ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #ed1b24"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00188</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Virgens à deriva</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Gabriella Starneck Lopes de Araujo (Universidade Federal de Goiás); Bruna Alecrim Fonseca (Universidade Federal de Goiás); Gabriella Santos Carmo (Universidade Federal de Goiás); Ricardo Pavan (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Estação Universitária., Laboratório de Rádio, Ouvinte, Peça radiofônica, </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Virgens à Deriva é uma peça radiofônica, desenvolvida por Bruna Alecrim, Gabriella Carmo e Gabriella Starneck, para ser veiculada no programa diário Estação Universitária, produzido por estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Goiás, no espaço laboratorial da Rádio Universitária, de Goiânia. A ideia é transmitir ao ouvinte, com bom humor, a história de três virgens naufragas que tecem reflexões sobre o moralismo em que estavam imersas no contexto conservador do Brasil colonial, uma adaptação da peça teatral de Ruy Jobim Neto. O objetivo do projeto é resgatar a relevância desse gênero radiofônico, mostrar a importância do espaço laboratorial no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando vivenciar a rotina de elaboração, produção e gravação de uma peça radiofônica, além de contribuir para que o ouvinte desenvolva uma visão imagética acerca dos sons apresentados na trama.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Como define André Barbosa Filho (2003), a peça radiofônica enquadra-se no gênero dramático ou ficcional e caracteriza-se como uma produção unitária que pode ser tanto a dramatização de uma situação social relevante para a realidade da comunidade que o produz (sociodrama) como uma produção original ou a adaptação de um texto de outro autor. No caso da narrativa sonora Virgens à Deriva, a peça radiofônica é uma adaptação da peça teatral, de mesmo nome, de Ruy Jobim Neto. O trabalho foi produzido com divisão das tarefas, desde o processo de produção ao processo de edição, realizadas pelas três estudantes no espaço laboratorial. Posteriormente, a peça foi veiculada no bloco 'Jornalismo Cultural' do programa Estação Universitária, da Rádio Universitária 870 AM, de Goiânia. O programa laboratorial da universidade oferece aos estudantes oportunidades de veicular uma informação livre de aspectos mercadológicos. "A Rádio Universitária busca intensificar nos seus ouvintes, ao longo de sua história, valores que ela propõe a promover, oferecendo a população uma programação plural, ética, e comprometida com as questões de Cidadania, Democracia, transformação social, incentivo a produção artística cultural (regional e nacional)". (PRADO, 2008, p.37). A peça foi veiculada a fim de estimular a produção artística cultural e propiciar ao ouvinte um momento de repouso e entretenimento diante do tradicional jornalismo cotidiano. Isso porquê o Estação Universitária começa sua programação com um bloco mais denso, Jornalismo Cotidiano, e termina com blocos mais leves, como o Jornalismo Esportivo e Cultural. Como Novais (2014) destaca, a proposta da peça era "resgatar a atenção e curiosidade do ouvinte ao promover um momento de repouso da realidade, um refúgio para tudo que é rotineiro e que se repete à mercê da banalização". Confira a peça radiofônica 'Virgens à Deriva' no link https://www.youtube.com/watch?v=Eoh-k5ahjzA&t=5s</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os objetivos da peça radiofônica Virgens à Deriva estão divididos em objetivos geral e específicos, sendo eles: 2.1 Objetivo Geral - Produzir uma peça radiofônica que adapte o texto teatral ao contexto sonoro, buscando conexões entre a escrita, a oralidade e a interpretação. 2.2 Objetivos Específicos - a) Desenvolver linguagens como as dos textos teatral e literário no cenário acústico; b) Resgatar a importância das peças radiofônicas para o rádio;c) Mostrar a relevância do espaço laboratorial como extensão da graduação  onde o aluno coloca em prática o que foi teorizado. