INSCRIÇÃO: 00597
 
CATEGORIA: CA
 
MODALIDADE: CA07
 
TÍTULO: Tela Preta
 
AUTORES: JULIA MARINANO FERREIRA COSTA (Universidade Estadual de Goiás); BRUNA PETRONE CHAMELET (Universidade Estadual de Goiás); ERIK ELY DA CUNHA PRADO (Universidade Estadual de Goiás); KAREN YOHANNA GODINHO (Universidade Estadual de Goiás); KARINY ELLEN OLIVEIRA ROCHA (Universidade Estadual de Goiás)
 
PALAVRAS-CHAVE: , , , ,
 
RESUMO
Tela Preta é um curta-metragem experimental do gênero de documentário, realizado pelos alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás. Ele conta a história de um cientista e seu grande experimento, a criação da fotografia. O curta-metragem apresenta uma narrativa criada através do regime estético de found footage, partindo da narrativa ficcional do cientista como premissa inicial do filme e guia para um montagem de apropriação de filmes brasileiros do período anterior a colorização do cinema. O filme conta com materiais que construíram a história do cinema brasileiro e que traziam, ou não, a questão de raça em seus enredos, em que buscamos tratar de como personagens foram representados, mas também como eles deixaram de ser representados inúmeras vezes. A articulação dos referenciais teóricos sobre a temática surge dos diversos questionamentos sobre como a pele negra tem sido fotografada no cinema e em outras mídias. Com esse questionamento, partimos para uma investigação de como a fotografia foi criada e pensada para a pele branca. O que nos fez trazer o enredo das possibilidades de, o que mudaria se uma pessoa negra inventasse a fotografia? A obra finalizada propõe, de uma forma experimental, criar um mundo imagético onde, a partir da descoberta da fotografia por um cientista negro, o cinema brasileiro passaria a ser contado através dos olhos dos mesmos personagens negros que sempre foram coadjuvantes em suas histórias.
 
INTRODUÇÃO
Diante da necessidade de criar um produto audiovisual com interdisciplinaridade entre as disciplinas de Teoria e História da Imagem e História do Cinema Brasileiro, e pensando na importância de articular conteúdos que dialogam nos campos do cinema e fotografia é que surgiu a proposta do Tela Preta, projeto que surge a partir do questionamento de como a pele negra tem sido fotografada e representada no campo da comunicação audiovisual. A pesquisa da socióloga canadense Lona Roth que investiga a história da fotografia para mostrar como a tecnologia prejudicou a representação de pessoas que não possuíam o tom de pele claro foi o ponto de partida para a construção da narrativa. Noel Carvalho (2005) nos lembra que uma das justificativas para a falta de atores negros, se dava pela sua cor de pele, que não se adaptava ao filme fotográfico preto e branco. Além de tais justificativas virem juntamente com um viés racista, elas apresentavam um grande problema da fotografia. Os parâmetros não foram feitos para a pele escura, mas para a tez caucasiana. Este sempre foi um grande problema. Fotografar uma negra com vestido de casamento branco, por exemplo, era muito difícil. Acabava-se clareando o negro, em vez deretratá-lo. Eu achava que não sabia fotografar, até perceber que o padrão não foi criado para a pele negra (NEVES, 2016). Utilizamos como referência a execução da narrativa em found footage, que reforça a ideia de montagem experimental e a construção de um novo sentido para as imagens já existentes. O uso do found footage no cinema mostra-se mais evidente em suas vertentes documental e experimental. Devido às liberdades artísticas proporcionada por esses gêneros, assim como às possibilidades de desafio às normas narrativas convencionais [...] No cinema experimental, a apropriação levanta também questões relativas à materialidade da imagem, apresentando uma investigação focada mais na forma do que no conteúdo discursivo (LUNA, 2015) Como referências audiovisuais, temos o curta-metragem Wide Awake, de Rafael de Almeida, trazendo uma narrativa experimental em que uma mulher hipnotizada tem um sonho sobre o futuro. Também tivemos como referência, o longa-metragem Histórias Que Nosso Cinema (Não) Contava, que a partir de registros de pornochanchada, recria uma narrativa do período ditatorial. Além do curta francês, Polte (Flame), que por meio de experimentações de imagem, apresenta fotos que se perderam no incêndio da cinemateca francesa de Paris, em 2015.
 
