INSCRIÇÃO: 00296
 
CATEGORIA: JO
 
MODALIDADE: JO11
 
TÍTULO: Feito Tatuagem
 
AUTORES: ELISAMA COSTA XIMENES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); LUCIENE DE OLIVEIRA DIAS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS)
 
PALAVRAS-CHAVE: vitiligo, Jornalismo Literário, preconceito, livro-reportagem, pele
 
RESUMO
Este paper dá suporte ao livro-reportagem Feito Tatuagem, composto por histórias de pessoas com vitiligo e suas vivências diárias narradas com as técnicas do Jornalismo Literário. O vitiligo é uma doença dermatológica e psicossomática que se manifesta por meio da despigmentação da pele e se mostra em forma de manchas esbranquiçadas. O intuito do livro é promover a ampla divulgação e a desconstrução do estigma sobre a doença, que faz com que as pessoas com vitiligo sejam discriminadas. O paper contém relatos e minuciosidades sobre o processo de construção do livro e de diálogo com os personagens encontrados no Hospital das Clínicas, fora de ambientes de tratamento e na própria narradora.
 
INTRODUÇÃO
No ônibus, na rua, no trabalho, na escola, na faculdade, em casa ou em qualquer outro lugar vemos crianças, idosos e adultos, sejam brancos ou negros, mulheres ou homens, com manchas brancas no corpo. Trata-se de vitiligo, uma doença dermatológica e psicossomática que atinge 1% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele age na despigmentação da pele, quando os melanócitos param de produzir melanina. Segundo Luz, Santos e Partata (2014, p.1), trata-se de uma doença "de evolução clínica imprevisível, caracterizada pelo surgimento de máculas e manchas acrômicas em áreas da pele e mucosas com tendência a aumentar centrifugamente de tamanho em decorrência da ausência de melanina". No entanto há quem tema, de antemão, o contágio. Mas, pelo contrário, o vitiligo não é uma doença contagiosa. Ele é motivado por uma herança genética somada a possíveis desestabilizações emocionais que podem vir antes ou durante o processo de despigmentação. Esse temor, criado por um estigma, gera uma rejeição preconceituosa das pessoas com vitiligo no meio social, fazendo com que tenham o psíquico ainda mais prejudicado, podendo gerar um aumento na aparição de novas manchas. E, assim, isso se torna um ciclo vicioso. Diante dessa problemática, o projeto é comprometido com a escrita de um livro-reportagem composto por perfis, reportagens e crônicas sobre pessoas diagnosticadas com vitiligo, que passam seus dias enfrentando o preconceito e lutando pela pigmentação da pele e/ou pela afirmação como pessoa despigmentada. O livro conta, também, com impressões autobiográficas em todos os textos, em que relato minhas próprias experiências como uma das pessoas diagnosticadas com vitiligo. A hipótese é de que é possível abordar o vitiligo, questionar suas formas de tratamento e o preconceito criado em cima de um estigma, por meio da narrativa jornalística literária, contribuindo para a divulgação das informações que giram em torno da doença.
 
OBJETIVO
O objetivo geral foi a construção de um livro-reportagem composto por perfis jornalísticos, dispondo das teorias do Jornalismo Literário, de pessoas que têm a doença dermatológica e psicossomática vitiligo e crônicas e grandes reportagens, que contemplam as vivências cotidianas dessas pessoas com o vitiligo. Diante disso, especificamente, objetivou-se: a) Narrar de maneira literária, criativa e em profundidade as histórias das pessoas portadoras de vitiligo; b) Discutir o preconceito contra o que não é visivelmente uniforme; c) Entender como se dá o vitiligo e de que maneira é feito o processo de afirmação identitária; d) Atuar na conscientização e alerta da população, para mostrar que o vitiligo é um problema não só de saúde física, mas psicológico e que o preconceito só alimenta seu progresso; e) Possibilitar a quem tem vitiligo que se tornem sujeitos da narrativa sobre a vivência com a doença e não meros cobaias da ciência e da imprensa; f) Expressar impressões autobiográficas relacionadas à vivência e trajetória com o vitiligo;
 
