ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00348</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Universidade em cor: empoderamento e protagonismo da mulher negra na academia</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Layra Ferreira dos Santos Santana (Universidade Federal de Mato Grosso); Gabriel Green Fusari (Universidade Federal de Mato Grosso); Gesner Duarte Pádua (Universidade Federal de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário "Universidade de cor: protagonismo da mulher negra na Academia" surgiu como trabalho avaliativo da disciplina de Fundamentos da Cultura Brasileira e Regional, ministrada no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso  Campus Universitário do Araguaia no decorrer do semestre 2018/1 (que se iniciou no dia 21 de março e teve seu término no dia 18 de outubro do ano de 2018) e se trata de uma análise sobre o protagonismo da mulher negra na universidade, no que se refere aos desafios da entrada e permanência da mulher negra na Academia, com comentários sobre vivência acadêmica e pessoal das entrevistadas. O documentário exibe narrativas de mulheres negras relacionadas a algumas dificuldades e conquistas enfrentadas por elas no núcleo universitário e pessoal. A mulher negra ainda vive uma situação de vulnerabilidade problemática, pois além do fator de gênero que a permeia, ainda há o fator racial, o que aumenta a distância hierárquica dela comparada à mulher caucasiana e até mesmo ao homem negro nas relações de poder. Porém, a mulher negra segue resistindo e ocupando espaços, como a universidade. As entrevistadas que participaram deste documentário comentam sobre vivências pessoais, os empecilhos para entrar na universidade e os prazeres de ocupar espaços como este. Seus relatos mostram um recorte tanto de seus protagonismos enquanto mulheres negras quanto de vivências particulares de cada uma. Na qualidade de estudantes de Comunicação Social, no que se refere à condição de futuros profissionais da área, procuramos durante o desafio oferecido combinar aspectos práticos e teóricos, a fim de abordar um tema de relevância social, porém não muito discutido no âmbito acadêmico, o que contribui para nosso desenvolvimento profissional. O objetivo da produção do documentário Universidade de cor: protagonismo da mulher negra na Academia, que possui a duração de 28 minutos, foi o de dar voz à essas mulheres e promover discussões sobre um assunto problemático e relevante socialmente pouco debatido na universidade e na comunidade externa, pois é de suma importância que se discuta sobre a condição da mulher negra diante da sociedade. Por meio das histórias relatadas, as personagens abordam alguns detalhes de suas vivências tanto dentro da universidade quanto fora dela; falam também dos desafios ligados à entrada e permanência delas no universo acadêmico, sobre representatividade e situações ocorridas por virtude racial e de gênero. Sob a ótica didática, a produção do documentário teve o propósito de abordar o conhecimento prático, em uma perspectiva atual, sobre gênero e raça, uns dos assuntos discutidos durante a disciplina de "Fundamentos da Cultura Brasileira e Regional", ofertada no semestre letivo 2018/1, no curso de Comunicação Social  Habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal de Mato Grosso, Unidade II do Campus Araguaia.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Os dados adquiridos através de um documentário geralmente são associados como um meio de ter acesso à veracidade sobre uma determinada pessoa ou um acontecimento. O documentário é uma espécie de narrativa que apresenta a possibilidade de abordar vários temas, como a política, o meio ambiente, a história, a cultura, etc. Nos documentários contemporâneos, pode-se perceber que sua condução se dá pela subjetividade e perspectiva de quem o realiza, o que constitui uma importante unidade no quesito estético da narrativa, que demonstra uma forma ímpar do realizador ampliar suas discussões. Segundo Nichols (2005), o documentário é uma maneira de apresentar o mundo pela visão do cineasta, que utiliza esse gênero para demonstrar uma outra perspectiva do fato. A temática do produto foi escolhida a partir do conteúdo apresentado e discutido durante a disciplina de Fundamentos da Cultura Brasileira e Regional, no curso de Jornalismo, onde foram pesquisadas e debatidas questões sobre a formação do povo brasileiro, elencando elementos e autores que abordam o assunto desde o período escravocrata até os dias atuais, como Darcy Ribeiro, com seu livro "O povo brasileiro" (1995), e Gilberto Freyre, com o clássico "Casa grande e senzala" (2012), possibilitando compreender melhor a formação étnica e cultural do País. Tais autores mostram que a população negra teve um papel de relevância social e cultural para o Brasil. O sistema escravocrata deixou marcas culturais, sociais e religiosas em nossa história, o que influencia nas relações pessoais. Alguns autores como Gilberto Freyre (2012) fazem uma certa romantização do período de escravidão no país, expondo a situação de degradação e exploração do negro, porém de maneira mais suavizada, especialmente no que tange às relações de preconceito existentes na sociedade brasileira. Os africanos foram retirados de