OBJETIVO
Utilizando-se da técnica de found footage, buscamos recontar uma história na tentativa de modificar as representações de sujeitos nos principais filmes brasileiros que fizeram parte da história cinematográfica brasileira antes da colorização do cinema. O grupo, composto por apenas três integrantes, produziu grande parte de seus processos de forma coletiva durante a pré e a produção em si. Realizou-se várias pesquisas teóricas e referenciais fílmicos para a concepção do que trabalharíamos no filme. Tendo como base essa pesquisa feita, Erik Ely, diretor do filme e responsável pelo argumento deste, passou a construir o roteiro com a colaboração de Bruna Chamelet e Kariny Ellen. A partir disso, como diretor, Erik realizou a decupagem das cenas criadas. A direção de produção do filme ficou sob responsabilidade de Kariny Ellen, que também contou com a colaboração dos outros dois membros da equipe, permitindo que se fizesse a produção de locação e de objetos coletivamente. Da mesma forma, a arte do filme foi concebida pela equipe, que teve a sua montagem dirigida por Kariny.਀倀攀渀猀愀渀搀漀 渀愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 猀攀 甀琀椀氀椀稀愀爀 甀洀愀 挀洀攀爀愀Ⰰ 氀攀渀琀攀猀 攀 攀焀甀椀瀀愀洀攀渀琀漀猀 搀攀 椀氀甀洀椀渀愀漀 搀攀 洀攀氀栀漀爀 焀甀愀氀椀搀愀搀攀Ⰰ 挀漀渀瘀椀搀愀洀漀猀 䬀愀爀攀渀 夀漀栀愀渀渀愀Ⰰ 攀猀琀甀搀愀渀琀攀 搀漀 搀漀 㘀먀 瀀攀爀漀搀漀 挀甀爀猀漀 搀攀 䌀椀渀攀洀愀 攀 䄀甀搀椀漀瘀椀猀甀愀氀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 䔀猀琀愀搀甀愀氀 搀攀 䜀漀椀猀 瀀愀爀愀 昀椀挀愀爀 爀攀猀瀀漀渀猀瘀攀氀 瀀攀氀愀 昀漀琀漀最爀愀昀椀愀 搀漀 昀椀氀洀攀Ⰰ 瀀攀爀洀椀琀椀渀搀漀 愀 甀琀椀氀椀稀愀漀 搀攀猀猀攀猀 攀焀甀椀瀀愀洀攀渀琀漀猀 攀Ⰰ 琀愀洀戀洀 搀愀 氀漀挀愀漀 挀攀搀椀搀愀⸀ 䔀猀猀愀Ⰰ 瀀漀爀 猀甀愀 瘀攀稀Ⰰ 琀攀瘀攀 挀漀洀漀 猀甀愀 愀猀猀椀猀琀攀渀琀攀 搀攀 挀洀攀爀愀 搀甀爀愀渀琀攀 漀 猀攀琀Ⰰ 䈀爀甀渀愀 䌀栀愀洀攀氀攀琀Ⰰ 焀甀攀 琀愀洀戀洀 猀攀 爀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀稀漀甀 瀀攀氀愀 愀猀猀椀猀琀渀挀椀愀 搀攀 搀椀爀攀漀 搀甀爀愀渀琀攀 愀猀 昀椀氀洀愀最攀渀猀⸀ 倀愀爀愀 愀 栀椀猀琀爀椀愀 昀椀挀挀椀漀渀愀氀 挀爀椀愀搀愀Ⰰ 攀猀挀漀氀栀攀洀漀猀 䔀爀椀欀 瀀愀爀愀 猀攀爀 漀 渀漀猀猀漀 愀琀漀爀 瀀爀椀渀挀椀瀀愀氀⸀ 倀愀爀愀 愀 瀀猀ⴀ瀀爀漀搀甀漀Ⰰ 漀 瀀爀漀挀攀猀猀漀 搀攀 洀漀渀琀愀最攀洀 搀漀 昀椀氀洀攀 昀椀挀漀甀 愀 挀愀爀最漀 搀攀 䈀爀甀渀愀 攀 䔀爀椀欀Ⰰ 焀甀攀 琀攀瘀攀 愀 挀漀氀愀戀漀爀愀漀 搀攀 䬀愀爀椀渀礀⸀ 倀漀爀 昀椀洀Ⰰ 愀 挀漀氀漀爀椀稀愀漀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 昀椀氀洀愀搀愀猀Ⰰ 攀搀椀漀 搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀 搀攀 愀爀焀甀椀瘀漀Ⰰ 洀椀砀愀最攀洀 搀攀 琀爀椀氀栀愀 攀 昀椀渀愀氀椀稀愀漀 搀漀 瀀爀漀搀甀琀漀 昀椀渀愀氀 昀椀挀漀甀 猀漀戀 爀攀猀瀀漀渀猀愀戀椀氀椀搀愀搀攀 琀愀洀戀洀 搀攀 䈀爀甀渀愀⸀ ਀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䨀唀匀吀䤀䘀䤀䌀䄀吀䤀嘀䄀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䴀준吀伀䐀伀匀 䔀 吀준䌀一䤀䌀䄀匀 唀吀䤀䰀䤀娀䄀䐀伀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䐀䔀匀䌀刀䤀윀쌀伀 䐀伀 倀刀伀䐀唀吀伀 伀唀 倀刀伀䌀䔀匀匀伀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀䌀伀一匀䤀䐀䔀刀䄀윀픀䔀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀ऀ㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀ 愀氀椀最渀㴀∀樀甀猀琀椀昀礀∀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀☀渀戀猀瀀㬀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀㰀猀瀀愀渀 猀琀礀氀攀㴀∀挀漀氀漀爀㨀 ⌀㌀㌀㔀戀㠀㈀∀㸀㰀戀㸀刀䔀䘀䔀刀쨀一䌀䤀䄀匀 䈀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀섀䤀䌀䄀匀㰀⼀戀㸀㰀⼀猀瀀愀渀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀琀爀 眀椀搀琀栀㴀∀㤀 ─∀㸀㰀琀搀 挀漀氀猀瀀愀渀㴀∀㈀∀㸀ऀ㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