ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>XXI CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span style="color: #335b82"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00551</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO08</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Diferenças em comum</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Raquel Eschiletti Pereira de Oliveira (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Rúbia Pedra Recaldes (865 - UFMS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL); Marcos Paulo da Silva (865 - UFMS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span style="color: #335b82"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;, , , , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A reportagem  Diferenças em comum foi produzida pelas autoras durante a disciplina Jornal Laboratório I, oferecida no Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) no segundo semestre letivo de 2018, e publicada na edição 91 do jornal laboratório Projétil. Faz-se importante frisar que o Projétil passou em 2018 por uma ampla reestruturação gráfica e editorial que resultou em um novo modus operandi, dividindo os alunos do quarto e do quinto semestres em Editorias Transversais (Editoria Executiva, Editoria de Imagem, Editoria de Arte e Editoria de Opinião) e Editorias Verticais (equipes de Reportagem) de modo a simular o sistema de trabalho de uma redação. Dada a reformulação do jornal laboratório Projétil em 2018, a rotina de visitas às escolas públicas de Campo Grande (MS) foi o modo encontrado para identificar as características dos leitores (uma vez que o jornal circula nas próprias instituições públicas de Ensino Médio) e subsidiar o tema guarda-chuva da edição a ser trabalhado durante o semestre. A edição 91, nesse contexto, teve como tema central a ideia de  Respeito às diferenças , baseando-se nos princípios fundamentais estabelecidos pelo Artigo 5º da Constituição Brasileira, nos artigos do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Após os debates iniciais, o tema guarda-chuva foi escolhido coletivamente em uma reunião de pauta e posteriormente desdobrado para cada equipe de reportagem. O assunto escolhido pela presente dupla, relacionado ao  respeito às diferenças , foi a complexidade do autismo na vida adulta. A opção pelo tema justificou-se uma vez que, após pesquisa exploratória nos principais meios de comunicação do país, notou-se um déficit na apresentação da discussão. O mesmo levantamento mostrou que, quando o autismo é abordado como pauta jornalística, geralmente o gancho escolhido relaciona-se à ocorrência do espectro na fase infantil ou no diagnóstico tardio dos indivíduos. Dificilmente, porém, o gancho das matérias vincula-se à vida adulta dos autistas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No terreno da pesquisa jornalística, realizamos inicialmente um levantamento exploratório em sites nacionais e internacionais de referência para a compreensão conceitual do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Buscou-se, assim, identificar como são diferenciados dentro do espectro os diversos níveis de dificuldades enfrentadas, a apresentação na Classificação Internacional de Doenças (CID), bem como questões entendidas por especialistas como  mitos vinculados ao transtorno. Também identificamos dados estatísticos, referências de filmes e artigos. Nesse sentido, um fator de grande influência que auxiliou na escolha do tema foi a série  Atypical , uma produção norte-americana de 2017, original o serviço internacional de streaming Netflix, criada e escrita por Robia Rashid, que narra a história de amadurecimento de um rapaz de 18 anos diagnosticado no interior do espectro autista. O elemento de destaque da série foi essa abordagem incomum de um assunto que já é pouco exposto, mas ainda assim não mostra efetivamente o quão heterogêneo é o transtorno. Seguimos da premissa que o preconceito vem da falta de conhecimento e, por isso, o quanto mais a população se informa, menos existe margem para a discriminação. Após essa pesquisa prévia, entramos em contato com três bases de apoio classificadas como fontes primárias e secundárias: um professor doutor especializado no tratamento do autismo, um acadêmico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que está inserido no espectro e duas instituições que auxiliam as pessoas adultas com o transtorno. O professor André Varella, mestre em Educação Especial e doutor em Psicologia, atual coordenador do Laboratório de Pesquisa em Autismo e Comportamento (LAPAC) da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), desenvolve pesquisas sobre linguagem e cognição humana, com ênfase no desenvolvimento de intervenções comportamentais para pessoas com autismo. Além disso, realiza pesquisas para ampliar e aprimorar a atenção aos indivíduos no espectro