|
INSCRIÇÃO: | 00185 |
|
CATEGORIA: | JO |
|
MODALIDADE: | JO11 |
|
TÍTULO: | Casa 140: relato de meninos órfãos |
|
AUTORES: | Natália Oliveira (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Marcos Paulo Da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) |
|
PALAVRAS-CHAVE: | , , , , |
|
RESUMO |
O trabalho realizado trata-se de um livro reportagem, um dos formatos apresentados durante o curso de jornalismo, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Nele estão presentes relatos de meninos de uma instituição de acolhimento municipal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Não apenas relatos, mas suas histórias, vivências e convivências na casa. O abandono social infantil não é um problema recente, a situação se enraizou nas sociedades e se alastrou por todo o mundo. De acordo com Maria Luiza Marcílio (1998), – autora do livro História Social da Criança Abandonada, – desde a antiguidade o abandono de crianças é visto como uma "prática" legal, sendo aceita pelas sociedades, Estados e Igrejas. O Brasil foi um dos primeiros países a criar e consolidar leis próprias para o assunto: criança e adolescente. Embora muitas dessas leis não sejam cumpridas em todo o país, tê-las no papel assegura parâmetros importantes. Segundo as autoras Keliane Lima da Silva, Camila Vitorino Alves, Lindair Ferreira Araújo (2012), no artigo "Abandono Familiar Infanto-Juvenil Um Olhar Sobre Uma Instituição Do Agreste Pernambucano", uma das características da contradição entre o amparo por lei e sua eficácia, é o grande número de casos de abandono no país. De acordo com o conselho nacional de Adoção (CNA), em um dos relatórios do ano de 2018, o número de pais cadastrados chegou a 44.824 mil, entretanto, quando se trata de idade, o número dos que aceitam adotar crianças com mais de dez anos diminui. O percentual muda drasticamente a partir dos 13 anos de idade. Com 14 anos, as chances são mais remotas. De acordo com o cadastro, apenas 111 pais aceitam filhos com essa idade em todo o território nacional. Entre as faixas etárias de 15 e 16 anos, apenas 85 e 63 pais, respectivamente, estão dispostos a receber adolescentes em todo o Brasil. O livro tem como objetivo mostrar as histórias de adolescentes que vivem em situação de acolhimento na capital de Mato Grosso do Sul. A narrativa foi desenvolvida a partir de depoimentos e entrevistas de pessoas selecionadas para compor os personagens que ilustraram o livro. Retratando assim a realidade do local, suas experiências, seus sonhos, objetivos e os aspectos psicológicos envoltos ao tema Abandono infanto-juvenil. Desenvolver um projeto como esse é dar visibilidade ao tema invisível na sociedade brasileira. É necessário expandir o campo de pesquisa, trazer dados, depoimentos e dar voz aos que vivem na realidade da negligência. Os números alarmantes, levantados pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA), em 2017, apontaram que 47 mil crianças e adolescentes vivem em casas de acolhimento em todo o pais. No Estado de Mato Grosso do Sul, de janeiro de 2015 até junho do mesmo ano, foram notificados 109 casos de abandono afetivo de crianças, 20 casos por mês. Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP). Na capital Sul-mato-grossense, dados da Vara da Infância e juventude relevaram que em 2016, de cada 100 crianças em processo de adoção 15 são devolvidas pelos pais adotivos aos abrigos. Por meio desse trabalho, o estudo e levantamento de histórias buscou vivenciar pequenos momentos no dia a dia dos adolescentes. Seus "dramas", frustações, medos, alegrias e perspectivas de futuro enriqueceram a apuração, que teve como principal objetivo, narrar de maneira intimista a histórias dos meninos da casa 140. A narrativa foi dividida em sete capítulos, e seguem uma linha de descrição para ajudar na imersão do leitor ao tema. Cada capítulo foi intitulado de acordo com observações, análises e pesquisas do projeto experimental. A liberdade de narrar e descrever os fatos e cenas é o diferencial do livro reportagem, no estilo jornalismo literário. O que é classificado por Edvaldo Pereira Lima, como a intersecção entre o jornalismo noticioso/informativo e a literatura. |