JUSTIFICATIVA
O livro, assim, dança entre desenhos de histórias de crianças e adultos com vitiligo; entre gente que segue firme no tratamento pela pigmentação e gente que preferiu deixar que as tatuagens naturais sem cor ficassem ali. Para entrar no universo do tratamento, fui atrás de hospitais públicos que tivessem um trabalho específico, na dermatologia, voltado para o vitiligo. Descobri que, assim como em tantas outras capitais brasileiras, esse trabalho era realizado no hospital universitário de Goiânia – o Hospital das Clínicas. Segundo os especialistas: O vitiligo é uma das dermatoses mais intrigantes existentes. Em termos físicos, ela pouco representa na pele, uma vez que é caracterizada por pobreza de sintomas e não ameaça a integridade do paciente. Talvez por isso, e infelizmente, muitos médicos a consideram somente uma alteração estética, negligenciando ou desqualificando o profundo efeito psicológico que provoca em cada portador. (AZAMBUJA; NOGUEIRA; ZANCANARO, 2009, p.1) Assim, é possível especular que o interesse universitário se dê pelo fato de a doença ter potencial para novas descobertas. O HC pertence à Universidade Federal de Goiás e conta com uma equipe de médicos e professores da Escola de Medicina da instituição. Além do tratamento com consultas e receitas de remédios, eles oferecem o tratamento com fototerapia, que utiliza banhos de luz, exposição à luz solar, raios infravermelhos e ultravioleta para pigmentar a pele. Foi, então, que acessando a equipe que realiza os procedimentos no hospital, tive acesso a um grupo de pessoas com vitiligo que realizam o tratamento. Além do HC, o Hospital de Medicina Alternativa (HMA) também realiza um tratamento para o vitiligo com a cúrcuma. Entretanto não foi possível falar com a equipe, porque existe uma resistência no ambiente a jornalistas. Em 2010, o médico Dráuzio Varella, com o programa Fantástico, realizou uma matéria sobre os tratamentos naturais para o câncer e, depois de entrevistar algumas pessoas do HMA, fez uma edição, em que deixava evidente seu posicionamento contra o tratamento e, ainda, respaldou sua opinião com falas de outros médicos que acusavam que a eficácia da homeopatia não era comprovada. Uma das entrevistas foi, justamente, a médica que realiza o tratamento com a cúrcuma para o vitiligo e que se recusou em colaborar para este livro, escrito por uma estudante de jornalismo. Não só na abordagem do tratamento natural, mas as narrativas existentes sobre o vitiligo na mídia hegemônica são, como avaliado pelos personagens do livro, superficiais e problemáticas. No sentido de que elas prezam por abordar determinados tratamentos e pouco se focam na complexidade do ser humano que é atingido pelas manchas. Poderia soar como uma reivindicação pífia, mas considerando que o vitiligo é psicossomático, ou seja, envolve mente e corpo, abordar somente o corpo em uma cobertura jornalística e se esquecer do que permeia a vida das pessoas é como pautar a matéria somente em metade do problema. Esse posicionamento reforça a ideia apontada por Azambuja, Nogueira e Zancanaro (2009, p.1) de que, por não causar nenhum outro efeito além da despigmentação, o vitiligo é uma questão somente estética, excluindo-se a necessidade de um tratamento relacionado à saúde mental dos pacientes. Dessa maneira, o livro cumpre sua função quando contempla uma cobertura jornalística de profundidade e que instrumentalize meios de deixar que quem tem vitiligo conte suas histórias sem precisarem de respaldo científico e sem parecerem apenas pessoas preocupadas com a estética.
 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
