ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00509</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;PT</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;PT01</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Olhares do Chorinho: um fotolivro sobre o projeto Grande Hotel Vive o Choro</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Guilherme Henrique Narciso Alves (Universidade Federal de Goiás); Ana Rita Vidica Fernandes (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">­Este projeto experimental é fruto de uma investigação de um dos principais eventos que acontecem no centro de Goiânia, capital e maior cidade de Goiás: o projeto cultural Grande Hotel Vive o Choro, iniciativa da Prefeitura de Goiânia, criada em 2003. A iniciativa, conhecida popularmente como Chorinho, busca retomar os tempos áureos do Grande Hotel, inaugurado em 1936, foi um importante palco de bailes da sociedade goianiense nos primeiros anos de existência da cidade, atraindo a população para o histórico prédio pela música e cultura: a calçada do Grande Hotel se transforma, então, em palco de apresentação de cantores e cantoras locais e grupos de choro. Como ponto de partida de todo o trabalho, figura a seguinte questão-problema: como o projeto  Grande Hotel Vive o Choro altera a dinâmica do espaço que ocupa? Em busca de registrar fotograficamente essa possível compreensão, visitei o local por seis vezes, participando e fotografando o Chorinho em quatro dias, no fim de 2017 e no início de 2018. A ideia, então, era produzir registros que se estruturariam em uma narrativa visual cujo suporte seria um fotolivro. Conceitualmente, um fotolivro também pode ser chamado de livro do artista. Para Paulo Silveira em seu artigo A fotografia e o livro de artista, do livro A Fotografia e os Processos Artísticos Contemporâneos (2004, Editora da UFRGS) o livro de artista é uma categoria que tem origem nos movimentos vanguardistas das artes do século passado, se tratando de uma obra de arte, objeto da cultura e do mercado. Para o autor, o livro tem  um corpo adequado para elaborações artísticas com reproduções sequenciais, para colagens gráficas, para dossiês do Essa narrativa versa sobre as mudanças que o Chorinho provoca no espaço que ocupa, bem como sua paulatina construção.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A principal ferramenta de obtenção de informação sobre a dinâmica do Chorinho foi o trabalho de campo. Como metodologia de registro das minhas idas ao evento, tirei centenas de fotografias e criei um diário de campo. Como meu objetivo era perceber como o evento alterava a dinâmica do espaço em que se inseria, também visitei o Grande Hotel em dias que o Chorinho não acontecia, também fotografando e registrando em meu diário. O diário de campo foi fundamental no processo de construção do fotolivro. Foi através dele que pude estabelecer relações fundamentais para criar categorias e rememorar os trajetos e momentos que tinha vivenciado no Chorinho. O diário de campo era um recurso do qual eu lançava mão para materializar informações que eu não queria deixar refém da minha memória É impossível falar de diário de campo sem pensar nos diários de campos dos antropólogos, produzidos nos processos de pesquisa etnográfica. Malinowski (1978, Abril Cultural) destaca em seu livro Argonautas do Pacífico Ocidental a importância da ferramenta do diário de campo no processo de coleta de dados da pesquisa antropológica. O antropólogo, desse modo, deve  aplicar certos métodos especiais de coleta, manipulação e registro da evidência (MALINOWSKI, 1978. p.24). O objetivo fundamental da pesquisa etnográfica de campo é determinar como é a constituição tribal, delineando as leis e os padrões, de modo a isolá-los de fatos triviais (op. Cit.). Importante, também, é dizer que a fotografia nasce contemporaneamente à antropologia. Desse modo, segundo Achutti, em Fotoetnografia: um estudo de antropologia visual sobre cotidiano, lixo e trabalho (1997, Tomo Editoral/Palmarinca) os equipamentos fotográficos serviram aos antropólogos e viajantes como ferramenta para que eles documentassem as viagens que realizavam e, por consequência, os outros que encontravam (ACHUTTI, 1997). O próprio Malinowiski lançou mão do uso da fotografia nos trabalhos que se seguiram após a etnografia dos povos do Pacífico Ocidental. Achutti (1997, 2004) defende o uso da fotografia como uma metodologia própria no processo antropológico, na qual as fotos não são apenas informações adicionais da etnografia clássica, mas uma nova maneira de se produzir uma narrativa: a fotoetnografia. O autor aponta no livro Fotoetnografia da Biblioteca Jardim (2004, Editora da UFRGS/Tomo Editorial) que o processo de construção de sentido graças à imagem como uma outra forma de narrar o olhar do antropólogo sobre o Outro. Para ele, é isto que caracteriza a fotoetnografia:  a fotografia como escritura por inteiro, quando se para de recorrer às palavras para se deixar levar em uma viagem visual reveladora, abrigando o inefável que igualmente encerra conhecimento e sentido. (op. cit). Assim, meus