INSCRIÇÃO: 00554
 
CATEGORIA: CA
 
MODALIDADE: CA04
 
TÍTULO: Nêga
 
AUTORES: Matheus Felipe Carvalho (Universidade Católica Dom Bosco); Giovanna Cavalcante Zottino (Universidade Católica Dom Bosco); Penélope Herradon Pamplona (Universidade Católica Dom Bosco); Felipe Vasconcellos Galdino (Universidade Católica Dom Bosco); Gabriel Mendes Da Silva Azevedo (Universidade Católica Dom Bosco); Elton Tamiozzo de Oliveira (Universidade Católica Dom Bosco); Thiago Muller Da Silva (Universidade Católica Dom Bosco)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
O projeto foi desenvolvido no terceiro semestre da graduação de Publicidade e Propaganda da Universidade Católica Dom Bosco. A disciplina de Tópicos em Comunicação, ministrada pelos professores Thiago Muller e Elton Tamiozzo de Oliveira, teve como trabalho avaliativo a produção de um videoclipe com base nos estudos semióticos, tendo como resultado final o produto “Nêga”.਀ Desta forma, optou-se por utilizar um material inédito, desde a composição da canção, até os elementos textuais e imagéticos. A música “Nêga” foi escrita e cedida pelo compositor e cantor sul-mato-grossense Marcelo Brilholi. A partir disso, foi feito uma investigação semiótica da narrativa musical, desde a percepção do compositor, até as análises textuais feitas pelo grupo para a construção do objeto semântico.਀ A letra da música opera com o conceito de amor natimorto entre os personagens. Ou seja, um casal completamente apaixonado que se vê sujeito a um término inesperado. O fim do relacionamento aconteceu quando um dos personagens decide se mudar para outro país por motivos profissionais, sem ao menos estruturar a relação amorosa com seu parceiro.਀ Sendo assim, o objetivo precípuo se organiza em evidenciar tal narrativa em uma construção sonora e imagética, por meio de processos semióticos estudados na disciplina, problemática que se articula em torno dos caminhos de construção do sentido.਀ Alguns elementos simbólicos foram utilizados para evocar a associação e tradução de conceitos nucleares da narrativa, a saber: a construção e os processos de modelagem de um relacionamento representado por meio da olaria de um vaso.਀ As fases dessa relação foram demonstradas em cada detalhe de manejo com a argila, desde toques sinuosos até a modelagem final. Sendo assim, o vaso representa o princípio de amor entre os personagens que, apesar de estar em construção, permanece inacabado e frágil. A articulação de índice é movimentada em toda narrativa, entretanto, cabe ressaltar duas importantes cenas no material audiovisual: 1) os diversos vasos enfileirados no cenário, que retratam os outros relacionamentos vividos pelo personagem; e 2) o vaso já destruído indicando o feito. ਀ Outra referência analógica é a comparação com o conto grego “Orfeu e Eurídice” que descreve um amor interrompido e incompleto pela falta de tempo. Em síntese, o conto trata da história do filho de Apolo e da ninfa Calíope, que herdou a habilidade musical do mesmo. ਀ Orfeu se apaixona por Eurídice, uma bela jovem que correspondeu seu amor, mas logo depois foi perseguida por Aristeu. Ao escapar da tirania, ela esbarrou em uma serpente e foi picada pelo réptil, o que provocou sua morte. Inconformado com o ocorrido, Orfeu foi atrás da mesma no mundo inferior. Diante de Hades, o jovem mostra sua arte com a música e arranca lágrimas do Deus dos mortos, o qual depois de ceder aos pedidos de sua esposa (Perséfone), permite que Orfeu possa regressar ao mundo dos vivos com sua amada, mas sob uma circunstância: Orfeu não poderia olhar para Eurídice até estar fora do submundo, dessa forma, o rapaz consentiu e partiu com sua amada.਀ Quando Orfeu estava quase chegando ao final do túnel que traria o regresso do casal ao mundo mortal, decidiu olhar para trás para ter certeza de que sua esposa estava ali. Neste momento, Eurídice se transforma em um espectro, produz um último grito e parte para a esfera dos mortos.਀ Através disso, o conto fundamenta algumas representações, como os personagens do videoclipe que foram inspirados na trama de Orfeu e Eurídice. Além disso, os figurinos e a flor vermelha que é dada para a jovem no clipe representa o presente dado por Hades ao casal. Sendo que, o vermelho geralmente é a cor que se remete ao Deus dos mortos, ou seja, o fim do relacionamento.
