ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00052</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;KINTSUGI: UMA WEB-SÉRIE SOBRE O CORPO FEMININO E BUSCA PELA PERFEIÇÃO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Giovanna Nathalia Maciel Pontes (Universidade Federal de Goiás); Lara Lima Satler (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Dos desenhos infantis, filmes adolescentes, às séries e às telenovelas atuais, a imagem da mulher foi moldada ao redor de um espectro de perfeição. A mídia influenciou as grandes marcas, que por sua vez fez com que meninas do mundo inteiro ansiassem por ter o corpo sempre destacado: branco, alto e magro. A padronização do conceito de beleza fez com que a maioria das mulheres se vissem do lado de fora de um círculo lutando para fazerem parte dele. A proposta do episódio aqui apresentado é entender como diferentes mulheres respondem às pressões estéticas impostas socialmente e como buscam a auto-aceitação. A ideia do trabalho surgiu da observação de como o corpo feminino e o papel da mulher são vistos pela indústria do entretenimento e para explorar esse questionamento, a principal metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica como proposta por Stumpf, em Pesquisa Bibliográfica (Editora Atlas, 2005) a fim de estudar obras que auxiliassem no desenvolvimento da discussão apresentada, dando embasamento às ideias discutidas. Além disso a metodologia de Nichols, em Introdução ao Documentário (Editora Papirus, 2013) a respeito do desenvolvimento de um documentário foi utilizada para a produção do episódio piloto da websérie aqui proposta. O objetivo geral é documentar a trajetória de cinco mulheres em diferentes contextos na busca da auto-aceitação e do amor próprio para entender como a história de cada mulher, os aspectos sociais aos quais cada uma foi inserida e como a mídia interferem na construção da auto-imagem. Vislumbrando como novos formatos de audiovisual podem retratar de maneira mais eficaz temáticas geralmente pouco abordadas. Os objetivos específicos se trataram de fazer um breve panorama histórico sobre o feminismo e a relação da sociedade com o corpo feminino; estudar como a mídia retratou e continua a retratar a mulher no decorrer dos anos; estudar os formatos de websérie documental a fim de abordar temas como o corpo feminino pode ser melhor explorado nesses tipos de produção; criar uma produção que explore tanto o conteúdo como a direção de arte e explorar o audiovisual na web como uma ferramenta para divulgar temas poucos falados na grande mídia. A intenção de desenvolver uma websérie documental sobre a mulher e o corpo feminino se justifica por estatísticas a respeito de transtornos alimentares entre mulheres, e ao aluvião de produtos para emagrecer e anúncios sobre como  atingir o corpo perfeito compartilhados nas redes sociais, que geraram um questionamento a respeito da idealização do perfeito imagético propagado pela mídia. Dezenas de novelas, séries e filmes mostram mulheres magras e brancas em papéis de destaque. As famosas telenovelas da Globo têm uma lista ainda estreita de obras em que mulheres negras são protagonistas. A lista de telenovelas com mulheres fora do padrão normativo de magreza como protagonistas, entretanto, não existe. Já a indústria hollywoodiana explora o corpo fora do padrão normativo de magreza como um plot cômico, como no caso de comédias em que a personagem assume um papel de  gordo para entreter ou onde a história gira ao redor do fato de a personagem acima do peso tentar constantemente emagrecer. A mídia mostra que a mulher fora do padrão normativo de magreza ou emagrece ou vira piada. Essa questão é importante para gerar visibilidade para temas como a trajetória para o reconhecimento do próprio corpo, e os novos formatos de audiovisual como a websérie foram estudados de maneira a contar de forma mais íntima, crua e real como a história de cada mulher, os aspectos sociais aos quais cada uma foi inserida e como a mídia interfere na relação de uma pessoa consigo mesma. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O produto apresentado trata-se do episódio piloto de uma websérie documental. Para sua realização foi necessário entender um breve panorama histórico do feminismo fazendo um estudo a respeito do corpo feminino através de autoras como Betty Friedan, em A Mística Feminina (Editora Vozes Limitadas, 1971) e Simone de Beauvoir com O Segundo Sexo (Difusão Europeia do Livro, 2009). Também foi preciso de estudar mais a fundo os novos formatos de audiovisual partindo das ideias de Zanetti com Webséries: Narrativas Seriadas em Ambientes Virtuais (Revista Geminis: n. 1,2013) para entender novos formatos de audiovisual como as webséries além de entender como produzir um conteúdo documental a partir da obra Introdução ao Documentário, de Bill Nichols (Editora Papirus, 2013). Por fim, como o episódio piloto foi concebido, considerando a direção de arte e a direção geral como principais áreas trabalhadas, foram estudados autores como Vera Hamburger, com Arte em Cena (Editora Senac, 2014) para entender o papel da direção artística no projeto. A web se encaixa em no contexto de uma necessidade por conteúdo e rapidez. A internet como interface possibilitou um alto e rápido compartilhamento de informação além de permitir maior interação entre emissor e receptor. A popularização da internet e a facilidade com que essa interface pode ser acessada, hoje, através de diversos dispositivos deu uma nova forma à circulação e ao consumo de conteúdo, o que possibilitou o