ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00279</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Crônicas audiovisuais como parte da cobertura de evento de</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Alan Rios Araújo (Universidade Católica de Brasília); Iago Martinho Kieling (Universidade Católica de Brasília); Mateus Lincoln Borges de Sousa (Universidade Católica de Brasília); Letícia Marques Tiveron (Universidade Católica de Brasília); Benny da Silva Leite (Universidade Católica de Brasília); Alexandre Schirmer Kieling (Universidade Católica de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Crônica, Cobertura, Evento, Telejornalismo, Comunicação</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objeto deste trabalho é a experiência de construções narrativas audiovisuais a partir de crônicas que abordam acontecimentos e o público na cobertura jornalística de um evento acadêmico. Trata-se da Secomunica, a semana acadêmica, já tradicional no Curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília. Em 2016, a XV Secomunica contou pela primeira vez com cobertura ao vivo para o evento que, além das transmissões das palestras, teve também a participação ao vivo de repórteres, matérias e as crônicas audiovisuais que foram realizadas por alunos voluntários. Os alunos que trabalharam nas crônicas foram desafiados a colocar o seu ponto de vista a respeito do evento, da profissão, do curso, e de outras questões da área. O produto final aliou a informação jornalística à subjetividade de cada um, resultando em vídeos jornalisticamente poéticos, exibidos durante e após o evento.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como parte dos trabalhos da disciplina de Produção e Edição em TV, os alunos realizam a cobertura audiovisual do evento Secomunica, sempre no segundo semestre do ano. O evento - semana acadêmica dos cursos de jornalismo e publicidade e propaganda - que conta com palestras, oficinas e exposições, foi acompanhando por participações ao vivo de estudantes como apresentadores e repórteres com matérias/reportagens inteiramente produzidas por alunos, que se empenham na qualidade dos vídeos. Na 15ª edição do evento, em 2016, pela primeira vez as atividades ganharam uma cobertura ininterrupta e não somente a transmissão das palestras principais. Nessa atividade ao vivo os alunos produziam o dia inteiro, transmitindo em tempo real para o público, por streaming, em um canal de Internet. Para acompanhar a novidade, foram produzidas crônicas audiovisuais, durante os dias de evento, por alunos voluntários do curso de Comunicação. Esses produtos, por sua vez, procuraram retratar a vivência dos participantes do evento em busca de uma representação daquele universo com sínteses de um cotidiano acadêmico. O esforço desenvolveu-se animado pelo desafio de captar aquelas ações de maneira poética, sem perder o caráter informativo. Ao total, foram 4 crônicas produzidas em cada dia da Secomunica, exibidas nos intervalos da transmissão ao vivo no Youtube, e publicadas posteriormente nas redes sociais.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo da realização das crônicas foi, além de exercitar a atividade do jornalismo televisivo, gerar produtos de qualidade num caráter experimental. Com isso, os vídeos queriam atingir propostas que integrassem o conteúdo à estética, diferente dos padrões recorrentes no hard news do telejornalismo. Almejamos, desta forma, que os produtos pudessem ampliar o interesse no evento e ajudasse na repercussão das atividades, além de informar ao público tudo o que aconteceu na programação, para que pessoas que tivessem perdido parte das ações, tomassem conhecimento delas. Assim, imaginamos, os produtos finais seriam atrativos principalmente para os alunos de Comunicação Social participarem mais da Secomunica e se integrarem quanto às propostas de inserção da qualidade poética e técnica na produção telejornalística. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por diversas vezes, alunos se deparam com os mesmos padrões, formatos e tradições do jornalismo em suas mais diversas áreas de atuação. No audiovisual, isso se percebe em diversos formatos de programas para TV, como nos telejornais. A atualização e desconstrução de formatos é imprescindível nessa mídia que ainda é a mais consumida pelo público brasileiro. O processo acadêmico no campo do jornalismo e, especialmente do audiovisual, oferece oportunidade para a experimentação e a vivência. A proposta da cobertura gerou um ambiente adequado no qual encontramos pertinência para a experimentação de narrativas por meio das crônicas. Nesse sentido, pode-se unir a teoria à prática na realização, além da exploração da técnica, sensibilidade e subjetividade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a gravação das crônicas, os alunos contaram com a equipe de produção da turma de Produção e Edição em TV, além da orientação do professor responsável pela disciplina, DR. Alexandre Kieling. Desta forma, os vídeos eram captados ao longo do evento com as câmeras e acessórios de vídeo do curso e, posteriormente, editadas nas ilhas de edição disponíveis na produtora do curso. Cada aluno ficava responsável por, no mínimo, o texto e a direção de sua crônica, podendo decidir quais outros membros acolher na equipe para realizar as outras tarefas necessárias para a produção. Assim, os alunos puderam exercitar tanto as áreas técnicas, quanto às conceituais necessárias na elaboração do material. A escrita de roteiro, do texto para o off, a gravação, a edição e a narração, foram as principais funções realizadas no projeto, todas feitas pelos alunos. Aliada à parte técnica, vinha para cada um o desafio principal: Desenvolver seu senso crítico, criativo e sua sensibilidade para trabalhar em materiais de qualidade e disponibilizá-los ao público. Assim, os métodos utilizados