 
INTRODUÇÃO
Para a elaboração do videoclipe foi necessário o estudo da teoria semiótica: aspectos históricos, conceitos, autores, teorias, processos práticos de sua utilização e seus desdobramentos por meios das investigações há dados operativos para a produção de sentido.਀ Importante destacar que a semiótica teve seu início na Grécia Antiga, por Aristóteles e Platão, mas avançou nas mãos dos teóricos Saussure e Pierce, no século XX. Sendo uma das áreas da filosofia analítica, ela tem como objeto de estudo a interpretação individual e social dos signos. O signo é o elemento que emerge em resposta a indicadores fenomenológicos de seu interpretante – isto é, o humano modela seus processos de linguagem de acordo com os agentes influenciadores de percepção.਀ Saussure (1990) analisa os signos em dois desdobramentos: 1) imagem acústica, do qual se refere como significante (Se); e 2) conceito, que se refere à significação (So). Ainda para o autor, a significação dos signos se inicia em um processo mecânico, fisiológico e subjetivo, quando o sujeito ouve ou vê um signo, a mente transforma a imagem acústica (Se) em conteúdo (So).਀ Entretanto Peirce (1977), destaca três importantes possibilidades de articulação dos signos quando em contato com a materialização de um objeto (secundidade): ícone, índice e símbolo. Os níveis de reflexão são coordenados por grau de livre acesso aos sentidos operativos de comportamento. Elementos culturais e psicológicos fazem parte deste constructo.