A pesquisa teve uma abordagem qualitativa se colocarmos em paralelo a ela a quantitativa. Quer dizer, não couberam números para construir um livro que preza por uma narrativa humana e literária. A pesquisa qualitativa “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números” (PRODANOV; FREITAS 2013, p. 70). Para cada contato com os personagens é possível dizer que foi realizada a observação participante e entrevistas abertas, que estão na categoria de entrevistas em profundidade. A entrevista aberta tem, segundo Duarte (2010), caráter exploratório, flexível e não se prende a um questionário pré-determinado. As perguntas são guiadas pela própria conversa, que se origina de um tema amplo. “A capacidade de aprofundar as questões a partir das respostas torna este tipo de entrevista muito rico em descobertas” (DUARTE, 2010, p. 65). Considero, ainda, que o trabalho realizado no Hospital das Clínicas se enquadra como observação participante por ter consistido “na inserção do pesquisador no ambiente natural de ocorrência do fenômeno e de sua interação com a situação investigada” (PERUZZO, 2010, p. 125). Essa ideia fica evidente em Cumulus.਀준 攀瘀椀搀攀渀琀攀 漀 渀漀 挀漀洀瀀爀漀洀攀琀椀洀攀渀琀漀 挀椀攀渀琀昀椀挀漀 搀攀猀琀攀 氀椀瘀爀漀 攀洀 挀愀琀攀最漀爀椀稀愀爀 漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 攀 猀攀甀猀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀猀Ⰰ 攀渀琀爀攀琀愀渀琀漀Ⰰ 昀漀椀 渀攀挀攀猀猀爀椀漀 戀甀猀挀愀爀 甀洀 攀洀戀愀猀愀洀攀渀琀漀 琀攀爀椀挀漀 瀀愀爀愀 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 焀甀攀 愀猀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀猀 渀漀 挀漀洀攀琀攀猀猀攀洀 攀焀甀瘀漀挀漀猀 渀愀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 瀀愀猀猀愀搀愀猀⸀ 一漀 瀀爀漀樀攀琀漀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀Ⰰ 挀漀洀 愀 椀渀昀漀爀洀愀漀 搀攀 焀甀攀 ᰀ攠洀 攀猀琀甀搀漀猀 瘀愀爀椀愀搀漀猀Ⰰ 愀琀 㜀Ⰰ㈀─ 搀漀猀 愀昀攀琀愀搀漀猀 爀攀氀愀琀愀洀 焀甀攀 愀 愀氀琀攀爀愀漀 猀攀 椀渀椀挀椀愀 挀漀洀 愀氀最甀洀 攀猀琀爀攀猀猀攀 攀洀漀挀椀漀渀愀氀ᴀ†⠀一伀䜀唀䔀䤀刀䄀㬀 娀䄀一䌀䄀一䄀刀伀㬀 䄀娀䄀䴀䈀唀䨀䄀Ⰰ ㈀  㤀Ⰰ 瀀⸀ ㄀⤀Ⰰ 瀀攀渀猀攀椀 焀甀攀 猀攀爀椀愀洀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀 瀀爀攀攀渀挀栀攀洀 攀猀猀愀 瀀漀爀挀攀渀琀愀最攀洀 洀渀椀洀愀 焀甀攀 攀猀琀愀爀椀愀洀 攀洀 䘀攀椀琀漀 吀愀琀甀愀最攀洀⸀ 匀 搀攀瀀漀椀猀 搀攀 挀漀渀瘀椀瘀攀爀 攀 挀漀渀瘀攀爀猀愀爀 挀漀洀 攀猀猀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀 攀渀琀攀渀搀椀 焀甀攀 渀漀 攀爀愀 琀漀 猀椀洀瀀氀椀猀琀愀 愀猀猀椀洀 攀 焀甀攀 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 挀漀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀 猀漀 栀攀琀攀爀漀最渀攀愀猀 愀琀 渀漀 攀洀漀挀椀漀渀愀氀⸀ ਀준 洀甀椀琀漀 挀漀洀瀀氀攀砀漀 洀愀琀攀爀椀愀氀椀稀愀爀 琀愀椀猀 搀愀搀漀猀 挀氀椀渀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 洀愀猀 愀 挀漀爀爀攀氀愀漀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀椀搀愀 瀀漀爀 愀氀最甀渀猀 瀀愀挀椀攀渀琀攀猀  洀甀椀琀漀 猀甀最攀猀琀椀瘀愀⸀ 匀攀最甀渀搀漀 䄀氀 䄀戀愀搀椀攀 攀 挀漀氀⸀Ⰰ 漀 攀猀琀爀攀猀猀攀 愀甀洀攀渀琀愀 漀猀 渀瘀攀椀猀 搀攀 栀漀爀洀渀椀漀猀 渀攀甀爀漀攀渀搀挀爀椀渀漀猀 攀 搀攀 渀攀甀爀漀琀爀愀渀猀洀椀猀猀漀爀攀猀 愀甀琀渀漀洀漀猀Ⰰ 漀 焀甀攀 愀氀琀攀爀愀 漀 猀椀猀琀攀洀愀 椀洀甀渀攀 攀 愀琀椀瘀愀 爀攀最椀攀猀 攀猀瀀攀挀昀椀挀愀猀 搀漀 挀爀攀戀爀漀 爀椀挀愀猀 攀洀 渀攀甀爀漀瀀攀瀀琀搀攀漀猀Ⰰ 洀漀搀椀昀椀挀愀渀搀漀 漀猀 渀瘀攀椀猀 搀攀猀琀攀猀 攀 昀愀瘀漀爀攀挀攀渀搀漀 猀甀愀 氀椀戀攀爀愀漀 愀渀琀椀搀爀洀椀挀愀 渀愀 瀀攀氀攀⸀ 䤀猀猀漀 瀀漀搀攀爀椀愀 爀攀猀瀀漀渀搀攀爀 瀀攀氀漀 椀渀挀椀漀 搀漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 攀洀 愀氀最甀洀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀⸀ ⠀一伀䜀唀䔀䤀刀䄀㬀 娀䄀一䌀䄀一䄀刀伀㬀 䄀娀䄀䴀䈀唀䨀䄀Ⰰ ㈀  㤀Ⰰ 瀀⸀ ㄀⤀⸀ ਀䄀猀 瀀漀猀琀甀氀愀攀猀 搀攀猀猀攀猀 愀甀琀漀爀攀猀 攀 搀攀 䰀甀稀Ⰰ 匀愀渀琀漀猀 攀 倀愀爀琀愀琀愀 ⠀㈀ ㄀㐀⤀ 昀漀爀愀洀 攀猀猀攀渀挀椀愀椀猀 瀀愀爀愀 攀渀琀攀渀搀攀爀 漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 攀渀焀甀愀渀琀漀 琀攀爀洀漀 搀愀 猀愀切搀攀 攀 琀爀愀稀攀爀 攀猀猀愀猀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 瀀愀爀愀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀漀ⴀ氀椀琀攀爀爀椀愀⸀ 䄀氀洀 搀漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 攀洀 猀椀Ⰰ 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 戀椀戀氀椀漀最爀昀椀挀愀 焀甀攀 猀甀猀琀攀渀琀愀 攀猀琀攀 倀爀漀樀攀琀漀 䔀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀 琀攀瘀攀 挀漀洀漀 昀漀挀漀 漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䰀椀琀攀爀爀椀漀 攀Ⰰ 挀漀洀瀀氀攀洀攀渀琀愀爀洀攀渀琀攀Ⰰ 猀攀 攀猀琀甀搀漀甀 琀愀洀戀洀 猀漀戀爀攀 瀀攀爀昀椀猀 攀 挀爀渀椀挀愀猀 瀀愀爀愀 攀洀戀愀猀愀爀 愀 瀀爀琀椀挀愀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀Ⰰ 洀攀猀洀漀 焀甀攀 渀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀Ⰰ 漀 氀椀瘀爀漀 琀攀渀栀愀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀 甀洀愀 挀漀洀瀀漀猀椀漀 栀戀爀椀搀愀 搀攀 最渀攀爀漀猀 ጀ†搀愀渀愀渀搀漀 攀渀琀爀攀 瀀攀爀昀椀氀Ⰰ 挀爀渀椀挀愀 攀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 猀 瘀攀稀攀猀Ⰰ 攀洀 甀洀 猀 琀攀砀琀漀⸀ 吀愀洀戀洀 猀攀 瀀攀渀猀漀甀Ⰰ 挀漀洀 愀樀甀搀愀 搀攀 愀甀琀漀爀攀猀⼀愀猀 瘀愀爀椀愀搀漀猀⼀愀猀 猀漀戀爀攀 搀椀昀攀爀攀渀愀 攀 瀀爀攀挀漀渀挀攀椀琀漀Ⰰ 瀀愀爀愀 攀渀琀攀渀搀攀爀 愀猀 爀攀氀愀攀猀 栀甀洀愀渀愀猀Ⰰ 攀 搀攀 瀀漀搀攀爀Ⰰ 焀甀攀 愀挀漀渀琀攀挀攀洀 挀漀洀 焀甀攀洀 琀攀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ 䄀氀洀 搀攀 猀攀 攀洀戀愀猀愀爀 攀洀 瀀爀琀椀挀愀猀 洀攀琀漀搀漀氀最椀挀愀猀 挀漀洀漀 漀戀猀攀爀瘀愀漀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀渀琀攀Ⰰ 挀漀氀攀琀愀 搀攀 搀愀搀漀猀Ⰰ 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 攀洀 瀀爀漀昀甀渀搀椀搀愀搀攀 攀 漀戀猀攀爀瘀愀漀 搀攀 挀愀洀瀀漀Ⰰ 挀漀洀 甀洀愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 