ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00072</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO04</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Fuzuê: reestruturação e resgate do Jornalismo de Revista na Universidade Federal de Mato Grosso</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;José Lucas de Aquine Salvani (Universidade Federal de Mato Grosso); Annie Vitoria Souza e Lima (Universidade Federal de Mato Grosso); Nathalia Caetano Okde (Universidade Federal de Mato Grosso); Juliana Santos Alves (Universidade Federal de Mato Grosso); Thays Luz Amorim (Universidade Federal de Mato Grosso); Tamires Ferreira Coelho (Universidade Federal de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A Fuzuê é uma revista-laboratório semestral da disciplina obrigatória  Jornalismo de Revista , ofertada para os alunos do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e criada em 2014. Após sua 3ª edição publicada em 2015, houve um hiato de mais de dois anos e, em 2018.1, os alunos do 6º semestre resgataram o produto orientados pela professora da disciplina, Tamires Coêlho, com colaboração do professor Bruno Araújo na disciplina  Reportagem e Entrevista II , oferecida simultaneamente. A revista tem como objetivo contemplar a cultura mato-grossense por meio de temas e personagens já conhecidos regionalmente ou anônimos que estão fazendo a diferença em Mato Grosso, com suas peculiaridades. O resultado final é uma soma de aulas teóricas e práticas que fizeram com que os alunos pudessem explorar suas capacidades como jornalistas e ter experiências similares às de redações, para prepará-los para o mercado de trabalho. Inclusive, porque existe uma fatia do mercado cuiabano não explorada pelo jornalismo de revista, o que poderia sinalizar o potencial de novos profissionais em empreender neste mercado. A 4ª edição da Fuzuê, embora não traga uma mulher na capa, busca trazer um protagonismo feminino pouco abordado nas edições anteriores e no próprio jornalismo cuiabano, indo além das matérias, com uma equipe formada majoritariamente por mulheres. Quanto a algumas reportagens, essa busca se dá pela necessidade de se extinguir preconceitos quanto à participação das mulheres em determinados esportes. A editoria de esportes é justamente onde elas têm mais presença, ainda que haja espaço também em reportagens de cultura. Foi necessário usar técnicas de entrevista, variando o tom das perguntas e o processo de observação conforme a pauta, obtendo sempre o máximo de informações possível (CRIPA, 1998). Foi necessária uma imersão experimental para falar com maior propriedade do pole dance, atividade pouco conhecida na região. Ao mesmo tempo, houve o cuidado de fotografar e diagramar a página sem estigmas e hiperssexualização. Fuzuê conta com cinco reportagens relacionadas à cultura  ocupando 18 páginas  e cinco sobre o esporte, que ocupam 15 páginas. O produto ainda possui uma crônica, um ensaio fotográfico, duas propagandas de projetos da UFMT (desenvolvidas por alunos regularmente matriculados na instituição), um editorial, expediente, sumário, capa e contracapa  juntas, estas seções ocupam 11 páginas. No total, a edição possui 44 páginas. No conteúdo cultural,  Corações e portas abertas conta sobre restaurantes aconchegantes instalados em casas de cuiabanos;  Quem vive de teatro traz pessoas que se dedicam a essa arte;  Pilares do rasqueado traz a história do ritmo cuiabano por meio de três cantores importantes para o gênero;  Flores cuiabanas narra a história de grupos de siriri de Cuiabá; e  Entre Justino Astrevo Aguiar, J. Astrevo e Lau é um perfil sobre um humorista cuiabano reconhecido em âmbito regional. Do conteúdo esportivo,  Lute, chute e suba como uma garota" trata sobre mulheres que quebram estereótipos ao praticarem esportes que exigem força física e que já foram considerados masculinos;  Mestre do tatame é uma entrevista com Regina Ribeiro, mato-grossense com diversos títulos internacionais no Kung-Fu;  Amadorismo sem pompom conta sobre o cheerleading em Cuiabá; e  Futebol, raça e resistência traz o Peladão, o segundo maior campeonato de futebol amador do país. Todo conteúdo é distribuído entre as editorias  Ixpia Lá ,  Xômano ,  Até na Orêia ,  Disque ,  Festá ,  Diogreste ,  Corre Duro ,  Que(m), que esse? e  Nha Cá , cujos nomes fazem referência a expressões usadas diariamente pelos mato-grossenses e cuiabanos, assim como é o próprio nome do veículo, fortalecendo sua identidade e características de sua segmentação, já que, essas expressões populares se associam à  forma de abordagem, diretamente ligada a um público específico bem definido (BERGER, 2011, p. 7).