ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00407</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO11</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Solteira não, solo: mães solo e suas histórias</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;DULCINEIA PEREIRA DOS SANTOS (FACULDADE SUL AMERICANA)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem  Solteira não, solo: mães solo e suas histórias aborda um assunto pouco divulgado pelos veículos jornalísticos: mulheres que criam e cuidam dos filhos sozinhas, sem apoio de parceiro(a) ou do Estado: as mães solos. Atualmente, a identidade  mãe solo tem sido reivindicada pois o termo  mãe solteira é considerado pejorativo, no momento em que condiciona a figura da mãe ao estado civil. São as mães solo que tomam todas as decisões importantes em relação à criança e, em outro aspecto, assumem o papel principal dentro da família. Elas administram a casa, controlam as finanças e têm a responsabilidade de educar e fornecer educação ao filho da melhor forma possível. O objetivo principal deste trabalho é de mostrar as realidades das mães solo, aprofundando a temática para além do que é mostrado no jornalismo tradicional. Além disso, procuro identificar se a falta de planejamento familiar e educação sexual contribuem para o número significante de mães solo; divulgar quais são as maiores dificuldades que essas mulheres enfrentam; averiguar se a falta de apoio dos pais de seus filhos interfere em suas vidas e na vida da criança; caracterizar a importância do apoio da família; constatar se as mães solo ainda sofrem preconceito na sociedade brasileira; e, por fim, discutir sobre a emergência da identidade  mãe solo e da importância de deixar falar o termo  mãe solteira . O termo  mãe solo surgiu nas redes sociais entre mulheres que compartilhavam das mesmas experiências de maternidade. No espaço virtual, além de partilhar desafios, dificuldades e alegrias, constatavam que não estavam sozinhas e muito menos que eram únicas nesse meio. A mãe solo está inserida em qualquer idade, nível de educação, cultura, classe social e sexualidade. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005, o país tinha 10,5 milhões de famílias de mulheres sem cônjuge e com filhos, morando ou não com outros parentes. Já os dados referentes ao ano de 2015, apontam 11,6 milhões desses arranjos familiares. Essas mães, na maioria das vezes, enfrentam dupla jornada de trabalho para conseguir sustentar seus filhos e educá-los. São muitos os problemas enfrentados pelas mulheres que criam seus filhos sem um companheiro ou companheira, podendo eles serem de ordem financeira ou social, indo desde o recebimento de pensão, até o registro das crianças, passando pelo preconceito enfrentado. Segundo dados do IBGE, nos casos de divórcio e separações de uniões estáveis, as mães ficam com a guarda dos filhos em 90% dos casos. Além de cuidar da criança, as mães solo sofrem para conseguir um tempinho para fazer coisas consideradas simples pela grande maioria das pessoas, como cuidar das unhas, cabelos, de sua aparência em modo geral, de ler um livro ou dormir até mais tarde no domingo. E mais comum: abrem mão dos estudos, vida profissional e amorosa. O livro discute então, de que forma os cursos de vida dessas mulheres são afetados pela maternidade solo. Por meio da narrativa de histórias de vida e da perspectiva de especialistas sobre o tema, o livro-reportagem mergulha no universo das mães solo e dos desafios e problemáticas que surgem em suas jornadas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"> Solteira não, solo é um livro-reportagem-retrato que utiliza técnicas de Jornalismo Literário, como descrição de cenas, uso de diálogos, construção de personagens, uso de metáforas e outras figuras e linguagem, entre outras. Além disso, para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma pesquisa qualitativa que auxiliou na busca por informações relevantes ao tema. Alguma das metodologias utilizadas foram: pesquisas exploratórias, pesquisa bibliográfica e entrevista em profundidade. Estas ferramentas foram essenciais tanto para compreensão do surgimento da nova identidade mães solo e elaborar o fio condutor do livro. A pesquisa é parte muito importante para elaboração de um livro-reportagem. Pesquisas são utilizadas em diversas situações, tanto para alcançar resultados esperados, provar um objetivo estabelecido e mensurar metas, como também para descobrir respostas acerca de um assunto ou problemática. Para este trabalho foi usada a pesquisa qualitativa, a qual, segundo Neves (1996), compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas (entrevista não estruturada, entrevista semi-estruturada, observação participante, observação estruturada, grupo focal) que visam descrever e decodificar os componentes de um sistema complexo de significados. As pesquisas exploratórias e bibliográficas quase sempre fazem parte da primeira etapa para um estudo mais aprofundado