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Diante do formalismo que permeia a estrutura do texto jornalístico, as exigências editoriais e os prazos delimitados do deadline, a criatividade e a ficção acabam sendo utilizadas em doses comedidas nas redações tradicionais. Isso porque o enredo fictício perde espaço devido a busca pela credibilidade no processo de comunicação jornalístico, que privilegia a ênfase num discurso voltado à objetividade e veracidade dos fatos. Entretanto, conforme Mendel (2002), há pontos de interseção comuns de encontro com a obra ficcional e o jornalismo, pois ambos podem provocar reflexões sobre a condição humana e as relações sociais. Essa perspectiva pode ser observada na peça radiofônica Virgens à deriva cujo gênero ficção realista, permite ao ouvinte transportar os questionamentos existenciais levantados pelas personagens, e, sobre a percepção do seu lugar no mundo enquanto mulheres a partir da ótica do sistema patriarcalista e do conservadorismo do século XVI. Mesmo se tratando de uma narrativa imaginária, o ouvinte pode se relacionar arquétipos das personagens  "Teresa - A excêntrica", "Eusébia- a conservadora", "Amália  A questionadora" e se identificar com esses aspectos comportamentais comuns. A narrativa também tem o intuito de despertar no ouvinte o questionamento sobre o efeito remanescente desses antigos postulados morais no comportamento das mulheres de hoje, como se tratasse de um discurso factual mesmo estando numa obra ficcional de "época". Por meio do exercício da criatividade e do enredo dramático/ ficcional é possível propor um espaço de reinvenção da linguagem radiofônica para além do lead jornalístico, e dos padrões "engessados" de locução e linguagem estabelecidos no mundo das Hard News. A produção de um roteiro e de uma expressão vocal alicerçada pode contribuir para a geração de uma plasticidade textual, e de possibilidades poéticas e interpretativas sobre a percepção da realidade. Nesse sentido Mendel afirma: A criação (...) enquanto indagadora dos desejos e temores, das ilusões e esperanças dos seres humanos, há de nos seguir recordando que formamos parte de uma única e mesma humanidade, na qual sobrepondo-se as circunstancias de tempo e lugar, compartilhamos a raiz essencial do ser humando (MENDEL, 2002, p.24) A literatura ficcional e dramática, criada ou adaptada para a veiculação em rádios, contribui para desenvolver no ouvinte a capacidade de se emancipar do visual para dar lugar a criação de uma visão sonora por meio da descrição fonética da trama e da contribuição dos efeitos sonoros. Nesse sentido Martins (1999) apresenta a palavra que é dita pelo locutor ou ator na radiodramatização, com suas modulações e intenções, como mecanismo essencial para provocar as sensações e emoções no público ouvinte. Alves (1999) completa esse pensamento relacionando a instantaneidade do rádio como possibilidade para o exercício da criatividade e transformação do ouvinte em participante do evento, visto que essa linguagem "Desencadeia mais facilmente os processos da imaginação e da fantasia, pois não oferece contornos precisos como a televisão, mas descrições a que cada um pode dar recheio de sua própria vivência". (ALVES, p 41-42, 1999) Em vista disso, o espaço laboratorial da Rádio Universitária mostra sua importância ao estimular os estudantes a produzirem no programa Estação Universitária, além do jornalismo mais sisudo, outros gêneros jornalísticos, como peças radiofônicas e radionovelas  propiciando que o aluno desenvolva uma nova forma de interação comunicacional com o ouvinte. Neste espaço, o aluno tem mais tempo para usar e abusar da criatividade, colocando em prática, por meio da produção radiofônica, gêneros que anteriormente só haviam sido teorizados. "É na atividade laboratorial desenvolvida na emissora de rádio da universidade que os estudantes ultrapassam os estreitos espaços da sala de aula e da avaliação do professor". (DEUS, 2003, p.312) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Virgens à Deriva é uma peça radiofônica realizada