autista na rede pública de saúde (SUS). Durante entrevista, o pesquisador confirmou alguns dados e informações que descobrimos na pesquisa exploratória, desmentiu mitos e desinformações divulgados, bem como explicou detalhadamente como surgiu o transtorno, como ele se manifesta diferentemente em cada indivíduo, quais suas implicações, quais as principais características e qual a importância de incluir o mundo na questão do autismo. O pesquisador concedeu orientações sobre como se portar ao entrevistar uma pessoa com o transtorno, o que serviu de subsídio para que fossem realizados os contatos com as fontes primárias. Foi nesse contexto que entramos em contato com Akim, 20 anos, acadêmico do curso de Artes Visuais da UFMS. Conversamos bastante e percebemos os indícios e as características que o inseriram no espectro. A entrevista foi de significativa importância para a compreensão da complexidade que era o autismo. Apesar de todo o conhecimento adquirido nesse encontro, sentimos a necessidade de entrar em contato com pessoas de diferentes níveis, o que nos levou a procurar a Associação de Amigos do Autista (AMA), onde localizamos a professora Shirley Nunes, responsável pela turma de alunos adultos. Na outra instituição, a APAE, tivemos a oportunidade de conhecer e conversar com Elenir Rodrigues, uma assistente social aposentada que adotou uma criança autista numa época em que o transtorno era totalmente negligenciado e pouco conhecido. A fonte nos contou toda sua história de dificuldades para criar a filha, Fabiana Rodrigues, 28 anos, que está enquadrada como num nível elevado de gravidade no interior do espectro. Durante a entrevista, percebemos um olhar menos técnico, porém mais próximo da vida cotidiana. Elenir nos explicou sua rotina e nos convidou para acompanhar e conhecer o dia-a-dia na instituição, as salas de aula, em algumas atividades dentro e fora de classe e até para visitar a casa onde as duas moram.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">No processo de elaboração da reportagem  Diferenças em comum , utilizamos a técnica da construção cena a cena trabalhada por Edvaldo Pereira Lima no livro  Páginas Ampliadas . A técnica, inspirada na tradição norte-americana do  new journalism , implica na construção de uma ambientação baseada na descrição detalhada de cenas como forma de potencializar a contextualização. Nesse sentido, na tentativa de ambientar o leitor e introduzir os dados iniciais de nossa pesquisa, começamos o texto descrevendo nosso encontro com a turma de alunos da Associação de Amigos do Autista (AMA). Na sequência, mostramos estatísticas para ilustrar que o autismo não é tão incomum quanto muitos acreditam ser. Durante as entrevistas e o processo de observação participante, as fontes secundárias (especialistas) fizeram questão de enfatizar que autismo não é doença. Consideramos sensato, por conseguinte, inserir essa orientação no início do texto. Posteriormente, por meio de explicação do pesquisador André Varella, explicamos o que é o autismo na visão biológica e qual é a sua definição generalizada. Outro fator muito específico que aprendemos durante a experiência foi que cada caso no espectro é singular. Um dos motivos para a dificuldade de diagnosticar o autismo é explicado por essa enorme diversidade de características que podem ser incluídas no chamado espectro. Partindo dessa afirmação, começamos a comentar os diferentes níveis que tivemos contato. O primeiro caso apresentado na reportagem é considerado leve. O personagem se assemelha muito com o personagem da série  Atypical , que incentivou toda a reportagem. O segundo foi o de Fabiana, considerado grave. Por último, foram introduzidos casos que integram diferentes nuances no interior do espectro. O objetivo em apresentar todos esses personagens foi enfatizar a questão da diversidade de tipos, trejeitos e condições. Por meio de intertítulos, o texto foi dividido de acordo com as principais características que os diversos níveis do espectro possuem em comum. Entende-se que as histórias e descrições dos personagens ajudam a exemplificar as particularidades de cada situação, contribuindo para a democratização do conhecimento sobre a complexidade do tema. Para auxiliar a compreensão do leitor, utilizamos também o recurso de infografia para exibir dados estatísticos sobre a quantidade de diagnósticos, a frequência relacionada ao sexo e os números de casos identificados no Brasil e no mundo. O azul, preponderante no planejamento visual da reportagem, foi escolhido por se tratar de uma cor representativa do transtorno, a exemplo da campanha  Abril Azul , que marca o mês de conscientização do autismo. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify"></td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span style="color: #335b82"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2"> </td></tr></table></body></html>