O projeto foi desenvolvido no terceiro semestre da graduação de Publicidade e Propaganda da Universidade Católica Dom Bosco. A disciplina de Tópicos em Comunicação, ministrada pelos professores Thiago Muller e Elton Tamiozzo de Oliveira, teve como trabalho avaliativo a produção de um videoclipe com base nos estudos semióticos, tendo como resultado final o produto “Nêga”.
Desta forma, optou-se por utilizar um material inédito, desde a composição da canção, até os elementos textuais e imagéticos. A música “Nêga” foi escrita e cedida pelo compositor e cantor sul-mato-grossense Marcelo Brilholi. A partir disso, foi feito uma investigação semiótica da narrativa musical, desde a percepção do compositor, até as análises textuais feitas pelo grupo para a construção do objeto semântico.
A letra da música opera com o conceito de amor natimorto entre os personagens. Ou seja, um casal completamente apaixonado que se vê sujeito a um término inesperado. O fim do relacionamento aconteceu quando um dos personagens decide se mudar para outro país por motivos profissionais, sem ao menos estruturar a relação amorosa com seu parceiro.
Sendo assim, o objetivo precípuo se organiza em evidenciar tal narrativa em uma construção sonora e imagética, por meio de processos semióticos estudados na disciplina, problemática que se articula em torno dos caminhos de construção do sentido.
Alguns elementos simbólicos foram utilizados para evocar a associação e tradução de conceitos nucleares da narrativa, a saber: a construção e os processos de modelagem de um relacionamento representado por meio da olaria de um vaso.
As fases dessa relação foram demonstradas em cada detalhe de manejo com a argila, desde toques sinuosos até a modelagem final. Sendo assim, o vaso representa o princípio de amor entre os personagens que, apesar de estar em construção, permanece inacabado e frágil. A articulação de índice é movimentada em toda narrativa, entretanto, cabe ressaltar duas importantes cenas no material audiovisual: 1) os diversos vasos enfileirados no cenário, que retratam os outros relacionamentos vividos pelo personagem; e 2) o vaso já destruído indicando o feito.
Outra referência analógica é a comparação com o conto grego “Orfeu e Eurídice” que descreve um amor interrompido e incompleto pela falta de tempo. Em síntese, o conto trata da história do filho de Apolo e da ninfa Calíope, que herdou a habilidade musical do mesmo.
Orfeu se apaixona por Eurídice, uma bela jovem que correspondeu seu amor, mas logo depois foi perseguida por Aristeu. Ao escapar da tirania, ela esbarrou em uma serpente e foi picada pelo réptil, o que provocou sua morte. Inconformado com o ocorrido, Orfeu foi atrás da mesma no mundo inferior. Diante de Hades, o jovem mostra sua arte com a música e arranca lágrimas do Deus dos mortos, o qual depois de ceder aos pedidos de sua esposa (Perséfone), permite que Orfeu possa regressar ao mundo dos vivos com sua amada, mas sob uma circunstância: Orfeu não poderia olhar para Eurídice até estar fora do submundo, dessa forma, o rapaz consentiu e partiu com sua amada.
Quando Orfeu estava quase chegando ao final do túnel que traria o regresso do casal ao mundo mortal, decidiu olhar para trás para ter certeza de que sua esposa estava ali. Neste momento, Eurídice se transforma em um espectro, produz um último grito e parte para a esfera dos mortos.
Através disso, o conto fundamenta algumas representações, como os personagens do videoclipe que foram inspirados na trama de Orfeu e Eurídice. Além disso, os figurinos e a flor vermelha que é dada para a jovem no clipe representa o presente dado por Hades ao casal. Sendo que, o vermelho geralmente é a cor que se remete ao Deus dos mortos, ou seja, o fim do relacionamento. |
Para a elaboração do videoclipe foi necessário o estudo da teoria semiótica: aspectos históricos, conceitos, autores, teorias, processos práticos de sua utilização e seus desdobramentos por meios das investigações há dados operativos para a produção de sentido.