焀甀愀氀椀琀愀琀椀瘀愀⸀ Para estudar o Jornalismo Literário foi fundamental a leitura de Eduardo Belo (2006, p. 24), que postula sobre o surgimento dessa técnica como “voto de protesto” contra a estrutura das reportagens guiadas pelo lide, a famosa pirâmide invertida. Para ele, o Jornalismo Literário visa ao aprofundamento dos temas (BELO, 2006, p. 4), pelo que prezei durante o processo de desenvolvimento deste livro-reportagem. Além dele, Tom Wolfe (2005) e Edvaldo Pereira Lima (2009) foram essenciais para entender, também, o livro-reportagem como recurso apropriado para garantir o aprofundamento que buscava. De acordo com Belo (2006, p. 41), o livro-reportagem é o “veículo no qual se pode reunir a maior massa de informação organizada e contextualizada sobre um assunto”, muitas vezes, negligenciado pela mídia tradicional.਀䐀攀渀琀爀漀 搀攀猀猀攀 挀愀洀瀀漀 搀攀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀Ⰰ 攀猀挀漀氀栀椀 漀猀 昀漀爀洀愀琀漀猀 搀攀 琀攀砀琀漀猀 瀀攀爀昀椀氀 攀 挀爀渀椀挀愀⸀ 倀愀爀愀 攀渀琀攀渀搀攀爀 挀漀洀漀 昀甀渀挀椀漀渀愀 愀 搀椀渀洀椀挀愀 搀漀猀 瀀攀爀昀椀猀 攀 瀀愀爀愀 焀甀攀 猀攀爀瘀攀洀 昀漀椀 椀洀瀀漀爀琀愀渀琀攀 愀 氀攀椀琀甀爀愀 搀攀 匀爀最椀漀 嘀椀氀氀愀猀 䈀漀愀猀 ⠀㈀  ㌀⤀⸀ 䄀 挀漀洀攀愀爀 瀀攀氀愀 攀猀挀漀氀栀愀 搀漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀Ⰰ 漀 愀甀琀漀爀 挀漀渀猀攀最甀攀 琀爀愀搀甀稀椀爀 漀 瀀漀爀焀甀 搀愀 昀甀最愀 搀漀 挀漀渀瘀攀渀挀椀漀渀愀氀㨀 ᰀ唠洀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 搀攀猀挀漀渀栀攀挀椀搀漀Ⰰ 瀀漀爀 洀愀椀猀 椀氀甀洀椀渀愀搀漀Ⰰ 猀椀洀瀀氀攀猀洀攀渀琀攀 渀漀 攀砀椀猀琀攀 瀀愀爀愀 漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 挀漀渀瘀攀渀挀椀漀渀愀氀⸀ 䔀砀挀攀漀 瀀愀爀愀 漀猀 最爀漀琀攀猀挀漀猀Ⰰ 漀猀 瀀椀琀漀爀攀猀挀漀猀Ⰰ 漀猀 瘀椀琀椀洀愀搀漀猀 漀甀 漀猀 氀漀甀挀漀猀 搀攀 瀀攀搀爀愀ᴀ†⠀嘀䤀䰀䄀匀  䈀伀䄀匀Ⰰ  ㈀  ㌀Ⰰ  瀀⸀ ㈀㐀⤀⸀ 䔀氀攀Ⰰ 渀漀 攀渀琀愀渀琀漀Ⰰ 搀攀昀攀渀搀攀 焀甀攀 漀 瀀攀爀昀椀氀 挀甀洀瀀爀攀 漀 瀀愀瀀攀氀 搀攀 最攀爀愀爀 攀洀瀀愀琀椀愀 ⠀嘀䤀䰀䄀匀 䈀伀䄀匀Ⰰ ㈀  ㌀Ⰰ 瀀⸀ ㄀㐀⤀Ⰰ 洀愀猀Ⰰ 挀漀洀 愀 攀猀挀爀椀琀愀 搀漀 氀椀瘀爀漀 瀀甀搀攀 攀渀琀攀渀搀攀爀 焀甀攀 攀猀猀愀 攀洀瀀愀琀椀愀 渀漀  瀀漀猀猀瘀攀氀 焀甀愀渀搀漀 猀攀 昀愀氀愀 攀洀 搀椀昀攀爀攀渀愀⸀ 儀甀攀爀 搀椀稀攀爀Ⰰ 焀甀攀洀 氀 䘀攀椀琀漀 吀愀琀甀愀最攀洀Ⰰ 甀洀 氀椀瘀爀漀 猀漀戀爀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 挀漀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀Ⰰ 渀漀 琀攀洀 挀漀洀漀 猀攀 挀漀氀漀挀愀爀 渀愀 瀀攀氀攀 搀愀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 攀 攀渀琀攀渀搀攀爀Ⰰ 搀攀 昀愀琀漀Ⰰ 漀猀 猀攀渀琀椀洀攀渀琀漀猀 搀攀氀愀猀 攀洀 挀愀搀愀 猀椀琀甀愀漀Ⰰ 猀椀洀瀀氀攀猀洀攀渀琀攀Ⰰ 瀀漀爀焀甀攀 渀漀 攀猀琀 渀漀 瘀椀瘀椀搀漀 搀攀 焀甀攀洀 氀 攀 渀漀 琀攀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ Mas, sim, é possível narrar com minúcias cada sentimento para que o leitor se sinta o mais próximo possível, mas não em seu lugar. A crônica, portanto, foi escolhida nesse sentido, porque, junto ao perfil, “tomam emprestados os recursos estéticos da literatura para desnudar e interpretar o cotidiano, tratado de forma dura e crua pelo jornalista de ofício” (CHIQUIM, 2014, p. 61). Integrando, Sant’Anna (1997, p. 272), define que “cronista é um jornalista a quem é permitido falar em primeira pessoa”, carregando para dentro do fazer jornalístico, junto com o “eu”, tudo o que em si habita. Ao me permitir falar em primeira pessoa, mergulho, junto com os personagens, para dentro da narrativa, analisando o cotidiano e dando sentido às experiências. Jorge Luis Bonfim Medina (2001), também foi fundamental para entender a crônica e sua narrativa literária comprometida com a verdade exigida pelo jornalismo.਀倀愀爀愀 愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀攀猀琀攀 倀爀漀樀攀琀漀 䔀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀Ⰰ 琀愀洀戀洀 昀漀爀愀洀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀猀 氀攀椀琀甀爀愀猀 焀甀攀 昀漀爀琀愀氀攀挀攀猀猀攀洀 漀 搀攀戀愀琀攀 渀漀 洀戀椀琀漀 搀愀 搀椀昀攀爀攀渀愀⸀ 䤀猀猀漀Ⰰ 瀀漀爀焀甀攀  攀氀愀 焀甀攀洀 渀漀猀 昀愀稀 攀砀椀猀琀椀爀⸀ ᰀ䄠猀 愀昀椀爀洀愀攀猀 猀漀戀爀攀 搀椀昀攀爀攀渀愀 猀 昀愀稀攀洀 猀攀渀琀椀搀漀 猀攀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀椀搀愀猀 攀洀 猀甀愀 爀攀氀愀漀 挀漀洀 愀猀 愀昀椀爀洀愀攀猀 猀漀戀爀攀 愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀ᴀ†⠀匀䤀䰀嘀䄀Ⰰ ㈀   Ⰰ 瀀⸀ 㜀㌀⤀⸀ 䄀 挀漀渀挀攀瀀漀 搀攀 吀漀洀稀 吀愀搀攀甀 搀愀 匀椀氀瘀愀 洀攀 愀樀甀搀漀甀 愀 攀渀琀攀渀搀攀爀 挀漀洀漀 猀攀 搀 挀漀渀猀琀爀甀漀 椀搀攀渀琀椀琀爀椀愀 搀愀 瀀攀猀猀漀愀 挀漀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ 伀 椀渀搀椀瘀搀甀漀 搀攀 瀀攀氀攀 洀愀渀挀栀愀搀愀  甀洀 搀漀猀 攀砀瀀氀挀椀琀漀猀 攀砀攀洀瀀氀漀猀 搀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 渀愀 搀椀昀攀爀攀渀愀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀伀 瀀爀漀樀攀琀漀 攀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀Ⰰ 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀  搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀 吀爀愀戀愀氀栀漀 搀攀 䌀漀渀挀氀甀猀漀 搀攀 䌀甀爀猀漀Ⰰ 琀攀瘀攀 挀漀洀漀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 漀 氀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 䘀攀椀琀漀 吀愀琀甀愀最攀洀⸀ 䄀 攀猀挀漀氀栀愀 瀀攀氀漀 琀琀甀氀漀 搀漀 氀椀瘀爀漀 瘀攀椀漀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 甀洀愀 洀攀琀昀漀爀愀 焀甀攀 猀甀爀最椀甀 搀甀爀愀渀琀攀 愀 攀猀挀爀椀琀愀 搀攀 䈀氀愀洀℀ 攀Ⰰ 搀攀瀀漀椀猀Ⰰ 愀 洀攀猀洀愀 洀攀琀昀漀爀愀 昀漀椀 昀攀椀琀愀 瀀漀爀 䴀攀椀爀攀Ⰰ 猀攀洀 焀甀攀 攀甀 挀椀琀愀猀猀攀 愀 攀猀挀爀椀琀愀㨀 瘀椀琀椀氀椀最漀  挀漀椀猀愀 昀攀椀琀漀 琀愀琀甀愀最攀洀⸀ 䄀猀猀椀洀Ⰰ 漀爀最愀渀椀稀攀椀 䘀攀椀琀漀 吀愀琀甀愀最攀洀 攀洀 挀愀瀀琀甀氀漀猀 焀甀攀 挀漀渀琀洀 瀀攀爀昀椀猀Ⰰ 爀攀瀀漀爀琀愀最攀渀猀 攀 挀爀渀椀挀愀猀⸀ 伀猀 琀攀砀琀漀猀 搀攀 愀戀攀爀琀甀爀愀 攀 昀攀挀栀愀洀攀渀琀漀 昀漀爀愀洀 攀猀挀爀椀琀漀猀 瀀漀爀 切氀琀椀洀漀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 愀爀爀攀洀愀琀愀爀 漀猀 瀀漀渀琀漀猀 搀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 焀甀攀 琀爀愀渀猀瀀愀猀猀愀 漀 氀椀瘀爀漀⸀ 䄀 䤀渀琀爀漀搀甀漀 琀爀愀稀 甀洀愀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 渀漀漀 搀漀 焀甀攀  漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 愀漀猀 搀攀猀愀瘀椀猀愀搀漀猀 攀 䴀攀愀 䌀甀氀瀀愀 琀爀愀稀 瀀愀爀愀 焀甀攀洀 愀挀攀猀猀愀 愀 氀攀椀琀甀爀愀 椀渀昀漀爀洀愀攀猀 焀甀攀 渀漀 挀漀甀戀攀爀愀洀 渀漀猀 挀愀瀀琀甀氀漀猀Ⰰ 挀漀洀漀 漀 攀洀瀀攀挀椀氀栀漀 攀洀 猀攀 愀瀀爀漀昀甀渀搀愀爀 攀洀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀猀 愀氀琀攀爀渀愀琀椀瘀漀猀 爀攀愀氀椀稀愀搀漀猀 攀洀 䜀漀椀渀椀愀⸀ 一漀 昀椀洀Ⰰ 攀氀攀 昀椀挀漀甀 搀椀瘀椀搀椀搀漀 挀漀洀攀愀渀搀漀 瀀攀氀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 搀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 搀漀 䠀䌀 攀Ⰰ 攀渀琀漀Ⰰ 瘀攀洀 䔀焀甀椀氀椀戀爀椀猀琀愀 焀甀攀 昀愀稀 愀 焀甀攀戀爀愀 瀀愀爀愀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀攀 䔀氀椀愀渀攀Ⰰ 焀甀攀 渀漀 猀攀 琀爀愀琀愀 洀愀椀猀⸀ Os títulos dos textos do livro Feito Tatuagem são todos curtos e inspirados em alguma metáfora da narrativa. O livro está estruturado em capa, ficha catalográfica, epígrafe, dedicatória, agradecimentos, prefácio, sumário, introdução e, a partir daí, começam os textos que dão corpo ao livro-reportagem. O primeiro é Cumulus, que dá uma visão geral da sala de espera sob a perspectiva dos corpos que ali habitam na efemeridade. Logo depois, coloquei Blam!, em que conto a história de dois pacientes que estão nessa sala de espera e aproveito para contextualizar o hospital e o tratamento. Mancha vem logo depois, com a história de discriminação pela qual Meire passou e que manchou sua vida. Em seguida, está Tatuagem, onde pode-se encontrar o perfil de Meire, para além da sua história triste. Ampulheta vem logo depois, com a comparação da vida de duas crianças com vitiligo, uma que ainda é criança e outra que já cresceu – esse é o último texto do Hospital das Clínicas no livro. Depois dele vem Equilibrista, que foge completamente à narrativa de tratamento e entra no dia-a-dia de quem tem vitiligo e se passa em um ônibus, fazendo uma metáfora à transição que ocorre entre o tratamento e o não tratamento. Por último, vem Meandro com o perfil de Eliane, que escolheu não se tratar mais. Mea Culpa fecha o livro, onde conto o que quis fazer e não deu certo.਀䠀漀甀瘀攀 甀洀愀 琀攀渀琀愀琀椀瘀愀 搀攀 焀甀攀 挀愀搀愀 琀攀砀琀漀 琀椀瘀攀猀猀攀 甀洀愀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 攀猀瀀攀挀昀椀挀愀Ⰰ 愀氀洀 搀攀 猀攀 甀琀椀氀椀稀愀爀 搀攀 洀琀漀搀漀猀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 搀攀 琀椀瀀漀猀 搀攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀⸀ 䴀愀渀挀栀愀Ⰰ 瀀漀爀 攀砀攀洀瀀氀漀Ⰰ  甀洀愀 挀爀渀椀挀愀 攀 昀漀椀 挀漀渀猀琀爀甀搀愀 搀攀 昀漀爀洀愀 焀甀攀 愀 瀀爀瀀爀椀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 䴀攀椀爀攀Ⰰ 挀漀渀琀愀猀猀攀 猀甀愀 栀椀猀琀爀椀愀Ⰰ 挀漀洀漀 猀攀 攀猀琀椀瘀攀猀猀攀 渀愀爀爀愀渀搀漀 搀椀爀攀琀愀洀攀渀琀攀 愀漀 氀攀椀琀漀爀Ⰰ 猀攀洀 最爀愀渀搀攀猀 椀渀琀攀爀瘀攀渀攀猀Ⰰ 愀猀猀椀洀 挀漀洀漀 挀漀渀琀漀甀 瀀爀愀 洀椀洀Ⰰ 攀洀 猀甀愀 挀愀猀愀⸀ 䔀焀甀椀氀椀戀爀椀猀琀愀Ⰰ 焀甀攀 琀愀洀戀洀  挀爀渀椀挀愀Ⰰ 昀漀椀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀搀愀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀洀攀渀琀攀Ⰰ 甀猀愀渀搀漀 搀愀 洀攀琀昀漀爀愀 搀漀 䈀戀愀搀漀 攀 搀愀 䔀焀甀椀氀椀戀爀椀猀琀愀Ⰰ 攀氀攀  挀漀渀琀愀搀漀 瀀漀爀 甀洀愀 渀愀爀爀愀搀漀爀愀 漀挀甀氀琀愀Ⰰ 焀甀攀 瘀 愀 氀甀琀愀 攀渀琀爀攀 漀猀 搀漀椀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 搀攀渀琀爀漀 搀漀 渀椀戀甀猀⸀ 䨀 䄀洀瀀甀氀栀攀琀愀 戀爀椀渀挀愀 挀漀洀 甀洀愀 瘀椀愀最攀洀 渀漀 琀攀洀瀀漀 攀 昀愀稀 爀攀氀愀攀猀 渀漀猀 搀攀琀愀氀栀攀猀 攀渀琀爀攀 愀 挀漀渀猀甀氀琀愀 搀攀 甀洀愀 挀爀椀愀渀愀 栀漀樀攀Ⰰ 渀漀 䠀䌀 搀攀 䜀漀椀渀椀愀Ⰰ 攀 渀愀猀 挀漀渀猀甀氀琀愀猀 搀愀 渀愀爀爀愀搀漀爀愀 栀 搀攀稀 愀渀漀猀Ⰰ 渀漀 䠀漀猀瀀椀琀愀氀 唀渀椀瘀攀爀猀椀琀爀椀漀 搀攀 䈀爀愀猀氀椀愀 ⠀䠀唀䈀⤀⸀ Além do texto, a narrativa de um livro também se dá pelo seu projeto gráfico, que pode contar, visualmente, a mesma história que se encontra nas palavras. Essa harmonia foi pensada a ser apresentada de forma minimalista. Um dos elementos característicos do livro que foi aproveitado graficamente são as manchas causadas pelo vitiligo. Essas manchas se repetem em várias ocasiões do livro, da capa à tipografia, e trazem unidade.