ÿþ<html><head><meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"><title>Anais :: Intercom :: Congresso Intercom</title><link rel="STYLESHEET" type="text/css" href="css.css"></head><body leftMargin="0" topMargin="0" marginheight="0" marginwidth="0"><table width="90%" border="0" align="center" cellPadding="1" cellSpacing="1"><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td width="20%"><span class="quatro"><b>INSCRIÇÃO:</b></span></td><td width="80%">&nbsp;00116</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>CATEGORIA:</b></span></td><td>&nbsp;JO</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>MODALIDADE:</b></span></td><td>&nbsp;JO12</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>TÍTULO:</b></span></td><td>&nbsp;Artistas de rua no centro de Florianópolis</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>AUTORES:</b></span></td><td>&nbsp;Larissa Cristine Ordones Ferraz (Universidade Federal de Goiás); Stefany Vaz Matias (Universidade Federal de Goiás); Flávia Garcia Guidotti (Universidade Federal de Goiás); Alfredo José Lopes Costa (Universidade Federal de Goiás)</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td><span class="quatro"><b>PALAVRAS-CHAVE:</b></span></td><td>&nbsp;Artistas de rua, Florianópolis, Fotojornalismo, , </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>RESUMO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Por meio deste trabalho de fotojornalismo, mostra-se um pouco da atuação de alguns artistas de rua no centro de Florianópolis (SC). É comum vermos pessoas que sobrevivem vendendo sua arte, seja artesanato, seja música, sempre tem alguém que prefere ser dono do próprio "negócio" do que trabalhar de carteira assinada. E frequentemente vemos a alegria dessas pessoas de fazer o que fazem. Aqui são retratados três artistas. Um deles desistiu de um trabalho em escritório, com carteira assinada, para cantar pelas ruas e barzinhos, segundo ele "pra me sentir mais feliz". Outra artista vende artesanatos e também, a cada moeda que ganha, canta um pouco. Ela conta que não se encaixava na sociedade e por isso deixou sua casa e família para viver por aí com sua caneca. Sempre no meio do caminho ela encontra alguém para acompanhá-la.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>INTRODUÇÃO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">O trabalho fotojornalístico "Os artistas de ruas e o mundo em sua bagagem" foi produzido em uma mobilidade acadêmica na Universidade Federal de Santa Catarina, para a disciplina de Fotografia. O intuito foi construir uma pauta no centro de Florianópolis (SC). Optamos por retratar alguns dos diversos artistas de rua que ganham a vida pelas imediações do centro daquela capital. A motivação foi conversar, saber a história e conhecer um pouco aquelas pessoas. Conversamos e fotografamos três artistas em volta da Praça XV de novembro.</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>OBJETIVO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">A intenção do trabalho foi retratar a vida de artistas que ganham dinheiro - às vezes salário, às vezes só o necessário para sua sobrevivência - e levam sua alegria nas ruas. Aqueles que não possuem patrão, nem horário fixo de trabalho, ou trabalham em algum lugar fechado. Eles são donos do seu próprio "negócio" e vivem essa liberdade com muita alegria. Portanto, o principal propósito do trabalho foi fazer um registro fotográfico combinado com as legendas resumindo quem são aquelas pessoas e como elas decidiram que andariam pelas ruas vivendo de sua arte, buscando apoio teórico nos autores Boskoy (1999), Barthes (1984) e Andrade (2002).</td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>JUSTIFICATIVA</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Para algumas pessoas, trabalhar nas ruas seria "falta do que fazer" ou "instabilidade profissional", mas para eles é o ato mais gratificante que fizeram em suas vidas, segundo seus relatos. João Renato, o "Cabelo", trabalhava com telemarketing e, quando este trabalho foi realizado, já havia um ano que tinha desistido do emprego e foi trabalhar por conta própria. Ele conta que cansou de trabalhar para outras pessoas e ter emprego fixo, metódico. Comprou alguns equipamentos, como microfone, caixa de som e alguns cabos, e foi para as ruas de Florianópolis tirar o seu sustento. Angélica Sovinski vende além de sua música, artesanato. Ela pede que alguém coloque uma moeda em sua caneca e em troca canta para a pessoa; então mostra o seu artesanato. Ela diz que o que vende mesmo é sua música, e que a venda das suas peças de miçanga é uma consequência da pessoa ter parado para escutá-la. A vida de Angélica mudou completamente depois que ela ganhou a caneca de "uma grande amiga". Ela saiu da casa dos seus pais, onde deixou também um filho e hoje vive viajando, cantando e sorrindo, para a alegria das pessoas, em vários lugares. Ela vive conhecendo as pessoas e lugares. Uma delas é sua amiga Georgina Rodrigues que também anda por aí, vendendo suas peças de artesanato. Então ao buscar retratar e entender o motivo pelo qual essas pessoas deixam muita coisa para viver de sua arte nas ruas, houve o sentimento de que essas histórias precisavam ser compartilhadas. Seja em função de um desejo individual de expressão de seu autor, seja de comissionamentos específicos que visam uma determinada aplicação (científica, comercial, educacional, policial, jornalística etc.) existe sempre uma motivação interior ou exterior, pessoal ou profissional, para a criação de uma fotografia e aí reside a primeira opção do fotógrafo, quando este seleciona o assunto em função de uma determinada finalidade/intencionalidade. Esta motivação funcionará decisivamente na concepção e construção da imagem final. (KOSSOY, 1999, p.27) . Ao trabalharem, essas pessoas buscam a representação de um todo bem maior, um grupo incontável de pessoas que assim como eles, tomaram decisões tentando melhorar sua qualidade de vida, tanto financeiramente como psicologicamente. A produção da obra fotográfica diz respeito ao conjunto dos mecanismos internos do processo de construção da representação, concebido conforme uma certa intenção construído e materializado cultural, estética/ideológica e tecnicamente, de acordo com a visão particular de mundo do fotógrafo. (KOSSOY, 199, p.42) </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Cabelo, Angélica e Georgina foram fotografados em uma única tarde que estava ensolarada, no centro de Florianópolis (SC). Cabelo cantava na praça e estava sempre sorridente enquanto cantava. Além disso não se importou nem um pouco quando pedimos para fotografá-lo e passou a contar sua história com muito entusiasmo. Em um primeiro momento conversamos um pouco, mas como ele precisava cantar, começamos a fotografá-lo enquanto ele trabalhava. Em um segundo momento encontramos Angélica e Georgina, que também foram muito receptivas e sempre alegres, conversamos e fotografamos ao mesmo tempo, Angélica ficava cantarolando o tempo todo com sua caneca e sempre sorrindo para todos que passavam perto. Para fazer as fotos a câmera utilizada foi uma Nikon D300S com uma lente 18-105. Foram tiradas 85 fotos e posteriormente escolhidas apenas 5 para serem editadas através do software Photoshop e apresentadas com as legendas. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr> <td colspan="2"><span class="quatro"><b>DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2" align="justify">Ao final do processo esperamos que a reação da plateia seja de conforto ao ver a alegria desses artistas. As fotos que foram escolhidas foram as que retratavam melhor o trabalho e a alegria das pessoas retratadas, foi construído o texto das legendas com aquilo que tínhamos conversado e um pouco que havíamos anotado. Após as fotografias feitas, o propósito para produto final da disciplina era de criar uma plataforma onde colocássemos todas as fotos tiradas durante o semestre, inclusive a pauta do Centro da cidade. Então foi criada uma plataforma no site Wix onde essas fotos foram colocadas, com legendas e depois apresentadas em sala de aula como método de avaliação. Nas 5 fotos escolhidas, 3 delas mostram Cabelo, cantando e tocando seu violão na praça, elas mostram também o seu chapéu, objeto que ele coloca em cima da caixa de som ou no chão ao seu lado, para quem sentir vontade, deixar algum dinheiro para ele. Outras duas fotos mostram Angélica e Georgina sorridentes com seus artesanatos e caneca, mostra também o companheirismo das duas. O trabalho foi registrado no site (http://larissaferraz1417.wixsite.com/fotografia/pauta-centro). </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>CONSIDERAÇÕES</b></span></td></tr><tr width="90%"> <td colspan="2" align="justify">Os artistas de rua. Pessoas que acabam se tornando invisíveis para alguns, ou a alegria do dia de outros. São esses os artistas de ruas que cansaram da rotina frustrante que muitos vivem e decidiram levar a vida com mais calma. Eles que cantam, dançam, fazem malabares, vendem artesanatos, entre várias outras artes, tudo da maneira que eles querem e se sentem melhor. No centro de Florianópolis, é muito comum encontrar vários desses artistas, talvez por ser uma cidade turística, ou por ser quase uma parada obrigatória para os andarilhos e mochileiros, do Brasil, da América Latina e do mundo. Com uma rotina atarefada, preocupações e afazeres, às vezes passamos pelas ruas tão dispersos que nem percebemos o que acontece ao nosso redor, ou pessoas que estão alí. Como Rosane de Andrade fala, aprendemos a ver apenas o que precisamos ver. E que as pessoas da sociedade contemporânea urbana não são boas observadores. Portanto, o olhar da fotografia pode auxiliar a mudar essa percepção. Ao final desse trabalho no centro de Florianópolis, tivemos a sensação de dever cumprido e o desejo de conhecer mais dessas pessoas e histórias. A experiência nos mostrou a importância e a necessidade de se conversar com essas pessoas. Como jornalistas, de sempre retratar com sensibilidade, a maneira como as pessoas escolheram viver. E como cidadãs, a necessidade de olhar ao nosso redor e perceber as pessoas e histórias incríveis que deixamos passar por nós todos os dias. </td></tr><tr><td colspan="2">&nbsp;</td></tr><tr><td colspan="2"><span class="quatro"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS</b></span></td></tr><tr width="90%"><td colspan="2">ANDRADE, Rosane de. Fotografia e antropologia: olhares fora-¬dentro. São Paulo: Estação Liberdade&#894; EDUC, 2002<br><br>BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Nova Fronteira, 1984 <br><br>KOSSOY, Boris. Realidades e Ficções na Trama Fotográfica. Editora, Ateliê Editorial, 1999<br><br> </td></tr></table></body></html>