INSCRIÇÃO: 00241
 
CATEGORIA: PT
 
MODALIDADE: PT05
 
TÍTULO: Dias de Luta: a fotonovela como memória dos fatos
 
AUTORES: Marcos Augusto Santos Silva (Universidade do Estado de Mato Grosso); Weverton Velasco David (Universidade do Estado de Mato Grosso); Fábio Faria Pires (Universidade do Estado de Mato Grosso); Marcela Fernanda Pavão (Universidade do Estado de Mato Grosso); Lawrenber Advincula da Silva (Universidade do Estado de Mato Grosso)
 
PALAVRAS-CHAVE: fotonovela, jornalismo, memória , ,
 
RESUMO
Ao narrar em primeira pessoa um fato histórico, Dias de Luta lança uma nova perspectiva na produção de fotonovela no interior do Brasil: a narrativa não-ficcional, histórica e autobiográfica. Trata-se de uma linha situada na interface entre o Jornalismo e a literatura que no presente trabalho, Dias de Luta, constitui inovação de mensagem e formato. O objetivo é verificar a capacidade do gênero fotonovela de registro histórico. No caso: sobre os manifestos do dia 29 de abril de 2016, em Brasília. O trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Planejamento Gráfico, do curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso, cidade de Alto Araguaia, Mato Grosso.
 
INTRODUÇÃO
A importância da memória histórica ਀ऀ “Fotografia é Memória e com ela se confunde”. (KOSSOY, 2002: p.132)਀ Afinal, o Brasil foi descoberto ou invadido pelos portugueses? A relação entre índios e portugueses era amistosa, não é?! O Brasil é o país da democracia racial? Perguntas e mais perguntas que, não por acaso, ocupam desde as cadeiras escolares aos auditórios acadêmicos, evidenciando, cada vez mais, um hiato entre o passado e as novas gerações, um perigoso ruído de memória. Quase o mesmo achado na frase “Auschwitz nunca mais”, mas que no cotidiano tende a se contrastar com uma realidade: o fascismo e o nazismo estão mais fortes. ਀ Apesar do acesso a livros, ebooks, conteúdos na internet disponíveis nos mais variados canais de informação, é de se afirmar que vivemos uma crise de memória. Uma memória social que liga lugares a pessoas, uma memória histórica que atualiza cada um ao seu passado, suas raízes. ਀ Quando se preserva a memória de uma sociedade não significa, que você está ligando ela de forma direta ao passado impedindo o desenvolvimento, mas sim de conservação de seus pilares que formam, para assim não perder o conhecimento, a memória. Kossoy (2001: p.16) relata que “imagens são documentos para história”.਀ Devemos alinhar esse avanço com a importância da memória, o contexto histórico, pois, nenhum avanço é feito sem um período, e todo momento histórico deve ser registrado como documento social, para que cada geração que surge tenha acesso aquele dado momento.Sem isso, ocorre o esfacelamento da memória cultural, desligamento do homem de suas raízes, das tradições, impedindo de entender a ter acesso de o porquê das transformações políticas, sócias, culturais e econômicas, pelo simples motivo de faltar elos que dão sentido aos acontecimentos.