਀䔀洀 甀洀 瀀爀椀洀攀椀爀漀 挀漀渀琀愀琀漀 挀漀洀 漀 瀀爀漀搀甀琀漀Ⰰ 猀攀 琀攀洀 甀洀愀 氀甀瘀愀Ⰰ 攀洀 瀀愀瀀攀氀 欀爀愀昀琀Ⰰ 焀甀攀 挀漀戀爀攀 漀 氀椀瘀爀漀 攀  猀攀最甀爀愀搀漀 瀀攀氀愀猀 搀甀愀猀 漀爀攀氀栀愀猀Ⰰ 漀渀搀攀 攀猀琀 椀洀瀀爀攀猀猀漀 甀洀 琀攀砀琀漀 焀甀攀 琀攀洀 甀洀愀 昀甀渀漀 搀攀 猀椀渀漀瀀猀攀 攀 搀攀 爀攀猀攀渀栀愀⸀ 䔀猀猀愀 氀甀瘀愀 琀攀洀 爀攀挀漀爀琀攀猀 攀洀 昀漀爀洀愀琀漀猀 瘀愀爀椀愀搀漀猀Ⰰ 椀洀椀琀愀渀搀漀 洀愀渀挀栀愀猀 渀愀 瀀攀氀攀 瀀漀爀 漀渀搀攀  瀀漀猀猀瘀攀氀 瘀攀爀 愀 挀愀瀀愀 搀漀 氀椀瘀爀漀Ⰰ 焀甀攀  戀爀愀渀挀愀Ⰰ 猀攀甀 琀琀甀氀漀 攀 愀甀琀漀爀椀愀⸀ 伀 氀椀瘀爀漀 昀漀椀 琀漀搀漀 昀攀椀琀漀 攀洀 甀洀 瀀爀漀樀攀琀漀 戀椀挀漀氀漀爀Ⰰ 焀甀攀 琀爀愀戀愀氀栀愀 挀漀洀 漀 瀀爀攀琀漀 攀洀 琀攀砀琀漀猀 攀 昀漀琀漀猀 攀 搀漀甀爀愀搀漀 攀洀 琀琀甀氀漀猀 攀 搀攀猀琀愀焀甀攀猀⸀ Nas primeiras 13 páginas, é possível, ao folhear, ver o tema central do livro surgindo. Manchas brancas aparecem no fundo dourado, até formar um espaço onde se tem o título do livro. Os personagens de Feito Tatuagem foram selecionados, primeiramente, a partir desse processo ilustrado no começo do livro, o de aparecerem manchas na pele. É isso que os une enquanto personagens e é a partir desse momento, do surgimento do vitiligo, que se começam as histórias contadas no livro. Então, é apropriado que o livro também comece com essa mesma manifestação.਀䄀猀 愀戀攀爀琀甀爀愀猀 搀攀 挀愀瀀琀甀氀漀 猀漀 洀愀爀挀愀搀愀猀 瀀漀爀 搀攀琀愀氀栀攀猀 渀愀 瀀攀氀攀 搀攀 瀀攀猀猀漀愀猀 挀漀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ 䄀焀甀椀 栀漀甀瘀攀 甀洀愀 琀攀渀琀愀琀椀瘀愀 搀攀 挀漀攀爀渀挀椀愀 挀漀洀 愀 瀀氀甀爀愀氀椀搀愀搀攀 搀漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 搀漀猀 琀攀砀琀漀猀 焀甀攀 猀攀 猀攀最甀椀愀洀⸀ 伀猀 瀀爀椀洀攀椀爀漀猀 挀愀瀀琀甀氀漀猀 甀猀愀洀 昀漀琀漀猀 搀攀 甀洀 瀀爀漀樀攀琀漀 昀漀琀漀最爀昀椀挀漀 椀渀琀椀琀甀氀愀搀漀 圀稀漀爀礀Ⰰ 搀愀 瀀漀氀漀渀攀猀愀 䨀甀氀椀愀 䬀愀挀稀漀爀漀眀猀欀愀Ⰰ 焀甀攀 搀攀昀椀渀攀 漀 攀渀猀愀椀漀 挀漀洀漀 ᰀ挠爀渀椀挀愀 攀 栀漀洀攀渀愀最攀洀 猀 瀀攀猀猀漀愀猀 焀甀攀Ⰰ 挀漀洀漀 攀甀Ⰰ 琀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀 攀 愀瀀攀猀愀爀 搀漀 攀猀琀椀最洀愀 焀甀攀 攀渀瘀漀氀瘀攀 愀 挀漀渀搀椀漀Ⰰ 漀瀀琀愀洀 瀀漀爀 搀攀猀挀漀戀爀椀爀 琀甀搀漀⸀ 圀稀漀爀礀  猀漀戀爀攀 洀漀搀攀氀漀猀 焀甀攀 攀猀瀀攀爀愀洀 椀渀猀瀀椀爀愀爀 愀焀甀攀氀攀猀 焀甀攀 氀甀琀愀洀 瀀愀爀愀 攀渀琀攀渀搀攀爀 漀甀 愀戀爀愀愀爀 漀 瘀椀琀椀氀椀最漀ᴀ†⠀䬀䄀䌀娀伀刀伀圀匀䬀䄀Ⰰ ㈀ ㄀㔀⤀⸀ 䄀洀瀀甀氀栀攀琀愀 氀攀瘀愀 甀洀愀 昀漀琀漀 洀椀渀栀愀Ⰰ 洀漀猀琀爀愀渀搀漀 愀 洀愀渀挀栀愀 焀甀攀 搀 琀琀甀氀漀 愀漀 琀攀砀琀漀⸀ 䔀 漀猀 搀漀椀猀 切氀琀椀洀漀猀Ⰰ 䴀攀愀渀搀爀漀 攀 䔀焀甀椀氀椀戀爀椀猀琀愀Ⰰ 猀漀 搀攀 䔀氀椀愀渀攀 䴀攀搀攀椀爀漀猀Ⰰ 搀攀 搀漀椀猀 攀渀猀愀椀漀猀 搀椀昀攀爀攀渀琀攀猀 瀀愀爀愀 漀猀 焀甀愀椀猀 瀀漀猀漀甀⸀ 䄀猀猀椀洀  挀漀渀猀琀爀甀搀愀 愀 椀搀攀渀琀椀搀愀搀攀 瘀椀猀甀愀氀 搀漀 氀椀瘀爀漀Ⰰ 渀愀 琀攀渀琀愀琀椀瘀愀 搀攀 爀攀洀漀渀琀愀爀 漀 甀渀椀瘀攀爀猀漀 挀漀爀瀀爀攀漀 搀攀 焀甀攀洀 琀攀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ Optei pela entrevista presencial para conseguir realizar entrevistas aprofundadas, que se baseassem mais no diálogo entre duas pessoas com vitiligo do que em uma entrevista com perguntas prontas. Para Cremilda Medina (1990, p,18), a entrevista “mergulha no outro para compreender seus conceitos, valores, comportamentos, histórico de vida”. Chegou-se, então, ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, que oferecia um serviço gratuito voltado para o tratamento de pessoas com vitiligo. Foi lá que aconteceram as abordagens de pessoas para fazerem parte deste projeto. ਀䄀猀 瀀爀椀洀攀椀爀愀猀 椀搀愀猀 愀漀 栀漀猀瀀椀琀愀氀Ⰰ 攀渀琀爀攀琀愀渀琀漀Ⰰ 昀漀爀愀洀 挀漀渀昀氀椀琀甀漀猀愀猀⸀ 䌀栀攀最愀瘀愀  猀愀氀愀 搀攀 攀猀瀀攀爀愀Ⰰ 猀攀渀琀愀瘀愀 攀 渀漀 挀漀渀猀攀最甀椀愀 愀戀漀爀搀愀爀 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀⸀ 䄀猀 挀漀渀瘀攀爀猀愀猀 搀攀 焀甀攀 昀愀氀漀 猀漀 挀栀愀洀愀搀愀猀Ⰰ 瀀漀爀 䌀爀攀洀椀氀搀愀 䴀攀搀椀渀愀 ⠀㄀㤀㤀 Ⰰ 瀀⸀ ㄀㠀⤀Ⰰ 搀攀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀猀 搀攀 挀愀爀琀攀爀 栀甀洀愀渀椀稀愀搀漀⸀ 一漀 昀漀猀猀攀 漀 戀氀漀焀甀攀椀漀Ⰰ 琀愀氀瘀攀稀Ⰰ 琀攀爀椀愀 挀漀渀猀攀最甀椀搀漀 愀猀 搀攀稀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 愀 焀甀攀 洀攀 瀀爀漀瀀甀猀 挀漀渀琀愀爀 栀椀猀琀爀椀愀猀 渀漀 瀀爀漀樀攀琀漀 搀攀 瀀攀猀焀甀椀猀愀⸀ 䴀愀猀 焀甀愀渀搀漀 挀漀渀猀攀最甀椀 挀漀渀瘀攀爀猀愀爀 挀漀洀 愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀Ⰰ 瀀爀攀稀攀椀 瀀漀爀 甀洀愀 攀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀 焀甀攀 攀砀瀀氀漀爀愀猀猀攀 愀 琀挀渀椀挀愀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀愀 猀甀猀琀攀渀琀愀搀愀 瀀攀氀漀 焀甀攀猀琀椀漀渀爀椀漀 攀 昀漀猀猀攀 甀洀 ᰀ戠爀愀漀 搀愀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀 栀甀洀愀渀愀ᴀⰠ 猀甀猀琀攀渀琀愀搀愀 渀漀 搀椀氀漀最漀 ⠀䴀䔀䐀䤀一䄀Ⰰ ㄀㤀㤀 Ⰰ 瀀⸀ 㔀⤀⸀  Quando começava a conversar com as pessoas, perguntas que eventualmente eu jogava eram rebatidas para mim. Quando eu questionava sobre a primeira mancha, elas e eles me devolviam, curiosos para saber desde quando eu tinha vitiligo, entre outros. Ainda, para escrever Cumulus, não cheguei a entrevistar ou conversar com ninguém. Para isso, sentei-me na sala de espera e, diante da dificuldade de abordar, escrevi o que observava. Mas, como escrevo no texto, era como se o meu corpo dialogasse com os demais, fazendo comparações e descrevendo cada movimento, cada mancha e metáfora.