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A preparação de uma revista é intensa, visto que seu planejamento começa muito antes da reunião de pautas e que a reforma gráfica e editorial, ainda que seja de um veículo laboratório, implica o delineamento ou reconfiguração do público, aproximando-se de todos os processos que envolvem a produção de uma revista profissional. Os alunos tiveram que buscar pautas de interesse público e que, ao mesmo tempo, sustentassem uma revista a partir de matérias mais profundas, já que  a reportagem interpretativa é o forte desse tipo de meio de comunicação (VILAS BOAS, 1996, p. 7).  É preciso, também, cuidar da diversificação e do equilíbrio entre as pautas de cada edição. A diversificação, afinal, é o que vai ditar o ritmo da revista e está na própria natureza do veículo (SCALZO, 2009, p. 65). Em meio ao processo de reestruturação da Fuzuê, a turma também realizou uma enquete online, por meio da plataforma Google Forms. Disponibilizamos sete perguntas que abordaram desde a motivação por trás de eventuais abandonos de leitura de revistas à forma que o produto final seria distribuído  majoritariamente online  para potencializar seu alcance pelo público-alvo, composto por estudantes universitários e jovens adultos de Mato Grosso, como também a linguagem utilizada, evitando palavras rebuscadas que dificultassem a leitura.  É indispensável conhecer as necessidades atuais e potenciais. Para um determinado suplemento é preciso ter conhecimento do número de leitores interessados em adquirir o produto, se haverá matérias suficientes para fechar uma edição ou várias [...] (CARVALHO, 2007, p. 9). Se cada revista tem sua linguagem,  seu estilo, seu modo de ser , isso também se vincula ao  tipo de leitor que se quer atingir , já que essa linguagem  é definida pelo modo de  angular a matéria, de redigir o texto e pelo ponto de vista predeterminado (VILAS BOAS, 1996, p. 39). Ao mesmo tempo em que se tentou usar uma linguagem mais  jovem , mais próxima do perfil dos leitores mato-grossenses, também houve o cuidado de torná-la acessível para quem não está inserido nesta cultura ou não domina o vocabulário regional. A angulação das reportagens visou uma perspectiva mais abrangente dos fenômenos culturais e esportivos da região, considerando a narrativa do texto de revista também como documento histórico (VILAS BOAS, 1996). Embora as matérias estejam marcadas temporal e espacialmente, não há a factualidade (e o prazo de validade) de um jornal diário.  A reportagem é a própria alma da revista e o seu texto deve ser uma grande história, um grande documentário (VILAS BOAS, 1996, p. 15), de forma que não cabem aí todos os elementos sobre um assunto (há seleções e escolhas), mas podem ser usados elementos descritivos para humanizar personagens, reconstituir os cenários habitados por eles e trazer emoção ao texto, mesclando o denotativo e a literatura (SODRÉ, 1975) sem perder a clareza e a novidade. Como ocorreu uma pausa de mais de dois anos na produção de edições da Fuzuê, a turma decidiu trazer uma nova identidade visual para a revista com base no que é defendido por Benetti (2013) quanto ao que se define como características físicas da revista, propriedades materiais e gráficas guiadas por um contrato de comunicação, que inclusive demanda uma abordagem mais profunda dos acontecimentos. A inserção de anúncios publicitários de projetos de extensão e, portanto, sem fins lucrativos, foi importante para entender esse espaço como constitutivo e necessário à sobrevivência desse meio comunicativo, tornando a publicação viável financeiramente (no caso de revistas comerciais) e conquistando mais leitores, conforme Marília Scalzo (2011). Analisar revistas em circulação também foi importante, uma vez que  Uma boa maneira de determinar quantas e que seções são as melhores para uma determinada publicação é olhar o que outras revistas fazem e adaptá-las a seu modo. Não há vergonha nisso, é o que todo mundo faz (ALI, 2009, p.57).