 
OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral਀唀猀愀爀 愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 挀漀洀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀漀 栀椀猀琀爀椀挀漀Ⰰ 渀愀 洀攀洀爀椀愀 搀漀猀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀漀猀Ⰰ 甀琀椀氀椀稀愀渀搀漀 甀洀 昀愀琀漀 洀愀爀挀愀渀琀攀 渀漀 瀀愀猀 渀漀 焀甀愀氀 愀 瀀漀瀀甀氀愀漀 戀爀愀猀椀氀攀椀爀愀Ⰰ 猀攀 昀攀稀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 椀渀搀漀 愀 挀愀洀瀀漀 猀攀樀愀 挀漀渀琀爀愀 漀甀 愀 昀愀瘀漀爀 搀漀 最漀瘀攀爀渀漀⸀ 伀 最爀愀渀搀攀 漀戀樀攀琀椀瘀漀 搀漀 瀀爀攀猀攀渀琀攀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 瀀愀爀琀攀 搀漀 瀀爀攀猀猀甀瀀漀猀琀漀 搀攀 渀漀 搀攀椀砀愀爀 攀猀猀攀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 挀愀椀爀 渀漀 攀猀焀甀攀挀椀洀攀渀琀漀 攀 猀椀洀 攀琀攀爀渀椀稀愀爀 渀愀 洀攀洀爀椀愀 搀攀 挀愀搀愀 甀洀 攀猀猀攀 昀愀琀漀 洀愀爀挀愀渀琀攀 渀愀 栀椀猀琀爀椀愀 愀琀甀愀氀 搀漀 䈀爀愀猀椀氀⸀ ਀㈀⸀㈀ऀ伀戀樀攀琀椀瘀漀 䔀猀瀀攀挀昀椀挀漀 ਀嘀攀爀椀昀椀挀愀爀 愀猀 洀切氀琀椀瀀氀愀猀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀搀愀搀攀猀 搀攀 渀愀爀爀愀漀 瀀攀氀愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 攀洀 洀攀椀漀 愀漀猀 洀愀渀椀昀攀猀琀漀猀 漀挀漀爀爀椀搀漀猀 攀洀 䈀爀愀猀氀椀愀⸀
 
JUSTIFICATIVA
Ao contrário do que se diz a cartilha de um jornalismo cidadão e ético, a grande imprensa brasileira sempre desenvolveu uma narrativa do Brasil a partir dos interesses das classes privilegiadas. Um agendamento que não se limita a excluir ou ignorar pautas populares, mas transformar o popular no escracho, ou pior, num estereótipo de problema social. Da Gazeta do Rio do século 18 à Folha de S. Paulo e a TV Globo dos dias atuais, a imagem da cobertura que prevalece é de uma prosperidade gringa, forânea, subestimando tudo que surge da mestiçagem com predominância negra ou indígena. Uma estética e linguagem etnocêntrica, responsável pela criação e o aumento de históricas muralhas. Um ataque silencioso, gradativo, pernicioso, que se impõe como uma memória dos vencedores.਀  Resgatando Darcy Ribeiro, numa fala na praça do Rio de Janeiro em 1982, logo se percebe que instituir uma visão de mundo a partir dos vencedores ou a negação de outras percepções de mundo constituem um grande projeto político. E, nesse caso, ter a fotografia como uma ferramenta de ruptura, significa entender o ato de fotografar como o de documentar e fazer uma nova história. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀攀搀㄀戀㈀㐀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㐀⸀㄀ऀ倀爀ⴀ倀爀漀搀甀漀㨀 甀洀愀 椀渀挀甀爀猀漀 渀漀 洀琀漀搀漀 攀琀渀漀最爀昀椀挀漀 ਀䄀 洀攀琀漀搀漀氀漀最椀愀 搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 琀攀洀 挀漀洀漀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀 愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 攀琀渀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 攀 洀愀椀猀 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀洀攀渀琀攀Ⰰ 琀攀砀琀漀猀 搀攀 䴀愀氀椀渀漀眀猀欀椀 ⠀伀猀 愀爀最漀渀愀甀琀愀猀 搀漀 倀愀挀昀椀挀漀 伀挀椀搀攀渀琀愀氀⤀ 攀 愀 刀椀渀栀愀 搀攀 䜀愀氀漀 搀攀 䌀氀椀昀昀漀爀搀 䜀攀攀爀琀稀 ⠀䄀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀漀 搀愀猀 䌀甀氀琀甀爀愀猀Ⰰ ㄀㤀㠀㤀⤀⸀ 吀愀氀 爀攀昀攀爀攀渀挀椀愀 瀀攀爀洀椀琀椀甀 漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀攀 甀洀 瀀氀愀渀攀樀愀洀攀渀琀漀 搀椀爀椀最椀搀漀 渀甀洀愀 氀攀椀琀甀爀愀 瀀爀漀昀甀渀搀愀 搀愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 愀 猀攀爀 爀攀最椀猀琀爀愀搀愀Ⰰ 昀漀琀漀最爀愀昀愀搀愀⸀ 唀洀 漀氀栀愀爀 洀椀爀愀搀漀 渀漀猀 瀀攀焀甀攀渀漀猀 搀攀琀愀氀栀攀猀 攀 搀攀瘀漀琀愀搀漀 愀 攀砀瀀氀漀爀愀爀 瘀攀爀搀愀搀攀猀 渀攀洀 猀攀洀瀀爀攀 爀攀琀爀愀琀愀搀愀猀 瀀攀氀愀猀 氀攀渀琀攀猀 挀漀洀甀渀猀Ⰰ 瘀椀挀椀愀搀愀猀⸀ 䘀愀氀愀ⴀ猀攀 愀焀甀椀 搀攀 甀洀 攀砀攀爀挀挀椀漀 搀攀 椀洀攀爀猀漀 昀漀琀漀 攀琀渀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 焀甀攀 渀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀攀洀愀渀搀漀甀 甀洀愀 瀀攀猀焀甀椀猀愀 搀漀 氀甀最愀爀 搀漀猀 洀漀瘀椀洀攀渀琀漀猀 猀漀挀椀愀椀猀 渀愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 瀀漀氀琀椀挀愀 搀漀 䈀爀愀猀椀氀Ⰰ 攀 搀攀瀀漀椀猀 搀漀 昀漀琀最爀愀昀漀 挀漀洀漀 甀洀 栀椀猀琀漀爀椀愀搀漀爀 挀漀渀琀攀洀瀀漀爀渀攀漀⸀  ਀吀攀爀 挀漀洀漀 瀀漀渀琀漀 搀攀 瀀愀爀琀椀搀愀 漀 洀琀漀搀漀 攀琀渀漀最爀昀椀挀漀 愀戀爀椀甀 甀洀 氀攀焀甀攀 搀攀 瀀攀爀最甀渀琀愀猀 瀀愀爀愀 漀 焀甀攀 搀攀洀愀渀搀愀爀椀愀 愀 挀漀戀攀爀琀甀爀愀 昀漀琀漀最爀昀椀挀愀 攀洀 䈀爀愀猀氀椀愀Ⰰ 渀漀 搀椀愀 ㈀㐀 搀攀 洀愀椀漀Ⰰ 渀愀 漀挀愀猀椀漀 洀愀爀挀愀搀愀 挀漀洀漀 愀甀氀愀 搀攀 挀愀洀瀀漀Ⰰ 洀愀猀Ⰰ 渀甀洀 猀攀最甀渀搀漀 洀漀洀攀渀琀漀Ⰰ 猀攀爀椀愀 搀攀琀攀爀洀椀渀愀渀琀攀 瀀愀爀愀 洀愀爀挀愀爀 漀 攀渀爀攀搀漀Ⰰ 愀 猀攀焀甀攀渀挀椀愀 攀 琀漀搀愀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 搀愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀⸀ 䄀昀椀渀愀氀Ⰰ 甀洀愀 搀愀猀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀猀 攀爀愀 昀甀最椀爀 搀愀 氀椀渀攀愀爀椀搀愀搀攀 漀瀀爀攀猀猀漀爀愀Ⰰ 瀀爀愀最洀琀椀挀愀⸀  ਀㐀⸀㈀ऀ䌀漀戀攀爀琀甀爀愀 昀漀琀漀最爀昀椀挀愀  ਀倀愀爀愀 愀 攀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀猀猀攀 瀀爀漀樀攀琀漀Ⰰ 昀漀椀 挀爀椀愀搀漀 甀洀 爀漀琀攀椀爀漀 搀攀 椀洀攀爀猀漀 昀漀琀漀攀琀渀漀最爀昀椀挀愀Ⰰ 挀漀洀 甀洀愀 爀攀氀愀漀 搀攀 瀀攀爀昀椀猀 攀 瀀漀渀琀漀猀 搀愀 瀀愀猀猀攀愀琀愀 攀猀琀愀戀攀氀攀挀椀搀漀猀 瀀爀攀瘀椀愀洀攀渀琀攀⸀ 倀愀爀琀椀洀漀猀 挀漀洀 漀 吀攀洀愀㨀 䐀椀愀猀 搀攀 䰀甀琀愀㨀 愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 挀漀洀漀 洀攀洀爀椀愀 搀漀猀 昀愀琀漀猀⸀ 䠀漀甀瘀攀 甀洀 挀甀椀搀愀搀漀 焀甀愀渀琀漀 愀 愀戀漀爀搀愀最攀洀 攀 漀 爀攀挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 搀攀 挀愀洀瀀漀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 焀甀攀 攀猀琀愀爀愀洀漀猀 氀椀搀愀渀搀漀 挀漀洀 洀甀氀琀椀搀攀猀 攀 猀椀琀甀愀攀猀 搀攀 最爀愀渀搀攀 琀攀渀猀漀⸀ 䄀猀猀椀洀 挀漀洀漀 栀漀甀瘀攀 甀洀愀 漀爀椀攀渀琀愀漀 瀀愀爀愀 焀甀攀 瀀爀椀瘀椀氀攀最椀愀猀猀攀 