ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00456</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;RT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;RT05</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Imagem e Semelhança: crônicas contemporâneas da fé midiatizada</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Jessé dos Santos Cardoso (Universidade Federal de Mato Grosso); Izabela Gomes Nunes (Universidade Federal de Mato Grosso); Deyvisson Pereira da Costa (Universidade Federal de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">É de conhecimento geral que as igrejas cristãs têm se expandido de maneira considerável e espantosa, quando comparadas a outras denominações religiosas não-cristãs, como aquelas de matrizes africanas. Neste sentido, este produto foi elaborado como Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade Projeto Experimental e tem como tema a relação entre religião e mídia. E se propõe a documentar um fenômeno midiático contemporâneo e provocar reflexões sobre a midiatização da religião, incluindo o uso estratégico dos meios de comunicação para difundir os valores culturais das igrejas cristãs. Ele visa documentar, em formato audiovisual para web, as estratégias midiáticas adotadas pelas instituições religiosas cristãs e as experiências religiosas mediadas (pessoais, coletivas e institucionais), possibilitadas pela midiatização da religião. Segundo Martino, no texto Mediação e midiatização da religião em suas articulações teóricas e práticas um levantamento de hipóteses e problemáticas (EDUFBA, 2012), esse processo de alterações no campo religioso, proporcionado pelo contato contínuo e intenso com o campo midiático, denomina-se como midiatização. Pois afinal, quais experiências são possibilitadas pelo processo de midiatização da fé? E quais consequências trazem esses rearranjos midiáticos para a esfera cristã? Estas são as principais questões que movem este trabalho. A sociedade carece de produções que representem as atuais mudanças culturais para que os indivíduos formulem visões de mundo fundamentadas nos novos contextos que surgem na contemporaneidade, como a intensificação do processo de mercantilização da religião ocasionado pela expansão tecnológica e midiática, por exemplo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Foi realizado um levantamento de dados por meio de pesquisa bibliográfica (digital e impressa), no qual se constatou que, segundo o censo do IBGE (2010), o percentual de igrejas evangélicas cresceu de 15,4% para cerca de 22% da população - um crescimento de aproximadamente 61% - em 15 anos. Católicos e evangélicos juntos representam em torno de 86% da população, uma maioria esmagadora que justifica, em certa medida, uma predominância cultural e também midiática. Este domínio da cultura cristã e a expansão midiática das igrejas, explicariam em parte o crescimento dos evangélicos no Brasil. A pesquisa bibliográfica também possibilitou a descoberta de dados que apontam para o aspecto da economia política dos meios de comunicação, onde José Gomes, afirma em sua obra Diversidade religiosa e mídia radiofônica (Universidade Metodista de São Paulo  SP, 2011) que  entre 1999 e 2004, [...] de um total de 2205 emissoras, 120 possuíam vínculos religiosos, representando 5,4% do total. Destas 120 rádios, 83 (69,2%) estavam ligadas à Igreja Católica, 33 (27,5%) as igrejas protestantes [...] . Estes dados - os mais recentes encontrados nesta pesquisa  possibilitam a inferência de que a presença das igrejas na mídia não reduziu, pelo contrário, ao passo que novos meios se solidificaram, este quadro se intensificou. Na medida em que se tornam cada vez maiores - com maior número de fiéis - as igrejas, de modo geral, atingem o que Bourdieu, em sua obra O poder simbólico (editora Bertrand Brasil S.A, 1989) conceitua como capital simbólico  o poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e fazer crer , fazendo com que as igrejas obtenham maior poder de convencer novos fiéis. Uma espécie de ciclo que fortalece a predominância cultural e simbólica das igrejas cristãs. Segundo Karla Patriota, em seu texto Mídia sacralizada e religião secularizada (Koinonia, 2009),  há uma acirrada concorrência da mensagem religiosa com outros conteúdos simbólicos divulgados pela mídia, caracterizando um cardápio de opções diversas e variadas . Isto é, observado tal crescimento, podemos inferir mudanças no discurso religioso para atender a demanda de consumo cultural e para cativar um público maior e que merecem ser documentadas em meios digitais diante do reconhecimento da disputa entre a força simbólica da religião, usada para aumentar seu capital religioso e cultural, e a pressão que a igreja sofrera para se adequar às novas demandas culturais da sociedade, que ameaça se desviar para outras fontes de domínio, fora do contexto religioso. Outro dado que nos provocou reflexão e instigou a produção do trabalho, foi o apontamento de Alberto Klein, no livro Imagens de culto e imagens da mídia (Sulina, 2006), de que no cristianismo o sagrado sempre recorreu à mediação pela imagem e, se por vezes a imagem era em texto, em pintura, ou em escultura, hoje ela se faz mostra também pela representação televisiva ou digital. Portanto, enquanto pesquisadores do campo da comunicação, sentimo-nos desafiados a debater qual o papel da mídia no cristianismo e como ela vem se transformando e transformando esta religião ao longo do tempo. Para tanto, decidimos propor esse debate ao documentar experiências ligadas a estas alterações do campo da mídia e da religião. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Optamos pelo projeto experimental em formato de documentário audiovisual, pois suporta a dimensão e a variedade dos questionamentos de maneira mais satisfatória, delimitando nossa abordagem na captação de histórias de experiências religiosas ocasionadas pelo uso dos meios de comunicação e pela difusão de valores culturais por meio do processo de midiatização. Quanto ao espectro metodológico para realização do produto, nos orientamos nas diretrizes da produção de documentário para Web (ou Webdocumentário), baseados nos conceitos apresentado por Renó, no texto Ciberdocumentarismo: tópicos para uma nova produção audiovisual (Ciência e Cognição, 2006), em que afirma existir novas demandas e exigências para a produção de documentário audiovisual nesse novo cenário de interações sociais midiatizadas, enfatizando a internet como facilitadora de interatividade, por possibilitar entre outras coisas a não linearidade de conteúdo. Fragmentamos, portanto, o Webdocumentário em quatro (4) episódios que podem ser assistidos em sequência ou não, mas sempre vinculados à temática que envolve as histórias e o fenômenos apresentado. Os episódios estão disponíveis no Youtube. Houve planejamento de pauta e roteiro para decidir como seria o formato dos episódios, qual seria o tempo em média de duração para cada episódio, as fontes a contribuir, a técnica de edição, trilha sonora, ângulos e recortes das imagens. Após traçar a temática de cada episódio, elaboramos as pautas para cada fonte, que incluíam de três a nove perguntas. A estética dos episódios do Webdocumentário consiste em um enquadramento de plano geral e plano detalhe, para mostrar, de forma breve, os detalhes do ambiente  que relacionados com a narrativa e dentro do contexto do assunto abordado pela fonte  para dar base na fala do entrevistado e auxiliar na compreensão do telespectador. O enquadramento para captar os entrevistados é de plano médio fixo e plano detalhe em momentos pontuais. Foram executadas quatro (4) entrevistas. Todas elas semi-estruturadas e dialogais, isto é, com perguntas que possibilitassem a fonte a explicar e/ou narrar sua experiência, ou acontecimento vivido. Uma delas, porém, foi realizada com uma fonte especializada no tema. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>