ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #ed1b24"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00365</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO16</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Além da emoção: nos bastidores de uma transmissão de futebol no rádio goianiense</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Pedro Henrique da Silva Hara (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #ed1b24"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Documentário, História, Jornalismo, Jornalismo Esportivo, Radiojornalismo</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar os bastidores de uma transmissão esportiva no rádio goianiense por meio de um vídeo documentário, seu processo de produção, elaboração, gravação e edição. O objetivo foi elucidar o que ocorre por trás dos microfones. Narrado por dez personagens que foram escolhidos entre quatro rádios que transmitem futebol em Goiânia, eles contaram suas histórias, trajetórias, perspectivas e curiosidades sobre o meio em que trabalham. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário possibilita novos horizontes para o espectador que o assiste, uma nova visão sobre algo. Nichols (2005, p.100) traz a discussão sobre onde um documentário é necessário. Segundo ele,  conceitos e questões sobre os quais exista considerável interesse social ou debate [...]. [...] São os conceitos debatidos e os conceitos contestados que os documentários rotineiramente abordam . Neste contexto, o documentário pode ser um instrumento para aproximar o locutor do seu ouvinte. Visto que, pelo fato de se apenas escutar a voz, não há um conhecimento sobre aquele que está emitindo informações nas ondas do rádio. O formato documentário pode dar uma nova visão sobre um assunto de interesse social ou debate, tendo em vista que não possui uma resposta fechada e que pode variar de pessoa para pessoa. Por não ser um produto atrelado a nenhum veículo de comunicação, o documentário permitirá em sua produção uma liberdade criativa, além de maior atenção nas informações adquiridas. Outra vantagem de não ser um documentário de algum veículo de comunicação, o processo de produção poderá demandar mais tempo. Sendo assim, o vídeo será mais minucioso. O maior beneficiado será o espectador, que acompanhará um vídeo mais detalhado. Antes de se começar uma transmissão esportiva, é necessário um trabalho de produção. Mas quem são esses profissionais que atuam numa transmissão esportiva de futebol? Como chegaram a função que exercem? E principalmente, como se preparam e produzem conteúdos para levar informações ao ouvinte? Para além do processo de produção, é necessário conhecer as memórias que os personagens envolvidos acumulam em suas carreiras como radialistas. Quais são as histórias boas que eles têm da profissão? Quais os problemas que já passaram? Se com a carreira que exercem estão realizados. Além, claro, de conhecer curiosidades sobre eles. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Além da Emoção: Os bastidores de uma transmissão esportiva no rádio goianiense, que é composto por depoimentos de pessoas envolvidas na produção radiofônica, teve como finalidade mostrar o que ocorre fora do ar em transmissões esportivas no rádio. Ou seja, o que não é passado diretamente para o torcedor além das ondas do rádio. Os personagens que por vezes estão apenas no imaginário do torcedor, ganharam voz e imagem no documentário e passaram suas experiências. Alguns com grande tempo de profissão e outros que começaram recentemente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O rádio foi o principal meio de comunicação em massa do mundo entre as décadas de 30 e 60 do século XX. Concomitantemente, o futebol que era um esporte praticado pela elite, se popularizou em vários países e no Brasil. Antes de 1920, a prática do futebol estava restrita a pequenos grupos da elite urbana, e por isso os primeiros estádios de futebol eram de pequeno porte e ao mesmo tempo luxuosos, para abrigar a elite, em rituais elegantes de modernidade e cosmopolitismo. Equipamentos aristocráticos, localizados nas zonas mais nobres da cidade. Esta era a identidade social do futebol em seus primeiros momentos: símbolo de modernidade para as elites, que se consideram capazes de adotar plenamente os novos hábitos europeus. (MASCARENHAS, 2012, p. 72-73) Com a popularização do esporte, uma cultura de se ouvir futebol no rádio foi sendo criada no Brasil. Em Goiás não foi diferente. Milhares de torcedores cresceram vendo seus pais ou avós ouvindo as transmissões de jogos do Campeonato Goiano, Brasileiro, Copa do Brasil, entre outros. Apesar da consolidação da televisão como principal meio de transmissão de jogos e a chegada da internet, a tradição de se ouvir uma partida de futebol no rádio ainda persiste atualmente. É comum torcedores irem aos estádios com rádios portáteis e assistirem o jogo ouvindo a narração emocionante do rádio. Outros preferem ver pela televisão, mas escutam o áudio do rádio. A primeira divisão do Campeonato Goiano de Futebol Profissional conta atualmente com dez clubes. O primeiro campeonato, ainda com jogadores amadores, foi organizado pela Federação Goiana de Futebol em 1944. O Atlético Clube Goianiense se consagrou campeão daquele. A profissionalização do torneio só veio a ocorrer em 1962. Além da rivalidade entre os clubes movimentar milhares de pessoas em Goiânia e milhões no estado de Goiás, os times também possuem valor de mercado. Segundo estudo feito pela BDO Sports Management, intitulado  9° valor das marcas dos clubes brasileiros , o Goiás possui um valor de mercado de R$ 75,6 milhões e o Atlético de R$19,8 milhões. A história do futebol goiano e as pessoas que se envolveram com ele por meio do trabalho, negócios ou pelo fato de torcer por algum time ainda é pouco explorada. Esse documentário em vídeo busca resgatar os acontecimentos e fatos históricos, dando voz a personalidades que trabalham no meio. A escolha de se retratar os bastidores da transmissão foi feita pois dessa forma é possível retratar as pessoas que ajudaram a construir a história do futebol no rádio goiano. Técnicos, operadores, apresentadores, comentaristas e narradores são responsáveis por trazer ao