surgimento de novas maneiras de fazer audiovisual. Uma dessas maneiras é a websérie, estudada nesse trabalho com a intenção transmitir as ideias tratadas em uma interface que permite maior liberdade criativa na produção, além de gerar empatia no espectador e possibilitar maior interação entre emissor e receptor. Além disso, a vontade de produzir algo documental surge do fato de que os documentários costumam abordar temas que envolvem questões sociais que façam com que a bagagem cultural de quem assista agregue efeitos de sentido. No caso deste trabalho, a intenção de falar sobre o corpo feminino e todas as problemáticas ao redor do tema vem com a intenção de gerar visibilidade ao assunto mostrando pessoas reais que lidam diretamente com a questão. Essa maneira crua de produzir tem o objetivo de causar identificação do público que passa pelas mesmas situações as vendo como reais de uma forma que uma ficção talvez não alcançasse o mesmo propósito.  Os documentários de questões sociais consideram as questões coletivas de uma perspectiva social. As pessoas recrutadas para o filme ilustram o assunto ou dão opinião sobre ele (NICHOLS, 2013, p. 205). Por isso, a visão da direção do documentário é tão importante: a maneira como as personagens são expostas, a maneira como essas personagens interagem com a câmera, a maneira como suas falas são dispostas no produto final, entre outros fatores, influenciam não só na maneira como a produção aconteceu, mas também na forma como será vista pelo público. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O piloto da websérie  Kintsugi foi produzido com a intenção de falar sobre o corpo feminino e todas as problemáticas ao redor do tema, buscando gerar visibilidade ao assunto, mostrando pessoas reais que têm por direito o lugar de fala e lidam diretamente com diferentes questões. No projeto, cinco mulheres contam suas histórias em relação ao próprio corpo e compartilham suas jornadas para a auto-aceitação. Cada uma compartilha uma temática distinta: Laura fala sobre sua trajetória como mulher negra, Elisa compartilha como é ser mulher e mãe e relata a violência obstétrica que sofreu ao ter sua filha, Tainá compartilha como é ser uma mulher negra, gorda e feminista na sociedade atual, Malena conta como é ser uma mulher transexual e ter nascido com um corpo que não se identifica e Giovanna compartilha como a falta de representação na mídia e em plataformas de redes sociais tiveram um papel nos seus transtornos alimentares. Além do desejo de retratar essas temáticas com realidade e com uma escuta solidária, um dos principais aspectos do projeto no que diz respeito à produção foi a direção artística. A direção de arte, como a intenção artística de uma produção é um conceito estético no qual todo o trabalho se baseia. No caso deste projeto, o Kintsugi, nome dado à websérie, foi esse conceito: uma escolha estética que guiou toda a produção. O Kintsugi se trata de uma arte japonesa em que fragmentos daquilo que foi quebrado são consertados à ouro. Em um período em que tentamos esconder ao máximo aquilo que julgamos imperfeito e que rupturas são vistas como falhas, essa filosofia propõe que cicatrizes são o que torna cada pessoa única. A ideia por trás do conceito, nessa série, é de que as mulheres abracem aquilo que a sociedade as ensinou a rejeitar em seus próprios corpos. Todos os elementos como cenário, enquadramento e luz foram pensados para que pudessem transmitir tanto o conceito filosófico e artístico do trabalho, quanto às escolhas por produzir um conteúdo para web além de um conteúdo documental. O cenário foi pensado de maneira que transmitisse a ideia de simplicidade pensada para o projeto e a locação também foi pensada para que só fosse utilizada a luz natural. A galeria de arte colaborativa em que o episódio foi filmado estabelece uma relação entre o tema e a arte, que guia a execução do projeto. Em frente à uma parede branca, em um banco de madeira, a maior parte das cenas foram filmadas. As cenas de transição foram filmadas ao redor do estúdio, interagindo com o que o local oferecia. Algumas foram feitas perto das janelas, outras ao lado das obras de arte expostas. O Kintsugi, na cultura japonesa, trabalha com metais finos para consertar principalmente peças de cerâmica que se partiram, mas foi utilizada aqui como uma metáfora para a aceitação do corpo. Para representar esse conceito, no episódio, foi utilizada uma espécie de tinta dourada que cai por cima das mulheres ao fim do episódio, fechando as entrevistas, representando a cura e aceitação do corpo com todas as características que antes eram vistas como falhas. Embora a ideia inicial do projeto fosse apenas discutir o papel que a mídia e as estruturas sociais têm sobre as mulheres e a visão que elas têm do próprio corpo, a produção do episódio permitiu ir além. Não mais retratar a mulher num papel de influenciável, mas sim em um lugar de resistência. Ao chamar um grupo de mulheres diversas para falar sobre esse papel ao qual a mulher é inserida, o que pôde-se concluir foi uma releitura e apropriação do corpo por cada uma, mesmo que de maneiras distintas. A ideia inicial de entrevistar diferentes mulheres para entender a influência da mídia deu lugar a uma escuta solidária e um acolhimento de ideais de resistência que engrandeceram e expandiram as expectativas desde projeto. A intenção é que o que aqui foi apresentado seja só passo inicial para uma produção que mostrará ainda mais trajetórias de mulheres em um local de resiliência. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>