ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00456</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;CA</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;CA02</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;A Semente de Nazira</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Bleno Caleb de Paula (Universidade Federal do Acre); Lucas Silva de Souza (Universidade Federal do Acre); Maurício Pimentel Homem de Bittencourt (Universidade Federal do Acre); Larissa Costa Silva (Universidade Federal do Acre)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;agricultura orgânica, agrofloresta, documentário, amazônia, acre</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Nazira do Nascimento é produtora orgânica do Polo Benfica, zona rural de Rio Branco, capital do Acre. Viúva há mais de 15 anos, ela mora sozinha em uma propriedade de nove hectares, onde cultiva pomar, horta e alguns animais. Da terra, dona Nazira tira seu sustento e faz do trabalho seu grande companheiro. Do leite, ela produz queijos e bolos. Das frutas, extrai polpa para fazer sucos e geleias. Da horta, ela colhe verduras, legumes e hortaliças. No seu quintal, ela também encontra ervas medicinais para doenças como gastrite, pneumonia e hemorroida. Criada no seringal, dona Nazira sabe o significado dos verbos plantar, criar e colher e coloca em cada ação sua a preocupação com o meio ambiente. Nesse momento em que o agronegócio ameaça a preservação ambiental e a biodiversidade, o trabalho de Nazira representa uma semente de esperança e prova que é possível produzir sem destruir.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no país, em uma área de 17,7 milhões de hectares, sendo a principal responsável pela produção de comida que chega na mesa dos brasileiros (Portal Brasil). E toda essa produção não ocupa grandes extensões de terra como no agronegócio, que inclui a criação de gado, a plantação de soja e o uso indiscriminado de agrotóxicos. Depois de devastar o Cerrado, o agronegócio ameaça agora a preservação e a biodiversidade da Amazônia. Em 2014, com a cheia do Rio Madeira e a interrupção do fluxo de veículos na BR-364, o Acre ficou isolado do restante do país por via terrestre. Em pouco tempo, começou a faltar produtos alimentícios nos supermercados e o estado vivenciou um período de carência de muitos alimentos. A agricultura familiar poderia ser uma alternativa para suprir as demandas locais, não fosse a falta de investimento e valorização do produtor rural.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A semente de Nazira conta a história de uma produtora orgânica de Rio Branco. O documentário pretende dar visibilidade à falta de estrutura e valorização do trabalho de tantos produtores rurais na capital acriana. Eles acusam o governo de oferecer mais apoio para quem trabalha com agricultura convencional, fazendo uso de produtos químicos para combater pragas, do que para produtores orgânicos. Nos últimos anos, a feira orgânica de Rio Branco se encontra em estado crítico de abandono e descaso governamental. Os produtores reclamam da falta de estrutura e valorização do trabalho de quem produz o alimento que vai parar na mesa de tantos acrianos. Para tanto, o documentário acompanha o trabalho de uma produtora rural, desde o cuidado com a terra até o momento comercializar o produto. A feira é realizada todo sábado, mas quem passa por lá não imagina que aqueles produtores ficam sem dormir na noite anterior para dar conta de todo o trabalho. O objetivo do documentário é mostrar o que está por trás da feira e que poucas pessoas conhecem.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Considerando a busca cada vez maior por uma alimentação saudável e pela redução dos impactos sobre o meio ambiente, a agroecologia surge como uma alternativa. Além de consumir alimentos naturais e orgânicos, comprar de pequenos produtores rurais pode ser mais econômico e também uma alternativa para fugir das grandes redes de supermercados, com prateleiras e gôndolas cheias de produtos transgênicos e muito processados. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no país, em uma área de 17,7 milhões de hectares, sendo a principal responsável pela produção de comida que chega na mesa dos brasileiros. E toda essa produção não ocupa grandes extensões de terra como no agronegócio, que inclui a criação de gado, a plantação de soja e o uso indiscriminado de agrotóxicos. Depois de devastar o Cerrado, o agronegócio ameaça agora a preservação e a biodiversidade da Amazônia. Em 2014, com a cheia do Rio Madeira e a interrupção do fluxo de veículos na BR-364, o Acre ficou isolado do restante do país por via terrestre. Em pouco tempo, começou a faltar produtos alimentícios nos supermercados e o estado vivenciou um período de carência de muitos alimentos. A agricultura familiar poderia ser uma alternativa para suprir as demandas locais, não fosse a falta de investimento e valorização do produtor rural.