Importante destacar que a semiótica teve seu início na Grécia Antiga, por Aristóteles e Platão, mas avançou nas mãos dos teóricos Saussure e Pierce, no século XX. Sendo uma das áreas da filosofia analítica, ela tem como objeto de estudo a interpretação individual e social dos signos. O signo é o elemento que emerge em resposta a indicadores fenomenológicos de seu interpretante – isto é, o humano modela seus processos de linguagem de acordo com os agentes influenciadores de percepção.
Saussure (1990) analisa os signos em dois desdobramentos: 1) imagem acústica, do qual se refere como significante (Se); e 2) conceito, que se refere à significação (So). Ainda para o autor, a significação dos signos se inicia em um processo mecânico, fisiológico e subjetivo, quando o sujeito ouve ou vê um signo, a mente transforma a imagem acústica (Se) em conteúdo (So).
Entretanto Peirce (1977), destaca três importantes possibilidades de articulação dos signos quando em contato com a materialização de um objeto (secundidade): ícone, índice e símbolo. Os níveis de reflexão são coordenados por grau de livre acesso aos sentidos operativos de comportamento. Elementos culturais e psicológicos fazem parte deste constructo.
A apresentação introdutória dos dois principais autores semioticistas, colabora para o melhor alocamento de tempo e espaço de linhas contemporâneas ou pós-estruturalistas. Sendo sucessor de Saussure, Greimas (1981) percebe os signos como materialização de processos narrativos. O autor então inaugura a ideia de quadrado semiótico que, em sua função metodológica, assume a representatividade para textos (verbais e imagéticos). Todo produto humano é percebido como texto, desde esculturas até videoclipes. Os textos são produtos de dois ambientes de sentido: plano de conteúdo (PC) e plano de expressão (PE).
Ainda para o autor supracitado, a produção do plano narrativo – sendo resultado da articulação entre PC e PE -, evita caminhos lógicos de estruturas semissimbolicas, pois não desdobra dramaticidade e subjetividade na audiência da mensagem. Ou seja, os signos e ideias representam a ideia de um conceito – objeto de trabalho operativo do projeto apresentado.
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SAUSSURE, F. (1978) curso de lisguistica geral. Lisboa: Dom Quixote. 䈀䔀䄀唀䜀刀䄀一䐀䔀Ⰰ 刀⸀ ☀ 䐀刀䔀匀匀䰀䔀刀Ⰰ 圀⸀ 䤀渀琀爀漀搀甀挀琀椀漀渀 琀漀 琀攀砀琀氀椀渀最甀椀猀琀椀挀猀⸀ 䰀漀渀搀爀攀猀Ⰰ 䰀漀渀最洀愀渀Ⰰ 㤀㠀
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1977. 㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀伀䈀䨀䔀吀䤀嘀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 最爀愀瘀愀漀 搀漀 瘀椀搀攀漀挀氀椀瀀攀 昀漀椀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀 攀洀 搀甀愀猀 氀漀挀愀攀猀 搀愀 挀椀搀愀搀攀 搀攀 䌀愀洀瀀漀 䜀爀愀渀搀攀⼀䴀匀㨀 ⤀ 攀砀琀攀爀渀愀Ⰰ 渀漀 䠀漀爀琀漀 䘀氀漀爀攀猀琀愀氀 ⠀瀀愀爀焀甀攀 昀氀漀爀攀猀琀愀氀 渀漀 挀攀渀琀爀漀 搀愀 挀愀瀀椀琀愀氀⤀ 攀 ㈀⤀ 椀渀琀攀爀渀愀Ⰰ 攀洀 甀洀愀 爀攀猀椀搀渀挀椀愀⼀愀琀攀氀椀 搀攀 挀攀爀愀洀椀猀琀愀猀⸀ 䄀猀 椀洀愀最攀渀猀 昀漀爀愀洀 挀愀瀀椀琀愀搀愀猀 挀漀洀 甀洀愀 挀洀攀爀愀 猀攀洀椀瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀氀 䔀伀匀 刀攀戀攀氀 吀㌀椀 搀愀 䌀愀渀漀渀Ⰰ 甀渀椀挀愀洀攀渀琀攀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 瀀漀爀 甀洀愀 漀戀樀攀琀椀瘀愀 㔀 洀洀 䘀⼀⸀㠀⸀
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