sempre objetivaram reunir, da melhor maneira possível, tanto a informação jornalística, quanto a percepção artística e poética de cada realizador das crônicas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Carregando a visão do estudante realizador, cada crônica teve o seu conceito e estética própria. Apesar da subjetividade dos alunos na realização do produto, algumas abordagens foram encontradas em toda a sequência de vídeos. A exemplo disso, estão a menção à sobrecarga que os alunos possuem em momentos da graduação e também a visão crítica aos estudantes que deixam de participar do evento promovido. Cada crônica a seguir possui sua proposta própria e uma grande realização por trás do resultado de rápidos produtos finais. Crônica 1 - Olhares Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=XkiS7im5NNM&app=desktop> A primeira crônica realizada no evento abordou a subjetividade e o universo que existe nas pessoas das mais variadas idades, por meio de seus olhares ao longo das palestras e oficinas. Sua narrativa é guiada por descrições de diversos tipos de alunos e professores e suas reações ao longo, não apenas do evento, mas do curso e da carreira profissional. O ritmo do vídeo é acelerado, combinando sua narração e montagem com a trilha sonora:  Verão , de Vivaldi. Autor: Iago Kieling Crônica 2 - Experiências Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KN1BpVj9gTY> Com referência de vídeos e filmes compostos por fotos sequenciais, essa crônica conceituou e abordou as experiências adquiridas ao longo do evento, do curso e da profissão da Comunicação. Seu estilo se assemelha aos VT s de uma campanha publicitária do Santander e também do curta-metragem de Kleber Mendonça Filho,  Vinil Verde , sendo ambos produtos compostos por fotos passadas de acordo com o ritmo do texto e da voz de narração. Sua realização apresenta um caráter experimental, ao combinar tais propostas com a atividade jornalística, gerando assim a poesia da crônica. Autor: Benny Leite Crônica 3 - Oportunidades Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZMNwFJtDlPc> Com uma proposta poética emocional, essa crônica trouxe à discussão os ganhos que alunos têm ao participar de eventos universitários, como a Secomunica, trabalhando, ao mesmo tempo, nas perdas dos que não participam. Com grande harmonia entre a trilha, o texto em off e as imagens, o vídeo é marcado pela sensibilidade da autora e aposta na beleza audiovisual para conscientizar as pessoas por meio de críticas sutis. Autora: Letícia Tiveron Crônica 4 - Heróis Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XmXd8FIzX8E&feature=youtu.be> Para finalizar a sequência, a quarta e última crônica homenageou o backstage de produção da XV Secomunica. Com um vídeo que mostrou as ações essenciais para o sucesso do evento e que não foram vistas pela maioria dos presentes, o texto compara os personagens da história da semana de comunicação com personagens fictícios, para levar reconhecimento aos que ficam por trás das cortinas. Autor: Alan Rios </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Em resumo, a experiência adquirida através da realização das crônicas ofereceu aos alunos uma nova perspectiva quanto à linguagem audiovisual jornalística. As criações puderam perdurar para além do evento, haja vista que, além de serem veiculadas em intervalos da transmissão ao vivo, foram também publicadas na internet, permitindo seu acesso a mais pessoas. O projeto das crônicas foi um ensaio que trazia diversos desafios aos alunos, a julgar pelo fato de que ainda não possuíam uma vivência sólida nesse formato de narrativa no audiovisual. Ao lidarem com o problema, os realizadores puderam criar produtos a partir de suas visões de mundo e sua experiência na Comunicação, agregando ao evento e às suas técnicas de construção audiovisual. A cobertura desta edição do evento apresentou números mais expressivos de audiência em relação aos anos anteriores. Isso se deu tanto pelas transmissões ao vivo, quanto pelo atrativo garantido pela exibição das crônicas. Os produtos mostraram para todos alunos do curso a possibilidade de realizar um jornalismo mais autoral e artístico, aproveitando-se ao máximo do potencial da linguagem audiovisual Além do exercício técnico adquirido nas produções, os alunos envolvidos e toda a turma da disciplina puderam aprimorar seus conhecimentos audiovisuais. Pode-se defender o potencial que programas televisivos ricos em qualidade técnica ainda possuem para divulgação de novos conceitos e ideias para a sua audiência.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">HOWARD, David; MABLEY, Edward. Teoria e Prática do Roteiro. Um Guia para escritores de cinema e televisão. São Paulo, Editora Globo, 1993.<br><br>MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000.<br><br>MARQUES, Márcia. As mudanças nas rotinas de produção das agências de notícias com a consolidação da internet no Brasil. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/marques-marcia-mudancas-nas-rotinas-deproducao.pdf>.Acesso: 16 de março de 2017.<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. São Paulo: Papirus, 2005.<br><br>PINTO, Pedro Mendonça. Fazer jornalismo não é apresentar jornais. Entrevistadora: Bruna Pereira, 2013. Entrevista concedida ao site Os Melhores Passatempos. Disponível em: <http://www.maiseducativa.com/2012/03/06/fazer-jornalismo-nao-e-apresentar-jornais/>. Acesso em: 12 abr. 2017.<br><br>VINIL VERDE. Direção e Produção: Kleber Mendonça Filho. Recife: Kleber Mendonça Filho, 2004. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2aFMf46nwEo>. Acesso em: 10/04-2016>. Acessado em <10/04/2017>.<br><br>WATTS, Harris. Direção de Câmera. São Paulo: Summus editorial, 1999.<br><br>WATTS, Harris. On Camera: o curso de produção de filme e vídeo da BBC. São Paulo: Summus editorial, 1990.<br><br> </td></tr></table></body></html>