no segundo semestre de 2017, com orientação do professor Ricardo Pavan, transmitida pelo programa laboratorial Estação Universitária, da Rádio Universitária 870 AM, de Goiânia. Após a gravação, o produto foi avaliado quanto à qualidade técnica, sendo efetuadas as correções necessárias por meio de reedição. Toda a pré-produção, interpretação e pós-produção foram realizadas pelas estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Goiás Bruna Alecrim Fonseca, Gabriella Santos Carmo e Gabriella Starneck Lopes de Araujo. Quanto ao processo de pré-produção, destaca-se a idealização do projeto e adaptação de um texto ficcional, feita por todas as integrantes do grupo. Entra também nessa etapa a criação da paródia musical, feita pela estudante Gabriella Starneck Lopes de Araujo. A concepção das cenas foi pensada segundo o método de ação vocal estudado pelo dramaturgo Konstantin Stanislavski (1988). Uma das propostas trabalhada no método leva em consideração o desenvolvimento uma preparação anterior a cena, buscando organicidade à expressão vocal por meio da transmutação dos sentimentos vivenciados pelos personagens. Antes de o ator projetar a personagem em cena, os intérpretes devem elaborar uma compreensão global e desenvolver um mecanismo consciente para traduzir a intenção para o público por meio das palavras (STANISLAVSKI, 1988). Concomitante a interpretação, destaca-se o uso do gravador de áudio como ferramenta para a captação das falas. O processo de gravação e interpretação foi realizado no estúdio da Rádio Universitária 870 AM que conta com isolamento acústico, ilhas de edição e demais recursos técnicos. Na pós-produção foi utilizado um computador com software de edição de áudio. Nessa etapa também foram selecionados e produzidos os efeitos sonoros. Cabe ao sonoplasta o papel de edição e inserção dos efeitos ao longo do projeto, "Para isso, ele trabalha com discos, gravações e um arquivo de sons (campainhas, barulho de pássaros, etc.) que lhe oferece um repertório de possibilidades a serem utilizada" (ALVES, 1999, p.91). Virgens à Deriva é uma peça radiofônica realizada no segundo semestre de 2017, com orientação do professor Ricardo Pavan, transmitida pelo programa laboratorial Estação Universitária, da Rádio Universitária 870 AM, de Goiânia. Após a gravação, o produto foi avaliado quanto à qualidade técnica, sendo efetuadas as correções necessárias por meio de reedição. Toda a pré-produção, interpretação e pós-produção foram realizadas pelas estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Goiás Bruna Alecrim Fonseca, Gabriella Santos Carmo e Gabriella Starneck Lopes de Araujo. Quanto ao processo de pré-produção, destaca-se a idealização do projeto e adaptação de um texto ficcional, feita por todas as integrantes do grupo. Entra também nessa etapa a criação da paródia musical, feita pela estudante Gabriella Starneck Lopes de Araujo. A concepção das cenas foi pensada segundo o método de ação vocal estudado pelo dramaturgo Konstantin Stanislavski (1988). Uma das propostas trabalhada no método leva em consideração o desenvolvimento uma preparação anterior a cena, buscando organicidade à expressão vocal por meio da transmutação dos sentimentos vivenciados pelos personagens. Antes de o ator projetar a personagem em cena, os intérpretes devem elaborar uma compreensão global e desenvolver um mecanismo consciente para traduzir a intenção para o público por meio das palavras (STANISLAVSKI, 1988). Concomitante a interpretação, destaca-se o uso do gravador de áudio como ferramenta para a captação das falas. O processo de gravação e interpretação foi realizado no estúdio da Rádio Universitária 870 AM que conta com isolamento acústico, ilhas de edição e demais recursos técnicos. Na pós-produção foi utilizado um computador com software de edição de áudio. Nessa etapa também foram selecionados e produzidos os efeitos sonoros. Cabe ao sonoplasta o papel de edição e inserção dos efeitos ao longo do projeto, "Para isso, ele trabalha com discos, gravações e um arquivo de sons (campainhas, barulho de pássaros, etc.) que lhe oferece um repertório de possibilidades a serem utilizada" (ALVES, 1999, p.91). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com tempo total de quase 9 minutos, a peça radiofônica Virgens à Deriva tem apenas um capitulo com início, desenvolvimento e fim. A história, a princípio, é narrada por Maria Teresa (Gabriella Carmo)  que localiza o ouvinte no espaço e no tempo. Posteriormente, a trama se configura por intermédio das três personagens, com ausência de narrador. A escolha da dramaturgia foi pensada pela aluna Gabriella Carmo levando em consideração o local onde as cenas foram realizadas na montagem do texto original: um bote à deriva no mar. Em discussão com as demais integrantes do grupo foi avaliado que a definição de um único espaço cênico para a interpretação da trama pudesse facilitar a construção das imagens da cena. Sendo assim, a atmosfera criada pelos efeitos sonoros, específicos do ambiente marítimo, contribuem para gerar uma percepção mais nítida da intencionalidade e ambientação da peça. A peça radiofônica Virgens à Deriva é uma adaptação da peça teatral, de mesmo nome, de Ruy Jobim Neto. O enredo se ambienta em algum ponto da história colonial brasileira, a ser descrito pelas personagens Maria Teresa, Eusébia e Amália. A história, embora não seja verídica, retrata, de forma bem humorada, aspectos típicos do período colonial: naufrágio de navios, tráfico negreiro e a forte presença da tradição católica. Uma vez que a peça a ser adaptada foi escolhida, fez-se a divisão das personagens e elaborou-se um roteiro com as falas e o plano sonoro de fundo  que compunham a narrativa.. Para a construção da cena, que não possui a mensagem visual, foi necessário que as três integrantes do grupo representassem vocalmente a intenção de cada personagem a fim de conferir veracidade à interpretação da cena. Dessa forma, as intérpretes passaram por um processo de compreensão do subtexto, ou seja, o efeito e intencionalidade gerada pela mensagem escrita. Há uma linha com objetivos e finalidades antes mesmo do intérprete pronunciar as palavras. Essa intenção é o subtexto "(...) que flui ininterruptamente por baixo das palavras do texto, de maneira constante, justificando-as e dando-lhes vida."78 (KNEBEL, 2000, p.134). Apenas depois da compreensão do contexto em que as personagens estavam inseridas e do perfil psicológico de cada personagem, desenvolveram ensaios coletivos para a expressão vocal dos textos. Já na produção e adaptação do roteiro, as integrantes do grupo realizaram uma pesquisa de trilhas sonoras e efeitos  alguns produzidos por elas mesmas (como o som de papel sendo balançado pelo vento no momento 25'' da peça) que foram especificados no roteiro para facilitar a edição do áudio na pós-produção. "Os efeitos permitem ao ouvinte ver o que está sendo descrito..." (FERRARETO, 2001, p. 34). Esses recursos foram montados de acordo com a ordenação das falas a fim de conferir um recurso sensorial no background das cenas. O processo de edição ficou a cargo da aluna membro do grupo Bruna Alecrim, com acompanhamento dos demais membros da equipe. Para deixar o ouvinte melhor localizado no espaço, foi necessária uma união de vozes com sons ambientes, efeitos sonoros e até mesmo uma música  paródia de um trecho da canção 'Como Uma Onda no Mar', de Nelson Motta e Lulu Santos, escrita pela intérprete Gabriella Starneck. Confira a peça radiofônica 'Virgens à Deriva' no link https://www.youtube.com/watch?v=Eoh-k5ahjzA&t=5s</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A sociedade vive hoje um processo de revolução tecnológica, mas a rádio continua a ser um grande meio de comunicação por sua acessibilidade. Segundo McLeish (2001, apud MELO, 2015, p.2), a rádio é um meio praticamente universal, uma vez que possibilita a informação e entretenimento até para aqueles que não sabem enxergar e/ou ler. Além disso, é financeiramente acessível a praticamente todas as classes sociais. Em vista disso, as radionovelas e peças radiofônicas, produto final desse projeto, além de possibilitarem entretenimento, possuem grande valor cultural, uma vez que permite o