do tema. São elas que familiarizam o pesquisador com o assunto do qual vai ser abordado. Assim, realizei um levantamento de livros e artigos em que pudesse encontrar artigos científicos sobre o tema deste trabalho. No entanto, fui surpreendida pela escassez de trabalhos ou obras acerca da questão das mães solo. Também não foram encontrados artigos sobre mães solo. Para entender melhor a identidade  mãe solo foi preciso pesquisar em livros e artigos sobre relações de gênero, movimento feminista e maternidade, entre outros. Por fim, a entrevista em profundidade, conforme Duarte (2008), serve para colher respostas a partir da experiência de uma fonte, assim possibilitando a identificação de distintas formas de perceber e descrever os fenômenos envolvendo o tema abordado. Ainda sobre a perspectiva de Duarte (2008) essa forma de entrevista representa uma  técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-las de forma estruturada (DUARTE, 2008, p. 62).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O livro-reportagem  Solteira não, solo: mães solo e suas histórias contém 108 páginas. Ele é dividido em 8 capítulos. Na composição dos textos são mescladas técnicas da literatura e técnicas jornalísticas para contar as histórias de vida das personagens. Em alguns momentos deixo minhas percepções pessoais sobre algumas questões que foram abordadas, visto que eu me identifico como mãe solo. O primeiro capítulo,  Gestando mães solo , trata do surgimento da nova identidade mãe solo e do movimento de mães solo que surgiu no Brasil recentemente. Neste capítulo apresento a artista Thaiz Leão e conto como foi o processo dela na inserção do movimento mãe solo. No segundo capítulo,  A hora marcada , conto a história da radialista Cacau Mila e discorro sobre a questão do feminismo e empoderamento das mulheres. Já no terceiro capítulo,  Gênero, feminismo e politização da maternidade , continuo aprofundando a temática da desigualdade de gênero, do movimento feminista e sobre a questão da performance da maternidade, a partir de uma reportagem que dialoga pesquisa bibliográfica e perspectiva de especialistas sobre o tema. O quarto capítulo,  Maria(s) , conta a história de Maria do Socorro e de Sandra, que introduzem uma discussão sobre violência doméstica, abandono, registro civil e pensão alimentícia. O quinto capítulo,  Cadê o marido? , aborda os diferentes arranjos de famílias e narra a história de uma mãe solo lésbica, a socióloga Marcela. Já o sexto capítulo,  Aos 40, no segundo tempo , diz respeito à questão da maternidade tardia. O sétimo capítulo,  Os dois lados da maternidade , narra as aventuras e desafios da maternidade. Por fim, no oitavo capítulo,  Mãe solo ao sol , aprofundo conto um pouco mais de minha história de vida e dos bastidores das reportagens e perfis. Entre os capítulos quatro e o cinco, organizei uma sessão com fotos das mães solo e das fontes especialistas. Além disso, com a autorização da designer Thaiz Leão, trago tirinhas que narram por formas visuais as experiências de mães solo no decorrer livro. Optei por narrar essas histórias por meio do livro-reportagem porque este formato permite incluir diferentes tópicos e perspectivas sem fugir do tema principal. Além disso, por conta da complexidade e singularidade do tema, preferi narrar cada capítulo de maneira independente, valorizando a história e os detalhes das personagens. Cada capítulo é composto por uma personagem, que representa um tema específico que define as problemáticas de mães solos. O método de coleta utilizado foi o de entrevista em profundidade, no qual a escrita e gravações de áudios, quando autorizadas pelas entrevistadas, foram utilizados para a captura das informações para a construção de cada história. Assim, obtive relatos pessoais de personagens extremamente envolvidos com o tema em questão. Para a documentação visual de cada história, utilizei fotos de arquivo pessoal das personagens. O texto das histórias das personagens é escrito na terceira pessoa e conta também com falas delas, com intenção de aproximar os leitores do assunto e, ao mesmo tempo, envolvê-los nas histórias. Contudo, há momentos em que eu participo das histórias das personagens aparecendo dialogando com elas ou, simplesmente, deixando a minha percepção do assunto que foi tratado com as fontes. Tive como prioridade realizar as entrevistas na própria residência das entrevistadas, assim a própria conversa serviria para entender a dinâmica familiar e caracterizar a personagem a partir de como ela constrói e organiza os seus espaços. Além da relevância social, o livro possui valor jornalístico, uma vez que traz um panorama com dados atuais da situação das mulheres com filhos e famílias inteiras sob total responsabilidades delas. Solteira não, solo busca ampliar a cobertura feita pelo jornalismo tradicional, aprofundando um tema que, de tão ordinário, é desvalorizado pelo jornalismo diário.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>