registros do cotidiano, meus diários, não eram feitos apenas de texto verbal, mas eram também compostos por um texto imagético: o apanhado de fotos que eu produzia todos os dias que visitava a calçada do Grande Hotel. Embora o meu  Diário de Campo traga algumas fotografias que correspondem às datas do relato, o amontoado de fotos que eu separei pelas datas de visitas ao Chorinho são essenciais para mim: as fotografias contam histórias, são realidade revelada (ACHUTTI, 1997). No mais, cabe frisar que eu estava ali para produzir uma narrativa fotográfica e não uma etnografia, ainda que o olhar fotográfico seja  uma das formas do olhar etnográfico; assim como o fotógrafo busca uma espécie de revelação da vida do outro (Ibid. p. 47). Estabeleço, então, um paralelo com a afirmação anterior de Achutti (1997): minha investigação, minhas fotografias e o livro que produzi, como produto final desse processo, se propõem a revelar a  vida do Chorinho, traduzindo-o a dinâmica que ele impõe ao espaço urbano. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Com a pesquisa de campo em mãos (as fotos e o diário de campo), eu precisava pensar numa sistematização das fotografias para a construção da narrativa fotográfica. Para tanto, elegi três categorias distintas de fotografias que seriam os capítulos do livro. Essas categorias surgiram tanto do processo da atividade de campo quanto da análise das fotografias realizadas e dos relatos do meu diário de campo. A primeira delas surgiu inspirada no  Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862-1887 : O Chorinho Lado a Lado. Para tanto, elegi algumas fotografias que já havia realizado em dia de Chorinho e retornei ao espaço um dia ordinário, reproduzindo os enquadramentos das primeiras imagens. Do lado esquerdo estão sempre o registro feito durante o evento, do lado direito temos a fotografia capturada em um dia ordinário, isto é, quando o evento não acontecia. O registro da esquerda será sempre colorido, evidenciando a  vida que o evento traz para aquele espaço, as mudanças que ele provoca. O registro da direita, sempre preto e branco, reitera a monotonia do espaço através da monocromia, ocupando toda a página. A segunda seção, denominada  O Chorinho do alto , traz os registros aéreos, tomadas a partir de um drone. Estes estão dispostos lado a lado, formando uma sequência de sete imagens que ocupam três páginas. Nessa parte do livro há uma formatação distinta no tamanho de uma das páginas, que é mais larga que a das demais. As fotos não ocupam toda a página porque a intenção é que o leitor veja o maior número de fotos possíveis uma ao lado da outra, sugerindo uma visão mais ampla do comparativo. A terceira seção traz as fotos que acredito traduzirem a essência do Chorinho. Vê-las é como adentrar aquele espaço, como descobrir, de fato, do que se trata o evento. O título dado à terceira e última parte do livro é  O Chorinho de baixo e por dentro , fazendo uma clara alusão ao ponto de vista que as fotografias foram produzidas, isto é, dentro do Chorinho. Como o intuito é fazer com que o leitor adentre esse espaço do Chorinho através destas vinte e cinco fotografias, esta seção se constitui em cinco envelopes, cada um deles com cinco dessas imagens. Cada envelope ocupa uma página, todos eles estão do lado direito do livro, na página à esquerda, entretanto, não há nada. Ao abrir o envelope, o leitor é convidado a desvelar o Chorinho pela narrativa proposta. Antes de ver as imagens, portanto, é indispensável descobri-las. Com essas informações em mente, passei a pensar no fotolivro que produziria, isto é, no suporte no qual empregaria minha narrativa. Uma das primeiras decisões tomadas foi quanto ao formato: retangular, horizontal, com treze centímetros e meio de largura por nove de altura. O objetivo dessa escolha foi preservar as fotos ao máximo, uma vez que quase todas elas foram feitas em modo paisagem. A capa foi feita em material rígido, com espessura de dois milímetros. Sua cor é preta e o título do fotolivro está inscrito no canto direito inferior, em branco. O papel é firme o suficiente para que, caso houvesse necessidade, pudesse se empregar um elástico. Tanto a capa rígida como a cor preta concebem ao projeto um certo requinte. Todo o miolo do livro foi impresso em Fine Art, processo que se destaca por sua excelente qualidade de impressão, com alta fidelidade às cores. O papel utilizado no miolo é o Markkto Originale Bianco 120g/m², uma linha de papéis com textura, cujo toque é macio e sofisticado têm excelente performance em todas as técnicas de impressão. Para as fotografias do envelope utilizou-se o mesmo papel, no entanto com maior gramatura (180g/m²), um papel mais espesso e resistente ao manuseio pelo usuário/leitor do livro. Assim, o fotolivro se constitui em uma narrativa que sintetiza todo o processo de exploração e descoberta que envolveu o Chorinho. Ele é, em essência, um esforço de revelar o evento, um convite a explorá-lo em diferentes perspectivas: comparando-o, do alto e por dentro. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>