਀ A apresentação introdutória dos dois principais autores semioticistas, colabora para o melhor alocamento de tempo e espaço de linhas contemporâneas ou pós-estruturalistas. Sendo sucessor de Saussure, Greimas (1981) percebe os signos como materialização de processos narrativos. O autor então inaugura a ideia de quadrado semiótico que, em sua função metodológica, assume a representatividade para textos (verbais e imagéticos). Todo produto humano é percebido como texto, desde esculturas até videoclipes. Os textos são produtos de dois ambientes de sentido: plano de conteúdo (PC) e plano de expressão (PE).਀ Ainda para o autor supracitado, a produção do plano narrativo – sendo resultado da articulação entre PC e PE -, evita caminhos lógicos de estruturas semissimbolicas, pois não desdobra dramaticidade e subjetividade na audiência da mensagem. Ou seja, os signos e ideias representam a ideia de um conceito – objeto de trabalho operativo do projeto apresentado.਀ Referências:਀匀䄀唀匀匀唀刀䔀Ⰰ 䘀攀爀搀椀渀愀渀搀⸀ 䌀漀甀爀猀 搀攀 氀椀渀最甀椀猀琀椀焀甀攀 最渀爀愀氀攀⸀ 倀愀爀椀猀㨀 倀愀礀漀琀⸀ ㄀㤀㜀㐀⸀ SAUSSURE, F. (1978) curso de lisguistica geral. Lisboa: Dom Quixote. ਀䈀䔀䄀唀䜀刀䄀一䐀䔀Ⰰ 刀⸀ ☀ 䐀刀䔀匀匀䰀䔀刀Ⰰ 圀⸀ 䤀渀琀爀漀搀甀挀琀椀漀渀 琀漀 琀攀砀琀氀椀渀最甀椀猀琀椀挀猀⸀ 䰀漀渀搀爀攀猀Ⰰ 䰀漀渀最洀愀渀Ⰰ ㄀㤀㠀㄀ PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1977. ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀伀䈀䨀䔀吀䤀嘀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀䄀 最爀愀瘀愀漀 搀漀 瘀椀搀攀漀挀氀椀瀀攀 昀漀椀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀 攀洀 搀甀愀猀 氀漀挀愀攀猀 搀愀 挀椀搀愀搀攀 搀攀 䌀愀洀瀀漀 䜀爀愀渀搀攀⼀䴀匀㨀 ㄀⤀ 攀砀琀攀爀渀愀Ⰰ 渀漀 䠀漀爀琀漀 䘀氀漀爀攀猀琀愀氀 ⠀瀀愀爀焀甀攀 昀氀漀爀攀猀琀愀氀 渀漀 挀攀渀琀爀漀 搀愀 挀愀瀀椀琀愀氀⤀ 攀 ㈀⤀ 椀渀琀攀爀渀愀Ⰰ 攀洀 甀洀愀 