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INSCRIÇÃO: | 00193 |
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CATEGORIA: | JO |
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MODALIDADE: | JO04 |
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TÍTULO: | Revista Longeviver: uma publicação que apresenta os novos olhares para a terceira idade |
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AUTORES: | Adailson Rosa Pereira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO); Rafael Vasconcelos de Aguiar (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO); Jociene Carla Bianchini Ferreira Pedrini (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) |
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PALAVRAS-CHAVE: | , , , , |
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RESUMO |
A produção da revista Longeviver: uma publicação que apresenta os novos olhares para a terceira idade, teve início no segundo semestre de 2018. O resultado, serviu como proposta do Trabalho Final de Graduação, do curso de Jornalismo, da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia, em Barra do Garças (MT).
A revista abordou temáticas relacionadas a terceira idade no Brasil. Sobre tal assunto, é de conhecimento geral que para uma pessoa ser considerada idosa, ela precisa ter idade superior a 60 anos. Ao mesmo tempo, sabe-se que há uma década, era comum vermos reportagens negativas sobre a vida de pessoas nessa faixa etária. Como por exemplo, morte de idosos por falta de medicamentos.
Por outro lado, atualmente é crescente o número de idosos que se mantêm ativos, frequentam praças públicas, academias e outros lugares em busca de aprimoramento físico. A procura por qualidade de vida também se deve ao convívio social. Isto é, muitos se reúnem com pessoas da mesma faixa etária a fim de entretenimento e troca de experiências. Estes fatores associados à vitalidade fizeram com que surgisse uma nova geração de idosos, diferente da que estávamos acostumados há algumas décadas.
Segundo o IBGE (2017), atualmente, 14% da população brasileira possui 60 anos ou mais. A crescente continua, a estimativa é que a quantidade de idosos no país pode chegar a 38 milhões em 2027.
Também é possível afirmar que, a partir do aumento de pessoas pertencentes à terceira idade, surgiu a necessidade de produtos e serviços para esta faixa etária. Segundo a Associação Brasileira de Academias (Acad), este público já representa, atualmente, 30% do total de 5 milhões matriculados em academias de ginástica do país. Outro segmento que tem forte presença de idosos é o mercado da beleza. Dados de 2015 da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético (Abihpec) registra que o consumo desses itens chegou a 50 bilhões de reais em 2015.
Considerando nosso interesse que foi realizar uma revista impressa como produto, entre as questões predominaram os problemas relativos à produção jornalística. Conforme Braga (2005), tais problemas pedem solução, seja como evitar equívocos ou obter qualidade.
Como objetivo geral, produzimos uma revista impressa com conteúdo que trate da terceira idade, em seus diversos aspectos, especialmente temáticas não abordadas nos meios tradicionais de comunicação. Com isso, mostramos que nessa faixa etária é possível vivenciar situações próximas à realidade de qualquer pessoa, independente da idade, mesmo que tal perspectiva dos modos de vida das gerações não prevaleça nos meios de comunicação. Dentro deste projeto, os objetivos específicos identificaram os novos hábitos que surgem a partir de uma nova configuração associada aos idosos, também propomos na narrativa aspectos coerentes com o tema e o público alvo, alinhando a sua linguagem.
Acreditamos que este trabalho seja relevante na medida em que nos permitiu compreender novos aspectos de um tema que já conhecíamos. Trabalhamos com a temática “terceira idade” em um projeto da disciplina de radiojornalismo, que buscava entender o surgimento de uma nova terceira idade, ouvindo idosos e especialistas da área. Com a experiência adquirida naquele trabalho, nós ampliamos a abordagem com a variação de enfoques e ramificações do tema, como por exemplo, apresentamos comparativos de gerações, profissões incomuns para idosos e que hoje passa a ser rotineiro e etc. Em nosso TFG demos enfoque à terceira idade da região do Araguaia, já que não existe material jornalístico impresso especifico sobre esta faixa etária na região.
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INTRODUÇÃO |
A terceira idade é um assunto pouco abordado nas mídias tradicionais (jornal impresso, rádio e TV). Tal fenômeno não condiz com a crescente do número de idosos no mundo. Segundo Francisco (2010), dados da Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que em 2050, a população idosa representará 1/4 da população mundial projetada, ou seja, dois bilhões de indivíduos, no total de 9,2 bilhões.
Um dos fatores para baixa visibilidade dos idosos está relacionado ao idadismo. Em termos gerais, refere-se às atitudes e práticas negativas generalizadas em relação aos indivíduos baseados somente numa característica, a sua idade. Geralmente, pessoas nessa faixa etária são estereotipadas como sendo incapazes de fazerem determinadas atividades, e isso faz com que a mídia não tenha interesse em reportá-las.
Segundo Butler (2006), os estereótipos etários negativos, ou idadismo desencadeia práticas discriminatórias e favorece o isolamento das pessoas idosas. Além disso, desenvolve a adoção de definições negativas pelos próprios idosos, o que reforça essas crenças sociais.
A revista “Longeviver” mostra a positividade na terceira idade, seja estudando, praticando exercícios físicos ou tendo uma vida sexual ativa, sem discriminar qualquer pessoa, até porque envelhecer é um processo natural.
De acordo com Ávila, Guerra e Meneses (2007), o envelhecimento é um fenômeno do processo da vida, assim como a infância, a adolescência. No entanto, este acontecimento varia de indivíduo para indivíduo, podendo ser determinado geneticamente ou ser influenciado pelo estilo de vida, pelas características do meio ambiente e pela situação nutricional de cada um.