|
INTRODUÇÃO |
Desde que o tema inicial "abandono social infantil" foi escolhido, com o enfoque em casas de acolhimento em Campo Grande, notou-se que seria uma temática complexa e de difícil acesso às crianças. O que não se esperava era o grande volume de procedimentos burocráticos, o que superou as expectativas iniciais. Depois da elaboração do projeto, logo entrou-se em contato com pessoas que poderiam fornecer orientações sobre as fontes e locais para obtenção de informações. Antes disso, solicitou-se auxílio a membros do Projeto Escola de Conselhos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o que possibilitou o pontapé inicial dos trabalhos. A burocracia e a demora para conseguir chegar às fontes que realmente seriam uteis para o trabalho abreviou o tempo de execução da pesquisa, atrasando o processo em cerca de um mês. Constatou-se primeiro a dificuldade de acesso à juíza da Vara da Infância, Adolescência e Idosos de Campo Grande, o que dificultou a sequência da pesquisa, uma vez que era necessária sua autorização para desenvolver qualquer tipo de atividade dentro das casas de acolhimento. Como se tratava de adolescentes com medidas de proteção, o acesso aos locais é controlado. A entrevista com a juíza foi curta e objetiva, o que proporcionou o acesso aos documentos necessários e ao contato dos coordenadores dos abrigos. Depois de, enfim, conseguir a autorização da juíza, deparou-se com a demora para conseguir falar com outros membros do Fórum, responsáveis pela parte protetiva de crianças e adolescentes. Após de delimitar a instituição o qual o trabalho seria realizado, necessitou-se de muito esforço para as experiências de imersão no abrigo. A distância e o tempo também não ajudaram, devido a autora não ter o costume de se deslocar apara além da universidade. Em situações em que a acadêmica optou pelo transporte público urbano coletivo, a economia de tempo foi comprometida, o que não aconteceu com o transporte urbano privado. Entretanto, o alto custo para o deslocamento inviabilizava o recurso. Algumas vezes para a pontualidade e comprometimento da mesma com os entrevistados, o horário de almoço da autora foi improvisado. Comendo em períodos e locais distintos. Outras vezes foi necessário a ajuda de amigos para se deslocar até a unidade. Quanto a construção do livro, devido ao tempo perdido com fontes oficiais e de extrema importância para o projeto, o desenvolvimento do mesmo não correspondeu às expectativas neste quesito. O tempo pareceu ser insuficiente. Durante o pré-projeto, os alunos foram orientados a não desenvolverem atividades práticas enquanto a parte inicial, teórica, estivesse em andamento, o que inviabilizou a antecedência dos acadêmicos. A dificuldade de ser um trabalho desenvolvido individualmente também comprometeu o trabalho. Durante a pesquisa, notou-se que o tema é muito amplo e mais complexo do que imaginou inicialmente a autora. Tomando como parâmetro os artigos e livros consultados sobre abandono social infantil, conclui-se que a base teórica do projeto está bem estruturada. Outro ponto importante a ser destacado é a compreensão de livro reportagem pela ótica de Edivaldo Pereira Lima (2004). O autor estrutura de maneira didática e simples o que caracteriza um livro reportagem, classificação de tipo de reportagens, fruição do texto, e técnicas de edição. Através dele, a autora conseguiu decidir qual linha narrativa seria utilizada no projeto. Todo material produzido contou com as devidas autorizações das fontes, tanto dos personagens como de pessoas que compõem as histórias. Nomes fictícios foram atribuídos a todos os participantes da narrativa. Além de entender a complexidade do assunto, a autora sensibilizou-se com as questões de impacto afetivo na vida dos meninos que moram em abrigos, o que fica implícito na narrativa. |
|
OBJETIVO |
