ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00103</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PP</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PP10</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Proteção de Aço: Bombril como nunca antes anunciado</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Carolyna de Oliveira Paiva (Universidade de Brasília); Kildery Oliveira Farias (Universidade de Brasília); Vitor Freitas Jorge Dino (Universidade de Brasília); Ana Thayná Araújo Batista (Universidade de Brasília); Luana Gomes Gandra Coutinho (Universidade de Brasília); Tainá Andrade Vieira (Universidade de Brasília); Lanna Caroline Alves Silveira (Universidade de Brasília); Suelen Brandes Marques Valente (Universidade de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;cartaz, redação publicitária, bombril, proteção de aço, mudança</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho faz parte do projeto final da disciplina de Redação Publicitária do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Brasília (UnB). O projeto consistiu em criar cartazes para divulgar novas funcionalidade para produtos já conhecidos, de forma a inovar a utilidade estabelecida pelas suas marcas. Os itens foram estabelecidos na disciplina e o grupo foi responsável por desenvolver nova promessa básica, conceito criativo, títulos, textos e slogans para vender o produto como nunca antes anunciado. O resultado foi a comercialização da palha de aço Bombril, como uma proteção de aço usada para preservar os valiosos bens de uma família.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Durante a prática da disciplina de Redação Publicitária, foram abordados diversos conceitos que fundamentam e estruturam o processo de criação para mídias e peças publicitárias, entre eles o título, slogan, assinaturas de campanha, promessas básicas e conceitos criativos. Como trabalho final, os alunos foram provocados a inovar o olhar sobre produtos cuja utilidade principal já está estabelecida no imaginário popular, a fim de capacitar o estudante para elaboração de conceitos criativos, gerando a criação de conteúdos originais e convidativos. Quatro objetos foram selecionados pela docente da disciplina, além de um produto de livre escolha do grupo: batom labial Nívea, palha de aço Bombril, creme de barbear Gillette e pneu de carro Goodyear. Destaca-se, neste trabalho, a produção do Bombril como protetor de objetos delicados para amortecer impactos e dar segurança no transporte em caso de mudanças, com o conceito criativo de preservar as memórias contidas nesses itens frágeis. Foi utilizada a estrutura dionisíaca, ou seja, o uso da emoção para persuadir o consumidor sobre a importância da esponja de aço em ocasiões de mudança. Essa produção gerou um cartaz publicitário A3 (297 mm x 420 mm), que desperta a importância de conservar os momentos importantes, em casos de encaixotar objetos, através do auxílio do Bombril como uma espécie de plástico-bolha. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo deste trabalho foi despertar nos estudantes de Redação Publicitária a capacidade de estabelecer novas conexões para produtos cujas principais utilidades estão massivamente incorporadas na mente do consumidor - tendo em vista que existem certas mercadorias que apresentam no imaginário popular uma função específica, devido à publicidade veiculada sobre o item, ao objetivo macro com que foi criado e apresentado, ou até ao valor simbólico atribuído a ele com o passar dos anos. A partir dessa ressignificação, o aluno deveria desenvolver mecanismos que sustentassem o propósito inovador do produto, gerando, assim, interesse nessa nova função. Essa abordagem possibilitou que os participantes do grupo trabalhassem a criatividade e conceitos teóricos e práticos da redação publicitária, por meio da estruturação de uma promessa básica, um conceito criativo, título, texto e slogan de maneira nunca antes anunciados. Ainda, a criação da campanha publicitária do produto, por meio da veiculação de um cartaz, trouxe de forma verossímil a possibilidade de incorporar no mercado a nova categoria, aprimorando nos estudantes a capacidade de criar e seduzir o consumidor por palavras e conceitos. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No universo publicitário, um dos objetivos fins é o de gerar a venda de determinado produto ou serviço, conforme conceitua Márcio Carbaca Gonçales:  A publicidade deriva de público (do latim publicus) e é conceituada como a arte de tornar público, divulgar um fato ou uma ideia, já com objetivos comerciais, uma vez que pode despertar o desejo de compra, levando-o à ação . (GONÇALES, 2009, p. 7) No entanto, para que esse processo ocorra de forma eficaz, várias etapas e técnicas são necessárias. Para Celso Figueiredo (2005, p.2),  a condição fundamental ao sucesso de uma peça de comunicação é a existência de uma mensagem clara, uma afirmação sobre a marca ou o produto que desejamos fixar na mente dos cidadãos . Tendo como base esses princípios, a peça publicitária criada para a esponja de aço Bombril, apresentada como trabalho final da disciplina de Redação Publicitária do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Brasília (UnB), foi baseada na prática de técnicas essenciais para encontrar uma maneira de chamar a atenção e penetrar na cabeça do consumidor. A empresa Bombril surgiu em 1948 e se consolidou pela comercialização do principal produto: a lã de aço, utilizada como produto de limpeza, específico para panelas. Segundo o institucional da própria marca, a Bombril é  uma empresa que conquistou milhares de lares no Brasil inteiro com um produto revolucionário: a lã de aço . O conceito e proposta da marca, portanto, está voltado para o setor de limpeza. O objetivo do grupo era, então, de inovar a percepção sobre a palha de aço, a fim de encontrar uma nova utilidade que justificasse a comercialização. Para isso, estabeceram-se definições de Promessas Básicas e Conceitos Criativos. Celso Figueiredo (2005) define a Promessa Básica como  a afirmação que desejamos fixar na mente do consumidor , e Conceito Criativo como  a forma mágica de fazer a mensagem aflorar acima do emaranhado de mensagens concorrentes (FIGUEIREDO, 2005, p.3). A importância, desses dois pontos, está em passar o conteúdo que desejamos alinhado à criatividade. Ainda, foram desenvolvidos título, texto e slogan. O título é, em geral, o primeiro contato do observador com o cartaz, cujo objetivo é fisgar a atenção do leitor (FIGUEIREDO, 2005). Já o texto, funciona como ferramenta que complementa o título, de forma a seduzir, convencer e transmitir a linha de raciocínio (FIGUEIREDO, 2005). Por fim, o slogan aparece como mecanismo essencial para manter a ideia de reconhecimento, distinguir marcas e gerar o posicionamento desejado, aproximando a empresa do consumidor (FIGUEIREDO, 2005). A escolha do cartaz como meio de veiculação foi estimulada na possibilidade de intensificar o tempo de contato do consumidor com o conteúdo divulgado, e ainda, por meio da imagem, gerar identificação entre a proposta sugerida e os valores do observador. Como enfatiza Figueiredo (2005, p.94),  em um mercado extremamente volátil, qualquer sugestão de durabilidade torna-se uma qualidade excepcional . De forma geral, o grupo buscou, por meio da importância desses pontos, estabelecer um produto criativo, cuja funcionalidade se adaptasse à necessidade real do mercado brasileiro. A busca pela criatividade, nesse processo, se fundamentou em pensamentos de Roberto Menna Barreto:  criatividade é sinônimo de solução de problema e  criatividade em propaganda é o que persuade contingentes humanos  público, mercado  sobre os valores de um produto, um serviço, ou meramente um ponto de vista (BARRETO, 1982, p. 69 e 149). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O primeiro passo para a produção do cartaz foi a busca por funcionalidades diversas que a palha de aço Bombril poderia desempenhar no mercado nacional. Para isso, gerou-se uma pesquisa qualitativa informal, no buscador de pesquisa do Google, em grupos do Facebook e entre os membros do próprio grupo sobre abordagens inovadoras que o brasileiro já criou para reinventar a utilização da esponja de aço. Entre elas, foram encontradas uso do objeto para penteados femininos, captação de sinal de antenas de televisores tubo, sinalizadores de festa junina - processo que acontece ao se queimar o Bombril e rodá-lo -, entre outras. No entanto, em discussão do grupo, cogitou-se aproveitar esse ser um produto  almofadado e substituí-lo na utilização de plástico bolha, em geral, em caso de transporte de itens preciosos em processo de mudanças de casa. Para sustentar essa hipótese, primeiro precisou verificar se a composição do Bombril não arranharia objetos, estragando o bem cuja função principal era manter intacto. A partir disso, descobriu que o material só provoca danos quando está umedecido. Fator que comprova isso é que existem técnicas de polimento de espelho e vidros utilizando a palha de aço, que, após o processo, apresentam-se mais limpos e polidos. Ou seja, percebeu-se que o Bombril não geraria qualquer tipo de dano ao produto se utilizado seco. Ainda, outro benefício estabelecido foi que, comparado com o plástico bolha - principal concorrente no setor - a palha de aço apresenta