愀猀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 瀀愀渀漀爀洀椀挀愀猀 瀀愀爀愀 漀猀 瀀漀渀琀漀猀 搀攀 洀愀椀漀爀攀猀 挀漀渀挀攀渀琀爀愀漀 搀攀 最攀渀琀攀 攀 漀猀 瀀氀愀渀漀猀 最攀爀愀氀Ⰰ 洀搀椀漀 攀 挀漀渀樀甀渀琀漀 瀀愀爀愀 爀攀琀爀愀琀愀爀 漀 瀀攀爀昀椀氀 搀攀 愀氀最甀渀猀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀渀琀攀猀⸀ 䄀氀洀 搀椀猀猀漀Ⰰ 甀琀椀氀椀稀愀洀漀猀 搀漀 洀攀爀最甀氀栀漀 攀 挀漀渀琀爀愀ⴀ洀攀爀最甀氀栀漀Ⰰ 渀最甀氀漀猀 焀甀攀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀琀愀洀 氀攀椀琀甀爀愀猀 搀椀猀琀椀渀琀愀猀 焀甀愀渀琀漀 漀 氀甀最愀爀 搀攀 昀愀氀愀 搀漀 昀漀琀漀最爀愀昀愀搀漀⸀ ਀䄀猀 昀漀琀漀猀 昀漀爀愀洀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀猀 愀琀爀愀瘀猀 搀攀 甀洀愀 挀洀攀爀愀 䌀愀渀漀渀 吀㌀Ⰰ 氀攀渀琀攀 ㄀㠀ⴀ㄀㌀㔀 洀洀 攀 甀洀 匀洀愀爀琀瀀栀漀渀攀 䜀愀氀愀砀礀 䨀㔀⸀  ਀㐀⸀㌀ऀ匀攀氀攀漀Ⰰ 爀漀琀攀椀爀漀 攀 搀椀愀最爀愀洀愀漀⸀  ਀䄀漀 搀攀瀀愀爀愀爀洀漀猀 挀漀洀 洀愀椀猀 㘀  昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀 搀漀猀 洀愀渀椀昀攀猀琀漀猀 搀攀 䈀爀愀猀氀椀愀 搀漀 搀椀愀 ㈀㐀 搀攀 洀愀椀漀Ⰰ 猀愀戀愀洀漀猀Ⰰ 搀攀猀搀攀 漀 椀渀挀椀漀Ⰰ 焀甀攀 琀渀栀愀洀漀猀 甀洀 搀攀猀愀昀椀漀 洀愀椀猀 戀椀漀最爀昀椀挀漀 搀漀 焀甀攀 愀甀琀漀戀椀漀最爀昀椀挀漀⸀ 䨀 焀甀攀 愀 椀搀攀椀愀 攀爀愀 琀爀愀戀愀氀栀愀爀 挀漀洀 愀 洀攀洀爀椀愀Ⰰ 攀 猀甀最攀爀椀爀 猀甀愀 爀甀瀀琀甀爀愀 氀漀最漀 瀀攀渀猀愀洀漀猀 渀愀 瀀攀氀挀甀氀愀 洀漀渀漀挀爀漀洀琀椀挀愀 攀 猀攀甀猀 挀漀渀琀爀愀猀琀攀猀⸀ 䄀氀椀愀搀漀 愀 椀猀猀漀Ⰰ 琀椀瘀攀洀漀猀 漀 琀爀愀戀愀氀栀漀 搀攀 搀攀猀最爀愀瘀愀爀 漀 洀愀琀攀爀椀愀氀 搀攀 甀搀椀漀 搀漀 䴀愀爀挀漀猀 䄀甀最甀猀琀漀Ⰰ 焀甀攀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀琀漀甀 琀爀愀愀爀 甀洀愀 氀椀渀栀愀 搀攀 爀愀挀椀漀挀渀椀漀 焀甀愀渀琀漀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀Ⰰ 搀攀猀搀攀 愀 挀栀攀最愀搀愀 渀漀 攀猀琀搀椀漀 䴀愀渀 䜀愀爀爀椀渀挀栀愀 攀洀 䈀爀愀猀氀椀愀Ⰰ 渀漀 瀀攀爀漀搀漀 搀愀 洀愀渀栀 愀漀 搀攀猀昀攀挀栀漀 搀愀猀 洀漀戀椀氀椀稀愀攀猀Ⰰ 攀洀 昀爀攀渀琀攀 愀漀 䌀漀渀最爀攀猀猀漀 一愀挀椀漀渀愀氀Ⰰ 瀀攀氀愀猀 ㄀㜀 栀漀爀愀猀⸀   ਀䄀瀀猀 愀 猀攀氀攀漀 攀 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀 搀愀猀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀猀Ⰰ 挀漀洀攀愀洀漀猀 愀 搀椀愀最爀愀洀愀漀 搀愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 渀漀 䌀漀爀攀氀 䐀爀愀眀Ⰰ 攀洀 猀甀愀 瘀攀爀猀漀 堀㜀Ⰰ 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 愀甀氀愀猀 氀愀戀漀爀愀琀漀爀椀愀椀猀⸀ 一攀猀琀愀 昀愀猀攀Ⰰ 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀洀漀猀 甀洀 ᰀ戠漀渀攀挀漀ᴀ†瀀愀爀愀 搀攀瀀漀椀猀 昀愀稀攀爀 愀 攀搀椀琀漀爀愀漀 攀氀攀琀爀渀椀挀愀⸀ 一愀 攀搀椀琀漀爀愀漀Ⰰ 攀氀愀戀漀爀愀洀漀猀 愀 瀀愀最椀渀愀漀 攀洀 㜀 瀀最椀渀愀猀Ⰰ 渀漀 昀漀爀洀愀琀漀 瀀愀椀猀愀最攀洀Ⰰ 洀愀爀挀愀洀漀猀 愀猀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀椀猀 昀漀琀漀猀 攀 琀攀洀愀猀 愀漀 氀漀渀最漀 搀愀猀 瀀最椀渀愀猀Ⰰ 攀 椀渀椀挀椀愀洀漀猀 愀 搀椀愀最爀愀洀愀漀 搀愀渀搀漀 渀昀愀猀攀 愀猀 椀洀愀最攀渀猀 瀀愀渀漀爀洀椀挀愀猀 搀愀猀 洀愀渀椀昀攀猀琀愀攀猀⸀ 伀 爀攀猀甀氀琀愀搀漀 爀攀瘀攀氀漀甀 甀洀 琀椀瀀漀 搀攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 攀洀 瀀爀椀洀攀椀爀愀 瀀攀猀猀漀愀 搀漀猀 昀愀琀漀猀Ⰰ 渀漀ⴀ昀椀挀挀椀漀渀愀氀Ⰰ 椀渀挀漀爀瀀漀爀愀渀搀漀 渀愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 攀氀攀洀攀渀琀漀猀 搀漀 搀漀挀甀洀攀渀琀爀椀漀⸀ 
 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