਀䄀椀渀搀愀Ⰰ 渀愀 琀攀渀琀愀琀椀瘀愀 搀攀 渀漀 昀椀挀愀爀 瀀爀攀猀愀 愀漀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀Ⰰ 挀漀渀瘀攀爀猀攀椀 挀漀洀 愀 洀漀搀攀氀漀 䔀氀椀愀渀攀 䴀攀搀攀椀爀漀猀⸀ 一愀 瘀攀爀搀愀搀攀Ⰰ 攀氀愀 昀漀椀 愀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 焀甀攀 挀漀渀琀愀琀攀椀Ⰰ 愀渀琀攀猀 洀攀猀洀漀 搀攀 瀀攀渀猀愀爀 渀漀 䠀漀猀瀀椀琀愀氀 搀愀猀 䌀氀渀椀挀愀猀⸀ 䔀洀 挀漀洀甀洀 挀漀洀 攀氀愀Ⰰ 愀氀洀 搀漀 瘀椀琀椀氀椀最漀Ⰰ 琀愀洀戀洀 栀愀瘀椀愀 愀 漀瀀漀 瀀漀爀 渀漀 琀爀愀琀愀爀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 搀椀昀攀爀攀渀琀攀 搀漀猀 漀甀琀爀漀猀Ⰰ 焀甀攀 猀漀 戀攀洀 洀愀椀猀 瘀攀氀栀漀猀 焀甀攀 攀甀Ⰰ 漀甀 搀漀 䜀甀椀氀栀攀爀洀攀Ⰰ 焀甀攀  甀洀愀 挀爀椀愀渀愀Ⰰ 䔀氀椀愀渀攀  猀 愀氀最甀渀猀 愀渀漀猀 洀愀椀猀 渀漀瘀愀⸀ 䄀猀 琀爀漀挀愀猀 攀渀琀爀攀 渀猀 攀砀琀爀愀瀀漀氀愀爀愀洀 愀 焀甀攀猀琀漀 搀愀 搀漀攀渀愀 搀攀 瀀攀氀攀⸀ 䌀漀洀漀 漀猀 漀甀琀爀漀猀Ⰰ 攀氀愀 琀愀洀戀洀 洀攀 搀攀瘀漀氀瘀椀愀 瀀攀爀最甀渀琀愀猀Ⰰ 洀愀猀 甀洀 瀀漀甀挀漀 洀愀椀猀 攀猀瀀攀挀昀椀挀愀猀Ⰰ 挀漀洀漀 猀攀 攀甀 攀猀琀愀瘀愀 渀愀洀漀爀愀渀搀漀Ⰰ 猀攀 渀愀 愀搀漀氀攀猀挀渀挀椀愀 攀甀 琀愀洀戀洀 琀椀渀栀愀 琀椀搀漀 搀椀昀椀挀甀氀搀愀搀攀猀 搀攀 氀椀搀愀爀 挀漀洀 漀 瘀椀琀椀氀椀最漀Ⰰ 攀渀琀爀攀 漀甀琀爀漀猀⸀ 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 攀猀挀爀椀琀愀 搀攀 䘀攀椀琀漀 吀愀琀甀愀最攀洀Ⰰ 瀀爀攀挀攀搀椀搀愀 瀀攀氀漀 挀漀渀瘀瘀椀漀 攀 琀爀漀挀愀猀 挀漀洀 漀甀琀爀愀猀 瀀攀猀猀漀愀猀 挀漀洀 瘀椀琀椀氀椀最漀 洀攀 瀀攀爀洀椀琀椀甀 愀氀愀爀 瘀漀猀 樀愀洀愀椀猀 愀渀琀攀猀 瀀攀渀猀愀搀漀猀⸀ 䘀漀椀 搀甀爀愀渀琀攀 攀猀猀攀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 焀甀攀 挀漀渀猀攀最甀椀Ⰰ 瀀攀氀愀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 瘀攀稀Ⰰ 昀愀氀愀爀 愀戀攀爀琀愀洀攀渀琀攀 猀漀戀爀攀 漀 瘀椀琀椀氀椀最漀Ⰰ 猀攀洀 琀攀渀琀愀爀 瀀愀猀猀愀爀 愀 洀攀渀猀愀最攀洀 搀攀 焀甀攀 瀀愀爀愀 洀椀洀 攀猀琀 琀甀搀漀 戀攀洀Ⰰ 挀漀洀漀 昀愀稀椀愀 搀攀猀搀攀 瀀攀焀甀攀渀愀 搀攀 洀愀渀攀椀爀愀 猀椀洀瀀氀攀猀⸀ 䄀瀀爀攀渀搀椀 焀甀攀 攀猀琀 琀甀搀漀 椀洀攀爀猀漀 攀洀 甀洀愀 挀漀洀瀀氀攀砀椀搀愀搀攀 琀漀 最爀愀渀搀攀 焀甀攀Ⰰ 琀愀氀瘀攀稀Ⰰ 攀猀琀攀 氀椀瘀爀漀 愀椀渀搀愀 渀漀 琀攀渀栀愀 挀漀渀猀攀最甀椀搀漀 挀漀渀琀攀洀瀀氀愀爀⸀ Percebi que não estou só ao ficar incomodada com as abordagens nas ruas indicando remédios e que não era e não é só a mim que perguntam se o vitiligo é uma doença contagiosa. Foi possível me enxergar em uma coletividade de corpos diferentes que dialogam entre si com manchas brancas despigmentadas. As pessoas do Hospital das Clínicas me ensinaram que não é contraditório se aceitar como pessoa com vitiligo e, no entanto, ceder a tratamentos਀䄀猀猀椀洀 挀漀洀漀 愀猀 洀愀渀挀栀愀猀 渀漀猀 琀漀爀渀愀洀 猀攀爀攀猀 戀爀椀挀漀氀愀搀漀猀Ⰰ 瀀攀爀挀攀戀椀 焀甀攀 渀漀猀猀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 猀攀 挀爀甀稀愀洀 挀漀洀 戀爀椀挀漀氀愀最攀渀猀 攀Ⰰ 氀愀渀愀渀搀漀 洀漀 搀漀 䨀漀爀渀愀氀椀猀洀漀 䰀椀琀攀爀爀椀漀Ⰰ 戀甀猀焀甀攀椀 洀攀椀漀猀 搀攀 椀渀琀攀爀挀爀甀稀愀爀 攀猀猀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀 猀攀洀 搀攀椀砀ⴀ氀愀猀 猀攀渀猀愀挀椀漀渀愀氀椀猀琀愀猀 漀甀 猀攀挀愀猀 搀攀洀愀椀猀⸀ 䄀 栀椀瀀琀攀猀攀 氀攀瘀愀渀琀愀搀愀 搀攀 焀甀攀 漀 氀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 猀攀爀椀愀 愀 猀愀搀愀 瀀愀爀愀 甀洀愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 洀愀椀猀 挀漀渀琀攀洀瀀氀愀琀椀瘀愀 攀 挀漀渀猀挀椀攀渀琀椀稀愀搀漀爀愀 搀漀 瘀椀琀椀氀椀最漀 昀漀椀 挀甀洀瀀爀椀搀愀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 愀瀀爀漀瀀爀椀愀漀 瀀爀漀琀愀最漀渀椀猀琀愀 搀攀 挀愀搀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀Ⰰ 椀渀挀氀甀椀渀搀漀 攀甀Ⰰ 瀀漀爀 猀甀愀猀 瀀爀瀀爀椀愀猀 栀椀猀琀爀椀愀猀⸀ Mais que fazer o que a mídia tradicional está acostumada, com entrevistas a especialistas, entrecortadas entre falas de um personagem, cada um que está em Feito Tatuagem tornou-se o especialista de si. Em cada conversa foi possível perceber uma sede por ampla divulgação sobre o que é vitiligo. Estamos cansados de explicar o que é vitiligo e de ter que fazer as pessoas entenderem que não pega por contato. E não adianta a mídia tradicional tentar convencê-los com meras matérias que os usam com falas secundárias.਀倀爀攀琀攀渀搀漀Ⰰ 瀀漀猀琀攀爀椀漀爀洀攀渀琀攀Ⰰ 瀀爀漀氀漀渀最愀爀 攀猀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀⸀ 䄀 氀甀琀愀 挀漀渀琀椀渀甀愀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 挀氀愀猀猀㴀∀焀甀愀琀爀漀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䄀娀䄀䴀䈀唀䨀䄀Ⰰ 刀⸀ 吀爀愀琀愀洀攀渀琀漀 搀攀 瘀椀琀椀氀椀最漀⸀ 䈀爀愀猀氀椀愀 洀搀Ⰰ 瘀⸀ ㄀㠀Ⰰ 渀⸀ ㌀⼀㐀Ⰰ 瀀⸀ 㘀㤀ⴀ㜀㌀Ⰰ ㄀㤀㠀㄀⸀  䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀㰀栀琀琀瀀㨀⼀⼀戀愀猀攀猀⸀戀椀爀攀洀攀⸀戀爀⼀挀最椀ⴀ戀椀渀⼀眀砀椀猀氀椀渀搀⸀攀砀攀⼀椀愀栀⼀漀渀氀椀渀攀⼀㼀䤀猀椀猀匀挀爀椀瀀琀㴀椀愀栀⼀椀愀栀⸀砀椀猀☀猀爀挀㴀最漀漀最氀攀☀戀愀猀攀㴀䰀䤀䰀䄀䌀匀☀氀愀渀最㴀瀀☀渀攀砀琀䄀挀琀椀漀渀㴀氀渀欀☀攀砀瀀爀匀攀愀爀挀栀㴀㘀㄀㈀㠀☀椀渀搀攀砀匀攀愀爀挀栀㴀䤀䐀㸀⸀  䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㈀  樀甀氀 ㈀ ㄀㘀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䔀䰀伀Ⰰ 䔀搀甀愀爀搀漀⸀ 䰀椀瘀爀漀ⴀ爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䔀搀椀琀漀爀愀 䌀漀渀琀攀砀琀漀Ⰰ ㈀  㘀⸀

