ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00276</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO15</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Lídia, recatada e do lar.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Renata Cristina Ferreira Barros (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Jhayne Geovana Santos Lima (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Daniela Cristiane Ota (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Fernanda Karla Venditte (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Mara Cristina de Morais Machado (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Leticia Marquine Florindo (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Em uma época em que as mulheres nasciam com suas vidas traçadas, aquelas que fugiam à regra e se destacavam sofriam duras consequências. Michelle Perrot, no livro  Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros (Paz e Terra, 1992) aponta para a existência de uma divisão sexual, em que  cada sexo tem sua função, seus papéis, suas tarefas, seus espaços, seu lugar quase predeterminados, até em seus detalhes . Lídia Baís, nascida em 1900, em Campo Grande, então Mato Grosso¹, foi uma artista plástica pioneira no estado. Filha do italiano Bernardo Franco Baís e da brasileira Amélia Alexandrina, Lídia estudou em diversos internatos pelo Brasil. Na década de 20, começou a estudar pintura com Henrique Bernardelli e ao longo dos anos seguintes dedicou sua vida à arte. Nísia Floresta, no livro  Direito das mulheres e injustiça dos homens (Cortez, 1989), destaca um período em que  os mais prudentes dentre eles têm julgado não ser preciso conceder às mulheres as doçuras da liberdade, mas sim conservá-las toda sua vida em um estado de subordinação e dependência absoluta dos homens . Contraria a isso e com uma personalidade caracterizada pela inquietude e curiosidade, Lídia viajou na década de 30 para a Europa, onde teve a oportunidade de conhecer artistas vanguardistas e aprender ainda mais sobre arte. Devido ao fato de ser mulher, enfrentou diversas barreiras. Pressionada pelo pai, casou-se, porém logo se separou. Em suas obras, Lídia buscava ir além das representações e retratava um feminino sofrido. Em um período em que mulheres sequer podiam sair sozinhas nas ruas, a artista vestia-se de homem para visitar museus. Com seu trabalho e persistência, Lídia deixou um legado artístico e histórico para Mato Grosso do Sul e, principalmente, para as mulheres e artistas do estado. Fernanda Reis, no artigo  A representação feminina na pintura de Lídia Baís: limites entre o sagrado e o profano (2015), ressalta que  Lídia Baís muito mais que uma artista modernista foi uma mulher moderna. Viveu e experimentou a transição da sociedade e acompanhou as rápidas mudanças decorrentes da modernidade do século XX. Por ser uma mulher pioneira na arte em Mato Grosso do Sul, Lídia chegou a ser chamada de louca. Segundo Michelle Perrot, em  Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros (Paz e Terra, 1992), a mulher era retratada como  devassadora das rotinas familiares e da ordem burguesa, devoradora, consumindo as energias viris, mulher das febres e das paixões românticas, que a psicanálise, guardiã da paz das famílias, colocará na categoria das neuróticas; filha do diabo, mulher louca, histérica herdeira das feiticeiras de outrora . O objetivo do documentário Lídia é apresentar a história da artista plástica Lídia Baís e o seu legado para o estado de Mato Grosso do Sul, assim como elucidar questões pertinentes que marcaram sua trajetória como mulher e artista no século XX. Dessa forma, buscou-se trazer à tona os principais aspectos de sua vida pessoal e profissional, relacionando com a história da arte no estado. ¹ O estado de Mato Grosso foi dividido em 11 de outubro de 1977 pela Lei Complementar nº 31 assinada por Ernesto Geisel, criando dessa forma o estado de Mato Grosso do Sul. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário Lídia foi produzido pelas acadêmicas do sexto período do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Fernanda Venditte, Gabriela Santos, Jhayne Lima, Leticia Marquine, Mara Machado e Renata Barros, na disciplina de Laboratório de Radiojornalismo II, com a orientação da professora doutora Daniela Ota. Segundo André Barbosa Filho no livro  Gêneros Radiofônicos: os formatos e os programas em áudio (Paulinas, 2009),  o rádio possui uma importante função social: atua como agente de informação e formação do coletivo . Em 04 de julho de 1986, por meio do Decreto nº 5390, o casarão da família Baís foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural de Campo Grande. Conhecida como Morada dos Baís, a propriedade localizada no centro da capital atualmente é espaço para programações culturais. No local, também há um museu dedicado à história dos Baís. No entanto, a vida e a carreira de Lídia Baís não são amplamente conhecidas pelos moradores da cidade. De acordo com Robert McLeish, no livro  Produção de rádio - um guia abrangente de produção radiofônica (Summus, 2001), o objetivo principal do documentário  é informar, mostrar uma história ou situação sempre se baseando na reportagem honesta e equilibrada . O autor ainda afirma que  o princípio do documentário é, sempre que possível, voltar às fontes, pessoas envolvidas, testemunhas oculares, aos deslocamentos originais, e assim por diante . O radiodocumentário Lídia é composto exclusivamente por mulheres, desde seu tema, produção e fontes consultadas. Foram utilizados para pesquisa os livros  Lídia Baís: uma pintora nos territórios do assombro (2011) de Alda Maria Quadros do Couto e  Imaginário e representação na pintura de Lídia Baís (2009) de Paulo Roberto Rigotti, além de posteriores entrevistas com pesquisadoras e conhecedoras da trajetória da artista plástica. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O radiodocumentário Lídia corresponde ao trabalho final da disciplina de Laboratório de Radiojornalismo II e tem como objetivo apresentar a trajetória da artista plástica campo-grandense Lídia Baís e o seu legado para Mato Grosso do Sul. Realizado e narrado exclusivamente por mulheres, o radiodocumentário aborda aspectos da vida pessoal e profissional da artista que é considerada pioneira na história da arte do estado. Para traçar os pontos principais da vida de Lídia Baís, foram entrevistadas quatro fontes: Vera Lúcia Penzo Fernandes, atual diretora da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, formada em Educação Artística e com especialização em Artes Plásticas; Patrícia Nogueira Aguena, arte-educadora do Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (MARCO); Carlota Philippsen, psicóloga e uma das organizadoras do Coletivo Feminista Lídia Baís; Tatiana De Conto, atriz-contadora da peça  Lídia Baís  Uma mulher a frente de seu tempo . Para Lídia foi definido não utilizar narrador. Segundo Robert McLeish, em Produção de rádio - um guia abrangente de produção radiofônica (Summus, 2001),  há estilos de documentário que não fazem uso de links. Cada matéria flui naturalmente numa sequência, apontando para a frente, numa sobreposição inteligível . As falas das entrevistadas criam uma linha narrativa sobre a vida de Lídia Baís e são intercaladas com trechos da peça encenada por Tatiana De Conto,  Lídia Baís  Uma mulher a frente de seu tempo . Robert McLeish, em Produção de rádio - um guia abrangente de produção radiofônica (Summus, 2001), ressalta que  a principal vantagem do documentário sobre a fala direta é tornar o tema mais interessante e mais vivo ao envolver um maior número de pessoas, de vozes e um tratamento de maior amplitude . Após a realização das entrevistas, foi feita no laboratório de rádio a edição do material coletado pelas acadêmicas durante as entrevistas e correção pela professora responsável pela disciplina.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>