DESCRIÇÃO DA FOTONOVELA DIAS DE LUTA਀ Em busca pela definição de fotonovela, percebe-se que ela se constitui a partir de elementos textuais e visuais. Quando a literatura começa a ganhar suas versões ilustradas a fotonovela, suas primeiras aparições são datadas do século XVIII, na Itália. Enquanto no Brasil suas primeiras aparições só ocorreram por volta da segunda metade do século XX.਀ Enquanto formato, a fotonovela se relaciona com que o quadrinista Will Eisner (1999) denomina de narrativa gráfica, e também arte sequencial. O seu aperfeiçoamento se dá com os artistas que lidavam com a arte de contar histórias, voltado para o publico de massa. Eles tinham na Gestalt, na linguagem visual como mecanismo para a expressão de uma complexidade de pensamentos, sons e ideias. Um processo de narração de histórias que abrange uma série de técnicas de roteirização, fotografia e direção de texto. ਀ A fotonovela em si constitui um gênero hibrido, unindo a fotografia às mais variadas linguagens da narração. Exigindo não somente boas fotografias, mas uma interação entre texto, imagens, componentes gráficos e layout. Conseguindo todos esses elementos, você atingirá os objetivos capturados pela sua lente.਀ Ao todo a fotonovela Dias de Luta é dividida em 7 páginas, com fotografias monocromáticas e textos, em sua maioria em caixas de texto no formato narrador. A narração é em primeira pessoa, mas mesmo assim, possui espaço para as vozes de entrevistados. E a história se divide em três partes: 1) A chegada em Brasília, 2) a passeata e o perfil dos manifestantes, 3) o confronto entre manifestante e Polícia Militar e 4) desfecho com um parecer dos manifestos daquele dia histórico. ਀ Na primeira página, conta se o relato da chegada em Brasília, sobre as caravanas presentes e sobre os primeiros obstáculos enfrentados pelos manifestantes. Nos quadrinhos observamos falas com ar de ironia e falas de orientação para os alunos.਀ Na segunda página: fala-se sobre a caminhada dos manifestantes em direção a Esplanada dos Ministérios. Resolvemos selecionar algumas fotos marcantes dessa marcha histórica.