ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00196</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Rota Goiana - Cidadania e Jornalismo Cultural em Goiás</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;LUCIANA DE ARAUJO GOMIDES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS); LARISSA SILVA E ARTIAGA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS); FERNANDA CAROLINA SOUZA PEIXOTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS); ALFREDO JOSÉ LOPES COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;cidadania, comunicação, jornalismo cultural, jornalismo digital, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O&#8203; Rota Goiana é um blog jornalístico desenvolvido para a disciplina de Webjornalismo do Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), no primeiro semestre de 2016. O intuito do blog consiste em registrar histórias de pessoas anônimas, além de desenvolver reportagens, crônicas e textos literários voltados para a promoção da cidadania, da cultura e do turismo em Goiás. Para a elaboração do blog foram utilizados os conceitos de Jornalismo Cultural e Jornalismo Digital. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O Rota Goiana pretende mostrar que toda produção cultural tem seu valor, independente do meio em que a obra é produzida ou da divulgação que esta conquista na grande mídia. A história do povoamento do território goiano remonta ao período colonial, especificamente à época da escravidão e da mineração. Com isso, grande parte da população fixou-se em território agrário, nas fazendas, fato que teria favorecido o crescimento do agronegócio em Goiás nos séculos seguintes. Conforme Chaul (2009), no passado o suposto marasmo e falta de produção cultural das fazendas eram vistos somente pelo olhar do estrangeiro. Segundo Rossetti (2015), O jornalismo cultural é o segmento da prática jornalística que se dedica à avaliação de ideias, valores e artes. Este tipo de especialização jornalística relaciona-se à cultura  em seu conceito mais genérico utilizado na esfera da produção jornalística  e a suas manifestações, entre elas as artes plásticas, a música, o teatro, a dança, o cinema e o folclore. No Brasil, o jornalismo cultural passou a obter maior destaque a partir do século XIX, com a publicação de manuscritos literários. Todavia, com o passar das décadas, o espaço destinado ao jornalismo cultural nos periódicos tornou-se limitado. O jornalismo, outrora literário, cedeu lugar à imprensa capitalista, voltada para a venda de notícias factuais. Tal limitação só viria a ser deposta recentemente, por meio do advento da internet. De acordo com Araújo (2010), os blogs possibilitam uma maior interação entre as pessoas por meio dos comentários. Consequentemente, através dos blogs também pode-se perceber um aumento da troca de informações e de experiências. Tamanha rapidez no tráfego informacional acabou por gerar um público ávido pelas notícias e conteúdos postados online, já que a internet é um dos meios de comunicação mais rápidos que existem. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Objetivo Geral Elaborar e alimentar um blog que atenda às demandas relacionadas à cobertura jornalística das manifestações culturais produzidas e utilizadas como atrativos turísticos em Goiás. Objetivos Específicos a) Informar a população local acerca da importância do Jornalismo Cultural enquanto mecanismo de fortalecimento da identidade do povo goiano; b) Divulgar artistas, eventos e produções culturais que não têm espaço na grande mídia; c) Resgatar o valor das manifestações culturais originárias das periferias goianas;</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O acesso à cultura, à cidadania e ao lazer é um direito de todos e está previsto na Declaração dos Direitos Humanos. A mesma Declaração diz que todo indivíduo tem o direito de utilizar a comunicação como forma de adquirir conhecimento e cultura a fim de modificar a realidade social em que está inserido . Contudo, nem todas as pessoas conseguem ter acesso à cultura de qualidade. Muitas vezes a população mais pobre recorre à televisão como meio de entretenimento gratuito. Mas nem sempre o entretenimento é sinônimo de cultura, por isso, nem todas as pessoas conseguem enxergar sua identidade cultural representada nos grandes setores da mídia, em especial aquelas que são parte integrante de grupos tidos como marginalizados, tais como: mulheres, negros, homossexuais e pobres. Em sua rotina de trabalho o jornalista pode se ver frente a tarefa de ter que diferenciar a cultura do mero entretenimento. Rodrigues (2010) afirma que o conceito de cultura se refere aos costumes que são passados de geração para geração por meio de instituições como escola, igreja e família, ao passo que o entretenimento está relacionado com as formas de diversão, passatempos que nem sempre possuem valor tradicional. Conforme a ética da profissão, um dos maiores compromissos do jornalista para com seu público, além de manter a imparcialidade e falar a verdade, recai sobre a promoção da cidadania. O Rota Goiana enquanto veículo presente em meio digital e de acesso gratuito, se faz importante por cumprir este compromisso, fazendo a ponte entre cidadãos e informação. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Inicialmente a criação do blog envolveu um processo de revisão de conteúdos sobre produção textual e pesquisa bibliográfica acerca dos conceitos de jornalismo digital, jornalismo cultural, História de Goiás e Cultura Goiana. Segundo Lakatos (2003), a pesquisa bibliográfica pode ser considerada o primeiro passo de toda pesquisa científica pois permite compreender que, se de um lado a resolução de um problema pode ser obtida através dela, por outro, tanto a pesquisa de laboratório quanto à de campo - a documentação direta - exigem, como premissa, o levantamento do estudo da questão que se propõe a analisar e solucionar. A partir disso as autoras passaram a questionar parentes, amigos, membros da comunidade acadêmica da UFG, artistas de rua e moradores das periferias de Goiânia e região metropolitana em busca de assuntos que poderiam tornar-se pautas. Feito isso e levantadas as demandas, ambas reuniram-se novamente para dividir as pautas. Como técnica de coleta de dados para as reportagens, lançou-se mão do uso das entrevistas. Segundo Lakatos (2003), a entrevista tem por objetivo a averiguação de fatos para descobrir se pessoas que estão de posse de certas informações são capazes de compreendê-las. Após as postagens das primeiras reportagens, a equipe verificou a necessidade de criar um logotipo que reunisse as principais características do blog, tornando-o mais original. O trabalho de criação foi feito pelas próprias autoras que utilizaram a ferramenta Indesign. As cores verde, azul e amarelo remetem às cores da bandeira de Goiás e o carro é uma alusão ao significado do substantivo  Rota . </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Durante a matéria de Webjornalismo, os alunos tiveram que criar um blog com temática livre para composição de nota. Ao assistir os noticiários exibidos via Rádio e TV e fazer uma pesquisa informal na internet, as autoras verificaram a existência de uma lacuna relacionada ao jornalismo cultural produzido em Goiás: na maioria das publicações a arte da periferia e de artistas anônimos era desprezada. O Rota Goiana nasceu da vontade de se fazer um jornalismo diferente, que atendesse as demandas dos cidadãos. O nome  Rota Goiana veio da ideia inicial de fazer um Blog voltado para viagens, restaurantes, bares ou pubs onde o leitor poderia encontrar um espaço barato e acessível que até então seria desconhecido pelo o grande público. Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016 a equipe se reuniu com o objetivo de definir o enfoque das postagens, bem como as responsabilidades de cada um. As primeiras pautas surgiram mediante conversas com amigos, familiares, moradores de periferia e artistas independentes. Em uma das reuniões de pauta, definiu-se a estética do blog e as características das editorias pré-fixadas que constam atualmente na página. A periodicidade do Rota Goiana é semanal e a responsabilidade sobre as publicações é de responsabilidade exclusiva das autoras. Ao acessar o blog o leitor encontra diretamente um menu interativo na cor verde -símbolo do Rota Goiana - com todos os marcadores, informações de contato e espaço de divulgação das redes sociais do blog. O título do site é escrito na fonte Georgia tamanho 48. Já as postagens são escritas no padrão Times New Roman tamanho 12. A escolha de um fonte com serifa se deve ao desejo de tornar a leitura mais confortável. Todos os conteúdos do Rota estão disponíveis para acesso também via smartphone. Como resultado final, considerando todas as seções foram produzidas dezenas de reportagens e entrevistas, com destaque para a seção gente, que apresenta uma entrevista especial com o mestrando em Educação Intercultural pela UFG, o índigena Ercivaldo Xerente, na qual o entrevistado comenta os desafios da educação escolar indígena no Brasil. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Este projeto tem sua aplicabilidade voltada para a população residente no estado de Goiás. O povo goiano reflete imensa variedade cultural, que nem sempre é valorizada pela grande mídia, em especial com relação à cultura produzida nas periferias e a grupos sociais historicamente marginalizados. Pensando nisso, foi desenvolvido o Rota Goiana, ao levar em consideração a importância da documentação de fatos, pessoas e lugares esquecidos pela grande mídia local. Acredita-se que com a criação do blog a população local tenha mais uma opção gratuita para poder exercer o direito a comunicação social e à aquisição de cultura. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES, R. C. Jornalismo Digital: dez anos de web& e a revolução continua. Comunicação e Sociedade, vol. 9-10, 2006, p. 93-102. Disponível em: <http://revistacomsoc.pt/index.php/comsoc/article/view/1157/1100> Acesso em: 25/03/2017<br><br>ARAÚJO, P. C. de. O blog  na era da informação como ferramenta de compartilhamento de informação, conhecimento e para a promoção profissional. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.15, n.1, p. 201-213 jan./jun., 2010.<br><br>BRASIL.IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em <censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em 15 de janeiro de 2017<br><br> CHAUL, N. F,; DUARTE, L. S. História Política de Goiás. Goiânia, Editora UFG, 2ª edição, 2009.<br><br>FERRARI, P. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2014. Disponivel em <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=GthnAwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT7&dq=jornalismo+digital+Brasil&ots=NynWmKFqhx&sig=DuMTj70iN99bSMqG3qYvTpf9kwQ#v=onepage&q=jornalismo%20digital%20Brasil&f=false> Acesso em: 20/03/2017 <br><br> LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade.Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª edição, São Paulo, 2003.<br><br>PIZA, D. Jornalismo Cultural. 3ª edição, 2ª reimpressão, São Paulo, Editora Contexto, 2009. <br><br>RODRIGUES, F.A. Diferenças e semelhanças entre cultura e entretenimento sob a perspectiva do centro cultural de São Paulo. São Paulo, 2010. Disponível para acesso em: <http://myrtus.uspnet.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/159-525-1-PB.pdf> Acesso em 15/03/2017<br><br>ROSSETTI, M. L. O jornalismo cultural brasileiro na história: reconstruções e interpretações. In: X Encontro Nacional de História da Mídia, Rio Grande do Sul, 2015.<br><br>TEIXEIRA, N. Impacto da internet sobre a natureza do Jornalismo Cultural. 2008. Disponível em <http://www.bocc.ubi.pt/pag/teixeira-nisio-impacto-da-internet.pdf>. Acesso em: 13/03/2017 <br><br> </td></tr></table></body></html>