ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00085</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Parto: Outro Lado Invisível do Nascer</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Letícia de Faria Ávila Santos (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Marcos Paulo da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Comunicação, Jornalismo, Livro-reportagem, Violência Obstétrica, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem "Violência Obstétrica em Campo Grande", trabalho de conclusão de curso em Comunicação Social  Habilitação em Jornalismo (UFMS), aborda o cenário da violência obstétrica em Campo Grande, caracterizada como um tratamento desumanizado que impacta na qualidade de vida e sexualidade das mulheres. Para o desenvolvimento da narrativa jornalística foram necessários embasamento teórico, entrevistas de perfil e observação direta dos acontecimentos e entrevistas descritos.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem "Parto: Outro Lado Invisível do Nascer" é uma narrativa jornalística humanizada sobre a temática da violência obstétrica em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Deste modo, a construção do produto aliou-se às possibilidades de um exercício textual mais aprofundado, diante do produto jornalístico livro-reportagem. A definição da violência obstétrica, de acordo com a Defensoria Pública de São Paulo, é todo o processo que infere na dignidade e na qualidade de assistência antes, durante e após o parto. A discussão sobre as formas de violência obstétrica precisa obter destaque dentro dos veículos de comunicação, porém, ainda é despercebida diante de outras formas de violência contra à mulher. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro teve como objetivo desenvolver e apresentar o tema da violência obstétrica em Campo Grande como grande eixo central, abordando tanto o enfoque investigativo quanto o literário. A construção do livro buscou não apenas trazer a conceituação e o entendimento relacionados à violência obstétrica, como também utilizar de relatos de mulheres que sofreram violência obstétrica em Campo Grande para permitir um relato mais sensível e próximo dos fatos. A finalidade do produto foi apresentar um relato mais sensível e aprofundado sobre o tema, utilizando-se de fontes pessoais e documentais assim como de conhecimento teórico e técnico para maior embasamento jornalístico. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A violência obstétrica surgiu como tema dentro da produção jornalística pela visibilidade necessária para o assunto, ainda pouco discutido e compreendido atualmente. A divulgação da informação vem, diante disto, como construção de um espaço de diálogo e de apoio. Por meio de entrevistas de profundidade, foi possível trazer o relato de mulheres que sofreram violência obstétrica e também possibilitar voz e vez às personagens. A justificativa da produção do livro advém da urgência da discussão da violência, para que a sociedade consiga compreender melhor as abrangências da violência obstétrica e possa denunciá-la. Desta forma, o jornalismo deve dispor de um conteúdo aprofundado que gere compreensão e visibilidade para possibilitar o diálogo sobre a violência. Como tema, surge da necessidade da discussão de um assunto pouco visível e ainda com pouco destaque dentro das redações diárias, reflexo e construção de uma violência simbólica social. Além da caracterização dos termos relacionados à violência obstétrica, as linhas mais técnicas do livro buscaram possibilitar a compreensão do assunto. A seleção de questões principais ajudou no processo de construção de uma visão mais sistêmica sobre o ciclo da violência. Ainda, a escolha do produto como livro-reportagem foi por ver neste, possibilidade de produção de um conteúdo extenso, humanizado e complementador diante das limitações associadas à produção jornalística diária. O foco do livro-reportagem foi desenvolvido e retratado no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O objetivo foi visando a possibilidade de obter mais informações e um perfil mais detalhado sobre a violência obstétrica em Campo Grande.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O processo de construção do livro-reportagem se desenvolveu mediante ampla pesquisa acerca dos diversos espaços nos quais a violência obstétrica está inserida para ser objeto de análise. Foi destacado como imprescindível investigar e compreender a violência obstétrica dentro dos campos jurídico, médico e social, para conseguir um entendimento mais assertivo e também crítico sobre o assunto. Desta forma, relatórios, artigos, leis e produtos midiáticos foram utilizados como passo para a identificação com o tema. A pesquisa documental foi essencial para o início do planejamento e produção do roteiro para o livro, já que através dela, foi possível desenvolver uma ambientação dos conteúdos e temas propostos e uma melhor seleção dos itens a serem pautados dentro do livro-reportagem. Desta forma, relatórios, resenhas, resumos, artigos, notícias, reportagens, livros e demais fontes foram utilizadas para a elaboração do produto e construção do texto. Além das fontes documentais, a realização de entrevistas com distintos personagens e especialidades foi fundamental para o desenvolvimento de um conteúdo mais sistêmico e aprofundado. Foi através da seleção e divisão das fontes primárias que foi possível estabelecer diferentes tipos de roteiros, referentes à cada área profissional de cada personagem. As entrevistas foram divididas em fontes secundárias, técnicas, com médicas, enfermeiras, parteiras, doulas, advogadas e sociólogas e em fontes primárias com mães que sofreram violência obstétrica em Campo Grande, seja em hospitais públicos ou privados. Todas as entrevistas desenvolvidas foram gravadas para possibilitar uma melhor transcrição e assim, uma utilização futura para a construção do texto. Foram realizadas também observações diretas acerca das histórias apresentadas, das personagens e da ambientação. O material foi desenvolvido através de anotações e textos colhidos durante e após as entrevistas. A observação direta foi realizada através de anotações sobre lugares, cores, expressões e personagens a fim de desenvolver uma escrita mais literária e com maior profundidade sobre o conteúdo proposto. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro foi desenvolvido dentro da proposta de 11 capítulos, separados em duas vertentes: capítulos de linguagem mais literária, relatando diferentes tipos de personagens que sofreram violência obstétrica, e capítulos de linguagem mais técnica, para aprofundamento e contextualização do tema. Os capítulos foram intercalados em capítulos literários e capítulos teóricos para uma maior ambientação do leitor com o assunto ao decorrer do livro. Os seis capítulos com os relatos das mulheres foram desenvolvidos a partir dos relatos apresentados nas entrevistas, com linguagem descritiva e narrativa, assim como a utilização de falas em primeira pessoa para uma maior aproximação do leitor com as fontes. A descrição dos personagens e dos ambientes, assim como a narração do relato foram escritas de forma que a construção de cada capítulo pudesse parecer o mais conivente possível com os fatos apresentados, sem carecer do compromisso de investigação jornalística. Os cinco capítulos mais teóricos desenvolveram uma visão sistêmica acerca dos parâmetros e análise da violência obstétrica, separados por temas selecionados pelo caráter de importância de discussão de cada um deles. A divisão foi distribuída pelos seguintes tópicos a serem abordados: 1) categorização de violência obstétrica, 2) retrospectiva histórica e social sobre o ato de parir, 3) definição de parto humanizado, 4) desprotagonismo da mulher e seu reflexo e 5) possibilidade de acabar com o ciclo de violência. A construção de todos os capítulos, seja com princípios mais literários ou mais técnicos, passou pela pesquisa, apuração e aprofundamento jornalístico em relação ao tema, sem deixar de considerar os parâmetros e conceitos apreendidos durante o curso e fundamentais para a produção do material prático. Da mesma forma, a parte editorial e gráfica foi desenvolvida com apoio dos conteúdos apreendidos durante a faculdade assim como pesquisas gráficas sobre a relação do conteúdo com as tipologias e design gráfico utilizados. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A construção do livro buscou não apenas trazer a conceituação e o entendimento relacionados à violência obstétrica, como também utilizar de relatos de mulheres que sofreram violência obstétrica em Campo Grande para permitir um relato mais sensível e próximo dos fatos. A intenção foi permitir um espaço para que as personagens pudessem ser apresentadas da forma mais verossímil possível, dentro de uma caracterização narrativa e literária, associada à pesquisa jornalística e a fidelidade das informações. A teoria também foi fundamental para a construção do livro-reportagem, e desta forma, cinco capítulos foram desenvolvidos a partir do eixo central: violência obstétrica para permitir uma maior análise do tema em questão. Com um foco diversificado, a produção contribuiu destacando a complexidade do assunto e mergulhando em diversas questões da sociedade, como os conceitos de violência obstétrica, retrospectiva do parto, parto humanizado, desprotagonismo feminino e o fim da violência obstétrica. Utilizando-se de uma extensa linha de pesquisa documental, entrevistas de profundidade e observação direta, foi possível traçar uma construção textual que pudesse compreender o enraizamento da violência obstétrica dentro da sociedade, não apenas isoladamente, mas com parâmetro sistêmico.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BELO, Eduardo. Livro-reportagem. São Paulo: Contexto. 2006. <br><br>LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas Ampliadas  O Livro Reportagem como Extensão do Jornalismo e da Literatura. São Paulo: Manole. 2008. 4°ed<br><br>SANTOS, Maxwell dos. Comensais do Caos. Vitória. 2015. Ed. Do autor.<br><br>CHAUVET, Eduardo. Renascimento do Parto. 2013.<br><br>GUEDES, Letícia, RIZÉRIO, Amanda, COUTO, Nathália, CRUZ, Raísa. A dor além do parto - Trabalho de conclusão de curso da Universidade Católica de Brasília. 2013.<br><br>ZORZAM, Bianca, SENA, Ligia, FRANZON, Ana Carolina, BRUM, Kalu, RAPCHAN, Armando. Violência Obstétrica  A Voz das Brasileiras. 2012. <br><br>Ministério da Saúde - Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana. 2016.<br><br>FIOCRUZ. Nascer no Brasil  Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento. 2015.<br><br>Rede Parto do Princípio. Violência Obstétrica - Parirás com dor  Dossiê elaborado pela Rede Parto do Princípio para a CPMI da Violência Contra as Mulheres. 2012.<br><br>Lei n. 11.108/2005 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm Acesso em: 02 de fevereiro de 2017. Lei n. 11.108, de 7 de abril de 2005. <br><br>Lei 5.528, de 10 de março de 2015. Acesso em: 02 de fevereiro de 2017, pelo Diário Municipal de Campo Grande.<br><br> </td></tr></table></body></html>