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para a produção desta edição, foram necessárias aulas teóricas e análises de revistas como Piauí, Revestrés e Corner, além de revistas laboratoriais como a Curinga, da Universidade Federal de Ouro Preto. Elas serviram como inspiração para a prática e construção do produto no processo de reformulação editorial. Posteriormente, a turma se reunia semanalmente para discussão e execução de pautas que tiveram que ser reformuladas após uma greve na UFMT em meados de junho. A execução das pautas individualmente ou em duplas contou com a colaboração de outros membros da turma na produção de fotografias  com equipamento próprio ou da universidade. Esta edição da Fuzuê contou com uma equipe composta somente por oito pessoas; seis alunos e dois professores. Diante de uma equipe tão reduzida, contou ainda com a colaboração de dois estudantes de outras disciplinas, para escrita da reportagem  Quem vive de teatro? (p.17) e para construção do ensaio fotográfico (p.41), além da autorização de uso de imagem de fotografias de Alan Cosme e Fred Gustavos. Os estudantes ficaram responsáveis por todo o trabalho produtivo até a distribuição da revista. Assim, fizeram apuração, captação de imagens, produção dos textos e diagramação, enquanto os professores foram orientadores, revisores de texto e auxiliaram na edição. Os textos e fotos produzidos eram compartilhados com todos os membros da equipe por meio da plataforma de compartilhamento Google Drive, facilitando a revisão dos textos. Todas as fotografias  com exceção daquelas de colaboradores externos à turma  foram editadas no Adobe Photoshop CC. A diagramação do material ficou a cargo do Adobe InDesign CC em formato A4, com 12,7 milímetros de margem e impressa em papel couché. Os softwares foram disponibilizados pelos próprios estudantes, já que não estão disponíveis nos laboratórios da UFMT. Por falta de uma equipe maior, o planejamento gráfico ficou a cargo dos membros da turma José Lucas Salvani, editor de arte, e Juliana Alves. Não foi estabelecido, durante a reforma gráfica, um número fixo de páginas para a revista, de forma que o número inicial de páginas aumentou ao longo dos meses e ultrapassou o tamanho da terceira edição (2015), que contou com 34 páginas. Dentre as principais mudanças visuais, destacam-se seu logotipo, tendo como base a fonte Mightype Script, e a capa com uma foto-retrato de um dos personagens da reportagem especial em primeiro plano, inspirada parcialmente nas capas da revista esportiva Corner. A escolha por utilizar esse tipo de capa (bem diferente das edições anteriores) e por levar a reportagem do Rasqueado às páginas do especial se deu também devido à qualidade não apenas do texto, mas sobretudo das fotografias obtidas durante a apuração, superior a outras coberturas fotojornalísticas da mesma edição em termos de resolução, iluminação e enquadramento. Os títulos tiveram como fonte a Bebas Neue, tamanho 85, e corpo de texto Butler Regular, tamanho 13. Com o fechamento desta edição, o resultado final foi publicado virtualmente na plataforma Issuu e impresso por meio da gráfica da UFMT. No total, foram impressas 100 cópias que foram distribuídas gratuitamente entre as pessoas envolvidas em sua produção, fontes, órgãos governamentais, instituições e veículos de comunicação de Cuiabá. Destaca-se a distribuição planejada desta pequena tiragem, feita pela própria equipe, em escolas e repartições públicas, secretarias de Cultura e Esporte, além de espaços coletivos e/ou de acesso público que fomentam eventos nessas áreas, tendo em vista o alcance do maior número de pessoas possível. A quarta edição da revista Fuzuê é marcada por sua reformulação visual e resgate, mas foi fundamental para que os alunos do 6º semestre pudessem ter uma experiência de como é uma redação de uma revista impressa. Apesar de contar com uma equipe pequena, foi possível entregar um produto que engloba a maioria dos aspectos de uma revista que pode ser encontrada em qualquer banca.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>