爀攀猀椀搀渀挀椀愀⼀愀琀攀氀椀 搀攀 挀攀爀愀洀椀猀琀愀猀⸀ 䄀猀 椀洀愀最攀渀猀 昀漀爀愀洀 挀愀瀀椀琀愀搀愀猀 挀漀洀 甀洀愀 挀洀攀爀愀 猀攀洀椀瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀氀 䔀伀匀 刀攀戀攀氀 吀㌀椀 搀愀 䌀愀渀漀渀Ⰰ 甀渀椀挀愀洀攀渀琀攀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 瀀漀爀 甀洀愀 漀戀樀攀琀椀瘀愀 㔀 洀洀 䘀⼀㄀⸀㠀⸀ ਀䘀漀爀愀洀 愀戀漀爀搀愀搀愀猀 瘀爀椀愀猀 瀀攀爀猀瀀攀挀琀椀瘀愀猀 昀漀琀漀最爀昀椀挀愀猀Ⰰ 琀愀渀琀漀 昀攀挀栀愀搀愀猀 焀甀愀渀琀漀 愀戀攀爀琀愀猀⸀ 䄀 洀愀椀漀爀椀愀 搀愀猀 挀愀瀀琀甀爀愀猀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀洀 瀀漀甀挀愀 瀀爀漀昀甀渀搀椀搀愀搀攀 搀攀 挀愀洀瀀漀Ⰰ 渀漀 椀渀琀甀椀琀漀 搀攀 攀砀瀀氀漀爀愀爀 搀攀琀愀氀栀攀猀 攀 攀砀瀀爀攀猀猀攀猀 搀漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀⸀ 倀漀爀 漀甀琀爀漀 氀愀搀漀Ⰰ 愀氀最甀洀愀猀 挀攀渀愀猀 爀漀洀瀀攀洀 攀猀猀攀 瀀愀搀爀漀 瀀愀爀愀 攀砀瀀氀漀爀愀爀 漀 挀攀渀爀椀漀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀⸀ ਀伀 瘀椀搀攀漀挀氀椀瀀攀 椀渀琀椀琀甀氀愀搀漀 ᰀ丠最愀ᴀ†琀攀洀 搀甀爀愀漀 搀攀 琀爀猀 洀椀渀甀琀漀猀 攀 挀椀渀焀甀攀渀琀愀 攀 渀漀瘀攀 猀攀最甀渀搀漀猀⸀ 䄀 瀀爀漀搀甀漀 昀漀椀 昀攀椀琀愀 瀀漀爀 洀攀椀漀 搀愀 挀漀渀猀琀爀甀漀 搀攀 爀漀琀攀椀爀漀 挀椀渀攀洀愀琀漀最爀昀椀挀漀 攀 甀猀漀 搀攀 猀琀漀爀礀琀攀氀氀椀渀最⸀ 䔀Ⰰ 琀爀愀戀愀氀栀愀 瀀爀漀挀攀猀猀漀猀 攀 攀猀琀甀搀漀猀 搀攀 瀀爀漀搀甀漀 攀洀 瀀爀漀瀀愀最愀渀搀愀 愀漀 爀攀愀氀椀稀愀爀 甀洀愀 愀渀氀椀猀攀 洀椀渀甀挀椀漀猀愀 瀀愀爀愀 挀爀椀愀漀 搀攀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀Ⰰ 甀猀漀 搀攀 挀漀爀攀猀Ⰰ 昀椀最甀爀椀渀漀猀 攀 挀攀渀爀椀漀猀⸀   ਀䄀猀猀椀洀 焀甀攀 漀猀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀渀猀 昀漀爀愀洀 搀攀氀椀洀椀琀愀搀漀猀 挀漀洀 挀愀爀愀挀琀攀爀猀琀椀挀愀猀 攀 挀漀洀瀀漀猀椀攀猀 攀猀瀀攀挀椀昀椀挀愀猀 ጀ†猀椀洀椀氀愀爀攀猀 愀漀猀 愀瀀漀渀琀愀搀漀猀 瀀攀氀漀 挀漀渀琀漀 最爀攀最漀 愀渀琀攀猀 愀瀀爀攀猀攀渀琀愀搀漀Ⰰ 猀攀 昀攀稀 渀攀挀攀猀猀爀椀愀 愀 昀漀爀洀愀漀 搀攀 挀愀猀琀椀渀最⸀ 䄀渀愀氀椀猀愀洀漀猀 愀氀最甀渀猀 瀀攀爀昀椀猀 搀攀 愀琀漀爀攀猀 攀 攀猀挀漀氀栀攀洀漀猀 漀猀 焀甀攀 洀愀椀猀 猀攀 攀渀挀愀椀砀愀瘀愀洀 挀漀洀 愀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀⸀ 䄀琀漀爀攀猀 攀猀猀攀猀Ⰰ 焀甀攀 樀 琀爀愀戀愀氀栀愀洀 瀀爀漀昀椀猀猀椀漀渀愀氀洀攀渀琀攀 渀愀 爀攀愀 攀 挀攀搀攀爀愀洀 猀甀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 瀀愀爀愀 愀 