Durante o trabalho foram realizados trilhados passos primordiais para a organização das ideias e o afunilamento do material. Primeiro, foi apresentado o tema proposto inicialmente: “Abandono social infantil”, com foco em crianças com até 12 anos e adolescentes “prestes” a completar 18 anos e sair do acolhimento. O objetivo era contar histórias de pessoas que passaram pelas instituições em diferentes fases, inclusive após deixarem o abrigo. Entretanto, depois das primeiras entrevistas, entendeu-se como pertinente a alteração no enfoque do abandono infantil para o infanto-juvenil uma vez que se notou a invisibilidade de adolescentes em pesquisas e abordagens jornalísticas locais. Em seguida, optou-se pela abordagem específica nas histórias de meninos de uma casa de acolhimento municipal da capital sul-mato-grossense. O objetivo foi reduzir a amplitude do campo de pesquisa e possibilitar um trabalho mais verticalizado nos aspectos da temática. Depois de definidos o foco da pesquisa, foram elaborados roteiros de perguntas para personagens que deram apoio teórico para a narrativa: assistentes sociais, psicólogas e partes vinculadas judicialmente às medidas protetivas para crianças e adolescentes. Cada roteiro foi direcionado especificamente para as funções desenvolvidas pelos mesmos, assim como para o impacto de seus trabalhos na vida dos adolescentes. Após alguns dias, foram feitas visitas à instituição de acolhimento escolhida. No local, desenvolveram-se entrevistas individuais, observações diretas e conversas informais. Logo após a coleta de dados adquirida nas entrevistas, foram realizadas a análise do material e a organização da estrutura temporal da narrativa, com a constituição do eixo narrativo e a escolha dos personagens e dos aspectos que seriam abordados. Os capítulos foram estruturados primeiramente para ambientar o leitor na estrutura da casa, assim como garantir a compreensão espacial das cenas sequenciais. Quatro histórias foram escolhidas para ilustrar as trajetórias de vida dos garotos que se encontravam em situação de acolhimento. Cada um deles recebeu um capítulo exclusivo para melhor narrar suas chegada, vivência e – em alguns casos – saída da instituição. Por último, um apêndice foi integrado ao livro, explicando os procedimentos judiciais desde o recolhimento das crianças ou adolescentes do seio familiar, ou dos responsáveis legais, e a chegada aos abrigos. A narrativa apresenta estrutura diferenciada neste ponto, disponibilizando mais dados e explicando em uma linha cronológica os processos pelos quais as crianças e adolescentes passam até estarem “aptos” à adoção.伀 瀀爀漀搀甀琀漀 攀猀挀漀氀栀椀搀漀 瀀愀爀愀 攀猀猀攀 瀀爀漀樀攀琀漀 攀砀瀀攀爀椀洀攀渀琀愀氀 昀漀椀 漀 氀椀瘀爀漀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀Ⰰ 漀 焀甀攀 瀀漀猀猀椀戀椀氀椀琀愀 愀 洀攀氀栀漀爀 搀椀猀挀甀猀猀漀 攀 椀洀攀爀猀漀 渀漀 琀攀洀愀 䄀戀愀渀搀漀渀漀 猀漀挀椀愀氀 椀渀昀愀渀琀漀ⴀ樀甀瘀攀渀椀氀Ⰰ 挀漀洀 攀渀昀漀焀甀攀 瀀愀爀愀 愀 䌀愀瀀椀琀愀氀 猀甀氀ⴀ洀愀琀漀ⴀ最爀漀猀猀攀渀猀攀Ⰰ 瀀攀爀洀椀琀椀渀搀漀 焀甀攀 愀猀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀猀 猀攀樀愀洀 洀愀椀猀 瀀攀猀猀漀愀椀猀 攀 渀漀 搀攀椀砀攀洀 搀攀 琀攀爀 挀愀爀琀攀爀 樀漀爀渀愀氀猀琀椀挀漀⸀ 倀愀爀愀 䔀搀瘀愀氀搀漀 倀攀爀攀椀爀愀 䰀椀洀愀 ⠀㈀ 㐀⤀Ⰰ 愀甀琀漀爀 搀漀 䰀椀瘀爀漀 倀最椀渀愀猀 䄀洀瀀氀椀愀搀愀猀Ⰰ 漀 氀椀瘀爀漀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 甀洀 瘀攀挀甀氀漀 洀甀氀琀椀搀椀猀挀椀瀀氀椀渀愀爀 搀攀 挀漀洀甀渀椀挀愀漀Ⰰ 猀攀渀搀漀 攀氀攀 甀洀 洀攀椀漀 猀椀洀瀀氀攀猀 攀 攀砀挀攀氀攀渀琀攀 搀攀 渀愀爀爀愀爀 栀椀猀琀爀椀愀猀 攀 爀攀最椀猀琀爀愀爀 愀猀 洀愀椀猀 ᰀ搠攀猀愀昀椀愀搀漀爀愀猀 搀攀 渀漀猀猀漀 琀攀洀瀀漀ᴀ⸠ 䌀漀洀 愀 瀀攀爀挀攀瀀漀 搀攀 甀洀愀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 洀甀氀琀椀愀渀最甀氀愀爀Ⰰ 昀漀椀 瀀漀猀猀瘀攀氀 挀漀洀瀀爀攀攀渀搀攀爀 愀 爀攀愀氀椀搀愀搀攀 瀀漀爀 甀洀愀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀 焀甀攀 甀氀琀爀愀瀀愀猀猀愀 漀 攀渀昀漀焀甀攀 氀椀渀攀愀爀Ⰰ 挀漀渀瘀攀渀挀椀漀渀愀氀 搀漀 樀漀爀渀愀氀椀猀洀漀⸀ 䔀猀琀愀渀搀漀 漀 䰀椀瘀爀漀 爀攀瀀漀爀琀愀最攀洀 渀愀 椀渀琀攀爀猀攀挀漀 ጀ†搀攀 愀挀漀爀搀漀 挀漀洀 倀攀爀攀椀爀愀 䰀椀洀愀 ጀ†攀渀琀爀攀 愀 椀渀昀漀爀洀愀漀 攀 愀 氀椀琀攀爀愀琀甀爀愀Ⰰ 攀 琀攀渀搀漀 挀愀爀琀攀爀 䤀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀琀椀瘀漀Ⰰ ᰀ愠 戀愀猀攀 搀攀 瀀爀漀挀甀爀愀 搀攀 攀渀琀攀渀搀椀洀攀渀琀漀 瀀愀爀愀 漀猀 瀀爀漀戀氀攀洀愀猀 琀爀愀渀猀椀琀愀 瀀攀氀漀 挀漀渀挀攀椀琀漀 搀攀 挀愀甀猀愀氀椀搀愀搀攀 洀切氀琀椀瀀氀愀 瀀愀爀愀 漀 洀攀猀洀漀 昀攀渀洀攀渀漀ᴀ
"A função aparente de informar e orientar em profundidade sobre ocorrências sociais, episódios factuais, acontecimentos duradouros, situações, ideias e figura humana, de modo que ofereça ao leitor em quadro de contemporaneidade capaz de situa-lo diante de múltiplas realidades, lhe mostra o sentido, o significado do mundo contemporâneo." (LIMA,2004). 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
|