CHIQUIM, Giovana. O cronista e a arte de “dançar nas correntes”. Revista Entrelinhas, São Leopoldo, RS, v. 8, n. 1. Jan/Jun 2014. Disponível em: . Acesso em 20 jul 2016.

SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, p. 73-102, 2000.

LIMA, Edvaldo Pereira. Simbiose com o jornalismo literário e o futuro. Páginas ampliadas: O livro reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Barueri: Manole, 2009.

DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2010.

LUZ, L.L.; SANTOS, S. L.; PARTATA, A. K.. Vitiligo e Seu Tratamento. In: Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.7, n.3, Pub.5, Julho 2014.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䔀䐀䤀一䄀Ⰰ 䌀爀攀洀椀氀搀愀⸀ 䔀渀琀爀攀瘀椀猀琀愀㨀 漀 搀椀氀漀最漀 瀀漀猀猀瘀攀氀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 섀琀椀挀愀Ⰰ ㄀㤀㤀 ⸀

MEDINA, Jorge Lellis Bomfim. Gêneros jornalísticos: repensando a questão. Revista SymposiuM, Ano. Vol. 5. 2001. Disponível em: . Acesso em: 18 jul. 2016.

PRODANOV, Cleber Cristiano, e FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª Edição. Editora Feevale, 2013.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀匀䄀一吀ᤀ䄠一一䄀Ⰰ 䄀⸀ 刀⸀ 搀攀⸀ 吀攀漀爀椀愀 搀愀 挀爀渀椀挀愀⸀ 䄀 瘀椀搀愀 瀀漀爀 瘀椀瘀攀爀⸀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 刀漀挀挀漀Ⰰ ㄀㤀㤀㜀⸀

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Editora UFMG, 2010.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀嘀䤀䰀䄀匀 䈀伀䄀匀Ⰰ 匀爀最椀漀⸀ 䰀椀琀攀爀愀琀甀爀愀 猀攀洀 椀渀瘀攀渀漀⸀ 䌀渀搀椀搀漀Ⰰ 倀愀爀愀渀Ⰰ 瀀⸀ ㄀㘀Ⰰ 昀攀瘀⸀ ㈀ ㄀㈀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 㰀栀琀琀瀀猀㨀⼀⼀椀猀猀甀甀⸀挀漀洀⼀戀椀戀氀椀漀琀攀挀愀瀀爀⼀搀漀挀猀⼀挀愀渀搀椀搀漀开渀㜀开昀椀渀愀氀㈀㸀⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀㨀 㔀 搀攀 昀攀瘀攀爀攀椀爀漀 搀攀 ㈀ ㄀㘀⸀

VILAS BOAS, Sérgio. Perfis e como escrevê-los. São Paulo: Summus, 2003.਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀圀伀䰀䘀䔀Ⰰ 吀漀洀Ⰰ 愀渀搀 䨀漀猀 刀甀戀攀渀猀 匀椀焀甀攀椀爀愀⸀ 刀愀搀椀挀愀氀 挀栀椀焀甀攀 攀 漀 渀漀瘀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀⸀ 䔀搀椀琀漀爀愀 䌀漀洀瀀愀渀栀椀愀 搀愀猀 䰀攀琀爀愀猀Ⰰ ㈀  㔀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