ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #ed1b24"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00259</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Radiodocumentário sobre o envelhecimento ativo no Distrito Federal</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Karyne Nogueira Santos (Universidade Católica de Brasília); Eliane Muniz (Universidade Católica de Brasília)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Radiodocumentário, Envelhecimento ativo, Mercado de trabalho, Distrito Federal , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente radiodocumentário fala sobre uma das formas de envelhecimento ativo: a opção de permanecer no mercado de trabalho. Voltado para o cenário do Distrito Federal, o produto conta a história de diferentes personagens que por razões adversas preferiram pela continuidade de atividades trabalhistas. Além de exemplos que ilustram esse hábito, o radiodocumentário apresenta os dilemas de quem se encontra aposentado, indo além do velho discurso de que se trata de um período monótono de descanso sem fim. O produto também aborda o papel das políticas públicas do Distrito Federal com relação às pessoas da terceira idade que prorrogaram suas estadias no mercado de trabalho.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiodocumentário foi realizado para disciplina de Produção e Edição em Rádio, matéria do 6º semestre do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília. A produção e edição foram feitas pela estudante Karyne Nogueira Santos com a orientação da professora Eliane Muniz. O apoio técnico foi executado por Renner Lopes e Renan Ventura. O radiodocumentário tem a duração de 7 minutos e 45 segundos. O produto apresenta uma das maneiras de se manter ativo na terceira idade, que é a continuidade no mercado de trabalho. O tema é de grande pertinência pois mostra a atuação de uma parte da população que na maioria das vezes é esquecida/invisível para a sociedade, porque carrega um falso estigma de prostração, de uma fase na qual as pessoas, somente pelo fato de serem mais velhas, não contribuem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O objetivo do radiodocumentário é destacar uma das formas de viver o envelhecimento, que por muitos é julgado como uma fase esquecida. O produto evidencia o papel das pessoas da terceira idade que decidiram seguir no mercado de trabalho, independentemente da motivação, e como a sociedade vê a atuação dessas pessoas. O radiodocumentário também explicita a função das políticas públicas da Capital Federal com relação às condições trabalhistas direcionadas às pessoas da terceira idade, que optaram por continuar desenvolvendo uma atividade produtiva.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho torna-se relevante por abordar um tema de interesse público, porém, pouco pautado pelos meios de comunicação, sobretudo a partir do foco proposto que é o envelhecimento ativo da população. Sabe-se que os idosos são um grupo da sociedade que tem pouca visibilidade, inclusive, midiática. Logo, este radiodocumentário se faz importante por duas razões: primeiro por tratar de um assunto que se refere à terceira idade, colocando-a em pauta numa perspectiva diferente da qual a sociedade está acostumada a ver; segundo, por se tratar de um produto radiofônico, o que permite maior acessibilidade ao tema, pois o rádio é um meio de comunicação que está presente de norte a sul do Brasil, nas regiões mais longínquas e de difícil acesso. Além disso, o trabalho também é uma contribuição para o campo da comunicação, especialmente para a área do rádio. Trata-se de um gênero radiofônico não muito comum no País. Pessoa (apud FERRARETTO & KLÖCKNER, 2010, p.494) afirma que "o radiodocumentário encontra espaço em diversas regiões do mundo, mas ainda não se tornou usual no Brasil". Por isso, também, a necessidade de se fazer um resgate desse modelo. Tanto na prática como na teoria, esse produto quase não está presente, o que faz com que haja nos dois campos confusões que relação a conceitos e características. Uma linha tênue separa o radiodocumentário de uma grande reportagem. Chantler e Harris (1998, p. 165), ao diferenciar um radiodocumentário de uma reportagem especial, afirmam que a essência do documentário de rádio está nas palavras das personagens. "Lembre-se de que as palavras das outras pessoas causam mais impacto do que as suas, e que há sons muito mais impactantes do que palavras". (CHANTLER & HARRIS, 1998, p. 165-166). Esta essência vai ao encontro do fala Nichols. "Os documentários mostram aspectos ou representações auditivas e visuais de uma parte do mundo histórico. Eles significam ou representam os pontos de vista de indivíduos, grupos e instituições" (NICHOLS, 2005, p. 30). Para Nichols, os documentários representam "uma determinada visão do mundo, uma visão com a qual talvez nunca tenhamos deparado antes, mesmo que os aspectos do mundo nela representados nos sejam familiares" (NICHOLS, 2005, p. 47). Na perspectiva de José e Sergl, o documentário é um produto mais complexo que a reportagem. "(...) transforma o tema ou o assunto numa questão, isto é, problematiza as afirmações ou as negações que já aparecem como generalizadas fechadas" (JOSÉ ¨& SERGL, 2015, p. 73) Além disso, o documentário também pode se diferir de uma reportagem, pois esta tem como princípio o valor da imparcialidade, da neutralidade. Já o documentário, ao abordar uma determinada visão de mundo, rompe com esse princípio. As reportagens também seguem padrões de construção e apresentação do conteúdo, enquanto os documentários podem desfrutar de uma certa liberdade na sua forma de apresentação.