最爀愀瘀愀漀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀⸀ ਀伀 瀀爀砀椀洀漀 瀀愀猀猀漀 昀漀椀 愀 攀猀挀漀氀栀愀 搀愀 挀攀渀漀最爀愀昀椀愀⸀ 倀爀漀挀甀爀漀甀ⴀ猀攀 挀攀渀爀椀漀猀 焀甀攀 挀漀洀瀀氀攀洀攀渀琀愀猀猀攀洀 愀 琀爀愀洀愀⸀ 䔀渀琀漀Ⰰ 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀攀 甀洀 氀攀瘀愀渀琀愀洀攀渀琀漀 搀攀 氀甀最愀爀攀猀 渀愀 挀椀搀愀搀攀 焀甀攀 瀀甀搀攀猀猀攀洀 挀漀洀瀀漀爀 愀 攀猀琀爀甀琀甀爀愀 搀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 漀瀀琀漀甀ⴀ猀攀 瀀攀氀漀 ᰀ䠠漀爀琀漀 䘀氀漀爀攀猀琀愀氀ᴀⰠ 攀猀瀀愀漀 攀挀漀氀最椀挀漀 甀爀戀愀渀漀 氀漀挀愀氀椀稀愀搀漀 渀愀 爀甀愀 䨀漀攀氀 䐀椀戀漀Ⰰ 渀漀 戀愀椀爀爀漀 嘀椀氀愀 䌀愀爀瘀愀氀栀漀 攀 愀 爀攀猀椀搀渀挀椀愀⼀愀琀攀氀椀 搀攀 甀洀愀 昀愀洀氀椀愀 搀攀 挀攀爀愀洀椀猀琀愀猀 焀甀攀 挀攀搀攀爀愀洀 漀 攀猀瀀愀漀 瀀愀爀愀 愀 最爀愀瘀愀漀⸀ ਀䄀 攀猀挀漀氀栀愀 搀漀 䠀漀爀琀漀 䘀氀漀爀攀猀琀愀氀 昀漀椀 昀攀椀琀愀 愀 瀀愀爀琀椀爀 搀漀 挀漀渀栀攀挀椀洀攀渀琀漀 攀猀琀爀愀琀最椀挀漀 搀漀 氀甀最愀爀Ⰰ 搀攀猀琀愀挀愀渀搀漀ⴀ猀攀 挀漀洀漀 甀洀 愀洀戀椀攀渀琀攀 瀀爀漀瀀挀椀漀 瀀愀爀愀 瀀愀猀猀攀椀漀猀 搀攀 挀愀猀愀椀猀 攀 攀渀挀漀渀琀爀漀猀 爀漀洀渀琀椀挀漀猀⸀ 匀攀渀搀漀 愀猀猀椀洀Ⰰ 猀攀 漀戀猀攀爀瘀漀甀 甀洀愀 挀漀渀攀砀漀 攀渀琀爀攀 漀 氀甀最愀爀 攀 渀愀爀爀愀琀椀瘀愀 爀漀洀渀琀椀挀愀 挀漀渀琀愀搀愀 渀漀 挀氀椀瀀攀⸀ 䨀 漀 䄀琀攀氀椀Ⰰ 焀甀攀 琀愀洀戀洀  愀 挀愀猀愀 搀攀 搀漀椀猀 愀爀琀椀猀琀愀猀Ⰰ 愀瀀爀攀猀攀渀琀漀甀ⴀ猀攀 挀漀洀漀 甀洀 氀漀挀愀氀 搀攀 洀甀椀琀愀 椀渀猀瀀椀爀愀漀 漀渀搀攀 猀攀 瀀漀搀攀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀攀爀 愀 挀攀爀洀椀挀愀 攀 琀漀搀愀 愀 搀爀愀洀愀琀椀稀愀漀 椀渀琀攀爀瀀爀攀琀愀搀愀 瀀攀氀漀 愀琀漀爀⸀ ਀䌀漀洀漀 渀愀 挀攀渀漀最爀愀昀椀愀Ⰰ 愀 攀猀挀漀氀栀愀 搀漀 昀椀最甀爀椀渀漀Ⰰ 洀愀焀甀椀愀最攀洀 攀 瀀愀氀攀琀愀 搀攀 挀漀爀攀猀Ⰰ 昀漀爀愀洀 瀀攀渀猀愀搀愀猀 瀀愀爀愀 搀攀洀漀渀猀琀爀愀爀 甀洀愀 洀愀椀漀爀 昀椀搀攀搀椀最渀椀搀愀搀攀 愀猀 挀攀渀愀猀⸀ 䌀漀洀漀 漀 瘀攀猀琀椀搀漀 戀爀愀渀挀漀 攀 昀氀甀搀漀 搀愀 瀀攀爀猀漀渀愀最攀洀 焀甀攀 瀀漀猀猀甀椀 爀攀昀攀爀渀挀椀愀猀 搀愀 䜀爀挀椀愀 愀渀琀椀最愀⸀ ਀䄀搀攀洀愀椀猀Ⰰ 昀漀椀 爀攀愀氀椀稀愀搀愀 甀洀愀 瀀猀ⴀ瀀爀漀搀甀漀 渀漀 瀀爀漀最爀愀洀愀 搀攀 攀搀椀漀 䘀椀渀愀氀 䌀甀琀 倀爀漀Ⰰ 挀漀洀 挀漀爀琀攀猀Ⰰ 琀爀愀琀愀洀攀渀琀漀 搀攀 椀洀愀最攀洀Ⰰ 挀漀氀漀爀愀漀 攀 爀攀搀椀洀攀渀猀椀漀渀愀洀攀渀琀漀Ⰰ 愀 昀椀洀 搀攀 焀甀攀 愀 攀猀琀琀椀挀愀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 愀琀攀渀搀攀猀猀攀 漀 漀戀樀攀琀椀瘀漀⸀ 䔀 瀀漀爀 昀椀洀Ⰰ 漀 瘀椀搀攀漀挀氀椀瀀攀 昀漀椀 搀椀猀瀀漀渀椀戀椀氀椀稀愀搀漀 渀漀 夀漀甀琀甀戀攀⸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