ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00040</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Vulcões de Vidro</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;MARIA JULIA RICARDO SOUZA SANTOS (Universidade Federal de Goiás); Salvio Juliano Peixoto Farias (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Assino como Maria Júlia Souza, formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 2018. Como trabalho de conclusão de curso optei por escrever um livro sob a orientação de Sálvio Juliano, o qual tenho profundo agradecimento. A princípio o objetivo era uma revista que abordasse em sua pauta transtornos como depressão, bipolaridade e outros. Porém, tanto eu, quanto o meu orientador chegamos a conclusão de que a profundidade no assunto poderia ficar comprometida, além de não condizer com a periodicidade de uma revista. Eu não abriria mão do tema, então a solução foi adapta-lo a um livro. Para ser mais específica, um livro de perfis. O intuito nunca foi apenas mostrar ou catalogar os transtornos, mas ser um lugar de empatia, amparo e desabafo para as pessoas que passam por isso ou se identificam de alguma forma. Nesse sentido, o meu perfil, como pessoa portadora do transtorno bipolar do humor também estaria ali. Ao total foram selecionadas quatro pessoas, além de mim, para contarem como é sentir todos os dias e conviver em sociedade com o seu transtorno, contabilizando cinco perfis. Essas pessoas apresentaram o diagnóstico realizado por um profissional de saúde, como psicólogo ou psiquiatra. As entrevistas foram feitas todas pessoalmente, sem o uso de gravadores e anotações (as anotações eram feitas posteriores a entrevista) para não passar uma imagem agressiva à pessoa que se dispôs a falar de algo, muitas vezes, complicado de lidar. Cada entrevista durou cerca de 3 horas. O local foi escolhido pelo próprio perfilado. Nomes não foram revelados, com intuito de preservar tanto a imagem dos perfilados, como de gerar uma identificação maior do leitor. Porque, por meio de uma pesquisa anterior (enquete em grupos da faculdade e redes sociais), o número de pessoas que possuem algum tipo de transtorno e preferem não se expor pode ser ainda maior do que o imaginado pela sociedade. Também entra de acordo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) em sua folha informativa de 2018. "Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais", assegura. Além disso, ao fazer uma pesquisa sobre o objeto (livro reportagem de perfis) chegou-se a conclusão de que por mais que existam livros nesse estilo, como "Sua Voz Dentro de Mim" de Emma Forrest, também jornalista, não existe um livro que reúna mais de dois perfis com transtornos diferentes, incluindo um perfil autobiográfico. No caso de Emma Forrest seu livro é unicamente perfil autobiográfico. Assim sendo, Vulcões Em Vidro é o primeiro livro perfil da modalidade. Vulcões em Vidro é o título que remete justamente à intensidade que essas pessoas possuem dentro de si, como um vulcão, e a sensibilidade de ser como são, como vidro. São como vulcões dentro de vidros.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para realizar o trabalho foram feitas entrevistas em profundidade, sem o uso de equipamentos como gravadores, câmeras e anotações. A forma como elas foram realizadas, se basearam em livros de jornalismo literário, como "Frank Sinatra Está Resfriado" de Gay Talese. A forma como ele entrevistou pessoas ao redor do cantor, sem mostrar que realmente se tratava de uma entrevista, fazendo anotações mentais para depois passa-las para o papel me inspirou a levar esses perfis para um modelo mais intimista e espontâneo. O livro reportagem "pertence" ao jornalismo literário, e o livro perfil dentro de ambos, dessa forma, para trabalhar melhor em cima da modalidade, peguei seis meses de uma matéria denominada Jornalismo Literário oferecida pelo próprio curso de Jornalismo na UFG. A escrita de forma mais literária também foi inspirada em grandes expoentes dessa modalidade de jornalismo, como Eliane Brum, principalmente em seu livro "A Vida Que Ninguém Vê". A variedade de perfis trouxe a exceção ao livro, mas também foi um ponto que trouxe dificuldade para escrevê-lo, principalmente no momento das entrevistas. Um exemplo disso foi o perfil da moça com transtorno obsessivo compulsivo por limpeza. Ela desistiu da entrevista duas vezes antes de, por fim, aceitar. Conversamos por três horas e durante toda a conversa ela não olhou diretamente para mim, recuou quando fiz menção a gravar (foi a partir dela que tive ainda mais certeza que não deveria gravar as entrevistas) e antes que eu falasse algo pediu veementemente para que seu nome não fosse divulgado. Outro exemplo foi o perfil do rapaz com transtorno dismórfico corporal. Conversamos por mais de três horas, e seu relato foi tão intenso que consegui escrever o perfil apenas uma semana depois. Foi o perfil mais duro de ser colocado no papel. Vulcões em Vidro traz histórias de pessoas lutando diariamente contra seus medos, fraquezas, recaídas. São cinco histórias, mas mais de cinco pessoas se identificam com a história ali. É o parente, amigo, irmão, primo, e é a própria pessoa que não se sente seguro o suficiente para partilhar com alguém o que passa. A modalidade existia, o tema existia, mas a forma como eles foram reunidos ainda não. Dessa forma, Vulcões em Vidro se tornou o primeiro a juntar jornalismo literário e vários perfis de pessoas com transtornos do humor, de comportamento e imagem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Na produção do livro o conteúdo foi inteiramente desenvolvido por mim, a autora, a busca pelos perfilados e o transtorno a ser tratado. A quantidade de entrevistados foi um acordo entre eu e meu orientador, Salvio Juliano, para que as histórias pudessem ser contadas no tempo certo e com a quantidade certa de aprofundamento. Como as entrevistas foram realizadas sem o uso de gravação (exceto pelo perfil do rapaz portador do transtorno do humor depressivo que comecei a gravar e acabei perdendo a gravação) ou anotação os recursos para realiza-las não foi relativo a equipamentos, mas sim a disponibilidade e vontade do perfilado. Isso porque a moça com TOC, por exemplo, desistiu da entrevista duas vezes antes de aceitar. O rapaz com depressão não conseguiu se reunir comigo mais de uma vez, nenhum deles conseguiu, todos os assuntos posteriores foram tratados por rede social, mas ele em específico deixou isso claro. Percebi que o contato físico nem sempre era fácil. Deixei a cargo deles o local de entrevista para que se sentissem o mais confortável possível e menos intimidados por falarem do assunto. A escrita de cada perfil variou. O meu perfil foi escrito em 30 minutos, o da moça com TOC em 3 dias. O perfil do moço com TDC fez com que eu precisasse de suporte psicológico da psicóloga que me acompanhou. O perfil da moça com ansiedade me colocou uma necessidade de repetir, ou tentar ao máximo aproximar, a velocidade de uma mente ansiosa. O perfil do moço com depressão me mostrou como tudo pode mudar em uma fração de segundos. Eu, como autora, como pessoa e como portadora de um transtorno aprendi também com o meu livro. Garanto que os leitores também. Assim como meu orientador, que ficou imensamente orgulhoso do resultado final, e da banca examinadora. O livro trata de perfis de pessoas com sentimentos, muito além de transtornos, que às vezes nem elas compreendem, e escrever sobre isso e se orgulhar do resultado é gratificante. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>