processo de degradação menos agressivo para o meio ambiente, com base no tempo em que demora para ser deteriorado. Parte essencial desse processo se relaciona à delimitação do público-alvo. Através de análises, percebeu-se que o foco seriam mulheres, com idade entre 30 a 45 anos, que já apresentam uma residência e família, contudo, devido às melhorias de renda ou ao aumento no número de membros no lar, desejam se mudar. A preferência pelo sexo feminino está relacionada a pesquisas que comprovam que, na casa, a mulher é responsável pela manutenção, cuidado e gestão. Segundo a pesquisa  Trabalho feminino e vida familiar: escolhas e constrangimentos na vida das mulheres no início do século XXI , desenvolvida no Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo) da Unicamp (Universidade de Campinas), que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) entre 2001 e 2012, mesmo que as mulheres cumpram jornadas de trabalho de 40 a 44 horas semanais, elas chegam a dedicar entre 20 e 25 horas semanais com cuidados com a casa e os filhos. As mulheres decidem as compras do supermercado em 86% dos lares, e em 79% deles são também as responsáveis por escolher as viagens de férias da família, afirma pesquisa do instituto Data Popular feita com 800 homens casados, em 44 cidades brasileiras, no último trimestre de 2012. Ainda, esse perfil é morador da zona urbana, trabalha fora e prioriza a praticidade no dia a dia, sem deixar de lado, contudo, o cuidado e organização com o lar. Para esse grupo de indivíduos, as memórias e os momentos em família são essenciais. Estabelecida a promessa básica (Protetor de objetos delicados ou produtos para amortecer impactos e dar segurança no transporte), o grupo começou a traçar o conceito criativo. Para essa etapa, utilizou-se insumos estudados na aula, principalmente, buscando referências em obras de Celso Figueiredo e João Anzanello Carrascoza. A partir disso, percebeu-se que, durante a mudança, uma das principais preocupações das família está na perda ou danos de itens preciosos, percepção que gerou insumos para a elaboração do conceito criativo: preservar as memórias contidas nos objetos delicados. Outra reflexão se relacionou ao fato de que, em casos de mudança, o valor sentimental agregado ao produto supera a questão racional. Com base nessa linha de raciocínio, optou-se por aderir à técnica dionisíaca de redação publicitária (ao invés de apolínea), em que o consumidor é provocado pelo lado emocional. Carrascoza (2009) salienta que, no domínio do discurso apolíneo estariam a argumentação mais direta e pragmática, onde os apelos se instalam pela lógica racional e julgamento ético matemático, ponderações mais lógicas; por outro lado, o cânone dionisíaco instaura o território dos discursos oníricos, languidos, lascivos, dotados de humor, emotividade ou poesia. Desse pensamento, originou-se o texto:  A mudança é de casa. Preserve sua história . A técnica utilizada para o slogan se baseou em diversos conceitos. Segundo Figueiredo (2006, p.2), desde sua origem, os slogans se caracterizam por serem  frases simples, sonoras, repetidas à exaustão, fórmulas marteladas até penetrar na mente dos consumidores, não permitindo contestação, retruque, discordância . Com o passar do tempo, o slogan cria nova funcionalidade: a de tornar a marca única para a visão do consumidor, integrando-a a vida do mesmo (FIGUEIREDO, 2006). O slogan, de acordo com Andrade e Cirelli (2005, p. 3), deve se caracterizar  pela brevidade, autoridade, condensação, prestígio, anonimato, ambiguidade, humor, impacto, cadência e comunicação imediata. É perceptível uma descrição semelhante com o pensamento de Martins (1997, p.132 e 133), em que o slogan tem por base a positividade ou originalidade com a finalidade de atrair o consumidor. É necessário que seja compreensível, preciso, ser direto, incisivo, rítmico e simpático. Referenciado por esses posicionamentos, o resultado final do slogan, posicionado abaixo da assinatura do produto Bombril foi  Proteção de aço . Optou-se por um texto curto, cuja adoção de uma figura de linguagem atribuiu ao conteúdo uma linguagem ambientalizada com o dia a dia do brasileiro, remetendo ao material da palha e ainda à força que a palavra  aço apresenta no imaginário popular. Para a elaboração do título, decidiu-se explorar a opção de título gritado, em que a mensagem está direcionada no destinatário. Em geral, essa categoria é utilizada para sugerir que o consumidor execute uma ação (FIGUEIREDO, 2005), contudo, na elaboração deste trabalho, optou-se por essa forma para posicionar, de forma chamativa, o título cuja escrita é homóloga ao conteúdo fixado em caixas de mudança:  Cuidado Frágil . Dessa forma, pôde-se fazer a relação entre a situação de transporte de objetos e o novo conceito criativo do produto estabelecido para o Bombril. Por fim, para a elaboração do cartaz, utilizou-se o Photoshop para a criação da arte, a embalagem do Bombril como assinatura do produto e fontes sem serifa. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A campanha Proteção de Aço: Bombril como nunca antes anunciado partiu do conceito criativo de preservar as memórias contidas nos objetos delicados, protegendo-os com a palha de aço Bombril. A montagem do cartaz teve como principal objetivo fazer com que o público-alvo se identificasse com a situação ilustrada, percebendo-se no personagem que realiza a mudança de casa, contudo, que apresenta preocupação com os itens de valor emocional para a família. O primeiro passo para a construção de um cartaz está relacionado com a compreensão do momento histórico, público-alvo e objetivos que se deseja atingir, como relata ABREU (2011, p. 14):  O cartaz transformou-se na medida em que a sociedade também se modificou. Mais texto, menos imagem; mais imagem, menos texto. Mais cores, imagens monocromáticas, apresentações all type, explosão de cores, enfim, sua estética foi adaptando-se às necessidades do público e das mensagens a serem transmitidas e buscou referências estéticas nos movimentos artísticos de sua época. Um dos principais desafios foi o de desassociar a esponja de aço da funcionalidade que esta apresenta no mercado brasileiro atual, relacionado sobretudo à limpeza de panelas. A criação do conteúdo visual não poderia, embora tratasse do contexto familiar e da importância de itens domésticos, gerar qualquer dúvida no consumidor sobre a nova funcionalidade que o produto Bombril passaria a desempenhar, com a promessa básica de protetor de objetos delicados ou produtos para amortecer impactos e dar segurança no transporte dos mesmos. Para apresentar o conceito da campanha, o grupo contou com a utilização de uma fotografia de uso livre na internet de um ambiente de mudanças (com caixas desfocadas ao fundo), que contém um homem, em primeiro plano, segurando uma caixa. A montagem do trabalho consistiu em preencher o vazio que havia no receptáculo com uma foto de família protegida pela esponja de aço Bombril. Percebe-se que o item é tão valioso que ocupa sozinho o volume da caixa. Temos, na verdade, o valor simbólico atribuído àquele momento cuja fotografia remete. A escolha do material que estaria na caixa foi pensado em conjunto. Cogitou-se a possibilidade de ser uma caixa de jóias, algum item facilmente quebrável ou outro produto que trouxesse a ideia de apego emocional, como uma carta ou livro. Concluiu-se, por fim, que o retrato fotográfico era capaz de integrar o valor emocional de uma memória, e ainda, expressar com clareza que se trata de um objeto importante para a família. Parte dessa linha de raciocínio esteve fundamentada no fato de que, nos dias atuais, é raro observar fotografias reveladas, em decorrência de que a maior parte encontra-se apenas digitalizada. Portanto, se existe no lar um registro impresso de uma foto, significa que aquele momento teve um significado especial para a casa. O título da peça foi outro mecanismo usado para ambientalizar o consumidor sobre a promessa básica do produto. Segundo DOMINGOS (2003, p.46):  Os títulos devem ser interessantes, simples, impactantes, diretos e, de preferência, curtos. O bom título fala muito usando poucas palavras. Geralmente uma idéia fica mais poderosa quando a frase é menor. Ao definir, como título, a grafia e o texto homólogos às tradicionais placas de advertência  CUIDADO FRÁGIL - cujo objetivo é indicar locais ou situações onde há risco de acidentes ou presença de materiais perigosos -, o cartaz cria a associação de que o Bombril está relacionado não mais aos quesitos de limpeza, mas sim a processo de mudança e transporte. É sabido que existem diversos tipos e modelos de sinalizações com essa descrição, que variam a composição de cores, símbolos e grafias. Neste caso, optou-se por uma escrita monocromática e sem ícones, para não ser um item de poluição visual, entretanto, ainda assim sendo um dos componentes mais chamativos do cartaz e cumprindo a missão de fisgar a atenção do leitor. A escolha do texto que compunha o cartaz foi outro fator essencial. O conteúdo textual precisaria ser simples, no entanto, e explicar de forma clara a relação entre a imagem e as demais estruturas contidas no cartaz (slogan e título). Três pontos foram levados em consideração para estruturar essa etapa:  ...antes de escrever um texto, tome três cuidados. Primeiro: certifique-se