acesso a grandes obras da literatura, adaptadas para a rádio. A peça Virgens à Deriva foi produzida/veiculada no programa Estação Universitária, da Rádio Universitária a fim de estimular a produção artística cultural e propiciar ao ouvinte um momento de repouso e entretenimento diante do tradicional jornalismo cotidiano. Tendo em vista que a Rádio Universitária está ligada a uma instituição pública, o espaço destinado aos estudantes confere a possibilidade de criação e o desenvolvimento de uma gama extensa de conteúdos radiofônicos, a partir de uma diversidade de linguagens, gêneros e formatos a fim de  garantir o debate de ideias heterogêneas . (DEUS, 2003, p.309). Além da importância laboratorial para o resgate dessas produções artísticas, o aluno também tem outro aprendizado nesse espaço supervisionado: aprende a estabelecer novas formas de vínculo com o ouvinte. Assim, é possível observar que a veiculação da peça Virgens à Deriva, em um espaço laboratorial, traz uma série de benefícios. O ouvinte passa a ter contato com um gênero jornalístico que não é tão convencional, mas que o leva a desenvolver uma visão imagética acerca dos sons apresentados na trama; propicia ao estudante a possibilidade de estabelecer com o ouvinte uma nova forma de vinculo e ainda contribui para o resgate da importância das peças radiofônicas para o rádio - como uma ferramenta de entretenimento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ALVES, Lourembergue. O rádio no tempo da radionovela. Cuiabá: EdUFMT, 1999. 128 p.<br><br>BARBOSA FILHO, André. Gêneros radiofônicos  os formatos e os programas em áudio. São Paulo: Paulinas, 2003.<br><br>BORELLI, S.H.S, MIRA, M. C. Sons, imagens, sensações:radionovelas e telenovelas no Brasil. Intercom. Rev. Bras. de Com., São Paulo, V. XIX, nº 1, pág 33-57, jan-jun, 1996. Disponível em: < http://www.portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/view/897/800> Acesso em: 28 de abril de 2018.<br><br>DEUS, Sandra. Rádios Universitárias Públicas: compromisso com a sociedade e com a informação. Em Questão. Porto Alegre, v. 9, n. 2, p. 327-338, jul. /dez. 2003. <br><br>FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001. <br><br>KLIPPERT, Werner. Elementos da linguagem radiofônica. Trad. George Bernard Sperber. In: SPERBER (org.). Introdução à peça radiofônica. São Paulo. E.P.U. 1980.<br><br>MCLEISH, Robert. Produção de Rádio: um guia abrangente de produção radiofônica. 3ª ed, São Paulo: Summus, 2001. (Novas buscas em comunicação, v.62).<br><br>MENDEL, Manuel Ángel Vázquez. Discurso literário e discurso jornalístico: convergências e divergências. In: CASTRO, Gustavo de; GALEANO, Alex (orgs.). Jornalismo e literatura: a sedução da palavra. 2 ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2002. <br><br>NOVAIS, Kaito Campos de; PAVAN, Ricardo. Solidez Solidão: A Textura das Palavras Diante da Escuridão da Peça Radiofônica. Goiânia: Intercom, 2014. 8 p. <br><br>PRADO, Leandro José do. A imagem da Rádio Universitária da Universidade Federal de Goiás na ótica dos ouvintes da emissora. 2008. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/4300/5/TCCG - Jornalismo - Leandro José Prado.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2017.<br><br>SPENTHOF, Edson Luiz. A Importância das Rádios e TVs Universitárias como Laboratórios. Comunicação & Informação, Goiânia, v.1, n.1, p. 153-166, jan./ jun. 1998. <br><br>SPRITZER, Mirna. O corpo tornado voz: A experiência pedagógica da peça radiofônica. 2005. Trabalho de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação  UFRGS, Porto Alegre, 2005.<br><br>STANISLAVSKI , Konstantin S. A Preparação do Ator. 8ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1988.<br><br>PEIXOTO GONÇALVES, Cristiano. Sobre a voz e a palavra em sua função poética:vai dar o que falar.... [2004]. [ca. 95f.] (tese apresentada ao Instituto de Artes da Unicamp para obtenção do título de Livre Docente). Instituto de Artes, Unicamp, Campinas, 2004.<br><br>KNEBEL, Maria O. La Palabra en La Creación Actoral. 2. ed. Madrid: Fundamentos, 2000 <br><br> </td></tr></table></body></html>