sua terra-mãe e trazidos para o Brasil, tiveram suas identidades rejeitadas, marginalizadas e sofreram um genocídio em massa; a mulher negra foi estuprada durante séculos a fio e seu ventre se tornou propriedade de senhores de engenho e fazendeiros no período de escravidão. Davis, aborda, do ponto de vista capitalista, "o profundo vínculo ideológico, entre racismo, viés de classe e supremacia masculina" (1981, p. 81), pois mesmo após pouco mais de cem anos, a ligação entre o machismo e o racismo ainda é um componente que colabora para a permanência da situação de vulnerabilidade social e econômica que se encontra a mulher afrodescendente. A discussão levantada pelo documentário é relevante e atual, pois a mulher negra ainda vive uma situação social bastante problemática, que possui uma certa emergência em ser debatida, de modo que, sejam pensados mecanismos que contribuam para que mais mulheres negras ocupem espaços e exerçam um maior protagonismo. Pois além da questão de gênero que a permeia, ainda há o fator racial, o que aumenta a distância hierárquica dela comparada à mulher caucasiana e até mesmo ao homem negro nas relações de poder, opressão e invisibilidade.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A produção do documentário foi adotada pelo fato de ser um instrumento onde é feita uma construção das narrativas com base em experiências e vivências dos personagens e buscamos construir isso de uma forma que soasse mais poética e que atraísse o público. Luana, em seu laboratório, comenta como o racismo se manifestou durante sua trajetória na graduação. Após seu relato, Graziela Goldwin, aluna do curso de Jornalismo, é a próxima entrevistada. Ela fala sobre suas inspirações e sobre a luta da mulher negra na sociedade durante seu processo de empoderamento. Após as apresentações de suas histórias, começa um esquete de transição de frame com dados do IBGE, sobre a quantidade de mulheres negras que terminam o ensino superior. No mesmo esquete, há uma cena de Graziela Goldwin sentada na biblioteca com livros e uma lata de coca-cola em cada extremidade da mesa, referente à próxima narrativa da estudante Larissa Alves que conta que já foi comparada com o refrigerante. Raryane Ingridy, discente de Biomedicina, é a próxima a falar. Em sua entrevista, também feita na biblioteca é escolhida outra angulação baseada na sequência de Fibonacci, a qual foi proposta pelo matemático Leonardo Pisa que comenta sobre sequências matemáticas para a perfeição, e assim aplicada a proporção Áurea, como é chamada, em enquadramento no cinema, como vista no livro australiano "Math Goes to the Movies", de Bulkard Poster e Marty Ross que fala sobre a fórmula matemática aplicado a produção de filmes. A última entrevistada foi Júlia de Oliveira, que cursa Comunicação Social na instituição. Ela comenta sobre a luta, a permanência e a resistência das mulheres negras que estudam, trabalham e cuidam sozinhas de seus filhos, e o enfrentamento da sociedade patriarcal racista por ela. Júlia e Raryane falam da reação das pessoas sobre a estética da mulher negra na universidade e no ambiente externo. Ambas foram filmadas sentadas em um corredor, com uma biblioteca como plano de fundo que separa os livros delas com uma grade, que pode servir como uma metáfora dos desafios do acesso ao conhecimento que mulheres negras têm. A finalização do documentário é feita por um esquete de frases, combinadas com uma cena baseada na estética cultural do filme Acossado (1962) de Jean Luc Godard, impressos o vestuário de Patrícia em Clea Torres Guedes, aluna de Jornalismo. A cena é uma releitura mais realista do que seria uma musa, assim como Nouvelle Vague trata, na fuga do estereótipo hollywoodiano.Uma das técnicas utilizadas no documentário foi baseada no movimento Nouvelle Vague de 1958, que tem como critério a produção caseira de filmes com fundo social apoiado em grupos marginalizados, empoderamento feminino, liberdade de estética e temas do cotidiano que são considerados tabus. O artigo científico "Mademoiselle Nouvelle Vague: O empoderamento feminino por meio do figurino" de Morena Panciarelli (2015), serviu de base para a onda artística em questão e apresenta uma nova concepção feminina, que retrata a mulher como moderna e independente, em um período patriarcal, mas em transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. Tais elementos foram usados como reflexo dos relatos das personagens, que abordam os desafios de sua entrada na universidade pela sua etnia e gênero. O título do produto apresenta um design oitentista e fotografias pessoais de algumas mulheres negras aparecem durante o documentário. Foram usadas para ilustrar o tema artes e músicas feitas por mulheres negras e a paleta de cores aplicada em filtros e edições gráficas remetem aos anos 80, década onde marca um século do fim do período escravocrata do Brasil. Também houve cortes repentinos e angulação aleatória como introduz o livro "La Nouvelle Vague: Une École Artistique" (1962), de Michel Marie. Após ser editado e revisado, o produto foi disponibilizado para as entrevistadas e no grupo de Facebook da disciplina. Foi também apresentado em sala de aula e avaliado pelo professor para atribuição de nota.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>