਀ Na terceira página: Uma das partes marcantes de força e resistência se relata nesta página. O confronto entre policias e manifestantes precisou de um olhar mais apurado. Era necessário entrar no meio deles, e tentar entender e mostrar através das fotografias o que realmente estava acontecendo. A sensação era de que estávamos em uma guerra, o barulho das bombas de gases, o som do tiro com balas de borrachas e os gritos entrem os manifestantes montavam um cenário de guerra e medo naquele momento.਀ Na quarta página: Quando se luta por algo que se acredita, acaba-se criando coragem e força para persistir e resistir. É o caso desses professores indígenas que ficaram de frente para os policias que faziam o cerco. Tentávamos entrevistar, mas éramos interrompidos pelas bombas e sem esperar pelo um incêndio que acontecia no prédio do Ministério da Educação. ਀ Na quinta página: Podemos encontrar nessa página diversos perfis de manifestantes. Devido a enorme quantidade de bombas que eram lançadas, muitos foram obrigados a usar panos no rosto para evitar inalar esse gás, com isso acabou misturando manifestante com um grupo de um movimento chamado Black Block. Ainda nesta página podemos observar um grupo capoeirista que mesmo com tanto caos, não paravam de tocar o Berimbau. ਀ Na sexta página: A fumaça já tomava conta do espaço, era uma mistura da fumaça do gás, com a fumaça do incêndio. Um dos momentos em que mais sentimos medo foi quando o helicóptero da policia começaram a atirar contra os manifestantes com tiro de borracha. Já não se sabia mais para onde correr. Em certo momento já não sabíamos mais de quem deveríamos ter medo, se era dos policias que não queriam saber quem estava no meio e só atirava ou se era dos próprios manifestantes, pois ficavam assustados e com raivas quando viam câmeras direcionadas a eles. ਀ Na última página: Uma grande lição se pode tirar. Mesmo com tantas dores, medos, revoltadas, ódios e aflições, podemos perceber que o amor sempre falará mais alto e que onde tiver o caos, ali também poderá nascer o amor.਀
 
CONSIDERAÇÕES
Durante a experiência de fotografar um momento histórico como esse, podemos notar que precisamos sair da nossa zona de conforto e realizar esse tipo de incursão. Por diversas ocasiões, a população fica presa pelo que a mídia publica, e por isso acaba tendo como memória aquilo que é imposto a ela. ਀ A fotonovela vem como uma nova proposta de transmitir a notícia e a memória dela da forma crua como acontece. É através das fotografias e legendas que contaremos o que te fato ocorreu. O trabalho Dias de Luta vem para mostrar a importância desses registros como outra memória... ou seria uma antimemória?!਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀攀搀㄀戀㈀㐀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀䈀䔀一䄀䨀䄀䴀䤀一Ⰰ 圀⸀ 倀攀焀甀攀渀愀 栀椀猀琀爀椀愀 搀愀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀⸀ 䤀渀㨀 匀漀戀爀攀 愀爀琀攀Ⰰ 琀挀渀椀挀愀Ⰰ 氀椀渀最甀愀最攀洀 攀 瀀漀氀琀椀挀愀⸀ 䰀椀猀戀漀愀㨀 刀攀氀最椀漀 䐀됀섀最甀愀 䔀搀椀琀漀爀攀猀 䰀搀愀Ⰰ ㄀㤀㤀㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䈀䔀刀䜀匀伀一Ⰰ 䠀⸀ 䴀愀琀爀椀愀 攀 䴀攀洀爀椀愀㨀 攀渀猀愀椀漀 搀愀 爀攀氀愀漀 搀漀 挀漀爀瀀漀 挀漀洀 漀 攀猀瀀爀椀琀漀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䴀愀爀琀椀渀猀 䘀漀渀琀攀猀Ⰰ ㄀㤀㤀 ⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䌀伀䰀䰀䄀刀伀Ⰰ 䄀⸀ 倀爀漀搀甀漀 䜀爀昀椀挀愀㨀 䄀爀琀攀 攀 琀挀渀椀挀愀 渀愀 搀椀爀攀漀 搀攀 愀爀琀攀⸀ ㈀⸀ 攀搀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 倀攀愀爀猀漀渀 倀爀攀渀琀椀挀攀 䠀愀氀氀Ⰰ ㈀ ㄀㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䜀䄀刀䌀촀䄀Ⰰ 匀⸀ 䄀 渀漀瘀攀氀愀 最爀昀椀挀愀⸀ 吀爀愀搀⸀ 䴀愀搀最愀 䰀漀瀀攀猀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䴀愀爀琀椀渀猀 䘀漀渀琀攀猀Ⰰ ㈀ ㄀㈀⸀ 㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䜀䔀䔀刀吀娀Ⰰ 䌀氀椀昀昀漀爀搀⸀ 䄀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀漀 搀愀猀 挀甀氀琀甀爀愀猀⸀ ⴀ 氀⸀攀搀⸀Ⰰ 䤀㌀⸀爀攀椀洀瀀爀⸀ ⴀ 刀椀漀 搀攀 䨀愀渀攀椀爀漀㨀 䰀吀䌀Ⰰ ㈀  㠀⸀㌀㈀㌀瀀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䜀唀䤀䴀䄀刀쌀䔀匀Ⰰ 䰀⸀ 䄀 挀漀爀 渀愀 洀搀椀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀戀氀甀洀洀攀Ⰰ ㈀  ㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䨀伀䄀一䤀䰀䠀伀Ⰰ 䄀⸀ 䰀⸀ 䨀伀䄀一䤀䰀䠀伀Ⰰ 䴀⸀ 倀⸀ 䜀⸀ 匀漀洀戀爀愀猀 氀椀琀攀爀爀椀愀猀㨀 愀 昀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀 攀 愀 瀀爀漀搀甀漀 挀甀氀琀甀爀愀氀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㄀㘀 搀攀 愀戀爀椀氀 ㈀ ㄀㘀⸀ 䘀漀琀漀渀漀瘀攀氀愀⸀ 䐀椀猀瀀漀渀瘀攀氀 攀洀㨀 ⸀ 䄀挀攀猀猀漀 攀洀 ㄀㘀 搀攀 愀戀爀椀氀 ㈀ ㄀㘀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䬀伀匀匀伀夀Ⰰ 䈀⸀ 刀攀愀氀椀搀愀搀攀猀 攀 昀椀挀攀猀 渀愀 琀爀愀洀愀 昀漀琀漀最爀昀椀挀愀⸀ ㌀ꨀ 攀搀Ⰰ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀琀攀氀椀 䔀搀椀琀漀爀椀愀氀Ⰰ ㈀  ㈀⸀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀䴀䄀䰀䤀一伀圀匀䬀䤀Ⰰ 䈀⸀ 䄀爀最漀渀愀甀琀愀猀 搀漀 瀀愀挀椀昀椀挀漀 漀挀椀搀攀渀琀愀氀㨀 唀洀 爀攀氀愀琀漀 搀漀 攀洀瀀爀攀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 攀 搀愀 愀瘀攀渀琀甀爀愀 搀漀猀 渀愀琀椀瘀漀猀 渀漀猀 愀爀焀甀椀瀀氀愀最漀猀 搀愀 一漀瘀愀 䜀甀椀渀 洀攀氀愀渀攀猀椀愀⸀ 匀漀 倀愀甀氀漀㨀 䄀戀爀椀氀 䌀甀氀琀甀爀愀氀Ⰰ ㄀㤀㜀㘀⸀ 㐀㌀㘀 瀀⸀ ਀㰀戀爀㸀㰀戀爀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