ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00488</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT03</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Suspenso Movimento</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Aline Martielly Costa Figueiredo dos Santos (Universidade Federal de Mato Grosso); Vinicius Guedes Pereira de Souza (Universidade Federal de Mato Grosso)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ensaio tem o objetivo claro e puro de mostrar o que é belo. Me propus a suspender movimentos através da fotografia, correndo o risco de estragar toda a perfeição que só a movimentação complexa realizada pelo corpo de um bailarino é capaz de produzir. O resultado do ensaio foi cabal na busca por sintetizar a suspensão de movimentos. A suspensão nesse trabalho, refere-se a) ao congelamento do movimento do bailarino; b) suspensão realizada por mim através do instrumento fotográfico; e c) ato de suspender-se, sair do chão. O movimento que, nada mais é que a mudança de um corpo, ou parte dele, de determinado ponto a outro. Os movimentos retratado são de um bailarino. Igor Matos de Almeida é o bailarino-modelo, que me concedeu a honra de fotografar seu corpo enquanto dançava. Os movimentos, quando suspensos, viraram imagens, e estas são, segundo FLUSSER (1985) "códigos que traduzem eventos em situações, processos em cenas". Os processos foram dançados e a dança tem uma característica que é dar ao dançarino airosidade, independente da dor e dos esforços necessários; o que dança parece sempre estar suspenso em verdadeira plenitude, mesmo quando com ambos os pés pousados no chão.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O ballet e a fotografia foram desenvolvidos na França. o país da Torre Eiffel, concebeu, além da grande torre com luzes, um instrumento capaz de suspender movimentos e uma dança admirável suficiente para ser suspensa. Os movimentos de Igor me fazem refletir sobre os meus próprios movimentos. FLUSSER (1985) compara os movimentos do fotógrafo com os de um caçador, e talvez seja realmente uma caçada, porém prefiro relacionar aos passos de uma dança. O bailarino parte de um ponto, atinge o ápice e finaliza o movimento em posição oposta à que iniciou. O fotógrafo, por sua vez, precisa acompanhar o início e prever próximo o movimento, se preparar para o instante em que o clímax é atingido e não descuidar das minudências presentes na finalização. Em uma dança, se você não souber posicionar o seu pé, pode acabar ganhando um pisão ou atrapalhando a fluência da coreografia. No ensaio, por sua vez, a câmera se não procedida com sapiência, não terá êxito em transformar o movimento em cena. O ensaio é composto por fotografias que nos suspendem. Minha intenção em fazer um trabalho envolvente se baseia na classificação de BARTHES (1980) acerca da análise semiótica e dualidade da fotografia interessante em ser punctum e studium. Apesar de ser cenas claras e um tanto quanto objetivas, tento trazer o conceito da subjetividade do punctum de BARTHES (1980) "é aquilo que eu acrescento à fotografia e que, no entanto, já está lá", então torço para que cada um seja tocado de determinado modo no decorrer do ensaio. Tendo como inspiração principal para esse ensaio o extraordinário Henri Cartier-Bresson que, conseguia com seu instrumento fotográfico revelar ao mundo cenas ricas da mais pura e leve beleza. As fotografias de Henri mostram para nós o que acontece, muitas vezes, perto de nós e não vemos. Ele compreendia o movimento e absorvia para suas fotografias o momento determinante da ação/movimento. Não menos importante, outro fotógrafo que me inspirou e incentivou a desenvolver esse projeto foi Vinícius Souza - que tenho a honra de chamar de professor e orientador. Durante dois semestres podendo aprender com ele, compreendi que fotografia que faz na cabeça mas também se faz no coração (e só depois no instrumento). A sua forma de fazer fotojornalismo independente me ensinou que independente nem sempre quer dizer sozinho, as vezes independente pode ser a dois, três ou quatro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A proposta do ensaio veio a partir de um projeto conjunto entre a disciplina de Fotojornalismo e produção em revista, onde fui incumbida de ilustrar as páginas da revista experimental Fuzuê. Utilizando uma Nikon D3200 com objetiva 18mm, tentei trazer para o ensaio tudo o que pude ver e sentir naquele estúdio de ballet. As imagens do ensaio passaram por ajustes no Adobe Lightroom a fim de que pudesse expressar com maior precisão o que desejava e precisava ser mostrado e visto. Assim que editadas as fotografias já não me bastaram, já não cabiam apenas na revista. Cresceram e adquiriram desejos próprios. Desejos esses que me seduziram e me trouxeram, juntamente com meu orientador - que também foi cativado - até aqui. Eu e minha Nikon, apesar de temerosas estávamos também extasiados com tamanha responsabilidade e oportunidade. As fotos deveriam mostrar o lado masculino daqueles que dançavam, daqueles que, com o corpo em movimento, se expressavam. Fui além do proposto. Conheci o Igor e, juntos pensamos em como haveríamos de fazer os retratos que iriam mostrar o lado másculo em se dançar ballet. Mostramos, através da força, dos músculos e dos pêlos. Mostramos com os movimentos, com os membros fortes e com as expressões duras. Não que isso tudo seja o lado masculino da dança. A dança não tem género. A dança tem movimento, garbo e beleza. O bailarino tem género. Se ele quiser ter. Esse ensaio foi feito em uma manhã linda, dentro de um espaço igualmente lindo, desses que a gente tem vontade de tirar o sapato assim que chega. Mas não tiramos os sapatos, ao invés disso, despimo-nos de nossas inexperiência, nossa apreensão de primeira vez fazendo algo e entramos naquele estúdio vestido apenas de uma grande vontade de gerar algo pulcro o suficiente para ser suficiente.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>