ouvinte a informação e a emoção que o jogo de futebol transmite. Ao mesmo tempo pretende-se demonstrar a utilidade do rádio em transmissões esportivas atualmente, sua evolução e de que forma ela é feita. A opção pelo documentário em vídeo foi escolhida por ela oferecer um dinamismo e também ser uma forma de representar aspectos da história. Segundo Nichols (2005, p. 30),  os documentários mostram aspectos ou representações auditivas e visuais de uma parte do mundo histórico, eles significam ou representam os pontos de vista dos indivíduos, grupos e instituições . A busca por arquivos históricos e o resgate da história das transmissões em estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul acontecem frequentemente. Goiás está fora desse eixo e não há valorização aos profissionais que colaboraram com o crescimento do esporte no estado. Neste documentário pretende-se dar voz às histórias dos locutores, comentaristas, repórteres, técnicos e demais profissionais do rádio que tiveram e ainda possuem ligações com a construção do futebol no estado via rádio e também mostrar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais na rotina de trabalho. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Segundo Mirían Goldenberg (2004), o estudo de caso surgiu por meio das pesquisas médicas e psicológicas. O objetivo era tentar entender a origem e a dinâmica de certa patologia a partir da exploração de um caso em específico. O estudo de caso não é uma técnica específica, mas uma análise holística, a mais completa possível, que considera a unidade social estudada como um todo, seja um indivíduo, uma família, uma instituição ou uma comunidade, com o objetivo de compreendê-los em seus próprios termos. (GOLDENBERG, 2004, p.33) Para Yin (2001), o estudo de caso investiga um fenômeno contemporâneo sendo que várias fontes de evidência são utilizadas. Entretanto, as análises devem ser feitas de forma cuidadosa para não haver interpretações alternativas. Durante as entrevistas com as pessoas que fazem parte da transmissão de futebol no rádio, será utilizado o método do estudo de caso, já que será analisada especificamente a situação que envolve o rádio esportivo goianiense. Não é possível formular regras precisas sobre as técnicas utilizadas em um estudo de caso porque cada entrevista ou observação é única: depende do tema, do pesquisador e de seus pesquisados. Como os dados não são padronizados e não existe nenhuma regra objetiva que estabeleça o tempo adequado de pesquisa, um estudo de caso pode durar algumas semanas ou muitos anos. (GOLDENBERG, 2004, p.34-35) Ainda segundo Goldenberg (2004, p.35),  O pesquisador deve estar preparado para lidar com uma grande variedade de problemas teóricos e com descobertas inesperadas, e, também, para reorientar seu estudo . Desta forma, o documentário proposto pode vir a ter aspectos diferentes do que é pensado incialmente, justamente por se tratar de um estudo de caso. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Além da Emoção: Os bastidores de uma transmissão esportiva no rádio, pretendeu mostrar, com depoimentos, a rotina de profissionais de rádios goianienses que transmitem o futebol. Os objetivos do documentário foram debater as dificuldades de se trabalhar nesse veículo de comunicação, o processo de preparação desses profissionais, histórias, curiosidades, momentos considerados por eles importantes na profissão. O produto foi motivado pela paixão pelo rádio e também pelo fato de haver pouca documentação sobre a atividade radiofônica esportiva no estado de Goiás.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">A ideia de fazer um videodocumentário acerca do universo que envolve as transmissões de futebol no rádio surgiu como uma necessidade de retribuição. Foi no rádio, mais precisamente nas atividades da Rádio Universitária, que os autores desse projeto vivenciaram algumas das suas principais experiências dentro do curso de jornalismo. Nesse sentido, pensou-se em  devolver ao rádio pelo menos uma pequena parcela daquilo que ele tem oferecido aos estudantes de jornalismo. Em resumo, o produto final serviu como um agradecimento a todo aprendizado obtido ao longo dos quatro anos de graduação. Acredita-se que o documentário de curta metragem produzido obteve êxito ao mostrar o que ocorre por trás de uma transmissão de futebol no rádio, ou seja, seus bastidores. Também foi possível mostrar ao público quem são alguns dos principais personagens do rádio esportivo goianiense, registrar suas memórias, ouvir suas declarações acerca dos bastidores de trabalho e debater o atual momento do rádio esportivo no Estado. Conforme se pensou, com o documentário foi possível confirmar que o rádio atravessa sim um momento de crise e de busca por uma adaptação, por uma nova identidade, mais moderna e mais adequada aos padrões da sociedade contemporânea. Todavia, é preciso ressaltar que os membros desse projeto comungam da mesma opinião dos personagens registrados no vídeo. O futebol no rádio não vai acabar e esse momento de adaptação é algo fundamental para sua sobrevivência. Outra possibilidade que surge é a elaboração de outros curtas com o aprofundamento em temas que foram mencionados de forma rápida dentro do documentário, tais como a violência sofrida por jornalistas dentro do ambiente de trabalho; as adaptações pela qual o rádio está passando para sobreviver na sociedade contemporânea; o protagonismo da mulher no jornalismo esportivo e crise financeira que acomete o rádio goianiense. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #ed1b24"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa. 8ª ed. - Rio de Janeiro: Record, 2004.<br><br> MASCARENHAS, G. O futebol no Brasil:reflexões sobre paisagem e identidade através dos estádios. In: BARTHE-DELOIZY, F., and SERPA, A., orgs. Visões do Brasil: estudos culturais em Geografia [online]. Salvador: EDUFBA; Edições L'Harmattan, 2012, p. 67-85. <br><br>MENEZES, P. Representificação: as relações (im)possíveis entre o cinema documental e o conhecimento. Revista Brasileira de Ciências Sociais  vol. 18, nº 51, 2003.<br><br> NICHOLS, B. Introdução ao documentário. Tradução de Mônica Saddy Martins. 2.ed.São Paulo: Papirus, 2005. <br><br> </td></tr></table></body></html>