ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #ed1b24"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00196</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA06</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Programa RODA CIÊNCIA: Desafios da divulgação científica no interior de Mato Grosso</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Wilmar Erasmo da Silva (Universidade do Estado de Mato Grosso); Dênis Moreira Neves (Universidade do Estado de Mato Grosso); Lawrenberg Advincula da Silva (Universidade do Estado de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Cibercultura, Jornalismo Científico, Roda Ciência, Webjornalismo, Youtube</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Este trabalho visa apresentar o roteiro do programa Roda Ciência, experiência proposta pela revista de extensão Comunicação, Cultura e Sociedade  que é um grupo de pesquisa fundada em 2012 pelos professores Antônio Carlos Sardinha, Marli Barbosa da Silva e Lawrenberg Advíncula da Silva. A revista é ligada ao curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat. A partir da convergência de plataformas da revisa Comunicação, Cultura e Sociedade, de seu portal de periódicos, para uma página no Facebook, a ideia foi dar continuidade à convergência digital e migrar para um canal no YouTube, com o programa Roda Ciência, a fim de obter mais interação na divulgação científica em outras mídias sociais. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A revista cientifica Comunicação, Cultura e Sociedade, RCCS, surgiu da iniciativa de um grupo de pesquisa de professores do curso de Jornalismo da Unemat, campus Alto Araguaia, interior de Mato Grosso. Embora o projeto tenha se institucionalizado desde 2012, a revista na plataforma digital só teve sua primeira edição em 2013, a partir do engajamento da sua primeira bolsista, a estudante de jornalismo Natália Rodrigues. Na época, ela assumiu a responsabilidade de divulgar os eventos do projeto da revista nos grupos e comunidades do Facebook. A iniciativa de se criar um periódico em Comunicação e de canais para divulga-lo constitui uma ação pioneira de divulgação científico no interior de Mato Grosso. De acordo com a plataforma Sucupira (www.sucupira.capes.gov.br) é o único periódico na área de Comunicação em Mato Grosso, atualmente com o qualis B5. Nos canais de divulgação da revista, a cobertura do jornalismo cientifico aborda temas variados em Ciência e Tecnologia, com o intuito de popularizar o conhecimento acadêmico e pautar o cotidiano dos jovens com temas reflexivos sobre ciência. Hoje a página no facebook da revista CCS possui mais de 1622 seguidores, um número relevante se considerar o circuito de mídia social na área de Ciência no Brasil. Com a mudança de bolsista, de 2016 para 2017, o projeto alça novas estratégias em sua participação nas redes sociais, investindo em conteúdos webtelevisivos como programas e notas. Desses, eis que surge o programa Roda Ciência. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Desenvolver um programa laboratorial entre estudantes de Jornalismo, apresentando o saber dentro das universidades, divulgando ciência e tecnologia através do jornalismo científico, em prol da popularização da ciência. Para assim: " Informar a população sobre a importância da ciência no seu cotidiano " Popularizar a ciência e tecnologia e despertar interesse da sociedade " Produzir conteúdo de fácil acesso nas redes sociais " Fomentar a divulgação cientifica no centro-oeste Roda Ciência é lançado com a finalidade de prestigiar o trabalho de pesquisadores de Comunicação da Unemat, através de entrevista perfil. Abre-se uma interação entre produtor e receptor final, com debates dirigidos em resultados de pesquisas e divulgação de projetos universitários. Ao mesmo tempo, enseja maior liberdade de pautas sobre ciências, sobretudo aquelas fora das mídias tradicionais, na medida em que se disponibiliza acesso contínuo aos usuários dos vídeos produzidos, a qualquer momento. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Após recente pesquisa do Instituto Provokers, divulgada pela revista Exame, mostra que os brasileiros estão cada vez mais consumindo vídeos pela internet, principalmente por dispositivos móveis como o Smartphone, na qual 86%¨assistem vídeos na internet  desses, 99% pelo Youtube. A justificativa é que 83% busca conteúdos que não tem na TV aberta. Nesse sentido, cabe a divulgação cientifica e seus divulgadores, principalmente os jornalistas especializados, buscar meios para que a popularização da ciência aconteça, onde e qualquer lugar, aproveitando as plataformas disponíveis. Assim sendo: o programa Roda Ciência é relevante por ser um projeto inovador em divulgação cientifica no interior de Mato Grosso, a partir de um modelo de produção audiovisual para mídia social, e a sua relevância