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O projeto do documentário foi desenvolvido em três etapas. A primeira é relacionada à pesquisa de conteúdo e definição de conceito para o documentário, ou seja, estabelecer de que maneira a temática seria aborda, qual a linguagem utilizada, quais os recursos técnicos empregados, qual a narrativa da linguagem, etc. A segunda etapa se refere à parte prática, de visita in loco, filmagem e entrevistas. As sonoras foram feitas nessa etapa, bem como visitas a propriedades rurais, feiras e mercados. A terceira etapa consiste na edição, finalização e pós-produção do documentário. O foco do documentário é mostrar o fator humano da produtora agroecológica Nazira, a lida na terra, a preocupação ambiental, as dificuldades e as consequências de viver no campo. Por isso, as entrevistas foram feitas de maneira livre, com menos rigor na técnica e mais rigor na autenticidade dos entrevistados. No que diz respeito à linguagem de vídeo, o documentário foi filmado com enquadramentos e movimentos de câmera livres, sem o rigor técnico do telejornalismo, de modo que transmita uma mensagem mais autoral. As sonoras foram feitas com plano aberto, enquadrando a linguagem corporal dos entrevistados. Dessa forma, mostramos também a integração humana à paisagem natural, seja de floresta ou área cultivada.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O documentário 'A semente de Nazira' foi produzido como atividade da disciplina 'Produção e difusão em telejornalismo 2', sob orientação do professor doutor Maurício Bittencourt, no curso de Comunicação Social/ Jornalismo, da Universidade Federal do Acre. O documentário conta, em 22 minutos, a história de Maria Nazira do Nascimento, produtora agroecológica de Rio Branco, Acre. Sozinha, ela cuida uma propriedade de nove hectares, onde cultiva pomar, horta e alguns animais. Da terra, dona Nazira tira seu sustento e, mais que isso, tira sua alimentação e a cura para muitas doenças. Criada no seringal, ela aprendeu desde cedo a lidar com a terra e a reconhecer ervas medicinais, eficientes no tratamento de doenças como gastrite, pneumonia e hemorroida. Dona Nazira possui todos os elementos para contar uma boa história. Sempre autêntica, ela fala com graça e emoção sobre aspectos da sua vida. Chora ao falar de Deus, se indigna com o ser humano, acha graça ao se declarar vaidosa. Para dar conta de tudo, ela se desdobra e assume diversas facetas. Mulher, viúva, produtora agroecológica, feirante... Em cada uma delas, dona Nazira não abre mão da consciência ambiental. Nesse momento em que o agronegócio ameaça a preservação ambiental e a biodiversidade da Amazônia, Dona Nazira lança uma semente de esperança e a prova que é possível produzir sem destruir.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">O documentário, assim como o projeto para sua realização, foram bem avaliados na disciplina de 'Produção e difusão em telejornalismo 2', ministrada pelo professor doutor Maurício Bittencourt, no 7º período do curso de Comunicação Social/ Jornalismo, da Universidade Federal do Acre. Ao ser finalizado, o documentário foi exibido durante uma aula especial, na qual outros grupos também exibiram seus trabalhos. Todo o material é veiculado na web TV Anama (Agência Ambiental de Notícias da Amazônia). 'A semente de Nazira' está submetido ao Expocom com a expectativa de sair vitorioso nas etapas regionais e nacionais, de modo que possamos planejar sua inserção na programação do Festival Internacional de Cinema Pachamama, realizado anualmente em Rio Branco, Acre. Dona Nazira, ao produzir alimentos de maneira agroecológica, lança uma semente à terra para a preservação da Amazônia. Nós, os realizamos desse documentário, também lançamos nossa semente ao dar voz a Dona Nazira. Que possamos alcançar o momento da colheita.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">O Globo. Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/para-cada-1-milhao-de-receita-com-pecuaria-extensiva-22-milhoes-de-impacto-ambiental-17490481#ixzz4SDXH2aXi. Acesso em: 07/12/2016.<br><br>Portal Brasil. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/08/compra-de-alimentos-da-agricultura-familiar-movimenta-r-32-7-milhoes-em-2016. Acesso em: 07/12/2016.<br><br>AgriMinas. Disponível em: http://www.fetaemg.org.br/agriminas2016/agricultura-familiar/. Acesso em: 07/12/2016.<br><br>Agência Brasil. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-05/agricultura-familiar-tera-r-30-bilhoes-em-credito-para-safra-20162017. Acesso em: 07/12/2016.<br><br>BOFF, Leonardo. Ecologia: grito da terra, grito dos pobres: dignidade e direitos da Mãe Terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.<br><br> </td></tr></table></body></html>