupos.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Permeando todas as atividades do Intercom 2018, o tema central “Desigualdades, Gêneros e Comunicação” será formalmente discutido no Ciclo de Estudos em Ciências da Comunicação, no dia 5 de setembro.

A Conferência de Abertura, das 8h30 às 10h30, será apresentada por Áurea Carolina, socióloga, cientista política e vereadora em Belo Horizonte. Ativista pela inclusão das mulheres, da juventude e da população negra, ela falará sobre o tema central do Intercom 2018, com mediação da professora Nair Prata. As demais mesas serão compostas por pesquisadores e profissionais com longa trajetória na temática.

A partir das 10h, com encerramento às 12h30, a Mesa 1 abordará “Gêneros, narrativas de si, performance e afetos”, com mediação da professora Sônia Jaconi (Intercom/Umesp). Participam do debate: Carlos Magno Camargos Mendonça, professor da UFMG, onde coordena o Núcleo de Estudos em Estéticas do Performático e Experiência Comunicacional; Leonor Graciela Natansohn, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde coordena o grupo de pesquisa “Mulher e tecnologia. Teorias e práticas na cultura digital”; e Sônia Caldas Pessoa, professora da UFMG, coordenadora do “Afetos: Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades” e diretora científica adjunta da Intercom. Além disso, a mesa convida o francês Jean-Luc Moriceau, professor do Institut Mines-Télécom (Évry, França) cujo trabalho gira em torno de assuntos como estética e organização, estudos críticos de gestão/pós-modernismo, arte e construção de sentido, performance e performatividade, e métodos qualitativos de pesquisa e de controle de gestão.

Das 14h às 16h, a professora Adriana Omena (Intercom/UFU) mediará a Mesa 2, sobre “Gênero: tensões entre a intimidade e a exposição pública”. Os participantes convidados são Marco Aurélio Máximo Prado, professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFMG e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG); Rosane da Silva Borges, professora da Universidade de São Paulo (USP), ex-coordenadora nacional do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares (MinC) e colaboradora da revista Carta Capital e do blog da Editora Boitempo, além de escrever regularmente nos portais Observatório da Imprensa e Geledés;

Pablo Assumpção (UFC), professor adjunto da graduação em Dança do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC) cujas pesquisas investigam temas como performance e performatividade de gênero e da sexualidade, cidade, erotismo, cultura popular e etnografia experimental; e Angie Biondi, professora da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), pesquisadora da Rede Integrada de Pesquisa sobre Teorias e Análise da Fotografia – Rede Grafo e do FIGURA - Centre de Recherche sur le texte et l'imaginaire, grupo de estudos da Université du Québec à Montréal.

Fechando o 41º Ciclo de Estudos em Ciências da Comunicação, a Mesa 3 terá mediação de Cristiane Finger (Intercom/PUCRS) no debate sobre “Desigualdades, vulnerabilidades, corpo e comunicação”. A mesa será composta pelo jornalista Jairo Marques, autor do blog Assim Como Você, da Folha de S. Paulo, e pós-graduado em Jornalismo Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Anahi Guedes de Mello, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde também é pesquisadora vinculada ao Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS), do Departamento de Antropologia, e ao Núcleo de Estudos sobre Deficiência (NED), do Departamento de Psicologia, além de ser pesquisadora associada da Anis – Instituto de Bioética (Brasília); Estevão Fernandes,

professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Mestrado em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), coautor do livro “Gay Indians in Brazil: Untold Stories of the Colonization of Indigenous Sexualities” (Springer International Publishing, 2017) e autor de “Existe índio gay?: a colonização das sexualidades indígenas no Brasil” (Ed. Prismas, 2017); e Rosangela Malachias, professora no Departamento de Ciências e Fundamentos da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde coordena o Programa Movimentos Sociais, Diferenças e Educação (PROMOVIDE).

Merece destaque, ainda, o VIII Colóquio Brasil-Estados Unidos de Estudos da Comunicação, cujo tema “Desigualdades, gêneros e comunicação nas Américas: História, cultura e sociedade” tem coordenação de Sonia Virgínia Moreira, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da UERJ, membro permanente do Conselho Curador da Intercom, membro do Conselho Científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e pesquisadora sênior das redes de pesquisa The Worlds of Journalism Study (Universidade de Munique) e International Media Concentration Research Project (Universidade de Columbia, NY); e de Laura Robinson, professora associada do Departamento de Sociologia da Santa Clara University e especializada em mídias digitais, sociologia da comunicação, desigualdade digital e sociologia comparada (Brasil, França e Estados Unidos). O Colóquio Brasil-EUA terá quatro mesas: Mesa 1 – Comunicação, Política e Gênero (03/09 das 15h às 18h); Mesa 2 – Comunicação em Ambiente Digital (04/09, das 9h às 12h); Mesa 3 – Métodos e Análises nas Ciências Sociais (04/09, das 9h às 12h); e Mesa 4 – Indústria e Produção de Mídia, Brasil e EUA (04/09, das 14h às 18h).

Clique aqui para conferir a programação completa do Intercom 2018.


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