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O formato documentário foi a opção escolhida para tratar de forma mais próxima dos ouvintes um tema bastante pertinente a todos, no caso a permanência no mercado de trabalho como uma maneira de envelhecer ativamente. O roteiro do produto foi elaborado seguindo as recomendações do estilo da escrita radiofônico. Números, nomes próprios, nomes de instituições e símbolos foram redigidos em caixa alta e, em especial, os números e símbolos foram escritos também por extenso. Essa técnica foi utilizada para facilitar a leitura do texto, que no momento da gravação ainda passa por adaptações, naturalmente exigidas no processo de locução. Como material essencial, os áudios foram cuidadosamente produzidos e registrados. As sonoras que contemplam as entrevistas foram gravadas com um gravador de áudio profissional, inclusive uma das entrevistas que foi feita por meio de contato telefônico, foi captada em um estúdio de rádio para garantir a qualidade sonora do material. Todos os voice offs (voz do narrador) foram também feitos em um estúdio de rádio, com as pertinentes orientações de técnicos e operadores de som. Uma vinheta foi introduzida no início para apresentar o tema do documentário, e no final, para pontuar a finalização do produto. As vinhetas foram gravadas pelo radialista Renner Lopes, para diferenciar sonoramente do conteúdo narrado pela estudante Karyne Nogueira Santos. Para trilha sonora, a música escolhida foi "Envelhecer" do cantor Arnaldo Antunes, pois ela harmoniza bem com o tema do radiodocumentário, que trata de forma leve a questão do envelhecimento ativo na capital federal. Vale ressaltar que a utilização da trilha caracteriza o produto como um material especial, diferenciando de uma reportagem jornalística. Como finalização do material, todo o produto foi editado em um programa específico de edição de áudio, o Adobe Audition. Cortes, aumento e diminuição do volume de áudio, os acréscimos das vinhetas e da trilha sonora foram detalhes manipulados no processo de edição, que foram pontualmente distribuídos para realizar um bom produto.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção e edição foram feitos pela estudante Karyne Nogueira Santos com a orientação da professora Eliane Muniz. O apoio técnico foi executado por Renner Lopes e Renan Ventura. O radiodocumentário tem a duração de 7 minutos e 45 segundos. O argumento que sustenta a construção do radiodocumentário é baseado em dados e pesquisas com relação ao cenário da terceira idade no Distrito Federal que ainda pratica alguma atividade remunerada. Em um contexto mais abrangente, foram utilizadas as informações da Síntese de Indicadores Sociais, que é uma análise anual das condições de vida dos brasileiros, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os números do Perfil da População Idosa do Distrito Federal, apontados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), datam do ano de 2012. Neste estudo constam as duas principais motivações para que os idosos continuem exercendo alguma rotina produtiva: por opção ou por necessidade. Partindo desses perfis, o roteiro do documentário começa com um dos personagens, Teodomiro Soares Alckmin, de 76 anos, funcionário público aposentado e comerciante por prazer, que conta a razão de continuar trabalhando e de sua boa relação com seu antigo trabalho como servidor público. Para o gerontólogo e professor doutor, Henrique Salmazo da Silva, essa vínculo de bem estar no trabalho afeta diretamente como as pessoas irão vivenciar a sua aposentadoria. Para ilustrar o outro perfil de idoso que continua ativo no mercado de trabalho, o mestre de obras, Domingos da Conceição Monteiro, de 63 anos precisa ainda trabalhar para se sustentar. Mesmo só tendo 50 % da visão, ele ainda não tinha conseguido a aposentadoria. O documentário traz, ainda, uma entrevista com o até então subsecretário da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Antônio Paiva, para falar sobre as ações do Governo do Distrito Federal, com relação a essa parcela de de idosos que seguem trabalhando. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A partir da observação dos aspectos apresentados nesse texto, é possível concluir que o radiodocumentário é um projeto que busca ampliar o debate com relação a escolha de envelhecer de forma ativa, permanecendo no mercado de trabalho, com o foco especial para o cenário do Distrito Federal. De acordo com as pesquisas e com trabalho final apresentado, sem dúvida ainda é necessário uma mudança profunda na forma como as pessoas enxergam os idosos, porque são os preconceitos enraizados que invisibilizam a figura dessas pessoas.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">CHANTLER, Paul; STEWART, Peter. Fundamentos do radiojornalismo. São Paulo, SP: Roca, 2007.<br><br>CODEPLAN. Perfil da População Idosa do Distrito Federal. Distrito Federal: CODEPLAN, 2012. Disponível em:<http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/Perfil-da-Popula%C3%A7%C3%A3o-Idosa-do-Distrito_Federal.pdf>. Acesso em: 07 de ago. 2017. <br><br>FERRARETTO, Luiz Artur e KLÖCKNER, Luciano. E o rádio? Novos horizontes midiáticos. Porto Alegre: Edipucrs, 2010.(e-BOOK: http://www.pucrs.br/edipucrs/eoradio.pdf)<br><br>IBGE. Síntese de indicadores sociais : uma análise das condições de vida da população brasileira: 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdf>. Acesso em: 07 de ago. 2017. <br><br>JOSÉ, Carmem Lucia & SERGL, Marcos Júlio. Voz e roteiros radiofônicos. São Paulo: Paulus, 2015. (Coleção cadernos de comunicação)<br><br>NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. Campinas, SP: Papirus, 2005. <br><br> </td></tr></table></body></html>