se dá tanto para a comunidade acadêmica quanto para toda a população. No estado, há poucos canais de divulgação, tanto no Youtube, quanto no Facebook, contando com pouquíssimos e ousados como o programa UFMT Ciência, projeto da Universidade Federal de Mato Grosso, que conta com quadros de dicas e curiosidades, entrevista com estudantes e professores, que serviu como base inicial para o programa Roda Ciência. Tais canais, seguem a proposta da popularização da ciência, que nos últimos anos vem sofrendo com cortes a pesquisa. Em 2018 foi anunciado a redução quase 40% no investimento em ciência, o menor número desde 2010. Os números ainda se contrastam quando se compara o investimento em 2017, na qual o investimento representou apenas 0,45% do PIB (Produto Interno Bruto), no que se comparado com outros países como China e Estados Unidos, que chega a ser quase 3% do PIB. Essas reduções, se intensificarão após a aprovação da Emenda Constitucional PEC 55 (Conhecida como a PEC dos Teto dos Gastos), que congela investimentos em educação e saúde. Em Mato Grosso, os reflexos dos cortes em pesquisas, foram sentidas em 2017, com a ameaça do governo estadual da extinção da FAPEMAT (Fundação de Amparo à Pesquisa), ligada a Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat e Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, com bolsas de iniciação científica e pesquisa. A contribuição da FAPEMAT, é de incentivar a produção de jovens pesquisadores, tanto nos grandes centros acadêmicos, quanto no interior, fomentando a ciência e tecnologia e expandindo o conhecimento através das pesquisas de bolsistas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para produzir o roteiro do programa baseamo-nos em teorias de filmagens, as práticas de pré-produção, produção e pós-produção, pois para construção da narrativa foi preciso definir a linha cronológica do programa. Conforme Lara Maria Coutinho (2009): Um filme passa por muitas etapas antes de chegar ao produto final. Primeiro, é realizado o argumento, define-se o que a história do filme irá contar. Com base no argumento, é feito o roteiro literário que transformará a história em linguagem cinematográfica. Nesse roteiro, os planos são descritos com detalhes e são marcados os diálogos. Depois, esse roteiro literário é transformado em roteiro técnico da filmagem. O ângulo da câmera, as lentes, o enquadramento, o planos da imagem, a luz, a movimentação da câmera, a movimentação dos personagens, todos os detalhes necessários para que o fotografo e o editor possam trabalhar nas filmagens. (COUTINHO, 2008: p.63) Vale lembrar que a práxis da aprendizagem teórica do telejornalismo, no que se diz respeito as novas plataformas de mídias e a convergência proporcionada pelas redes sociais, alerta-nos que os professores devem se atentar para que seus alunos façam televisão nos dias de hoje:  Quando isso não acontece o que se vê são docentes escondidos atrás da teoria (que é fundamental mas precisa ser confrontada com a realidade das ruas) para evitar constrangimento público de conseguir dominar as técnicas e rotinas produtivas que a televisão exige na sua dinâmica linguagem verbal e não-verbal , (ERMERIM, FINGER e PORCELLO, 2017, p.127,128). De acordo com o autor acima, o projeto seguiu a prática do telejornalismo em suas novas plataformas, com contribuição da Cibercultura e do Jornalismo Digital. Assim sendo, a concepção do Roda Ciência congrega, em certa medida, o que o ciberativismo possui de mais acessível em se tratando de produção. Um ciberativismo que traduz um traço de imprescindibilidade do ciberespaço, à luz de se caracterizar como um  conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que quase se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p.17). Ou seja: foi necessário o entendimento do produtor audiovisual como um ciberprofissional, um multitarefa que, diante da assunção das plataformas multimídias, desenvolve uma percepção do modo como o internauta percebe, sente e reage aos conteúdos. Em relação a isso, Canavilha (2001) afirma que o jornalista  passa ser um produtor de conteúdos multimídia de cunho jornalístico  webjornalista (CANAVILHAS, 2001, p.2). A partir destes referenciais teóricos, optamos por dividir a produção do programa Roda Ciência em três etapas: pesquisa de formatos, desenvolvimento de roteiro e a produção. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O programa Roda Ciência teve em sua primeira edição como entrevista a professora do curso de Jornalismo e pesquisadora, Rosely Romanelli. Ela apresentou o seu livro  Pedagogia Waldorf: Cultura, organização e dinâmica social  volume 1 , fruto de seu trabalho de pesquisa. Na estruturação do roteiro, houve a preocupação com a sequência dos temas, cuidados de luz em contraste com imagens internas e externas, enquadramentos, iluminação, planos e equipamentos. A entrevista foi realizada na biblioteca da Unemat, campus Alto Araguaia, pelo ambiente ser sugestivo para leitura e pesquisa. A proposta inicial foi de realizar uma entrevista de 5 minutos e no máximo 10 minutos, mas na primeira edição ultrapassou, chegando a 12 minutos e 57 segundos, comportando num único bloco. O início do programa Roda Ciência começa com uma passagem de apresentação do programa e do tema da entrevista, logo em seguida uma enquete nas ruas com a pergunta: afinal, você sabe o que é Pedagogia Waldorf? Logo depois: abre-se para as demais apresentações e então a entrevista, que começa com as perguntas em off e segue com plano médio para a entrevistada, a professora Rosely Romanelli. Na deixa inicial, ela fala sobre a pesquisa da Pedagogia Waldorf, fruto do resultado de seu livro, além de explicar os campos da pesquisa em termos locais e contribuições para a sociedade. O material bruto da entrevista durou mais de uma hora, onde a entrevistada discorreu de forma informal sobre as particularidades da sua pesquisa. Durante as filmagens, cortes para imagens do campus universitário de Alto Araguaia. A gravação ocorreu em plano frontal, frente a frente, com enquadramento somente da entrevistada, em plano médio, enquadramento do busto para cima. Após gravação, a edição contou com vinheta de animação, trilha sonora e imagens de apoio para contextualização com a pesquisa que resultou no livro da entrevistada. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O programa Roda Ciência, surgiu após pesquisa sobre programas e quadros de ciência, tanto na TV aberta, quanto aos novos formatos de conteúdo para plataforma do Youtube, os canais livres. O Roda Ciência, foi inspirado no canal UFMT Ciência, programa de ciência no Youtube da universidade Federal de Mato Grosso, que traz quadros com entrevistas com professores e estudantes pesquisadores, do Globo Ciência e Conexão Futura da TV Futura. Após pesquisa de quem entrevistar na academia, por meio de estudo de campo de projetos em andamento, principalmente de professores, sobre projetos de pesquisas, livros lançados, teses dentre outros. Após a exibição da primeira edição do programa Roda Ciência, a ideia é dar continuidade a produção audiovisual do programa, com mais entrevista com pesquisadores de diversas áreas. O resultado foi satisfatório por poder ser divulgado a sociedade as produções acadêmicas, fazendo com que a comunidade aproxime-se mais da universidade e promovendo popularização do conhecimento acadêmico. Trata-se da essência do circuito da divulgação científica, entendida por Marques e Barbosa (SILVA, AGUILAR, RICARTE, 2017), no artigo Revista Comunicação, Cultura e Sociedade, como um movimento de resistência dos periódicos científicos no interior do Brasil. O conhecimento precisa ser difundido, ou melhor, dividido para que seus benefícios se tornem plenos. Ele deve voar. Melhor do que enclausura-lo na academias com formulas e conceitos complicados é divulgar  via imprensa e demais veículos formais de comunicação, jornalismo científico, ou de ciências - ou comunicar  ecoar a produção de eventos e publicações em periódicos  seu conteúdo ao maior número de pessoas possível. A informação não pode ser retida, contida ou restrita a uma minoria, um circulo fechado. Em se falando de informação no campo cientifico, circular é preciso (MARQUES E BARBOSA, 2017, p.487). O programa Roda Ciência e o seu canal no Youtube são mais uma ferramenta para amenizar a falta de conhecimento da população sobre ciência e tecnologia. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">BUENO, Wilson da Costa. Comunicação cientifica e divulgação: aproximação e rupturas conceituais. Informação & Informação, v.15, n. Esp, p. 01-12-2010. Disponível em: >. http://www.brapci.inf.br/index.php/article/view/0000009517/d17dcf39aee2e6732da0aca83858ab71/Acesso em: 03 Maio 2018.<br><br>CANAVILHAS, João Messias. Webjornalismo. Considerações gerais sobre jornalismo na web. 2001. Disponível em: http://www.bocc.uff.br/_esp/autor.php?codautor=602<br><br>SILVA, Lawrenberg Advíncula; RICARTE, Élmaro; AGUIAR, Yáñez, Cristian. Cenários comunicacionais: Entre as sociedades, indústrias e as emergentes. V.1. Portugal. Media XXI, 2017. <br><br>JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. 2 ed. São Paulo. Aleph, 2009. <br><br>LÉVY, Pierre: A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 5. Ed. São Paulo: Loyola, 2007. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=N9QHkFT_WC4C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false<br><br>COUTINHO, L. M. Audiovisual: arte, técnica e linguagem. Brasília: Universidade de Brasília, 2006<br><br>ERMERIM, C,; FINGER, C,; PORCELLO, F.; Desafios do telejornalismo: ensino, pesquisa e extensão. Cleção Jornalismo Audiovisual. V.6. Florianópolis: Insular. 2017.<br><br> </td></tr></table></body></html>