Paz (2006) afirma que envelhecer dignamente é direito do cidadão, vendo-se respeitado, não reduzido, projetado para uma nova consciência de compreensão do homem e não depreciado como objeto descartável no tempo.
No entanto, para a realização do nosso produto, temos que saber algumas técnicas, como de entrevistas, reportagens e diagramação de revistas. Diante disso, Cremilda Medina (2011) afirma que a entrevista é uma técnica de interação social e informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais e sociais. Em nosso trabalho entendemos que a entrevista é parte importante do material, e ao contar histórias de vida demos substância ao produto, singularizando-o.
Nilson Laje (2001) aponta que o trabalho de reportagem não é apenas o de seguir um roteiro de apuração e apresentar um texto correto. Para ele, como qualquer projeto de pesquisa, envolve imaginação, insight: a partir dos dados e indicações contidos na pauta, a busca do ângulo (às vezes apenas sugerido ou nem isso) que permita revelar uma realidade, a descoberta de aspectos das coisas que poderiam passar despercebidos. Por isso, tratamos de utilizar a imprevisibilidade e encontramos outras narrativas dentro daquelas previamente concebidas, trabalhamos com a possibilidade de surgir novos personagens ou histórias não pensadas, e com estes materiais extras podemos seguir por outros caminhos, sem estarmos presos a pauta.
Para Collaro (2007) a criatividade nos projetos gráficos e na diagramação é que diferencia os veículos e os profissionais que se propõem a desenvolver produtos para a mídia impressa. Nesse sentido, acreditamos que se atentar e se adequar ao público que se pretende atingir, utilizando as diversas possibilidades que as artes gráficas disponibilizam é fundamental. Para o autor, diagramar é uma técnica que une ciência e arte, utilizando o espaço da página, colunas de textos e recursos gráficos como um caminho que deve conduzir a percepção do leitor para o objetivo definido nas diretrizes editoriais. Portanto, cabe à equipe definir os caminhos a seguir no intuito de alinhar o conteúdo jornalístico ao pacote visual e gráfico, produzindo um conjunto final agradável e valorizando o trabalho produzido em campo.
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OBJETIVO |
A revista Longeviver possui 36 páginas e está em sua primeira edição. Para seis editorias (saúde, beleza, educação, opinião, comportamento e entretenimento) foram produzidas sete reportagens, uma crônica e conteúdos de entretenimentos.
A periodicidade da publicação é mensal, portanto, o tempo espaçado possibilita que seja produzido conteúdo de qualidade e de interesse do público alvo. A publicação é voltada para homens e mulheres acima de 60 anos, sendo este o público alvo da revista. Porém, não existe impedimento para que outras faixas etárias consumam o conteúdo produzido. O produto pode ser encontrado em bancas de jornal, livrarias, papelarias, supermercados ou locais de grande fluxo de pessoas como em shoppings centers.
A revista contém ilustrações, reportagens, textos jornalísticos e de opinião, imagens, ensaios fotográficos, também recomendações de filmes e curiosidades.
A capa é a apresentação inicial da revista. Nesta página está uma imagem ilustrativa de dois idosos em um momento de descontração, revelando que grande parte do conteúdo da revista terá essa perspectiva, reafirmadas pela chamada principal “terceira idade: novos olhares”.
Uma forma de manter a identidade visual da revista foi colocar as cores azul e laranja presentes na capa, nas páginas do “Editoral, Sumário e Quem Somos”. Todas as sete reportagens seguiram o mesmo padrão, com três colunas, com exceção das páginas de entretenimento e a crônica, esta última ocupou apenas duas colunas, como forma de dar uma visão mais ampla ao texto escrito pela colaboradora.
A concepção gráfica da revista consistiu em realizar um produto jornalístico acessível para o seu público alvo, a terceira idade. Por esta razão optamos por utilizar o tamanho 13 da fonte geral do texto (arial). Esta escolha se deu em razão da dificuldade de leitura de pessoas nessa faixa etária, por isso decidimos aumentar o tamanho da fonte. Também optamos por utilizar imagens grandes, algumas de página inteira, para facilitar a visão do leitor idoso. A intenção foi produzir uma revista visualmente atraente e dinâmica.
Todos os títulos das reportagens tem cores vibrantes, fonte Alvaro e caixa alta, como forma de chamar a atenção do leitor. Para dar mais respiro visual na revista, optamos por utilizar imagens grandes e o auxílio do olho, sendo frases de destaques dos entrevistados.
Todas as reportagens foram produzidas pelos autores deste trabalho e quase a totalidade das imagens também. As exceções foram as fotos utilizadas como ilustração da matéria de sexualidade, onde apresentamos rostos de casais idosos de todo o mundo (página 15), além das fotos das páginas de entretenimento e ilustrações, em que foram retiradas do banco de imagens do Google.
A diagramação da revista também foi feita pelos autores do trabalho com o auxílio do técnico do curso de jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso, Neemias Souza Alves. Foram seis semanas para que a diagramação fosse concluída.
O programa utilizado para a diagramação foi o Adobe Indesign CS6, e as imagens foram editadas no Adobe Photoshop. A impressão foi feita em papel couche, tamanho A4. O papel utilizado na capa tem 170g, já no miolo é de 150g, ambos com brilho.
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JUSTIFICATIVA |
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS |
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DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO |
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CONSIDERAÇÕES |
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS |
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