de que o anúncio precisa realmente de um texto, se o produto necessita de argumentação para vender. Segundo: veja se os dados interessam ao seu público-alvo. Não adianta fazer um texto brilhante sobre vergalhao se ninguém quer saber sobre vergalhão. Terceiro: escreva levando em conta o ponto de vista do leitor e não apenas o ponto de vista do anunciante. (DOMINGOS, 2003, p. 49). Para isso, o grupo partiu da importância de ressaltar que o processo de mudança de lar representa uma modificação de ambiente físico, entretanto, a história que aquela família construiu, até então, pode ser preservada. A partir disso desenvolveu-se o trecho:  A mudança é de casa. Preserve sua história . Essa construção auxilia que título e imagem passem a ter compreensão completa, relacionando o produto com sua promessa básica. Assim, as estruturas textuais se fundem, criando um conteúdo visual e textual completos e complementares entre si. Por fim, a assinatura, seguida pelo slogan, encerram a leitura visual do cartaz. O grupo optou por deixar a embalagem da esponja de aço bombril como assinatura, a fim de que o consumidor compreendesse não tratar de um produto inédito da marca Bombril, mas sim da própria palha de aço que agora desempenharia essa função. O slogan  proteção de aço remete a uma proteção realmente eficaz, associada ao fato que o aço é muitas vezes relacionado a algo forte e resistente. Dessa forma, a família pode confiar no produto para garantir que as memórias suportem os impactos da mudança. A construção final da campanha Proteção de Aço: Bombril como nunca antes anunciado é um cartaz em CMYK, utilizando a fotografia publicitária sob efeito de manipulações de imagem por meio do Photoshop.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Em uma época em que grandes marcas apresentam imagem consolidada e promessa básica difundida na cabeça do consumidor, repensar e reestruturar um novo processo criativo torna-se um desafio no mercado da comunicação. No caso da esponja de aço Bombril, divulgá-la de forma nunca antes anunciada, desprendendo do conceito de produto de limpeza foi objeto de aprendizado e exercício, sobretudo para transpor estratégias no âmbito da comunicação e design. De forma geral, o processo aproximou alunos de conceitos, principalmente ligados à Redação Publicitária, de forma a colocar em prática e compreender as dificuldades e limitações dos processos de criação e escrita na Publicidade. O cartaz foi a estrutura capaz de abarcar todos os aprendizados, técnicas e conceitos pré-estabelecidos na proposta do trabalho, sintetizando o esforço visual e de linguagem para atingir o público e gerar identificação sobre em relação ao desejo de preservar memórias. Como produto final percebe-se que este trabalho proporcionou nos estudantes a possibilidade de despertar um novo olhar sobre o tradicional, aplicando nesse processo conhecimentos capazes de alcançar o consumidor e provocá-lo por meio de determinadas promessas básicas, conceitos criativo, títulos, textos, slogan e outras ferramentas da comunicação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ABREU, Karen Cristina Kraemer. Cartaz publicitário: um resgaste histórico. Disponível em <http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/8o-encontro-2011-1/artigos/Cartaz%20publicitario%20um%20resgate%20historico.pdf/view> Acesso em: 17 de abril de 2017, 15:00) <br><br>ANDRADE, Ana Elis Nogueira de Magalhães; CIRELLI, Renira Appa. Polifonia em slogans. Disponível em: <http://www.letramagna.com/PolifoniaemSlogans.pdf> Acesso em: 17 de abril de 2017, 00:15 <br><br>BARRETO, Roberto Menna. Criatividade em propaganda. 3.ed. São Paulo: Summus, 1982.<br><br>CARRASCOZA, João Anzanello; HOFF, T. Ecos da literatura na publicidade brasileira nas primeiras décadas do séculos XX. In: CASTRO, G.; BACCEGA M. (orgs) Comunicação e Consumo nas Culturas locais e global. São Paulo: ESPM, 2009 <br><br>DOMINGOS, Carlos. Criação sem Pistolão. 3ª ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2003<br><br>FIGUEIREDO, Celso. Redação publicitária: sedução pela palavra. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.<br><br>FIGUEIREDO, Celso. As Três Gerações do Slogan. disponível em <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R0683-1.pdf> Acesso em: 16 de abril de 2017, 23:30.<br><br>GONÇALVES, Mário Carbaca. Propaganda e Publicidade. IESDE Brasil. Curitiba. 2009. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/RosaneGafa/publicidade-e-propaganda-3805783> Acesso em: 16 de abril de 2017, 22:00<br><br>MARTINS, Jorge S. Redação publicitária: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997. <br><br> </td></tr></table></body></html>